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sábado 30 2010

No Pará, Jatene tem 59% dos votos válidos, e Ana Júlia, 41%, diz Ibope


Em votos totais, Simão Jatene (PSDB) tem 55%, e Ana Júlia (PT), 37%.

A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.

Do G1, em Brasília

Pesquisa Ibope sobre a disputa ao governo do Pará divulgada neste sábado (30) mostra que Simão Jatene (PSDB) tem 59% dos votos válidos. Ana Júlia (PT) registra 41%. Na soma dos votos válidos não são contabilizados votos em branco, nulos e indecisos.

Nos votos totais, Simão Jatene tem 55% das intenções de voto, contra 37% de Ana Júlia. Os votos brancos e nulos somam 5% e os indecisos 3%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou menos.

No levantamento anterior, divulgado em 16 de outubro, considerando somente os votos totais, Simão Jatene registrou 54% dos votos, e Ana Júlia, 36%. Os votos brancos e nulos somaram 5%. Os indecisos também somaram 5%.

O levantamento foi feito com 812 eleitores em 41 municípios do Pará entre os dias 28 e 29 de outubro. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Pará sob o número 19614/2010.
A pesquisa foi encomendada pela TV Liberal, afiliada da TV Globo no Pará.

Eleição presidencial - Petistas chegam às urnas aliviados e tucanos, resignados


Nos últimos dias da campanha mais tensa desde 1989, dilmistas respiram aliviados enquanto serristas lavam as mãos   
 
Adriano Ceolin, Andréia Sadi, Nara Alves, Ricardo Galhardo  
 
A eleição de 2010, a mais tensa desde o confronto entre Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello em 1989, termina amanhã, depois de um cabo de guerra muitas vezes desleal pelo voto do eleitor. Após tanta agressividade, o lado da candidata do PT, Dilma Rousseff, chega às urnas com vantagem confortável nas pesquisas depois do tombo no primeiro turno é um verdadeiro alívio. 
 
Do lado do presidenciável do PSDB, José Serra, há resignação. Tucanos proclamam a crença na vitória, mas reconhecem internamente que a virada é mais um desejo do que uma possibilidade. 
 
Nos bastidores, enquanto o PT chega às urnas mais uma vez eufórico, com a certeza de que elegerá a primeira mulher presidente do País, o PSDB procura se auto-absolver de culpa. E é o próprio Serra quem ensaia a explicação para uma eventual derrota ao comparar sua candidatura a David na luta contra o gigante Golias. 
 
Dilma teve mais apoio de prefeitos, deputados e governadores, mais doadores, mais militância. E teve Lula. Diante da máquina federal, o entendimento entre tucanos é de que Serra foi até longe demais e uma vitória, assim como na história bíblica, seria um milagre de Deus. 
 
Coordenadores petistas diminuíram as ironias em respostas aos adversários e trocaram o tom vitorioso em discursos e nos bastidores pela cautela. Petistas admitiram que as pesquisas que indicavam larga vantagem de Dilma sobre o adversário tucano contribuíram para o salto alto e a expectativa de vitória no primeiro turno. A própria candidata pediu, em discurso na última semana durante um evento em Brasília, que os petistas usassem um salto bem baixinho. “O 'já ganhou' não funciona, porque a pessoa fica orgulhosa", admitiu a ex-ministra. 
 
Serra convoca eleitores a não esmorecer. Depois de tentar desmoralizar todos os principais institutos de pesquisa do País, afirmando que são comprados ou têm falhas metodológicas, Serra demonstrou preocupação com a abstenção no domingo. “Troquem o feriado por um feliz ano novo”, disse diversas vezes. O apelo serve para ampliar a vantagem nos Estados em que deve ganhar, especialmente no Sul e em São Paulo, onde conta com o governador tucano eleito Geraldo Alckmin para vencer por uma diferença de 5 milhões de votos. 
 
No Nordeste, no entanto, a abstenção é vantagem para o tucano. Aliados de Serra na região esperam que, sem os candidatos a deputado que na primeira etapa transportaram eleitores até os colégios eleitorais, o tamanho da derrota tucana no Nordeste diminua. 
 
Já em Minas, o ex-governador Aécio Neves, que no primeiro turno garantiu sua própria eleição ao Senado, a do ex-presidente Itamar Franco e reelegeu seu sucessor ao governo, Antonio Anastasia, relatou a Serra que o quadro no Estado não está nada favorável à esperada virada tucana. Resta saber, agora, se eleitor o mineiro será, de fato, o fiel da balança.

Dilma e Serra adotam postura menos agressiva

Beto Silva
Do Diário do Grande ABC

Seja por ser o último embate direto de ideias antes da eleição de amanhã, seja pelo formato diferente do programa, o fato é que os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) foram menos agressivos um com o outro no debate de ontem à noite promovido pela Rede Globo.

Os dois candidatos não fizeram perguntas, somente responderam indagações de eleitores indecisos selecionados pela emissora. Ficaram de pé, o que permitiu interação com o público de 80 pessoas que estavam na arena montada para a atividade. Assim, se limitaram a comentar as considerações feitas pelo adversário.

Foi uma atividade morana, que teve poucos momentos de dinamismo. Mas com afirmações mais ponderadas do que os três últimos (Band, Rede TV! e Rede Record). A petista e o tucano dividiram espaço de aproximadamente quatro metros quadrados, mas mal se olharam. Os ataques, desta vez, foram indiretos, sem ênfase.

Quando o assunto foi corrupção, por exemplo, Dilma não citou Paulo Preto, ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), ligado ao adversário e que está envolvido em escândalo de suposto desvio de verba no governo estadual. Serra não mencionou Erenice Guerra, ex-braço-direito de Dilma na Casa Civil, acusada de suposto tráfico de influência no governo federal.

"Não pode haver impunidade", defendeu a petista. "O exemplo tem de vir de cima, tem de escolher bem as equipes e ser implacável com as irregularidades. Não passar a mão na cabeça, que é terrível para a sociedade", frisou o tucano.

Sobre a valorização do funcionalismo público, a ex-ministra atacou indiretamente o governo de São Paulo, comandado pelo PSDB há 16 anos. "Temos de ter um plano do magistério. Não se pode estabelecer com o professor relação de atritos, recebê-los com cassetete e cessar o diálogo", discorreu, sobre embate entre educadores paulistas que faziam manifestação por melhores salários e policiais que tentavam conter o ato.

O ex-governador, por sua vez, salientou a relação afinada do governo Lula e do PT com sindicatos e movimentos sociais. "Temos de ter entendimentos que passem por cima de partido e de sindicatos partidários. Temos de ter acordo nacional para isso."

Quando os presidenciáveis tentaram explorar suas propostas, ficou difícil diferenciar um projeto do outro. As explicações foram rasas e sobraram as famosas muletas discursivas, como "fortalecer", "ampliar" e "valorizar".

A discussão na área tributária foi um exemplo. "Tem de desonerar folha de salário, fazer uma reforma tributária que diminua os impostos sobre a folha de salário", afirmou Dilma, sem dizer os critérios que utilizará, o que despertou reação sutil do concorrente. 
 
"O Brasil é o país onde existe a maior cobrança de imposto sobre a folha de salário. Mas temos de ter responsabilidade para não tirar (recursos) do FGST (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ou do fundo do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)? Temos de pensar em outra alternativa", avaliou Serra, também deixando de lado a solução.

As alfinetadas existiram, mas foram suaves. "A Saúde no Brasil voltou para trás", sinalizou o tucano, para finalizar de forma corriqueira ao falar de sua biografia (foi deputado, senador, ministro, prefeito e governador). 
 
A petista enfatizou as conquistas dos últimos oito anos do governo Lula e prometeu zerar a pobreza no País. "Nós crescíamos 2,5% ao ano, às vezes, 0% (atualmente a média é de 4% a 5%)", destacou Dilma, ao considerar que será a continuidade de seu padrinho político.

Sem opção


É uma pena que um povo tão bom, trabalhador e hospitaleiro como é o povo paraense tenha uma tão grande escassez de bons políticos.

É lamentável que a falta de opção faça parecer ao povo do Pará que políticos como Jader Barbalho, seja menos ruim.

Salve a Lei Ficha Limpa!

Parabéns ao TSE e ao Supremo Tribunal Federal...

Parabéns ao povo brasileiro. 

Finalmente uma luz no fim do túnel!!!

Projeto original da Ficha Limpa já previa punição em casos de renúncia


Gilmar Mendes, Jader Barbalho e Joaquim Roriz acusam o petista José Eduardo Cardozo de ter acrescentado regra ao projeto. 
 
Leandro Colon/BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo.
 
A regra que impede candidaturas de quem renunciou a um mandato para escapar de processo de cassação está na origem do projeto popular da Ficha Limpa. Não foi inserida na proposta pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT), relator do projeto de lei sobre o tema. 
 
Ela recebeu somente um parecer favorável do petista. No julgamento do caso de Jader Barbalho na quarta-feira, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que esse trecho da lei foi criado pelo PT para influenciar na eleição do Distrito Federal, o que prejudicaria Joaquim Roriz (PSC), que renunciou em 2007 ao mandato de senador. 
 
“No caso específico, da renúncia, aproveitou-se a carona de um projeto de lei de iniciativa popular e se fez uma emenda parlamentar, com nome, sobrenome, vinculado ao PT e quem tem o interesse determinado de exclusão de um candidato. Lei, portanto, de caráter inequivocamente casuístico”, afirmou o ministro. Roriz pegou carona e divulgou ontem nota em que acusou o petista de ser o “autor” da emenda que incluiu a renúncia como critério para barrar candidatos. 
 
Em entrevista ao Estado, Jader também acusou Cardozo de colocar esse item no projeto Ficha Limpa. O artigo que trata da renúncia, entretanto, está no projeto original, de iniciativa popular, entregue pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral com 1,6 milhão de assinaturas no dia 29 de setembro do ano passado. De acordo com o texto, ficariam inelegíveis por oito anos, a contar do fim do respectivo mandato, os que “renunciarem a seus mandatos após a apresentação de representação ou notícia formal capaz de autorizar a abertura de processo disciplinar”. 
 
O texto foi encampado por 22 deputados de vários partidos, entre eles PT, PMDB, PSDB, DEM, e inclusive do PSC, partido de Roriz. Com o número 518/2009, foi protocolado no mesmo dia e com o mesmo texto que menciona a renúncia. O projeto passou a ser discutido numa comissão especial, comandada por Índio da Costa (DEM-RJ), vice do presidenciável José Serra (PSDB).  
 
Coube a ele fazer uma “emenda substitutiva” em cima do projeto. No artigo K, há a mesma citação da renúncia. A proposta foi então debatida na Comissão de Constituição e Justiça, sob a relatoria do deputado José Eduardo Cardozo. O texto recebeu algumas alterações, mas o artigo da renúncia recebeu parecer favorável de Cardozo, foi mantido e aprovado pelos deputados. 
 
Jader foi barrado pela Justiça Eleitoral por ter renunciado ao mandato de senador em 2001 para escapar da cassação. Ele recorreu ao STF e o placar ficou em 5 a 5. Os ministros decidiram que valeria a posição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contrária a Jader. 
 
Procurado pelo Estado, Gilmar Mendes disse que foi informado que havia uma emenda de Cardozo sobre o assunto. “A própria pesquisa que a gente fez, não estava no projeto original e veio de uma das emendas. Isso está numa emenda assinada pelo chefe da campanha da Dilma (Cardozo é coordenador da campanha)”, disse. “Não muda nada (estar na proposta original). Você não garante que isso não foi colocado lá de propósito. Você pode até comprar isso”, ressaltou. 
 
O Estado enviou à assessoria do ministro os projetos originais que mencionam a renúncia. A assessoria reconheceu o equívoco e alegou que Gilmar foi "induzido a erro" por causa do memorial da defesa de Jader que dizia que "no Congresso Nacional foram introduzidas outras cláusulas, inclusive a da alínea "K' aqui versada, com endereço bem marcado". 
 
Já Cardozo evitou um conflito. “Ele estão equivocados. Esse texto não foi meu, veio do original. Dei o parecer favorável. Pode-se discutir as consequências, mas no mérito, sou favorável”.