Como Hugo Chaves o prefeito de Tucuruí acumula um poder quase que absoluto. Sancler tem a prefeitura, a maioria na Câmara Municipal, o apoio do Governo do Estado (o episódio do julgamento prova isso), e toda a imprensa e mídia do município (exceto nosso humilde blog). Sem praticamente nenhuma oposição e contando com uma propaganda maciça no rádio e televisão, além de controlar a arrecadação milionária da PMT, Sancler administra a prefeitura praticamente sem nenhum tipo de controle. Nem o poder judiciário consegue exercer um mínimo de controle sobre as ações do prefeito e ilegalidades na PMT, haja vista a manutenção do nepotismo na prefeitura, apesar das sucessivas denuncias ao Ministério Público.
Além disso, com exceção do James do Popular o prefeito não tem nenhuma oposição significativa, pois os seus potenciais adversários estão sob controle. Sancler destruiu a imagem e o grupo de Cláudio Furman (cooptou a maioria) e lhe tomou até o partido (PTB), comprou o apoio da liderança do partido do Joilson (PT), tem o Dep. Parsifal sob controle, já que o ex-prefeito precisa dele para aprovação de suas contas na Câmara Municipal.
Além disso, com o apoio do PT (soubemos que esta aliança em breve vai se estreitar) e com o Dep. Jordy (PPS) como candidato a vice na chapa de Jatene, Sancler pode ficar tranqüilo, ganhe quem ganhar para o governo do estado, Sancler sempre terá o apoio do Palácio dos Despachos.
Fala-se também nos bastidores políticos em uma Secretaria na PMT para o Paulo Rocha e seus mais chegados, na administração passada o Dep. Zé Geraldo e a Dep. Bernardete tinham uma Secretaria (O Séc. era Carlos Lira), agora é a vez do mensaleiro. É o balcão de negócios do PT.
Diante disso fica evidente que Sancler precisa ser fiscalizado e precisa de oposição para que seja mantido pelo menos um mínimo de equilíbrio de forças políticas na cidade. Nesta conjuntura, o único político hoje, capaz de se opor a Sancler é o James. E já sabem disso, tomamos conhecimento que James teria recebido uma oferta de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões) pelo Posto Popular, feita por um empresário paraense. Evidentemente querem que James deixe a cidade para se verem livres da única ameaça à hegemonia de Sancler.
Joilson também poderá se tornar uma alternativa viável caso deixe o PT, já que a cada eleição as leis eleitorais se tornam mais rígidas o que certamente levará muitas eleições a serem decididas na justiça. Com um partido tão fácil de ser comprado, Joilson no PT não terá a mínima chance se tiver que disputar a prefeitura com Sancler.
Mas para o prefeito nem tudo são flores, ele terá que abrir os cofres da PMT para bancar as campanhas de pelo menos dois ou três candidatos a deputados estaduais só em Tucuruí (sem contar outros dois de fora que trocaram seus votos pela traição do PT), pelo menos um ou dois deputados federais (o sogro) e talvez o Puty, e fazer a fita (capa) para a reeleição de Ana Júlia que o apóia; também deve dar uma “força” para a chapa de Jatene que tem o vice do seu partido. Mesmo para uma prefeitura rica, acreditamos que o golpe será mortal para as finanças da PMT (já vimos este filme antes). E não estamos nem contando com as “despesas” que Sancler terá (com recurso ou não) com o processo na Justiça Eleitoral. Que Tucuruí se prepare, dinheiro não aceita desaforo. Em outra ocasião trataremos do assunto, muita coisa ainda está para acontecer e não queremos colocar a carroça na frente do cavalo. Tudo tem seu tempo.