Um amigo nos contou que precisou resolver um problema no prédio da prefeitura, lá chegando verificou que além de inúmeros carros havia uma grande movimentação além do normal.
Nosso amigo perguntou ao porteiro a razão da grande movimentação na prefeitura, e ficou sabendo que um determinado pastor evangélico estaria ministrando um culto no último andar do prédio (como todos sabem o Gabinete do Prefeito fica no último andar). O cidadão subiu e se deparou com um grande número de pessoas, inclusive o prefeito, assistindo ao culto. Durante o culto foi pedido às pessoas que dessem as mãos para que se formasse uma corrente, todos obedeceram e oraram, inclusive o prefeito teria se ajoelhado e elevado às mãos aos céus.
Terminado o culto o prefeito cumprimentou a cada um dos presentes e se retirou para o seu gabinete. O nosso amigo então perguntou a um assessor se poderia falar com o prefeito, tendo recebido como resposta que o prefeito não estava atendendo à população e que não havia previsão de quando ele receberia o povo.
O rompante religioso do prefeito no "dia da oração", coincide com uma provável anulação do julgamento no TRE, no referido julgamento o prefeito foi absolvido no processo por compra de votos. É louvável que o prefeito recorra a Deus em uma hora de dificuldades, mas é bom lembrar que Deus é imparcial e ama a todos os seus filhos igual e indistintamente, portanto a ajuda divina está condicionada ao MERECIMENTO, e ao bem que esta ajuda pode trazer A TODOS, e não somente ao suplicante (um exemplo negativo de oração foi a "oração da propina" dos deputados em Brasília, não estamos comparando).
Todos nós interagimos uns com os outros, e tudo o que acontece a cada um de nós afeta a todos direta ou indiretamente, portanto a justiça divina não se corrompe e não concede privilégios a ninguém.
Continue orando prefeito, mas não só para que o Senhor alcance vitórias, mas que estas vitórias, caso Deus as permita, que sejam justas e que beneficiem a toda população de Tucuruí.