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terça-feira 12 2010

Sakamoto: Spam Não É Eleitor

Do Blog Flanar

O jornalista e blogueiro Sakamoto presta um excelente esclarecimento de utilidade pública, que tanto serve para uso contra a boataria eleitoral por email, quanto para a vida prática de quem frequenta a qualquer tempo os espaços de opinião na blogosfera:
Algumas mensagens de spam travestem opinião como dados isentos e descontextualizam ou ocultam fatos que não são interessantes para o argumento defendido. Trouxe algumas sugestões reunidas tempos atrás por Rodrigo Ratier, jornalista e mestre em pedagogia, grande especialista na área de educação e comunicação, para usar a lógica a fim de perceber problemas nos textos. Quem já adota essas ferramentas, pode parar a leitura por aqui e vá apagar o lixo acumulado na caixa de entrada. Caso contrário, fica aqui a sugestão.
“A camisinha não protege contra o vírus HIV. A epidemia de Aids cresceu justamente porque se confia nessa proteção”, disse um bispo certa vez.
Desconfie dos argumentos de autoridade. Não é porque o Papa, o Patriarca de Istambul ou a Bispa Sônia disseram algo que você tem que acreditar, não é? O mesmo vale para o presidente da sua associação de moradores ou o diretor do seu sindicato. É preciso provar o que se diz. Exija confirmação dos fatos ou vá atrás dela.
 
“Não ouviremos as posições do antropólogo Luiz Mott sobre o casamento gay: ele é homossexual.”
Para desmontar um discurso, não se ataca o argumentador, mas sim o argumento.
 
“Nesta eleição, vamos escolher entre um Sartre e um encanador.”
Não se ridiculariza o outro apenas por ser seu adversário.
 
“Antes do MST existir, não havia violência no campo.”
Falsa relação de causa e conseqüência – um fato que acontece depois do outro não necessariamente foi causado pelo primeiro.
 
“Na guerra contra o terrorismo, ou você apóia a invasão do Iraque ou está alinhado com o mal.”
É errado excluir o meio termo. Um debate maniqueísta é mais fácil de ser entendido, mas o mundo real não é um Palmeiras e Corinthians, um Fla-Flu, um Grenal, enfim, vocês entenderam.
 
“Ou se dá o peixe ou se ensina a pescar.”
Isso é uma falsa oposição. Não se opõe curto e longo prazo necessariamente. Uma ação não invalida a outra. Elas podem ser, inclusive, subsequentes ou coordenadas.
 
“Isso não é demissão. A empresa apenas avisou que precisará passar por um redimensionamento do quadro de empregados.”
Não se deixe levar pelos eufemismos. Nem por quem fala bonito. Uma pessoa pode te xingar e você, às vezes, nem vai perceber se não se atentar para as palavras que ela escolheu.
 
“Avenida Faria Lima, Águas Espraiadas, Imigrantes, Minhocão, Rodovia dos Trabalhadores: alguém aí consegue imaginar São Paulo sem todas essas obras feitas pelo Maluf?”
Desconfie dos e-mail que contém um monte de acertos de alguém e ignorem, solenemente, os erros.

segunda-feira 11 2010

Parsifal formaliza apoio a Jatene

Trecho da matéria do Blog do Pacheco: 

"Parsifal Pontes, neste instante está formalizando seu apoio a Simão Jatene que concorre em segundo turno ao Governo do Pará."

Este apoio não é novidade e não é de hoje, há meses Parsifal faz campanha contra a Governadora e a Dilma, a favor de Jatene e Serra, principalmente em seu Blog, em que as críticas às duas petistas são constantes e vigorosas.

Surge uma nova aliança na política tucuruiense: Parsifal, os Furmans e Sancler.

Provavelmente (a exemplo dos Furmans) também Deley e Gualberto, se unam (se é que já não se uniram) em torno da liderança de Parsifal, que deverá ser um dos homens fortes do próximo governo, caso Jatene ganhe a eleição. Parsifal é líder do PMDB, partido que empata com o PT (veja a relação) com as duas maiores bancadas da Assembléia Legislativa Paraense (PT e PMDB tem o maior número de deputados por partido), e a liderança crescente do deputado no PMDB já começa a ofuscar até mesmo o grande(?) cacique paraense, Jader Barbalho. 

Jader terá afinal escolhido seu sucessor? Será este o início do ocaso político do último e mais longevo coronel da política paraense? Os sinais de perda da liderança de Jader no PMDB já são evidentes há algum tempo. Nestas eleições o partido se dividiu (e continua dividido) e a maioria dos prefeitos peemedebistas apoiou (abertamente ou não) DE FATO Ana e Jatene, adversários do candidato do partido Domingos Juvenil.

Outro exemplo emblemático é a independência do deputado Wlad em relação a Jader e a direção do PMDB. Wlad há muito tempo, montado em seus mais de 200.000 votos, sempre se lixou para as decisões da direção do partido e do cacique mor, ele apóia quem quer e quando quer.

Diante do enfraquecimento político de Jader DENTRO do PMDB, está na hora do partido encontrar uma nova liderança, que una novamente o PMDB no Pará e impeça a sua implosão, como aconteceu com o DEM.

Vinte pesquisas para o segundo turno estão registradas no TSE

Nada menos que vinte pesquisas estão registradas no TSE aguardando decurso de prazo.

Apesar de estarem meio que desmoralizados devido aos erros nos dados das pesquisas para a eleição presidencial no primeiro turno, as pesquisas são esperadas pelos eleitores, que já estão acostumados com elas.

Vamos aguardar, até agora somente uma pesquisa do Data Folha foi divulgada.

Abaixo a relação das pesquisas no TSE.

Humor

TRT2ª: peidar não é crime

Do Blog Uruatapera

Peidar pode, mas sem exageros
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, com sede em São Paulo, acaba de resolver um significativo dilema que atribulava as relações contratuais. Em decisão magnânima, válida para todo o território nacional, considerou que peidar no local de trabalho não é motivo para demissão por justa causa.
 
“Impossível validar a aplicação de punição por flatulência no local de trabalho, vez que se trata de reação orgânica natural à ingestão de alimentos e ar, os quais, combinados com outros elementos presentes no corpo humano, resultam em gases que se acumulam no tubo digestivo, que o organismo necessita expelir, via oral ou anal”.
 
Para o tribunal, é abusiva a presunção patronal de que tal ocorrência configura conduta social a ser reprimida, por atentatória à disciplina contratual e aos bons costumes. Assim, “agride a razoabilidade a pretensão de submeter o organismo humano ao jus variandi, punindo indiscretas manifestações da flora intestinal, sobre as quais empregado e empregador não têm pleno domínio”.
 
Na respeitável sentença dos desembargadores, disparos históricos têm esfumaçado as mais ilustres biografias. “Verdade ou engenho literário, em "O Xangô de Baker Street" Jô Soares relata comprometedora ventosidade de D. Pedro II, prontamente assumida por Rodrigo Modesto Tavares, que por seu heroísmo veio a ser regalado pelo monarca com o pomposo título de Visconde de Ibituaçu (vento grande em tupi-guarani).”
 
E prosseguem: “Apesar de as regras de boas maneiras e elevado convívio social pedirem um maior controle desses fogos interiores, sua propulsão só pode ser debitada aos responsáveis quando deliberadamente provocada.
 
A imposição dolosa, aos circunstantes, dos ardores da flora intestinal, pode configurar, no limite, incontinência de conduta, passível de punição pelo empregador. Já a eliminação involuntária, conquanto possa gerar constrangimentos e, até mesmo, piadas e brincadeiras, não há de ter reflexo para a vida contratual. 
 
Desse modo, não se tem como presumir má-fé por parte da empregada, quanto ao ocorrido, restando insubsistente, por injusta e abusiva, a advertência pespegada, e bem assim, a justa causa que lhe sobreveio.”