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quinta-feira 08 2023

Plantando o futuro

 

Jabuticabeira híbrida

PLANTANDO O FUTURO

Um senhor já idoso amava muito as plantas. Todos os dias acordava bem cedo para cuidar de seu jardim. Fazia isso com tanto carinho e mantinha o jardim tão lindo que não havia quem não admirasse suas plantas e flores.

Certo dia resolveu plantar uma jabuticabeira. Enquanto fazia o serviço com toda dedicação, aproximou-se dele um jovem que lhe perguntou:

- Que planta é essa que o senhor está cuidando?

- Acabo de plantar uma jabuticabeira! - respondeu.

- E quanto tempo ela demora para dar fruto? - indagou o jovem.

- Ah! Mais ou menos uns 15 anos - respondeu o velho.

- E o senhor espera viver tanto tempo assim? - questionou o rapaz.

- Não meu filho, provavelmente não comerei de seu fruto.

- Então, qual a vantagem de plantar uma árvore, se o senhor não comerá de seu fruto?

O velho, olhando serenamente nos olhos do rapaz, respondeu:

- Nenhuma, meu filho, exceto a vantagem de saber que ninguém comeria jabuticaba se todos pensassem como você. (Desconheço a autoria do texto).

_________________________________________

O egoísmo é uma chaga na alma, que nos faz cegos para a realidade da vida maior.

Devemos trabalhar por um mundo melhor, motivos é que não faltam:

- Em agradecimento por este mundo ter nos acolhido e tornar possível nossa existência;

- Por nossos filhose nossos descendentes que herdarão um mundo melhor;

- Por dever, já que é obrigação do hóspede antes de partir, deixar a casa que o recebeu, igual ou melhor do que quando chegou;

- Por respeito a Deus e a todas as criaturas, nossos irmãos, que ficarão na terra após a nossa partida;

- E para que tenhamos um mundo melhor quando retornarmos a este mundo. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. (Mateus 5:5).

O universo funciona em ciclos, cabe a todos nós decidir se este ciclo ao qual por hora pertencemos, será um cicl vicioso ou virtuoso. 

De qualquer forma, colheremos a seu tempo tudo o que plantamos, essa é a Lei.

André Luiz M. Silva


quinta-feira 01 2023

O Merecimento no contexto espiritual

 

O Merecimento  no contexto espiritual

Em quase todas as religiões é concenso que o MERECIMENTO, é a condição para a felicidade ou infelicidade neste e no outro mundo.

Acho este termo muito simplista e  discriminatório, pois divide as pessoas em quem merece ou não merece as bençãos da saúde, felicidade, paz, amor, vida longa e prosperidade.

Até mesmo os socorristas espirituais, que atendem os espíritos na hora da "morte", supostamente se guiam por um suposto merecimento do espírito em processo de desencarne, para que o espírito seja amparado ou não.

Vejamos: Se eu sou pobre, doente, ou perdi uma pessoa querida, seria porque não tenho merecimento, ou pode ser uma prova, expiação ou consequências? 

Acredito que infortúnios não são causados por falta de merecimento, haja vista, que existem pessoas boas nestas situações, e existem pessoas perversas, que tem uma boa vida e tudo dá certo para elas, o que demonstra o equívoco da tese do merecimento e da meritocracia.

Outro exemplo: Um drogado da cracolândia na hora da "morte" merece menos amparo dos bons espíritos que um trabalhador bom e honesto? Também não, os dois merecem ser felizes pois ambos são filhos de Deus, sendo que o Dependente Químico é o que mais precisa de ajuda.

O trabalhador bom e honesto, normalmente está em equilíbrio, e portanto, está em condições reivindicar e receber as coisas boas da vida. Já o ignorante e mau, até pelos seus vícios e escolhas erradas, não está em condições de recebrer as bênçãos de Deus como merece, por causa das consequências das suas escolhas equivocadas, no entanto, assim que quiser mudar suas escolhas e tomar as indecisões corretas, terá as mesmas bençãos que tem o bom trabalhador.

Vejam, ser bom e honesto é uma OBRIGAÇÃO e também o resultado da sua evolução como pessoa humana

Aquele que é bom, já é recompensado todos os dias com a consciência tranquila e com equilíbrio mental e emocional, que o torna uma pessoa feliz e tranquila, pois uma pessoa em equlíbrio atrai somente coisas boas para sua vida.

Mas se eu não tiver merecimento, quando eu morrer, não serei amparado pelas equipes de socorro e irei para o umbral denso?

Todos são amparados, tendo ou não consciência disso. Mas podemos todos ir para o umbral denso após a "morte", mas não é porque não merecemos ir para um mundo ou região mais elevada, iremos para o umbral denso somente se a nossa mente estiver muito desequilibrada por sentimentos negativos como ódio, raiva, mágoa, inconformismo, vingança, remorço ou vícios diversos. 

Caso a pessoa esteja na média mental e vibracional dos encarnados na terra, ficará vagando neste mundo mesmo se recusar a ajuda dos bons espíritos, ou aceitando os conselhos e amparo, irá para um posto de socorro e depois para uma colônia no umbral superior prosseguindo sua tragetória evolutiva.

Por outro lado, se o espírito tiver evoluído o bastante e tiver equilibrio mental, emocional e vibracional, e portanto uma vibração mais elevada,  o espírito será levado para dimensões superiores, mundos compatíveis com a sua vibração mais elevada.

Dizer que existem vales no umbral em que espíritos do mal torturam espíritos maus e endividados, é o mesmo que acreditar no inferno católico, mudando apenas os nomes vale/inferno, espíritos maus/demônios.

Tem uma passagem muito interessante na vida do Chico Xavier, sobre a questão equilíbrio e merecimento.

Resumindo: Chico em um momento ruim da sua vida quis experimentar a ayahuasca, um chá alucinógeno de origem indígena amazônica. Emmanuel, diante do desejo e curiosidade do Chico, e diante da oportunidade de lições práticas de vida, permitiu a experiência.

Da primeira vez que o Chico experimentou a ayahuasca, ele estava muito triste por estar passando por situações difíceis em sua vida, e a experiência foi horrivel, ele foi atraído a regiões tenebrosas do umbral e ficou muito assustado.

Na segunda vez, ele experimentou novamente a ayahuasca por sujestão de Emmanuel, só que o Chico estava passando por um bom momento na vida e estava muito feliz. Nesta outra experiência com a ayahuasca, ele foi levado a lugares lindos, cheios de paz e alegria, e teve contato com seres de luz, que lhe proporcionam momentos e ensinamentos incríveis.

É óbvio que o Chico tinha merecimento durante as duas experiências com a ayahuasca, no entanto, o que contou mesmo foi o nível da sua vibração e humor, que eram opostos nos dois momentos sob o efeito da mesma bebida.

Chico foi atraído para o umbral denso quando em vibração baixa, e para o umbral elevado quando em vibração elevada.

Nos dois casos em que o Chico expandiu sua consciência, seu merecimento não foi determinante para que ele fosse atraído para o umbral denso em uma situação, e para o umbral elevado em outra.

O mesmo acontece após o desencarne, seremos atraídos para locais e companhias que estão em sintonia conosco, independente de "merecimento", pois merecer todos nós merecemos.

O pai tem o mesmo amor pelo filho pródigo, quanto pelo filho obediente. O filho pródigo não foi recebido com festas e alegria por merecimento, mas por amor, e por ter decidido voltar ao lar paterno e corrigir seu erro.

Não existem privilégios indevidos no mundo espiritual, pois tanto o mau como o bom, já foram e são recompensados pelas consequências das suas escolhas.

Não compete aos bons espíritos julgar quem merece ou não merece ajuda, eles ajudam a todos sem distinção, só não podem ajudar OSTENSIVAMENTE aqueles que não querem ajuda, pois respeitam o livre albítrio e sabem que cedo ou tarde, pelo sofrimento ou pelo tédio, todos aceitarão o auxílio que lhes são oferecidos.

Bom, mas se o merecimento não é determinante no mundo espiritual, isso significa que uma pessoa boa pode ir para o umbral denso, e uma pessoa perversa pode ir para o umbral mais elevado?

Bom, uma pessoa boa se estiver em desequilíbrio mental e emocional, pode ser atraída para o umbral denso, e permanecer nele enquanto o desequilíbrio persistir.

A pessoa pode ser boa para os outros, mas se está desequilibrada ela tem uma falha que provoca o desequilíbrio, também não basta ser bom com os outros, deve ser bom e tolerante para consigo mesmo.

Além do mais, uma pessoa que é boa também pode ter apegos, vaidades, necessidade de reconhecimento... e outros sentimentos que causam desequilíbrios.

A bondade é um dos requisitos para a felicidade e evolução espiritual sem dúvida alguma, mas não é o único.

Já o espírito "perverso" e ignorante no sentido espiritual, não pode ter acesso a dimensões superiores, pois são pessoas que cultivam sentimentos negativos que baixam a vibração espiritual, pois são sentimentos naturalmente destrutivos, assim temos espíritos lúcidos, inteligentes e com um razoável equilíbrio mental, mas que possuem vibração negativa que os impede de adentrar dimensões de vibração mais elevada.

Não é uma questão de merecimento, o espírito perverso também merece estar em um local de vibração elevada como todos os seres da criação, e um dia estará, mas no momento não tem condições de adentrar e permanecer nas dimensões mais elevadas, e mesmo que tivesse, ele não se sentiria bem lá, pois as vibrações elevadas são incompatíveis com sua própria vibração, o contato com vibrações elevadas lhe causaria um profundo mal estar, constrangimento, incômodo e inveja, o ambiente seria insuportável para ele.

Mesmo que os bons espíritos os resgatassem e os levassem do umbral para uma colônia ou posto de socorro, sem que estivessem preparados, eles vontariam assim que pudessem, atraídos pelo ambiente e para as companhias compatíveis com eles, não raro isso realmente acontece, inclusive André Luiz em Nosso Lar narra um caso assim, no caso o apego de uma jovem a um noivo encarnado.

Somente a evolução em todos os sentidos, pode evitar a atração dos espítitos para dimensões inferiores.

Só o fato de encarnarmos neste planeta, demonstra que ainda somos muito primitivos, ainda muito próximos das feras e muito distante de atingirmos o estado evolutivo dos anjos. 

Isso näo é motivo para desânimo, e sim um incentivo, pois se todos merecem o "céu", certamente um dia todos o alcançarão, mas cada um em seu tempo, depende apenas de cada um.

Já é hora dos espíritas abandonarem o sincretismo e a influência dos dogmas das igrejas cristãs.

André Luiz M Silva
Blog Folha de Tucuruí Percepção.

domingo 28 2023

Umbral o pseudo inferno espírita


Umbral o pseudo inferno espírita

Eu estive vendo um vídeio espírita sobre o umbral, confesso que não consegui assistir até o fim, tamanho o absurdo.

O autor do vídeo copiou o Inferno de Dante da Divina Comédia, com alguns toques tirados de romances espíritas, e apenas trocou o termo "Círculos Infernais" por Vales do Umbral.

No vídeo tem o Vale da Avareza, Vale da Luxúria e por aí vai, uma cópia mal feita da Divina Comédia de Dante Alighieri, o umbral descrito também tem algumas semelhanças com o Purgatório Católico, já que no purgatório, o sofrimento das almas, assim como nos vales do umbral, também não é eterno.

O Umbral, tão temido quanto o inferno, na verdade não é inferno e muito menos o purgatório católico, não chega nem perto. Nada a ver.

O inferno seria um lugar de sofrimento eterno, e o purgatório seria um local onde as almas ficam por um tempo, e são purificadas das manchas do pecado, e assim poderem adentrar o céu e permanecer na presença de Deus.

O Umbral não é nada disso, o Umbral como o nome diz, é um local de adaptação e transição entre a vida física e a vida espiritual, Umbral como o próprio nome diz é um portal, nada mais e nada menos que isso. 
Um local onde o espírito se livra dos seus apegos pelo mundo material e se livra também das energias mais densas, e com o tempo eleva a sua vibração, não só aceitando, mas pedindo ajuda superior. Na verdade, o umbral é como uma imensa clínica de reabilitação para a vida na espiritualidade em zonas de vibração mais elevada. É como um mergulhador, quanto mais profundo o mergulho, maior é o tempo de descompressão para a volta à superfície.

A maioria das pessoas estão muito apegadas ao mundo material, ao corpo físico, a seus entes queridos, emprego, casa, família, posses, vícios, etc. Estão também presas ao remorço pelos erros cometidos nesta vida, e por idéias de pecado e punições.

Tudo isso perturba a mente dos recém desencarnados, que não aceitam a nova condição e recusam auxílio, ao se ver ainda no mundo, com um corpo semelhante ao corpo físico, tendo a IMPRESSÃO de fome, sede, frio e desejos, com as emoçôes a flor da pele, simplesmente não acreditam e não aceitam que estão "mortos", e que precisam abandonar tudo o que tinham nesta vida, tendo que deixar para trás seus entes queridos e até seu próprio corpo físico.

Suas posses, títulos e posição social não valem nada no mundo espiritual, você é o que é e ponto final, e para complicar ainda mais as coisas, ele não entende porque não está no céu, ou mesmo no inferno se for religioso, ou ainda porque ainda está vivo depois de "morto" quando se é um cético, assim a pessoa acredita ou quer acreditar,  que ainda está vivo, ainda tem um corpo físico e está na verdade tendo um pesadelo, uma alucinação ou ainda que enlouqueceu.

Sem um corpo físico para "abafar" suas emoções, ou lhe servir de escudo das investidas diretas dos maus espíritos e antigos adversários, a perturbação aumenta e o delírio também.

Nesta condição semelhante a loucura, o espírito em desespero não percebe os bons espíritos que tentam lhe ajudar, e quando percebem recusam ajuda e fogem apavorados, da mesma forma que as pessoas perturbadas mentalmente no mundo físico recusam auxílio médico.

Nesta situação, os espíritos são atraidos para a companhia de espíritos perturbados como ele, sendo por exemplo, a cracolândia em São Paulo um exemplo deste fenômeno. Na cracolândia existem os perturbados mentais, mas também os que os exploram, tiram proveito deles e os que os odeiam e perseguem. Mas também os que os querem socorrer, todos tem escolha.

No Umbral ou na cracolândia, as pessoas estão em uma prisão mental, que não tem muros ou grades, uma prisão da qual eles podem sair quando quiserem de verdade, basta apenas aceitar ajuda.

No Umbral, Deus e os bons espíritos estão sempre presentes, esperando apenas que os espíritos queiram e aceitem ser socorridos.

Discordo de grande parte dos espíritas quando dizem que só é socorrido quem tem merecimento, fosse assim, ninguém na terra seria auxiliado, pois todos nós neste atual estado de evolução, erramos muito mais do que acertamos.

Deus e os bons espíritos ajudam a quem precisa, sem julgamentos ou condições. Jesus ajudou a todos, inclusive os "pecadores", o que escandalizava os sacerdotes e puritanos.

Alguém acredita que Madre Tereza de Calcutá ou o Padre Júlio Lancellotte se preocupam ou se preocuparam alguma vez, com o merecimento de quem precisa da sua ajuda? Eles não julgam, apenas auxiliam, isso é amor ao próximo, e o amor verdadeiro é incondicional e não faz julgamentos.

Alguém acredita mesmo que os bons espíritos agiriam de forma diferente?

O merecimento como condição de socorro aos necessitados, não faz nenhum sentido na terra, como também não faz sentido no plano espiritual.

Todos, sem exceção merecemos ajuda e auxílio da providência divina, não cabe a ninguém, abaixo de Deus, julgar ou decidir o merecimento dos outros.

A "meritocracia espiritual", como condição para a misericórdia de Deus simplesmente não existe, este é um conceito humano egoísta.

A Cracolândia, servindo mais uma vez como exemplo neste texto, é um local dentro de uma cidade normal, mas com população, hábitos, costumes e regras específicas, um mundo dentro de outro mundo. Assim também é o Umbral na dimensão espiritual, um mundo que coexiste dentro de outro mundo, é uma prisão mental.

É claro que este exemplo que estamos apontando, é de espíritos em estado de perturbação avançada.

Existem no Umbral diversos níveis de perturbação do espírito após a "morte", existem perturbações que persistem por minutos, horas, dias, meses, anos e até séculos, depende do grau de teimosia e rebeldia, cada caso é um caso. Em perturbação, cada espírito carrega o umbral em suas mentes por tempo indefinido, que pode ser breve ou longo.

Situações como uma vida de vícios e crimes, é óbvio, tem consequências para o equilíbrio mental e energético do espírito, além de nos deixar vulneráveis aos assédios dos inimigos adquiridos nesta e em outras vidas, que por ódio, revolta e até inveja, perturbam uns aos outros, até que esgotados e cansados de sofrer, aceitam a ajuda dos bons espíritos e começam o tratamento de recuperação, sendo então levados a Postos de Socorro e posteriormente, quando tiverem condições, irão para uma Colônia Espiritual, ou em certos casos para uma reencarnação compulsória.

O Umbral é como uma clínica para doentes da mente, em que os pacientes permanecem internados e presos em uma prisão mental, onde são seus próprios juizes e carcereiros, mas apenas pelo tempo necessário para que recuperem o mínimo da sua sanidade mental e seu equilíbrio energético e vibracional, e assim possam conviver com outros espíritos em ambietes mais elevados como as Colônias (cidades no mundo espiritual), onde poderão estudar, trabalhar em benefício do próximo e planejar sua próxima encarnação, e assim prosseguir em sua evolução.

Assim como qualquer Clínica de Recuperação, o Umbral não deve ser temido, pois não é nada mais que um espaço de recuperação para almas em perturbação, estas pessoas não estão presas em um local físico, mas sim em uma prisão interior e em tratamento pelo tempo mínimo necessário, ao mesmo tempo, estão constantemente sendo monitorados e auxiliados pelos bons espíritos, mesmo que não percebam, eles estão sempre acompanhados por Espíritos de Luz que esperam apenas as condições propícias para o resgate, condições estas que dependem apenas de tempo, vontade e disposição dos espíritos em estado de perturbação. Estou dizendo isso de diversas formas para que fique bem claro.

Quem já teve uma crise de pânico como eu já tive vai achar o Umbral muito familiar, pois na crise de pânico, a mente cria um mundo de medo e tormento que parece realidade, você durante a crise acredita que este mundo ilusório é real não importa o que digam para você, mas obviamente não é real, e quando você readquire lucidez e equilíbrio, percebe o quanto estava perturbado.

Assim como a "realidade" em uma crise de pânico não existe sendo apenas criação  mental, a realidade do Umbral também é uma criação mental, ambas as "realidades" só existem em nossas mentes.

O segredo para permanecer o minimo de tempo no Umbral é manter o equilíbrio e praticar o desapego, por pior que seja o local que sua mente acredita ser real, saiba que essa ilusão vai passar, é só dar tempo ao tempo, deixe passar e tente recuperar o equilíbrio, não é facil, mas se persirtir vai conseguir, não adianta correr e tentar encontrar uma saída "física" do umbral, você está preso em sua própria mente, por isso onde quer que vá, sua prisão o acompanha.

Desapegue de tudo se estiver no Umbral e procure ficar o mais calmo possível sabendo que vai passar, quando você para de lutar e desapega, você encontra a saída e a ajuda que precisa, não se julgue com dureza, você errou na vida e daí? Todos erram, e por pior que você tenha sido nesta vida, você também acertou. 

Seja gentil e tolerante consigo mesmo. Isso não que dizer que não pode sentir saudade e falta do mundo físico e dos amores que deixou para trás, ou ignorar as "necessidades" físicas que ainda persistem como impressões em sua alma, isso também vai passar, deixe ir o que tem de ir, aconteceu e pronto, acontece com todo mundo, nascemos sozinhos e vamos embora sozinhos, não trazemos ou levamos nada e ninguém, a vida segue e a estrada não tem fim.

As coisas e pessoas vem e vão na hora certa, tentar prender o que deve ir só trará sofrimento, quando Deus permite determinada situação, é porque será bom para todos, mesmo que no momento não possamos compreender.

Se tivermos que passar pelo Umbral por um tempo, mesmo que este tempo seja longo, está tudo certo, será para o nosso bem e nunca estaremos sozinhos e desamparados. 

Ao longo de milênios e após inúmeras desencarnações pelas quais já passamos, nós todos já passamos pelo Umbral incontáveis vezes e superamos, sempre superamos, somos filhos de Deus e muito mais fortes do que imaginamos.

Não sofra por antecipação, a ansiedade por medo do umbral exerce atração pelo umbral em você, então não olhe para o umbral, pois se olhar para ele, ele também vai olhar para você, já pensou nisso? 

Atraimos o que tememos. Deixe fluir e tudo acontecer naturalmente, o que deve ser, será.

O mundo espiritual é o mundo verdadeiro, as encarnações no mundo físico são apenas pequenos estágios na longa jornada e o umbral apenas pequenos períodos de readaptação.

Já notou que aquilo que tememos raramente acontece? A maioria das pessoas passa pelo Umbral sem grandes problemas, alguns nem notam que passaram.

Não faça do umbral o inferno católico, isso não existe.

André Luiz Martins e Silva
Blog Folha de Tucuruí Persepção

quinta-feira 25 2023

Os espíritos temem a morte?

Os espíritos temem a encarnação?

A chegada a este mundo (nascimento), é precedida de uma preparação, seguida da "morte" do espírito no mundo espiritual, pois ele perde a sua memória e a sua liberdade, e se lança a uma nova experiência cheia de incertezas, que ele não sabe se será bem sucedida.

Bem antes da encarnação, o espírito se prepara para a vida terrena, traça planos e metas visando ao seu aprendizado e evolução, sabe quem serão seus pais e seus familiares, o ambiente onde nascerá e as condições do seu corpo físico, geralmente tem também a perspectiva (não a certeza) de quantos anos viverá neste mundo, pois o seu tempo na terra pode ser alterado por suas ações e livre arbítrio. 

Mas ele não sabe se vencerá ou se falhará, ou todas as dificuldades que irá enfrentar, ou os erros que vai cometer e suas consequências.

Quando o óvulo é fecundado o espírito se liga ao corpo da mãe e começa a entrar em perturbação, perdendo gradativamente a lucidez e a noção de si mesmo, ao mesmo tempo seu corpo astral também sofre mudanças radicais, encolhendo e assumindo a forma do feto. 

Como sabemos, esta transformação é gradual e se dá em alguns meses, após o qual o corpo da criança nasce para a vida fora do útero.

Ao nascer os órgãos da criança ainda estão em formação, e ele é guiado quase que completamente pelos seus instintos animais de conservação, o espírito praticamente não tem consciência de si mesmo ou controle sobre o novo corpo, este controle se dá através de anos de adaptação, a reencarnação se completa mais ou menos aos sete anos, e está plena no início da idade adulta.

O espírito ainda não completamente encarnado, está confuso em contato com seu novo corpo, perde as memórias da sua vida passada, mas as mesmas ficam armazenadas em seu subconsciente determinando sua personalidade, capacidades e tendências natas.

Ao continuar a utilizar seu cérebro físico, e com o tempo, o espírito encarnado adquire novas percepções e memórias, iniciando uma nova vida praticamente do zero, é um livro de páginas em branco, e é nesta fase que os pais podem modificar suas tendências anteriores, pois sua personalidade é mais moldável pela educação familiar.

Até mais ou menos os sete anos de idade, os laços entre espírito e corpo ainda estão frágeis, assim não é incomum as crianças verem espíritos e lembrarem de fatos de suas vidas passadas, lembranças estas, que se apagam com o tempo  quando os laços entre espírito e corpo se fortalecem e se estreitam.

A partir da adolescência  o espírito vai adquirindo cada vez mais liberdade, até a fase adulta, quando a reencarnação se completa e ele tem a plenitude do seu livre arbítrio, se tornando completamente responsável pelos seus atos e suas consequências.

O que podemos afirmar, é que o mesmo medo do desconhecido que temos de "morrer" no mundo físico, nós temos também de "morrer" no mundo espiritual, pois nos dois casos, não sabemos qual vai ser o nosso futuro.

No entanto, a necessidade de encarnar e evoluir obriga o espírito a pedir a encarnação, pelo tédio do estado estacionário, e por ver seus amigos e pessoas queridas seguirem em frente evoluindo e ele ficando para trás.

Ao "morrermos" no mundo espiritual, como no mundo físico, também deixamos momentaneamente para trás  amores, amigos, e nos aventuramos em um outro mundo e uma nova vida, cheia de incertezas. Não é fácil.

Na velhice, vamos gradativamente perdendo o controle que adquirimos na infância sobre o nosso corpo físico, que começa a falhar e não mais obedecer ao nosso comando, inclusive o nosso próprio cérebro começa a falhar e entrar em perturbação, as fases infância/velhice são parecidas, só que invertidas.

A infância nos prepara para a vida no corpo físico, e a velhice nos prepara para o nosso renascimento no mundo espiritual, onde teremos que nos readaptar primeiramente expurgando as energias densas, os habitos e vícios adquiridos na vida física (é o que chamamos estada no umbral).

As energias, vícios e hábitos desta vida que eliminamos no umbral, cujo tempo varia caso a caso, são os apegos e cargas inúteis que nos prendem a este mundo, e impedem a readaptação plena ao mundo espiritual.

Uma vez completado o desencarne e o renascimento no mundo espiritual, o ciclo se completa mais uma vez.

André Luiz M e Silva
Blog Folha de Tucuruí Percepção

terça-feira 23 2023

Só os tolos e os desastrados atiram no próprio pé

Só os tolos e os desastrados atiram no próprio pé.

Quando uma pessoa faz mal a outra, e esta ação prejudica ela mesma, o ditado popular diz que esta pessoa atirou no próprio pé.

Fomos criados por Deus para viver em sociedade auxiliando uns aos outros, além do mais esta é a forma que o homem, um animal frágil perante a natureza e os outros animais, encontrou para viver em relativa segurança, em um mundo hostil e muito perigoso.

Mas em vez disso, nos dividimos e começamos a competir uns com os outros, buscando privilégios através do poder e das riquezas, desta forma, o mundo que deveria ser um mundo de paz e alegria, se transformou em um mundo de guerras, injustiças, tirania e horror. Perdemos o paraíso que nos foi destinado, e criamos o inferno do egoísmo e da violência na terra.

Estamos no mundo para evoluir e progredir nos auxiliando uns aos outros, esta é a Lei e não tem como fugir, no entanto, podemos escolher o caminho inverso, portanto de que forma vamos progredir e evoluir é escolha nossa.

Criamos a competição egoísta entre irmãos por poder e riqueza, e culpamos a Deus pela colheita de sofrimento e infelicidade na terra, fruto de nossas próprias escolhas. Nossas crianças são educadas para serem melhores que as outras, mais belas, mais ricas, mais inteligentes. Como isso pode dar certo?

Nossas crianças não são ensinadas a fazer o bem, a perdoar, a auxiliar, a respeitar e tolerar as diferenças, desta forma, como construir um mundo melhor?

Em todos os países do mundo as pessoas, não importa a religião, cultura ou ideologia só querem ser felizes e cuidar dos seus entes queridos. É isso que importa.

Podemos evoluir pelo amor e na paz, ou pelo sofrimento, guerras e intolerância. A escolha não deveria ser difícil.

As maiores conquistas científicas da humanidade se deram em períodos de guerras, os avanços científicos e tecnológicos durante as duas guerras mundiais foram fantásticos, mas às custas de muito sofrimento, miséria e violência.

O progresso poderia acontecer pelo amor, caso as guerras fossem contra as dificuldades humanas para sobreviver,  contra a miséria, a fome e as doenças, a opção do progresso pelo ódio, violência e dor foi e continua sendo uma escolha do homem.

As dificuldades para sobreviver neste mundo, assim como ter de lidar com as diferenças entre as pessoas, tem como objetivo o progresso intelectual e moral do ser humano, ao superar seus instintos primitivos e egoístas em favor da propria espécie, da natureza e do planeta.

Onde o amor poderia usar as diferenças em benefício de todos, a intolerância e o egoísmo usam para objetivos próprios e de grupos.

Somos como balões cujo destino é subir aos céus, mas não percebemos que todo aquele que derrubamos ou abandonamos, se transforma em um lastro nos prendendo ao solo.

Nenhuma ovelha se perderá, porque o bom pastor não permitirá que o rebanho avance para pastos mais verdes e de águas frescas, enquanto houver uma só ovelha perdida ficando para trás.

André Luiz M Silva
Blog Folha de Tucuruí Percepção