Na última Sessão da Câmara Municipal, compareceu o Diretor da CTTUC que foi questionado pelos vereadores. O principal questionamento foi que apesar de ter se passado mais de três meses da aprovação da Lei dos mototaxistas, e até agora nada mudou, o serviço continua uma baderna e os clandestinos continuam nas ruas (muitos sem habilitação) colocando em risco a vida dos cidadãos. Outro questionamento é a liberação de infratores e veículos por interferência política. Segundo o Diretor da CTTUC não está tendo fiscalização do serviço de Mototaxi porque até agora o diretor não tem conhecimento do teor da Lei. Segundo informações do Diretor, a Lei está "engavetada" na Procuradoria Jurídica. O Vereador Bena pediu a lista dos contemplados com concessões de serviço de mototaxi, pois segundo ele existem comentários de favorecimento político (se conhecemos como funciona a política em Tucuruí o estranho seria se não houvesse favorecimento).
Vereadores não vão mais aprovar projetos do executivo
O vereador Titonho disse que não vai mais aprovar os projetos do executivo enquanto as indicações dos vereadores não forem atendidas pelo prefeito, e os projetos e as leis aprovados pelos vereadores não forem colocados em prática, principalmente as leis de transito, inclusive a Lei de Carga e Descarga de mercadorias no centro da cidade.
O Independente empatou de 2x2 com o São Raimundo, e mais uma vez para variar a "culpa" foi do juiz e dos bandeirinhas. Já falamos para colocar o Pepino como presidente do Independente para o galo nunca mais perder uma partida e para que o juiz ajude o time a ganhar.
O ex-professor da zona rural de Tucuruí, Sérgio Wilson nos mandou esta carta de indignação para ser publicada, enviou também uma cópia a cada um dos vereadores. Será que algum vai ter coragem de se manifestar? Queremos ver até quando a Câmara vai conseguir se omitir diante dos problemas da população.
Para o Folha esta carta diz tudo por si mesma.
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CARTA DE INDIGNAÇÃO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MARIVANE. POR ABUSO DE PODER,
PERSEGUICÃO E INCOMPETÊNCIA AMINISTRATIVA.
Eu, Sérgio Wilson de Jesus Souza. ex-professor de zona rural, demitido pela Secretária de Educação Marivane, venho por meio desta carta fazer um "raio x" da Marivane e sua administração.
Em primeiro lugar, eu quero dizer que a Marivane é arrogante, prepotente, ignorante, ditadora, fechada, indiferente, inflexível e outros adjetivos.
A Marivane, não está nem aí para a opinião pública e nem para os vereadores. Uma mulher que nunca veio nas rádios de Tucuruí; uma mulher que só foi na Câmara porque os vereadores ameaçaram cassá-la; uma mulher que não gosta de responder perguntas, não gosta de ser interrogada. Ela tem que se conscientizar que é uma pessoa pública, sendo assim, ela deve explicações ao povo e aos vereadores de suas decisões e de sua administração.
Vocês precisam fazer uma matéria na zona rural com os pais, mães e professores para descobrirem a verdade. Eu me pergunto, por que a educação de zona rural é diferente da educação de zona urbana, e não encontro respostas convincentes. Por que em algumas escolas o professor tem que parar a aula para fazer merenda, por que não tem merendeira? E mais, por que algumas escolas não têm vasilhame para gás, tendo a comunidade que emprestar para a escola, para que a merenda seja feita? Porque o professor ou líder comunitário tem que vir a cidade buscar a merenda, material de limpeza, gás e material didático, onde está o carro traçado de uso exclusivo da educação de zona rural? Por que ela insiste em um sistema de educação antigo e barato que não aparece à produção do professor e nem o desenvolvimento do aluno, o qual fica cinco séries juntas, dentro de uma sala de aula (alfa, 13, 23, 33 e 43), que é o sistema multisseriado; por que na zona urbana o sistema é seriado, um professor para cada série; o que difere o QI dos alunos de zona urbana e zona rural é o sistema de educação aplicado e a qualificação dos professores.
Por que os professores contratados não recebem os quinze dias de férias em janeiro e nem uma ajuda de custo para entrar para trabalhar, o mesmo, tem que se "virar nos trinta", pegando dinheiro emprestado para entrar para zona rural. Por que os professores não recebem o abono do FUNDEB, que é a sobra de todo dinheiro recebido pelo MEC durante todo ano dividido pelo número de professores da rede básica. Por que não existe um contrato de trabalho formal de um ano para o professor assinar quando é contratado, tendo como prova vincular, apenas o contracheque. Por que algumas escolas são improvisadas? Por que algumas escolas não têm energia? Por que os professores do módulo (58 a 8ª, tem garantia de dois horários; em quanto, os professores da educação básica (18 a 48), só tem dois horários os que tem trinta alunos; a questão dos professores terem famílias e das dificuldades da zona rural, não são suficientes para a garantia de dois horários para todos? Por que não existe casas para os professores, onde os professore tem que morar nas casas dos pais e mães de alunos. Por que não existe um programa de qualificação superior para os professores que só tem o magistério? Por que os professores contratados não recebem ticket alimentação, já que, os professores contratados representam noventa por cento dos professores de zona rural; sem os professores contratados, a educação de zona rural pára; não existe educação na zona rural sem os professores contratados; ela sabe disso e o SINTEP, também. Por que não há uma equiparação em todos os sentidos, nas duas educações: urbana e rural?
O MEC deposita todos os meses milhões de reais na conta da secretaria de educação. Por que esse dinheiro não é usado para resolver os problemas da educação de zona rural? Está-se brincando de fazer educação na zona rural; se está empurrando a educação de zona rural com a barriga. É brincadeira! Isto é uma vergonha!
Os professores de zona rural são verdadeiros heróis anônimos, onde deveriam receber uma medalha por coragem, bravura e heroísmo. Eles merecem!
Aquela frase "educação igual para todos", é pura utopia, demagogia e propaganda falsa. Eu comparo com o exemplo de um réu rico e outro réu pobre, onde o réu rico ganha, sempre; é a realidade é primo rico(educação de zona urbana) e o primo pobre (educação de zona rural). Por que poucos querem tudo; enquanto, muitos só querem um pouco? Se você quer conhecer alguém de verdade, dê poder a essa pessoa; você verá se essa pessoa mudará o seu comportamento ou não; foi o que aconteceu com Hitler.
Essa mulher é igual a "feijão duro", só vai na pressão. Está na hora do povo e vereadores levantar-se e desencadear um movimento de impeachment contra essa mulher ditadora e inflexível; esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Uma mulher que não dá a mínima para o povo e não atende aos pedidos dos vereadores; e não tem uma boa relação política com os vereadores. Isso não é bom para o futuro político do Sancler. Sancler, vamos puxar a orelha dessa mulher.
Sem mais no momento, um grande abraço do ex. professor de zona rural, Sergio Wilson de Jesus Souza.
Mata nativa do bosque de Tucuruí, na mira do prefeito e ameaçada de desaparecer
Esta parte da mata nativa do bosque de Tucuruí que tem resistido em pé a inúmeros e sucessivos desgovernos municipais, parece que não vai resistir a este. Esta parte da mata está jurada de morte para atender aos interesses e compromissos políticos do prefeito e sua sanha de destruição do meio ambiente. Segundo informações, a derrubada da mata é só uma questão de tempo.
A sentença de morte das pobres árvores já está assinada. Com certeza após este crime contra a natureza Tucuruí ficará muito mais pobre. Agora nos digam, reclamar para quem? Só nos resta mostrar ao povo o que estão fazendo com a natureza e conscientizar os jovens que herdarão o meio ambiente degradado e a natureza morta.
Seria o caso de denunciar ao IBAMA, mas para quê se o próprio IBAMA autoriza a derrubada de árvores protegidas por lei, como foi o caso da castanheira do Bairro Colinas. Foram lá com o corpo de bombeiros e mesmo sem a aprovação da pessoa que tem a posse da área, e sem a aprovação dos fiscais da SEMMA, derrubaram a pobre castanheira sem dó nem piedade e ainda levaram o tronco, deixando a sujeira e a galhada sem valor, e alguns pés de buriti que foram também derrubados e também não tem valor comercial.
O meio ambiente em Tucuruí tem sido tratado com ódio e atacado de todas as formas possíveis e imagináveis, principalmente por quem tem o dever jurídico e moral de defender a natureza.