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quinta-feira 11 2024

Quando um salvador virá nos salvar?


Não espere que um salvador venha salvar a humanidade dela mesma.

Sim porque quase todos os males que afligem a mundo são causados pela própria humanidade, ou poderiam ser resolvidos ou amenizados se ela quisesse.

A única salvação possível virá da própria humanidade quando o homem aprender a cultivar a paz e o amor. Este será o verdadeiro milagre.

Estamos neste mundo para aprender as lições que ele nos oferece e a principal lição é o amor.

Enquanto não adquirirmos amor pelo próximo e pela natureza, o mundo será um local de dor e sofrimento.

Nenhum salvador virá nos livrar das lições que estamos aqui para aprender. Nenhum salvador pode nos salvar de nós mesmos.

Este mundo foi concebido para ser uma escola e não um paraíso ou uma colônia de férias.

O mundo físico está no meio do umbral, aliás o umbral foi criado e é mantido pela própria humanidade através dos seus sentimentos e emoções negativas, quando você aceitou reencarnar aqui sabia o que iria encontrar, também sabia dos benefícios se cumprir sua reencarnação até o fim, fazendo o melhor que puder, sua vinda foi planejada e em comum acordo com sua família e amigos, nada do que lhe acontece é por acaso, tudo isso q?foi planejado, ou foi consequência das suas escolhas que podem alterar sua vida.

Mas ao vir para este mundo você sabia o que poderia acontecer se fizesse escolhas certas ou erradas, sabia das possibilidades e aceitou vir, agora assuma as responsabilidades que assumiu sem revoltas e reclamações inúteis.

Nenhum salvador virá para o livrar das suas responsabilidades e dos compromissos que assumiu.

Então vivamos sem reclamar das nossas próprias escolhas e das consequências dos nossos atos.

Não viemos para este mundo obrigados, a não ser que sejamos um espírito mau e estamos em um exílio forçado, mas normalmente pedimos para encarnar, então vamos parar de agir como crianças e vamos assumir nossas escolhas e responsabilidades.

Namastê 

quarta-feira 10 2024

Porquê os casais se separam após a morte de um filho?


Porquê os casais se separam após a morte de um filho na visão espiritualista?


A morte de um filho é um grande trauma na vida dos pais, e um dos maiores sofrimentos que uma pessoa consegue suportar na vida.

Saber que nunca mais nesta vida, poderá ver, ouvir, sentir e abraçar um pessoa tão querida é motivo de sofrimento, frustração e revolta nos primeiros tempos.

Depois, caso o luto corra de forma natural, a pessoa se conforma e o sofrimento é substituído paulatinamente por uma saudade gostosa, pelas lembranças dos bons momentos, e pela esperança do reencontro para quem acredita na sobrevivência do espírito após a morte do corpo. Para quem não acredita a certeza do esquecimento eterno no nada e o fim do sofrimento da perda.

No entanto, a perda normalmente não é sentida e processada da mesma forma entre o casal. Aquele que permanece em sofrimento e revolta inútil, fica preso ao passado, enquanto o outro após algum tempo quer seguir a vida olhando para o presente e para o futuro.

Muitas vezes a pessoa que tem um luto difícil culpa o outro pelo que aconteceu, ou descarrega sua frustração no parceiro até mesmo sem perceber.

Além disso, a pessoa em um luto difícil assume a posição de vítima reclamando e se lamentando continuamente, criando um ambiente praticamente insuportável no lar.

A pessoa pensa que a sua inconformação e desespero é uma prova de amor, mas não é. A inconformação e o desespero é íuma prova de apego e de posse, seu ser querido está livre e quem sabe o seu desencarne foi um livramento de muito sofrimento para ele e para todos. Não conhecemos o futuro e o que nos aguarda. Um exemplo é que todos nós podemos trazer problemas genéticos que se apresentam em uma determinada idade.

Cada caso é um caso, no entanto Deus sabe o que é melhor para todos nós. A morte não é o fim, assim como o nascimento não é o começo, tudo é continuidade em um caminho sem fim.

Agora, todos estes problemas já mencionados pelo luto difícil, é só no aspecto físico e mental, quando partimos para o aspecto espiritual, aí é que a coisa se complica.

A pessoa em um luto difícil perturba as pessoas próximas e ao próprio desencarnado, pois entre esta pessoa e o encarnado existe uma ligação muito forte que atravessa qualquer distância, rompendo inclusive a barreira dimensional entre a dimensão física e a dimensão espiritual.

As emissões contínuas de pensamentos e emoções negativas de sofrimento e revolta, agem como um grande farol, atraindo toda sorte de espíritos sofredores e revoltados, pela similitude de vibração e frequência.

Atrai também os espíritos vampiros de energia, espíritos oportunistas e inimigos astrais que se aproveitam da brecha para o assédio.

O desencarnado sente os efeitos desta negatividade, e é atingido em cheio se estiver no umbral, o que aumenta a sua perturbação e o atrai ao antigo lar.

Esta aproximação do encarnado e do desencarnado estando ambos perturbados, causa diversos males a ambos, isso é o que se chama popularmente de "encosto".

Assim aquele lar se transforma em um ambiente carregado de energias negativas, que perturbam o casal provocando discórdias e desentendimentos, tornando a convivência insuportável.

Não temos no Brasil uma pesquisa sobre o número de casais que se separam após a morte de um filho, mas existem evidência de que este número é grande.

Segundo pesquisas nos Estados Unidos, a taxa de separação de casais após a morte de um filho é de 80%, acredito que o Brasil não fica muito abaixo deste percentual.

É preciso que as pessoas aprendam a lidar com a realidade da vida, acontecimentos graves como a desencarnação de pais e filhos, ainda mais por causas naturais, normalmente está no planejamento reencarnatório de todos os envolvidos e foi aceito por todos, mesmo que não se lembrem durante a encarnação.

Muitas vezes pressentimos estes acontecimentos, outras vezes não, conforme a sensibilidade de cada um e a utilidade desta revelação.

Devemos compreender e aceitar que não temos o controle do planejamento encarnatório estando encarnados. Este planejamento já foi feito e aceito previamente respeitando o livre arbítrio do espírito, que após a reencarnação não pode simplesmente mudar de idéia.

Outra coisa, tanto o nascimento quanto a desencarnação, fazem parte da evolução espiritual e acontecem no momento certo, não nos cabendo contestar estes eventos pela nossa perspectiva limitada, estando nós como espíritos encarnados em uma prisão em um corpo material. Depois de encarnado não adianta se arrepender das decisões tomadas no mundo espiritual.

Somente espíritos em grande sofrimento, e espíritos missionários com o objetivo de ajudar a humanidade ou seres queridos reencarnam de boa vontade. Os espíritos normalmente reencarnam com o objetivo de evoluir, não porque sentem prazer, mas porque precisam, espirito nenhum quer vir para o umbral. Outros encarnam obrigados pelos mentores como exílio ou prisão, o que também os ajudam a evoluir.

O que eu estou querendo dizer é que para o espírito a morte do corpo físico é uma libertação, é como um astronauta que tira seu trage espacial e pode se movimentar livremente e sem limitações.

Ele se sente livre, só o que o pode perturbar é a saudade e o sofrimento dos seres queridos que ficaram na terra.

Mas esta perturbação com o tempo se acaba, quando ele percebe a vida física sob nova perspectiva, compreende que a missão dos seus entes queridos ainda não terminou, compreende que o tempo na espiritualidade é diferente, André Luiz passou 8 anos no umbral sem perceber, quando voltou ao seu antigo lar muito tempo havia se passado.

Portanto para o seu ser amado que está consciente e adaptado ao mundo espiritual, o tempo de espera para o reencontro será breve.

Além disso, com o tempo, os pensamentos e emoções negativas de sofrimento e revolta dos parentes encarnados diminui, assim diminuindo os pensamentos e emoções perturbadoras que chegam a ele provenientes do mundo material.

Em resumo, a separação de casais após a perda de um filho é bastante comum e quase sempre inevitável.

O importante é que a vida continua e o reencontro com os entes queridos que partiram antes de nós é certo, não tenho nenhuma dúvida disso.

Namastê

segunda-feira 08 2024

A melhora antes da morte segundo a espiritualidade


Melhora da morte. Porquê as pessoas melhoram antes de morrer?

Acredito que todos nós já percebemos que a maioria das pessoas gravemente doentes, tem uma súbita melhora alguns dias ou horas antes de morrer.

Para muitos isso é inexplicável, e é bastante frustrante para os parentes e todos que os amam.

No entanto, a espiritualidade tem uma resposta simples para este fato. Acontece que todos nós temos laços energéticos que ligam o corpo físico, ao nosso corpo astral.

As preces e os pensamentos intensos carregados de emoção de dezenas de pessoas dirigidos ao doente desejando e implorando que ele não desencarne, atrapalham os espíritos socorristas no trabalho de cortar estes laços, liberando o espírito do corpo físico para que este siga seu caminho espiritual.

A conecção de pensamento e emoções entre o doente e seus entes queridos faz com que o próprio doente luta para permanecer no corpo físico, tentando impedir o desencarne, é uma hora de muito sofrimento para todos. Os entes queridos pedem para que o doente não se vá e ele sente estas vibrações de dor e sofrimento.

Quando chega o fim da encarnação não tem como reverter o processo de desencarne, pode ser que em situações raras e especiais, é permitida ao encarnado moribundo uma sobrevida por meses ou anos, no entanto, como eu disse são raríssimas excessões, cada caso é um caso, nenhuma desencarnação é igual, este é um fato especial, único e muito importante para todos nós.

Então chegado próximo ao momento da desencarnação os bons espíritos provocam uma energização do corpo físico, provocando uma melhora repentina aparente.

Esta melhora enche os entes queridos do doente de esperança e alegria, acreditando em um milagre eles mudam o seu pensamento e a sua vibração, aliviando a pressão energética sobre o paciente, facilitando que os espíritos socorristas façam o desligamento de forma mais suave e rápida, reduzindo o sofrimento e a perturbação do recém desencarnado.

Quando os seus entes queridos percebem o desencarne do doente, ele já estará desligado do corpo físico e protegido energeticamente em um Posto de Socorro, onde será tratado e colocado em sono profundo, para que as vibrações de desespero, sofrimento e revolta não atinjam o desencarnado o levando ao desequilíbrio.

A melhora repentina antes da morte é um ato de amor e caridade dos bons espíritos, saibam que após o desencarne toda a responsabilidade de ajuda e proteção ao desencarnado agora pertence a Deus e aos mentores, nada mais podemos fazer pelos nossos entes queridos que partiram, a não ser lhes dirigir pensamentos e sentimentos de amor, carinho, fé e esperança, que aliás, os ajudam muito a passar por esta transição e se readaptarem ao mundo espiritual.

Ao se afastar de um ente querido que voltou ao mundo espiritual, é preciso lutar contra o desespero e a revolta inútil contra um fato definitivo e sem volta. Todos nós vamos partir um dia.

Se o seu ente querido, por algum motivo ficar preso no umbral, que na verdade é uma zona de perturbação entre o mundo físico e o mundo espiritual, este sofrimento pode fazê-lo sofrer e se revoltar pela impossibilidade de voltar ao corpo físico, e ao ser constantemente chamado pode ficar ligado aos parentes e a sua antiga casa, e esta situação prejudica a todos, encarnados e desencarnados, criando profundas perturbações e atraindo espíritos sofredores e oportunistas voltados à vampirização energética e a obcessão.

Neste caso, temos o que os antigos chamam de encosto, em que o espírito desencarnado, na maioria dos casos sem saber e ter consciência disso, obsediam e são por sua vêz obsidiados pelos encarnados devido as ligações afetivas.

Então o melhor a fazer nos momentos de luto é orar a Deus pedindo proteção e luz para o ente querido que se foi, mentalizando pensamentos de amor, carinho e esperança.

Sei que isso é muito difícil quando a passagem é recente, mas com o tempo é estabelecida uma comunicação de pensamento sadia que vai aliviar a dor, ficando em seu lugar uma saudade positiva e cheia de esperança pelo futuro reencontro, o reencontro é a manifestação do amor e a bondade de Deus, que jamais separa definitivamente aqueles que se amam.

Muitos casais se separam após a desencarnação de um filho, acontece que nestes casos um dos pais não se conforma com a desencarnação do filho permanecendo em sofrimento, desespero e revolta, atraindo energias e seres negativos, criando um ambiente pesado e de perturbação na casa. Enquanto o outro quer seguir em frente e superar sabendo que tudo vai ficar bem, pois Deus sempre faz o melhor para todos, então quando isso acontece a separação se torna inevitável.

E talvez esta união fosse para proteger e ajudar em sua vida terrena o ente querido que partiu, neste caso finda a missão do casal o relacionamento se desfaz, cada caso é um caso.

Ao se separar de um ente querido que partiu para a pátria espiritual, procure seguir a sua vida com fé e esperança, seu ente querido terminou sua missão neste mundo, voltou para a casa espiritual e está a sua espera, agora é a sua vêz de seguir em frente com a sua missão até o final, quando por sua vêz também virá a sua libertação e o esperado reencontro.

Namastê

domingo 07 2024

Efeito Borboleta uma simples palavra pode selar nosso destino para o bem e para o mal.


Efeito Borboleta uma simples palavra pode selar nosso destino para o bem e para o mal.

Uma ação simples e sem aparente importância pode mudar completamente o futuro de uma pessoa e até o mundo, dependendo da reação em cadeia que esta ação provocar.

Assim todo esforço para a evolução e para o bem tem um potencial fabuloso, podendo direcionar o destino do ser e até mesmo de toda a humanidade.

Ao decidir trilhar o caminho da espiritualidade, o ser movimenta forças poderosíssimas, que provocam uma reação em cadeia e alcança proporções inimaginaveis.

Portanto não subestime a importância do seu esforço para adquirir e repassar conhecimentos e evoluir.

O conhecimento espiritual é como a água que se permanecer estagnada se contamina e se torna inútil e nociva, as energias positivas devem ser direcionadas para o bem da humanidade.

O conhecimento espiritual deve ser fluido e saciar a sede de conhecimento das pessoas, assim como a água sacia a sede de quem precisa.

Ao dividir o conhecimento o homem ensina e aprende ao mesmo tempo, isso é real, você aprende quando ensina, isso é um fato.

Portanto, procure ensinar o que aprendeu, divida o conhecimento que ele se multiplica, pois dividir o conhecimento é um ato de amor, e todo ato de amor sempre retorna multiplicado para quem ama, pois amor gera mais amor.

Existe apenas uma regra para o compartilhamento do conhecimento espiritual: O conhecimento espiritual jamais pode ser imposto a quem não o deseja ele deve ser compartilhado com quem quer e necessita do conhecimento, pois nem todos estão preparados para o adquirir, portanto o proselitismo é um erro.

Até mesmo quem precisa do conhecimento espiritual, se não o deseja, nada feito. No entanto, o conhecimento é como a semente jogada em solo seco, ficará adormecida até que a chuva caia e o ambiente se torne propício, então ela brota e cresce cumprindo o seu papel.

Mas poucos querem aprender, as vezes parece que estou pregando no deserto, dirão alguns...

Isso de pregar no deserto é uma ilusão e muitas vezes é apenas a vaidade falando mais alto, pode ser apenas desejo de reconhecimento público, que não significa nada.

A pessoa julga a importância de um trabalho espiritual pelo número de pessoas que reconhecem este trabalho?

Mas este raciocínio tem duas premissas falhas: a primeira é que se você conseguir ajudar uma só pessoa já terá valido a pena, pois esta pessoa pode gerar uma reação em cadeia e repercutir em outras centenas ou milhares de outras pessoas.

Portanto faça a sua parte, existem inúmeros trabalhadores do mundo espiritual que vão utilizar seu trabalho em benefício da humanidade, o homem planta a semente, o resto é por conta da natureza.

A segunda premissa falsa sobre a questão de pregar no deserto é pensar que realmente podemos estar sós. Nas 24 horas do dia e em qualquer lugar do planeta, estamos rodeados de espíritos, que nada mais são que pessoas comuns sem um corpo físico.

Estas pessoas também precisam de conhecimento e ajuda, e você ao compartilhar conhecimento espiritual com os encarnados, compartilha com eles também, quando você fala e enquanto grava uma mensagem ou um vídeo, você mesmo que não perceba está cercado de ouvintes, de pessoas como eu e você que necessitam de conhecimento e orientação.

Muitos destes espíritos que nos rodeiam, porr estarmos no umbral, estão tão perturbados e perdidos que são incapazes de serem ajudados por bons espíritos socorristas, tal o estado de confusão, ignorância e materialização em que se encontram.

Mas eles podem nos ver e ouvir, pois estamos muito materializados,  e assim podem se beneficiar do nosso trabalho, os próprios mentores podem os atrair para que aprendam conosco sobre a espiritualidade, sendo muito beneficiados com este conhecimento e orientação. Muitos postos de socorro estão localizados em lugares simples e modestos, como centros espíritas e igrejas na periferia das cidades e no interior, o encarnado quando vêem estes lugares não dão nada por eles, mas são faróis de Luz guiando incontáveis números de espíritos necessitados e em sofrimento. Mesmo que você pregue literalmente no deserto, se for sincero, muitos estarão te ouvindo atraídos por sua luz e vibração.

Não se iluda, a solidão não existe de fato, tanto nas boas como nas más acões, você sempre estará cercado de testemunhas, companheiros na luz, ou comparsas das trevas, a escolha é nossa.

Assim, ao dividirmos nosso conhecimento estamos ajudando muitas pessoas mesmo sem percebermos, e na medida que auxiliamos, somos auxiliados também, na medida em que ensinamos também aprendemos, pois todos temos muito o que ensinar uns aos outros.

Nenhuma obra do bem é perdida, toda acão gera uma reação em cadeia, por isso na maioria das vezes jamais saberemos o verdadeiro alcance dos nossos atos, mas Deus e o universo sabem, e pela Lei da Semeadura colheremos tudo o que plantarmos, ação e reação, causa e efeito.

Tudo o que fazemos e todas as nossas escolhas tem consequências, até não escolher já é uma escolha e tem consequências, é impossível ficar em cima do muro, pois geralmente o muro pertence ao lado das sombras. O bem Nunca se omite, ele sempre assume uma posição.

Já que é impossível não fazer escolhas, a atitude mais lógica e sensata é procurar fazer mais escolhas boas do que escolhas ruins, e nossa vida será útil e proveitosa, assim em nossa volta para a pátria espiritual, seremos recebidos em festa por nossos amigos, mentores, e pela nossa família espiritual, como um vitorioso que retornou bem melhor do que partiu.

Namastê

sexta-feira 05 2024

Como foi minha visita em uma cidade no umbral?


Conheci uma cidade do umbral na primeira manhã do novo ano.

Na manhã do ano novo fui levado para conhecer uma cidade do umbral, ao que parece é uma cidade bem próxima do mundo material.

Digo isso porque tanto a cidade que visitei, como seus habitantes, vestes e costumes são muito parecidos com os deste mundo.

Não era o umbral denso, pois havia a luminosidade do sol, se bem que com uma luz meio amarelada e menos intensa mas o dia estava bom e claro, não havia abismos, seres monstruosos, tempestades, pântanos e nem seres sofredores vagando, é uma cidade comum, portanto, tem uma vibração semelhante a uma cidade normal.

No entanto, sua vibração me parecia mais deprimente que uma cidade comum e a população um pouco confusa, é difícil explicar pois a diferença é muito sutil, mas existe diferença.

Os habitantes desta cidade sabiam que não estavam encarnados, no entanto, viviam e agiam como se estivessem no mundo material, achei isso estranho, eles tentam levar uma vida material no mundo espiritual, eu acho que é isso que me passou a impressão de um certo alheamento e uma obcessão por levar uma vida material.

Eles insistem em manter uma realidade que na verdade não existe, isso a meu ver, é que os mantém no umbral os impedindo de passar para o mundo espiritual, suas mentes estão presas entre dois mundos. Mas eles não percebem isso, ou fingem não perceber, é muito triste.

Acredito que com o tempo se cansarão desta situação, e ela se tornará tão insuportável que procurarão ajuda. E se procurarem vão encontrar, pois não estão abandonados.

Eles me pareceram muito apegados a sua vida e a seus afazeres materiais e estão tão absorvidos pela matéria e obsecados pela vida que deixaram, que não tem a noção de suas possibilidades como espíritos livres.

No umbral os espíritos ficam confusos e obcecados tentando viver como se estivessem no mundo material, eu via tudo de forma natural como se estivesse em uma cidade normal, não sei porquê pois tinha algo estranho, talvez a influência do umbral tenha me afetado, pensei que a cidade fosse Goiânia, uma cidade em que viví uma boa parte da minha vida.

Só depois que acordei e passou a perturbação eu percebi que na verdade eu estava em uma cidade do umbral ligada ao Brasil, pois tudo era familiar, até as pessoas e a língua falada.

Se eu fosse um asiático, provavelmente seria atraído para uma cidade do umbral parecida com um cidade asiática conhecida, o que é perfeitamente lógico, pois as cidades do mundo espiritual, assim como as nossas no mundo material, são criações da mente humana, portanto, é lógico que estas cidades sigam os mesmos padrões dos seus habitantes.

Conforme a humanidade evolui estes padrões vão se tornando uniformes, diminuindo até cessarem as diferenças, já que as diferenças se devem à inferioridade espiritual e a influência da matéria.

Continuando, eu me sentia perdido, mas acreditava estar em Goiânia e pedia as pessoas para me indicar o caminho para o centro da cidade, onde poderia me orientar.

As pessoas me olhavam como se a minha pergunta fosse absurda, com um olhar surpreso e ao mesmo tempo divertido, como se olhassem para um bêbado que falasse coisas sem nexo, e eu pensava que eram burras pois não sabiam qual rua levava ao centro da cidade que moravam.

Certamente eles sabiam que eu era um encarnado e se divertiam com a minha confusão, e quando eu insistia para que me indicassem o centro da cidade e a Praça do Bandeirante onde eu pudesse me localizar eles diziam que não sabiam onde era, o que me deixava irritado.

Assim eu continuei andando e perguntando para as pessoas onde era o centro da cidade e a tal praça, até que entrei em um beco e fiz a pergunta a um homem que ia passando e ele me deu uma resposta semelhante, mas percebi que ele me olhava de um jeito estranho e me disse que estava com fome passando a mão pelo seu estômago.

Então eu reparei que este homem era muito esquisito, tinha a pele marrom esverdeada parecendo um cadáver ressecado, sentí que ele queria me roubar e tentei fugir, mas ele me alcançou e começamos a lutar, sentí que eu era mais forte que ele e podia lhe machucar, mas mesmo assim ele grudava em mim e eu não conseguia o afastar.

Nesta hora voltei para o corpo e acordei, muito cansado, com uma sensação de depressão, tristeza e com uma energia ruim.

Sei que não foi um pesadelo, pois apesar de não ter percebido que eu estava fora do corpo e no umbral, eu estava lúcido, o ambiente era normal e estava de dia, fora o vampiro espiritual tentando roubar minha energia, tudo era exatamente igual ao mundo material.

Esta energia negativa me afetou durante toda a manhã, eu sabia que estive em uma cidade do umbral e tinha a impressão de que iria morar lá quando desencarnasse e isso me deixava muito deprimido.

Foi aí que recobrei a lucidez e percebi que estava sendo assediado e vampririzado, provavelmente pelo mesmo espírito que eu havia encontrado, então reagi e lhe disse que estava de olho nele e que eu sabia o que ele estava fazendo, lhe disse que ele estava mentindo, eu não ficaria naquela cidade porque não sou um materialista obcecado e não gostei daquela cidade, portanto minha vibração era incompatível com aquele ambiente.

Quando eu disse isso sentí alguns arrepios, provavelmente o espírito ficou com muito ódio de ter sido pego no assédio, e eu senti sua vibração em minha aura, então me esforcei para elevar a minha vibração com bons pensamentos e acendí incensos pela casa, o que elevou a vibração do ambiente me desconectando dos habitantes do umbral.

Eu com certeza tive uma projeção astral semi-lúcida e recuperei toda a minha experiência e tudo o que aconteceu no astral com muita clareza, diferente do sonho comum.

Certamente, mesmo que sem perceber, nesta viagem pelo umbral, eu estava sendo acompanhado pelo meu mentor, esta provavelmente foi uma lição e um teste para ver como me sairia sozinho no umbral, e como eu me sairia em um confronto direto com um vampiro espiritual.

Acredito que a experiência foi positiva, ela mostrou algumas falhas em mim, uma foi a minha incapacidade de manter a plena lucidez e de perceber que estava fora do corpo.
A outra falha foi não ter colocado em prática os conhecimentos sobre como agir quando confrontado no astral com espíritos maus.

Eu jamais poderia ter me entregado ao medo e fugido, pois o medo nos torna uma vítima, quanto mais sentimos medo, mais os espíritos inferiores nos atacam e subjugam, por isso eles costumam se apresentar como demônios ou monstros, é para amedrontar, mas na realidade são pessoas como eu e você só que usando "fantasias", não tem porque sentir medo.

Além do medo, eles se aproveitam também da nossa culpa, remorço ou baixa auto-estima para nos dominar. Na verdade eles se aproveitam de todo pensamento, sentimento e emoções negativas para nos dominar e vampirizar, nossa energia é disputada e preciosa no umbral.

É preciso praticar muito o desapego, a auto-estima e o equlibrio interior para não ser aprisionado pela energia do umbral, e a única forma de evitar isso é mantendo a auto-confiança, auto-estima, amor no coração, equilíbrio, mantendo uma frequencia alta o mais tempo que puder.

Como estamos no umbral e aprisionados em um corpo material, manter a alta frequência o tempo todo é impossível, a própria psicosfera do umbral ao nosso redor dificulta muito manter uma frequência mais elevada, mesmo espíritos elevados quando encarnados, e portanto sendo forçados a viver no umbral, mesmo eles, tem momentos em que sua vibração baixa, o segredo é sempre que isso acontecer, recuperar o equilíbrio e elevar a nossa vibração o mais rápido possível.

É por isso que o exílio dos habitantes do umbral é necessário, para que a terra passe a ser um mundo de regeneração, pois a influência do umbral denso prejudica esta transformação, por isso existe a transição planetária, que pode durar de algumas décadas a um século, talvez até mais, pois durante a transição todos os habitantes do umbral terão a chance de permanecer na terra.

Deus é amor e dará a todos a chance de permanecer na nova terra, ele não quer separar os exilados dos seres queridos que permanecerão na terra regenerada.

Mas muitos terão que partir, no entanto, os que forem exilados também terão novas chances conforme adquirirem merecimento no futuro, pois nenhuma ovelha se perderá.

Namastê