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terça-feira 02 2010

Lixão em área urbana inferniza a vida dos moradores do Palmares e Serra Azul


Mais uma vez denunciamos o lixão da prefeitura em plena área urbana de Tucuruí. Localizado ao lado do Bairro Palmares (um dos mais populosos bairros de Tucuruí) e acima do Bairro Serra Azul e do igarapé que abastece de água a maior parte do bairro, este lixão contamina o solo, o lençol freático (muitas casas do bairro tem cisternas), e o igarapé próximo.

Além do mais a queima ininterrupta de lixo causa fumaça tóxica que provoca doenças respiratórias nos adultos e crianças. Empresas do ramo de hortifrutigranjeiros, mercearias e supermercados depositam lá o seu lixo, e comida com validade vencida e estragada, que é aproveitada pela população pobre e pelas crianças  em situação extrema de risco (video). Moradores denunciam até o despejo de caminhões de limpas fossas no local.

Mas o maior poluidor é a prefeitura que joga no local material de poda de árvores misturado a lixo doméstico, restos de aparelhos eletrônicos e sucata.

Apesar das inúmeras denuncias e até mesmo abaixo-assinados dos moradores locais, nenhuma autoridade do Poder Legislativo ou Judiciário tomaram qualquer providencia para defender a população, a saúde pública e o meio ambiente.

Será que não tem nenhum vereador que tenha dó desta população e tome alguma providência?

Isso é uma vergonha!!!


Denuncia - Ambulância do Samú (192) foi destruida antes da inauguração

Uma ambulância (foto) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SAMU, foi destruída antes mesmo da inauguração do serviço em Tucuruí.

Esta ambulância não poderia estar sendo utilizada, e o resultado aí está.

Onde está a fiscalização do Ministério da Saúde?

Quem vai arcar com os prejuízos?

Sabe quem?

O povo de Tucuruí e os cofres públicos. 

As outras ambulâncias da PMT estão quase todas destruídas e sucatadas, desta vez a PMT bateu o recorde de destruição e pouco caso para com o patrimônio público.
ISSO É UMA VERGONHA!!!

Humor

A força de Dilma é sua fraqueza e sua fraqueza é o ponto forte

colunistas.ig.com.br/lucianosuassuna

A primeira presidenta do Brasil não fala direta e permanentemente com o Congresso e a elite, como Fernando Henrique Cardoso. Nem fala direta e permanentemente com os movimentos sociais e os cidadãos, como Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma Rousseff chega ao principal cargo da nação sem experiência eleitoral anterior, insuflada pela popularidade do seu maior cabo eleitoral, o presidente da República, e pelo governo mais bem avaliado desde a redemocratização. Mas o que as análises apressadas classificam de dependência e tibieza na realidade camufla uma situação de força da presidenta eleita. 

Se o resultado das urnas não tiver sido suficiente para desfazer a enganosa imagem de que Dilma era uma marionete de Lula, não custa lembrar sua trajetória no governo. Primeiro, pegou o Ministério das Minas e Energia ainda assombrado com o apagão do governo FHC. 

Refez a política energética, foi amplamente contestada, mas o fato é que desde então o Brasil cresceu sem temor de racionamento. Depois, no meio da maior crise da era Lula, o Mensalão, foi escalada para substituir aquele que era tido como todo-poderoso, o deputado José Dirceu. 

De lá, geriu o principal programa de Lula, o PAC, com seus projetos cheios de arestas a arredondar, dentro e fora do governo: licitações de alto valor, licenças ambientais complexas, concessões em áreas sensíveis, pressão de governadores e parlamentares aliados, interesses estaduais divergentes, rivalidades empresariais. 

Quem ainda acreditava nas lendas da imaturidade e inexperiência política deve ter se assustado com a agressividade e os argumentos com que Dilma se apresentou nos debates do segundo turno. Ninguém abre 12 pontos percentuais de vantagem sobre uma biografia como a de José Serra apenas pela herança do lulismo. Dilma fez a parte dela. 

Mas sua vitória é fruto, sobretudo, do processo de institucionalização do País. Trata-se de algo menos afeito às manchetes justamente porque é mais distante do personalismo, do populismo, do partidarismo e do passionalismo comuns às campanhas eleitorais. 

Essa institucionalização é o emaranhado de apoios políticos, de ritos legais e de técnicas de comunicação que moldam as candidaturas e, depois da apuração, impõe limites aos governos. E, nesse ponto, a presidenta eleita jogou melhor que Serra. 

Com Dilma, pela primeira vez o PMDB fez uma coalizão, dividindo a chapa, compondo candidaturas estaduais, repartindo tarefas e compromissos. Essa base atraiu mais partidos que a junção PSDB-DEM, o que lhe deu mais tempo de tevê e maiores palanques regionais. Se foi importante antes, ela será vital daqui para a frente. 

Com dois terços do Congresso, Dilma terá a base política que nenhum presidente, nem mesmo Lula, teve depois do fim do regime militar. E, por temperamento ou prática, deverá ter, com deputados e senadores, uma relação menos pessoal que a de FHC e menos tensa que a de Lula. Sem a interlocução direta com o povo e os movimentos sociais, Dilma é mais dependente do Parlamento que Lula. 

Sem o traquejo parlamentar de Fernando Henrique, ela precisará de intermediários para o serviço. Isso está longe de ser ruim: preserva a presidenta para os momentos decisivos, distancia a Presidência do jogo miúdo do Legislativo e deve obrigar os partidos a ter compromissos duradouros e maiorias programáticas. 

Da mesma forma, o novo governo precisará de interlocutores que estabeleçam uma relação institucional em vários outros pontos sensíveis: sistema financeiro, Igreja, MST, representações empresariais, organizações sindicais.

Na área externa é razoável esperar uma diminuição da chamada diplomacia presidencial, tão ao gosto de FHC e Lula, em favor de um espaço nacional, no qual os interesses dos outros países pelo Brasil e as ambições do nosso país no mundo falem mais forte que a capacidade de sedução do presidente da República.

Essa necessidade de atuar de forma institucional, com interlocutores gabaritados em cada área, não deve ser entendida como fraqueza. É nessa escolha que a presidenta terá a oportunidade de mostrar o tamanho real de um governo mais técnico, num país mais relevante. É um desafio novo a que os brasileiros ainda estão se acostumando. 

Americanos e europeus praticam esse jogo institucional há mais tempo (não custa lembrar, por exemplo, que graças a isso um coadjuvante ator de Hollywood foi o responsável pelo fim da Guerra Fria). 

Assim, Dilma pode parecer fraca porque é mais institucional que seus antecessores, mas é justamente no apoio institucional que reside a força de seu governo. Esse trabalho começa oficialmente hoje e é pelo seu bom êxito que a presidenta será avaliada.

Felizmente e graças à sabedoria do povo, no Brasil não veremos imagens como estas...