A Prefeitura de Tucuruí recebeu recurso através de um convênio com o Governo Federal, para a compra de veículo escolar. Dados do convênio:
Número Convênio: 656907
Objeto: AQUISIÇÃO DE VEICULO ESCOLAR NO AMBITO DO CAMINHO DA ESCOLA
Órgão Superior: MINISTERIO DA EDUCACAO
Convenente: PREFEITURA MUNICIPAL DE TUCURUI
Valor Total: R$121.770,00
Data da Última Liberação: 01/04/2010
Valor da Última Liberação: R$121.770,00
"A ausência de imparcialidade é o vício mais repugnante na prestação jurisdicional. O fato demonstra a influência política que membros de TREs exercem, quando deveriam ter imparcialidade para julgar pelejas político-partidárias. Essa questão não é pontual, mas sintomática."
(Conselheiro José Adonis Callou, cuja reflexão calou fundo na sessão de hoje do CNJ). (Blog da Franssinete).
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Nota do Folha: Infelizmente esta é uma triste realidade, principalmente no Pará!!!
Depende dos atores e da localização geográfica. Em termos de aliança nacional o casamento não poderia estar mais sólido e o relacionamento não poderia estar melhor.
Já no Pará a coisa ta feia, a separação foi e está sendo muito traumática, com as esperadas acusações mútuas de traição, em que para ambos os lados sempre é o “outro” que não presta, nunca prestou e nunca vai prestar. É o PT tentando se manter no poder e o PMDB (leia-se Jader) tentando manter o seu poder político e a sua influência no estado. O amadorismo político do PT e o caciquismo do PMDB, é que tem emperrado qualquer acordo ou reconciliação até o momento. Mas o poder faz milagres entre os políticos e se for conveniente PT e PMDB darão um jeito de se entenderem no futuro.
Em Tucuruí vivemos uma situação política insólita e muito diferente da política em nível de estado. Apesar de terem se passado um ano e seis meses das eleições municipais, nem o prefeito e nem a oposição desarmaram os palanques. O prefeito vive eternamente em campanha, perseguindo alguns, privilegiando outros e passando a mão na cabeça de todo mundo em busca de apoio. Não admira que a prefeitura esteja arrasada e a cidade um caos. Qual administração e orçamento agüentam tanto tempo de campanha eleitoral?
Já O PMDB e o PT vivem situações interessantes, as elites dos dois partidos colocam como prioridade a eleição estadual e estão dispostas a sacrificar tudo (inclusive a prefeitura) para ganhar as eleições, enquanto as militâncias dos dois partidos em Tucuruí vivem a expectativa do poder, à espera da decisão da justiça eleitoral.
Desta forma o casamento PT/PMDB se mantém apesar do desejo de separação de boa parte dos dirigentes dos dois partidos, interessados em suas conveniências pessoais. Desmanchar o casamento agora seria contrariar e frustrar as expectativas das bases, o que poderia levar os líderes dos dois partidos a sentirem as conseqüências do “Efeito Navegantes”. Isso em ano eleitoral teria conseqüências catastróficas.
Efeito Navegantes
O ex-prefeito Navegantes tinha um grande carisma e um eleitorado fiel, que o acompanhava em todas as eleições. Em sua maioria gente simples e ribeirinhos estes eleitores quando acreditam e gostam de um político não mudam de lado com facilidade (Jader tem um eleitorado deste tipo). Todos conheciam a rivalidade entre os eleitores do Navegantes e Parsifal e dos eleitores do ex-prefeito Cláudio Furman, eram como água e óleo tipo Garantido e Caprichoso em Parintins.
Pois bem, Navegantes conseguiu encerrar a sua carreira política e perder todo o seu eleitorado de uma só vez e em um só dia. Furman era prefeito e Navegantes havia perdido a eleição para deputado estadual, então sem levar em conta a sua base eleitoral resolveu se aliar a furman e divulgar a aliança de surpresa em uma festa em sua casa, com cobertura do rádio e televisão e com direito a fogos de artifício abraços, beijos e tapinhas nas costas entre os ex-adversários.
Foi uma surpresa geral entre a população, quem não gostou mesmo foram os eleitores do Navegantes, que se sentindo traídos pelo líder, o abandonaram e se dispersaram entre o Deley e Parsifal. Furman naquele momento e de uma só tacada havia se livrado de uma vez por todas de um dos seus maiores adversários políticos. Uma jogada de mestre.
Mas, perguntariam alguns, por que os eleitores de Furman também não o abandonaram? Simples, porque eles estavam no poder e porque conseguiram perceber o alcance da situação, foi o Navegantes que se rendeu a Furman e entregou seus seguidores. Furman saiu como vencedor e exímio estrategista (o que é verdade). O povo não é tão bobo como parece.
Este foi o fim da carreira política do Navegantes. O líder tem que ter credibilidade e deve ser confiável. Ninguém segue e confia em uma metamorfose ambulante, que a todo o momento muda de rumo, de cor e de lado.Um só erro, um minuto de "bobeira" pode encerrar uma carreira política promissora.
É muito perigoso frustrar as expectativas do povão, principalmente quando estas expectativas envolvem o poder e a paixão política.
Uma figura importante do PMDB e fiel escudeiro do Dep. Parsifal em Tucuruí parece que contraiu a febre amarela e está saindo constantemente em defesa do prefeito Sancler. Não se sabe com certeza até o momento se a "posição" se deve a interesses do PMDB, do Dep. Parsifal ou por interesse particular do próprio peemedebista.
Parsifal está em guerra com o PT a nível estadual, e Sancler controla a maioria da Câmara Municipal de Tucuruí (a minoria é do PT), que deverá apreciar as contas do Deputado e ex-prefeito, portanto (pelo menos teoricamente) o Dep. teria motivos para temer a tomada do poder em Tucuruí pelos petistas, mesmo sabendo que o atual prefeito não é muito confiável (Deley que o diga).
O PMDB também teria motivos para não querer que o PT assumisse uma importante prefeitura como a de Tucuruí que além de ser a quinta arrecadação do estado, tem potencial para influenciar a política em praticamente todos os sete municípios do entorno do lago e também Cametá. Como a PMT está emperrada, engessada e falida seria melhor para o PMDB que a mesma ficasse com o PPS, Sancler fragilizado e refém da própria base e da justiça eleitoral, não seria nenhum risco.
Já a figura do PMDB além dos motivos acima expostos, tem projetos em execução na cidade, que podem ser dificultados pela PMT, e ao mesmo tempo sonha em voltar ao poder e ao primeiro escalão da prefeitura. Uma pretensão de realização improvável, mas possível no atual governo que está fragilizado e em busca de apoios e tábuas de salvação. Já em um governo petista este seria um sonho quase impossível, já que enfrentaria uma forte rejeição dos "companheiros", a quem o peemedebista não perde a oportunidade de atacar, mesmo sem motivo aparente.
Seja por uma das razões acima descritas ou por todas elas, fica só uma grande certeza: Não existe (para variar) qualquer preocupação com o PMDB (como partido) em Tucuruí, e principalmente nenhuma preocupação com a base peemedebista na cidade (a militância fiel, chamada de família 15), que sempre fica esquecida em todos os planos (menos os eleitorais) e acordos políticos, acordos estes que no fim das contas somente beneficiam as elites do partido.