RIO - O mercado de trabalho brasileiro registrou em agosto queda recorde no desemprego e a renda bateu o maior patamar desde o início da série, em 2002. A taxa de desocupação nas seis principais regiões do país atingiu 6,7% no mês de agosto, inferior à taxa de 6,9% registrada em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
No confronto com agosto do ano passado (8,1%), a taxa é 1,4 ponto percentual menor.
A população ocupada somou 22,135 milhões de pessoas em agosto, alta de 0,5% sobre julho e avanço de 3,2% contra igual mês do ano passado.
O número de desocupados totalizou 1,600 milhão, queda de 2,6% na comparação mensal e recuo de 15,3% na anual.
A média de janeiro a agosto da taxa de desocupação, foi estimada em 7,2%, registrando decréscimo de 1,3 ponto percentual em comparação com idêntico período do ano passado (8,5%).
Poder de compra
O rendimento médio do trabalhador brasileiro ficou em R$ 1.472,10 em agosto, maior alta dos últimos oito anos e que representa alta mensal de 1,4% e elevação anual de 5,5%.
O rendimento médio do trabalhador brasileiro ficou em R$ 1.472,10 em agosto, maior alta dos últimos oito anos e que representa alta mensal de 1,4% e elevação anual de 5,5%.
Na média dos oito primeiros meses, a renda também alcançou patamar recorde, a R$ 1.429,21.
O rendimento médio real dos trabalhadores na análise regional, em relação a julho, cresceu em Recife (4,4%), Salvador (3,3%), Rio de Janeiro (2,5%) e em São Paulo e Porto Alegre (0,7%). Ocorreu estabilidade em Belo Horizonte. Frente a agosto do ano passado todas as regiões tiveram alta: Recife (17,5%), Salvador (7,7%), Belo Horizonte (6,6%), Rio de Janeiro (5,7%), São Paulo (3,8%) e Porto Alegre (6,4%).
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (10,2 milhões) subiu 0,4% em relação a julho e, em relação a agosto do ano passado, cresceu 7,2%, representando um adicional de 685 mil postos de trabalho com carteira assinada nesse período.
A massa de rendimento médio real dos ocupados, (R$ 32,9 bilhões) em agosto de 2010, ficou 1,8% maior do que a registrada em julho. Em relação a agosto do ano passado, a massa cresceu 8,8%.
A massa de rendimento médio real efetivo dos ocupados (R$ 32, 5 bilhões em julho de 2010) cresceu 1,6% no mês (junho) e 9,2% em relação a julho de 2009.
Reuters/Brasil Online O Globo