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sábado 09 2010

Datafolha mostra Dilma com 54% dos votos válidos contra 46% de Serra

No levantamento anterior, feito às vésperas do 1º turno, a petista aparecia com 52% dos votos totais contra 40% de Serra; porcentagem de indecisos subiu de 3% para 7%

Pesquisa Datafolha divulgada na edição de domingo, 10, do jornal 'Folha de S.Paulo' aponta a candidata do PT à Presidência da República com 48% das intenções de votos contra 41% de José Serra (PSDB). Em número de votos válidos (sem brancos, nulos e indecisos), Dilma tem 54% contra 46% de Serra. 4% dos eleitores afirmaram que irão votar em branco ou nulo e outros 7% estão indecisos.

Na pesquisa anterior, realizada entre os dias 1º e 2 de outubro, o instituto havia feito uma simulação para o segundo turno. Dilma aparecia com 52% dos votos totais contra 40% de Serra. 5% afirmaram que votariam em branco ou nulo e 3% estavam indecisos.

Herança de Marina

O Datafolha questionou também os eleitores de Marina Silva (PV), que teve quase 20 milhões de votos no primeiro turno, sobre a intenção de voto no segundo turno. 51% dos que votaram em Marina no primeiro turno declararam voto em Serra. Dila herda 22% dos votos de Marina. Na pesquisa anterior, a petista tinha 31% dos votos da candidata verde. Serra tinha 50% às vésperas do primeiro turno. O número de indecisos entre os verdes teve um aumento considerável, passando de 4% no primeiro turno para 18%.

Estratificação

Na divisão por região, Dilma aparece com ampla vantagem no Nordeste, onde registra 62% das intenções de voto, contra 31% de Serra. No Sudeste, há empate técnico (situação em que a diferença entre os candidatos está dentro da margem de erro): o tucano registra 44% contra 41% da petista. No Norte/Centro-Oeste, o cenário também é de empate técnico: Serra tem 46% e Dilma, 44%. A região Sul é a única onde Serra lidera fora da margem de erro: 48% a 43%.

Na segmentação por renda, Dilma lidera por 52% a 37% entre quem ganha até 2 salários mínimos e por 47% a 41% entre quem ganha de 2 a 5 salários mínimos. Já Serra obtém 48% contra 40% entre a população que ganha de 5 a 10 salários mínimos e 58% contra 33% entre quem ganha mais de 10 salários mínimos.

Dilma lidera entre os homens, por 52% a 39%. Entre as mulheres, empate técnico: 43% para a petista contra 44% de Serra. Na segmentação por escolaridade, Dilma lidera entre quem tem o ensino fundamental, com 54%, contra 36%. Entre os eleitores que têm o ensino médio, outro empate técnico: 44% para Dilma, 45% para Serra. O tucano lidera com 50% das intenções de voto entre eleitores com curso superior, contra 36% de Dilma.

A pesquisa foi encomendada pelo jornal e pela Rede Globo. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento foi realizado na sexta-feira, 8, com 3.265 eleitores em 201 municípios e está registrado no TSE com o número 35114/2010.

Jair Stangler/SÃO PAULO - Estadão.com.br

Eles querem é nosso petróleo

 Blog Tijolaço

Há dias estou alertando aqui – e o noticiário dos jornais o confirma – que o alvo e o centro do desejo tucano de voltar ao poder está a milhares de metros de profundidade, ao largo do litoral brasileiro.

Eles, que não tiveram força moral ou política para derrotar a retomada do controle brasileiro sobre as jazidas do pré-sal, vão pretender mostrar um “mar de lama” na grande empresa brasileira, embora esta se submeta às mais severas regras de governança corporativa e auditoria.

Como empresa com capital negociado em bolsa, aqui e no Exterior, a Petrobras está sujeita às regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Bolsa de Valores de São Paulo, no Brasil; da Securities and Exchange Commission e da New York Stock Exchange, nos Estados Unidos; do Latibex da Bolsa de Madri.

Este ano, pela 2ª vez, foi apontada como a empresa mais bem gerenciada da América Latina pela revista Euromoney, de Londres.

Captou US$ 45 bilhões no mercado privado, num aumento de capital de US$ 120 bilhões, para capacitar-se a explorar atenção – a maior jazida de petróleo em propecção hoje no mundo, que é o pré-sal e é, legalmente, a operadora exclusiva da sua extração.

Sobreviveu a Fernando Henrique, embora um retalho de sua propriedade tenha sido entregue e, só a muito custo – político e econômico – foi possível recuperá-lo, parcialmente. 
A Petrobras é um sucesso econômico, tecnológico e gerencial. Pergunte a um fornecedor da Petrobras os níveis de exigência da empresa em seus contratos.

Hoje, o Estadão e O Globo iniciaram a ofensiva contra a Petrobras.

Jogam, criminosamente, contra o valor de mercado da mais valiosa empresa brasileira e usam a desvalorização deste patrimônio do povo brasileiro para seus objetivos políticos eleitorais.

Desde o início da semana, em vários blogs, circulam rumores de que a Veja seria a artilharia pesada desta campanha, como o foi na CPI da Petrobras, há mais de um ano, sem que tivessem arranjado mais que alguns grãos de poeira para usar como argumentos.

Eu tenho dito há três dias: aí está o furo da bala.

O que interessa a eles é ter o poder e as condições políticas para entregar o pré-sal, que nos torna uma das maiores reservas de petróleo do mundo, a quinta ou sexta mais importante do mundo, por enquanto. E há possibilidade de novas descobertas, que já surgem, inclusive, como indícios mais palpáveis nas sondagens.

Todo o resto é cortina de fumaça. E nós não podemos dispersar nossas forças golpeando fumaça.

O discurso e a polêmica têm que se tornar claros para o povo brasileiro: é o petróleo que eles querem.

Abrandamento da lei do aborto já teve apoio de petistas e tucanos

Matheus Pichonelli, iG São Paulo

Dilma já defendeu abertamente a descriminalização; governo FHC apresentou plano de direitos humanos que também pedia mudanças

Centro da polêmica que guia o segundo turno da eleição presidencial, a discussão sobre o aborto já esbarrou no passado tanto na petista Dilma Rousseff (PT) quanto no tucano José Serra (PSDB). Embora os dois lados tenham reforçado nos últimos dias o discurso religioso e as manifestações contrárias à legalização do procedimento, partidos ou governos integrados por eles já colocaram em pauta o abrandamento da lei que trata do tema.

A legalização do aborto no sentido de permitir que médicos e clínicas realizem abertamente o procedimento de acordo com a demanda não faz parte do posicionamento formal de nenhum dos dois partidos. O mesmo não vale, entretanto, para a descriminalização - no sentido de deixar de punir criminalmente mulheres que tenham realizado o procedimento - ou para o retirada de parte das restrições hoje existentes na lei.

Atualmente, a lei brasileira permite a realização do aborto por vítimas de estupro e mulheres que tenham a vida em risco em função da gravidez. Caso contrário, o procedimento é considerado crime, com pena prevista de 1 a 3 anos de detenção. A lei data de 1940 e está entre as mais restritivas do mundo. Nesta questão, o Brasil assemelha-se ao Haiti, Nigéria, Angola e Sudão.

No caso do PT, o apoio à descriminalização do aborto foi aprovado como diretriz do partido, no 3º Congresso da sigla, em 2007. O tema, entretanto, não era unanimidade na legenda. Alas ligadas a igrejas chegaram a propor uma resolução restringindo o debate sobre o assunto. Defendida por setores ligados ao movimento de mulheres, a descriminalização acabou sendo levada a votação e aprovada no Congresso, instância máxima da sigla, com poder de alterar o estatuto.

Dilma já declarou abertamente o apoio à descriminalização em mais de uma ocasião. “É um absurdo que não haja, até porque nós sabemos em que condições as mulheres recorrem ao aborto. Não as de classe média, mas as de classe mais pobres deste País. O fato de não ser regulamentado é uma questão de saúde pública. Não é uma questão de foro íntimo, não”, disse, em sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo, em 2007.

Direitos humanos

Do lado tucano, o assunto também apareceu no Programa Nacional de Direitos Humanos produzido sob o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O documento, de 2002, defendia, por exemplo, mudanças no Código Penal “referentes ao estupro, atentado violento ao pudor, posse sexual mediante fraude, atentado ao pudor mediante fraude e o alargamento dos permissivos para a prática do aborto legal”. Também defendia que o aborto fosse considerado tema de saúde pública.

Mais recentemente, o governo Lula também tratou do tema em sua própria versão do Programa Nacional de Direitos Humanos. Entre outros pontos defendidos pelo documento, idealizado pelo Ministério da Justiça, estava a recomendação para que o Legislativo adequasse o Código Penal para a descriminalização do ato e também que o aborto fosse considerado tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde. Recomendava também a implementação de mecanismos de monitoramento dos serviços de atendimento ao aborto legalmente autorizado e facilidade de acesso.

Serra, que já afirmou ser pessoalmente contra mudanças na lei, também já foi alvo de críticas de religiosos durante sua gestão no Ministério da Saúde, no governo FHC, por normatizar a realização do aborto em 1998. Até então, o aborto não era realizado em órgãos públicos nos casos previstos na lei. Serra também já foi criticado porque, em 2001, o ministério começou a distribuir com Estados e municípios a pílula do dia seguinte.

Em meio à polêmica que cerca o tema na eleição, o PSDB diz que somente a campanha tucana à Presidência pode falar a respeito do assunto. Nas propostas do candidato tucano, não há menção ao tema aborto.

Discurso 

O tema do aborto ganhou força na reta final da campanha presidencial deste ano, após Dilma tornar-se alvo de críticas e boatos na internet em função de seu posicionamento sobre o assunto. A declarações da petista em favor da descriminalização chegaram a guiar fortes críticas lançadas por Mônica Serra, mulher do presidenciável tucano. Em Nova Iguçu (RJ), Mônica disse a um vendedor ambulante que a petista é "a favor de matar as criancinhas”.

A campanha de Dilma correu para montar uma operação para estancar os boatos sobre o tema, que ganharam a internet e foram apontados dentro da campanha como um dos motivos de a disputa presidencial ter sido levada ao segundo turno.

Eliminada da disputa no primeiro turno, a senadora Marina Silva, do PV, é pessoalmente contrária ao procedimento. Mas passou a campanha investindo no discurso de que, se eleita, convocaria um plebiscito sobre o assunto.

No entanto, o programa do PV faz referência direta ao tema ao afirmar que a “legalização da interrupção voluntária da gravidez com um esforço permanente para redução cada vez maior da sua prática através de uma campanha educativa de mulheres e homens para evitar a gravidez indesejada”.

*Colaboraram Nara Alves e Clarissa Oliveira

Como conquistar uma mulher

Para conquistar uma mulher é fácil, a mulher precisa apenas
 
Do abraço apertado do homem amado.
De receber Carinho sem que precise pedir
De ser reconhecida e respeitada
De ouvir juras de amor sinceras
De ser consultada nas horas necessárias
De receber flores e ser sempre lembrada.

Mas principalmente o que conquista uma mulher

é ser amada como ela é
Mística, Manhosa, Mansa, Perigosa, Tímida ou Vaidosa
Sensível, Atrevida, Decidida, Desinibida, Independente ou Carente
A Mulher gosta de ser tratada como mulher!

Na televisão, farpas e mudanças tímidas

Programas eleitorais de José Serra e Dilma Rousseff embarcam na briga pelo eleitor sensível à religiosidade
 
Ivan Iunes

Brasília - Um apanhado das principais palavras pronunciadas pelos presidenciáveis, no retorno do horário eleitoral, mostra que nenhum outro tema foi mais explorado por Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) do que a religião. 
 
A volta ao rádio e televisão em rede nacional trouxe uma petista preocupada em não provocar faíscas com temas sensíveis ao eleitor religioso e um tucano ávido por carimbar na adversária a imagem de que ela mudou de posicionamento a respeito do aborto apenas por conta do pleito. Não por acaso, nenhuma outra expressão foi mais acionada por Serra do que a "defesa da vida", enquanto Dilma abusou de "família" e "fé".

Os programas mantiveram, na reestreia, a mesma estratégia usada até o fim do primeiro turno. O tucano buscou criticar a petista, questionando o passado de Dilma e sua falta de experiência em cargos eletivos. Uma ligeira mudança de rumo foi sentida com a inclusão da presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. 
 
Serra defendeu que FHC trouxe estabilidade e modernizou o país, além de reivindicar para o colega a paternidade dos programas sociais, que teriam tido sequência no governo Lula. A edição chegou a mostrar as fotos oficiais do ex-presidente e uma de Serra, sugerindo que seria ele o próximo ocupante do Palácio do Planalto.

O ponto forte do programa tucano foi a associação de Dilma à polêmica em torno da descriminalização do aborto. Serra mostrou várias modelos grávidas, para se dizer contrário ao aborto e ainda acusou a petista de mentir. "Esse é José Serra, homem que nunca se envolveu em escândalos e que sempre foi coerente. 
 
Sempre condenou o aborto e defendeu a vida", apresentou. "Você me conhece, sabe da minha franqueza e que não mudo de opinião na véspera", provocou. No campo das propostas programáticas, sem novidades. O tucano voltou a listar as mesmas promessas do primeiro turno, sendo a mais expressiva a criação do programa mãe brasileira, voltado para gestantes.

Submundo - A petista utilizou seus dez minutos para se defender das acusações de que teria mudado de posicionamento em relação à descriminalização do aborto. A defesa mais contundente partiu do presidente Lula, que ressaltou que, assim como já acontecera com ele, Dilma também estaria sofrendo campanha caluniosa. 
 
O programa petista também aproveitou para ressaltar as diferenças entre os governos de FHC e Lula. Segundo o vídeo, se os tucanos tivessem permanecido no poder, o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e o Luz para todos não teriam existido. 
 
Para tentar angariar votos de Marina Silva (PV), Dilma ressaltou que o resultado das duas no primeiro turno somava 67% dos votos, o que indicaria a preferência do brasileiro por candidatos do sexo feminino.