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quinta-feira 23 2010

Em agosto, desemprego no Brasil teve a menor taxa histórica

RIO - O mercado de trabalho brasileiro registrou em agosto queda recorde no desemprego e a renda bateu o maior patamar desde o início da série, em 2002. A taxa de desocupação nas seis principais regiões do país atingiu 6,7% no mês de agosto, inferior à taxa de 6,9% registrada em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

No confronto com agosto do ano passado (8,1%), a taxa é 1,4 ponto percentual menor.

A população ocupada somou 22,135 milhões de pessoas em agosto, alta de 0,5% sobre julho e avanço de 3,2% contra igual mês do ano passado.

O número de desocupados totalizou 1,600 milhão, queda de 2,6% na comparação mensal e recuo de 15,3% na anual.

A média de janeiro a agosto da taxa de desocupação, foi estimada em 7,2%, registrando decréscimo de 1,3 ponto percentual em comparação com idêntico período do ano passado (8,5%).
Poder de compra

O rendimento médio do trabalhador brasileiro ficou em R$ 1.472,10 em agosto, maior alta dos últimos oito anos e que representa alta mensal de 1,4% e elevação anual de 5,5%.

Na média dos oito primeiros meses, a renda também alcançou patamar recorde, a R$ 1.429,21.

O rendimento médio real dos trabalhadores na análise regional, em relação a julho, cresceu em Recife (4,4%), Salvador (3,3%), Rio de Janeiro (2,5%) e em São Paulo e Porto Alegre (0,7%). Ocorreu estabilidade em Belo Horizonte. Frente a agosto do ano passado todas as regiões tiveram alta: Recife (17,5%), Salvador (7,7%), Belo Horizonte (6,6%), Rio de Janeiro (5,7%), São Paulo (3,8%) e Porto Alegre (6,4%).

O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (10,2 milhões) subiu 0,4% em relação a julho e, em relação a agosto do ano passado, cresceu 7,2%, representando um adicional de 685 mil postos de trabalho com carteira assinada nesse período.

A massa de rendimento médio real dos ocupados, (R$ 32,9 bilhões) em agosto de 2010, ficou 1,8% maior do que a registrada em julho. Em relação a agosto do ano passado, a massa cresceu 8,8%.

A massa de rendimento médio real efetivo dos ocupados (R$ 32, 5 bilhões em julho de 2010) cresceu 1,6% no mês (junho) e 9,2% em relação a julho de 2009. 

Reuters/Brasil Online O Globo

O Brasil agradece, Ayres Britto

Do Blog Flanar
 
 Tudo corre dentro do previsto no julgamento do recurso daquele santo chamado Joaquim Roriz, que selará o posicionamento do Supremo Tribunal Federal acerca da aplicabilidade imediata, ou não, da "Lei da Ficha Limpa": o ministro Carlos Ayres Britto votou pela moralidade pública e o julgamento foi suspenso, adiando a decisão e aumentando os níveis de estresse de uma legião de fichas sujas, que aguardam o desfecho do caso.
 
As vistas foram pedidas pelo caçula da corte, ministro Dias Toffoli, de quem se espera um voto pela abertura da porteira, inclusive porque sua indicação à Suprema Corte não convenceu a comunidade jurídica brasileira, sendo encarada como um prêmio ao advogado que tantos serviços prestou ao PT. Ou seja, espera-se que ele retribua a suprema gentileza.
 
Contudo, nem posso recriminar Toffoli pelo pedido de vistas. Afinal, ele pedia a palavra e ninguém o deixava falar. Mas ele se comprometeu a devolver os autos hoje, permitindo a retomada do julgamento.
 
É possível que a deliberação mais importante para o Brasil, neste momento, seja conhecida hoje. O que pode ser bom para uns tantos paraenses, que já nem possuem mais unhas que possam ser roídas.
 
Como já disse antes, imagino que o pior vai acontecer. Mas que Ayres Britto — não apenas pelo voto em si, mas pelos argumentos nitidamente éticos sustentados — merecia uma camiseta com a estampa "Britto, I love you", vendida em cada banquinha de camelô do país, lá isso merecia.

quarta-feira 22 2010

Datafolha faz força, mas cenário não muda

Do Blog Tijolaço

O Datafolha bem que se esforçou, incluindo perguntas sobre a saída de Erenice Guerra da Casa Civil, e a Folha de S.Paulo fez malabarismos no título da matéria online, mas a nova pesquisa do instituto só mostrou variações dentro da margem de erro.

Dilma continua vencendo a eleição no primeiro turno, com 54% dos votos válidos, contra 31% de Serra e 14% de Marina. Brancos e nulos somam 3% e os indecisos são 5%.

Como foi a primeira pesquisa do Datafolha após as denúncias que levaram a ministra da Casa Civil a deixar o cargo, e 52% dos entrevistados disseram ter tomado conhecimento do caso, havia a expectativa por parte do instituto e do jornal de uma mudança de cenário.

Mas Dilma aparece com 49% das intenções de voto, dois pontos a amenos do que na semana passada, contra 28% de Serra, um a mais que na pesquisa anterior, e 14% de Marina, que também oscilou um ponto para cima.

Todas as movimentações estão dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais, o que mantém o quadro inalterado.

Silvio Santos convida Lula para apresentar abertura do Teleton


Simone Iglesias de Brasília 

O apresentador e proprietário do SBT, Silvio Santos, convidou nesta quarta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar a abertura do programa Teleton, que acontecerá dias 5 e 6 de novembro.

Santos também pediu ao presidente uma doação de R$ 12 mil para o programa, uma maratona televisiva com o objetivo de arrecadar dinheiro para assistência de crianças com problemas de saúde. 

O apresentador explicou que o valor pedido se refere aos 12 anos de programa. Segundo ele, Lula não quis gravar de improviso, mas se comprometeu a pensar em uma forma de aparecer no programa. "Ele vai fazer a abertura, ele gosta da causa e admira essa causa", disse ao deixar a reunião com Lula. 

Santos mostrou a Lula um vídeo em seu laptop em que o hoje presidente participou do "Show de Calouros" em 1989, quando concorria ao cargo. "Minha visita não é uma visita ao presidente, é ao Lula", disse.

O apresentador disse que não entrava no Palácio do Planalto desde o governo Itamar Franco e, ao descrever o momento de espera para a audiência com o presidente, acabou contando aos jornalistas sobre uma reunião, que não está prevista na agenda oficial, de Lula com o ex-ministro da Justiça e advogado Márcio Thomaz Bastos.

A gripe suína e a sujeira da Veja

Matéria do Blog Tijolaço

A avalanche midiática sobre Dilma Rousseff opera com a quantidade e não com a qualidade da informação. O importante na ofensiva que se dá na reta final para as eleições é não dar trégua. As denúncias não podem parar, mesmo que sejam irresponsáveis, inconsequentes e desmentidas pouco depois. Enquanto os desmentidos não aparecem, fica valendo a acusação.

De tudo que já foi levantado contra Dilma recentemente, uma das coisas mais esdrúxulas teria sido uma suposta interferência da Casa Civil, então sob o comando de Dilma Rousseff, na compra de medicamentos para o tratamento da gripe H1N1, em junho de 2009.

Essa gripe ficou conhecida como gripe suína por conter em seu vírus material genético dos suínos e não por ser transmitida pela respiração dos porquinhos, como desinformou José Serra, que se autoproclama o melhor ministro da Saúde que o país já teve.

A gripe suína se espalhou perigosamente pelo mundo a ponto da Organização Mundial de Saúde declará-la como pandemia, justamente em junho de 2009. O Brasil comprou o antiviral Tamiflu do único laboratório que o produz no mundo, o que por si só impediria qualquer ação lobista, já que não há concorrentes.

Mas a revista Veja publicou que o Ministério da Saúde teria feito uma compra maior que o necessário, com vantagens para um ex-assessor da Casa Civil. O ministro da Saúde José Gomes Temporão já tinha desmontado a denúncia negando a participação da Casa Civil em qualquer negociação do ministério e explicando que a quantidade do medicamento adqurido atendeu a critérios técnicos.

O Brasil comprou medicamentos suficientes para 14,5 milhões de pessoas (7,5% da população) por preço abaixo do mercado, depois de ter sido criticado por ter um estoque suficiente para atender apenas 5% da população, enquanto outros países tinham estoque para até 80% da população.

Agora, o laboratório Roche, fabricante do Tamiflu, publicou no site de sua subsidiária no Brasil, comunicado para esclarecer que os processos de compra do medicamento foram conduzidos de forma direta, sem participação de nenhum intermediário.

O Governo não apenas comprou uma quantidade prudente de medicamento como – preste atenção – fez um enorme esforço para produzir aqui, numa fábrica estatal, de forma independente o oseltamivir. Sob a direção do médico Eduardo Costa, então presidente da Farmanguinhos, começamos a fazer aqui o antiviral e não faltaria “Veja” para criticar se as mortes continuassem acontecendo e faltassem remédios. 

Agora, se estivesse correndo comissão para o Governo, na compra, alguém ia querer fazer um esforço – que o Tijolaço, ao contrário da mídia, registrou aqui, no dia 31 de julho de 2009 – iam se interessar em fabricá-lo numa estatal?

A Veja não se deu ao trabalho de ouvir a Roche quando preparou a sua denúncia. O compromisso com a verdade da informação já foi abandonado há muito tempo. Como escrevi outro dia aqui, me referindo à Folha de S.Paulo, o lema da grande imprensa nos ataques à Dilma é “se colar, colou”. Se depois os fatos desmentirem a versão, que se danem os fatos.