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domingo 12 2010

Escape das queimaduras de verão. Não erre na hora de escolher nem de aplicar o protetor solar

Bruno Folli, iG São Paulo


O uso incorreto de protetor solar pode causar vários transtornos. Há quem esqueça de passar o filtro nos pés e depois não consiga calçar os sapatos, outros queimam a ponta da orelha e são obrigados a dormir sem virar a cabeça, e sempre tem alguém que acaba vermelho por inteiro.

Existe uma maneira correta para passar protetor solar. E ela inclui diversos detalhes que podem até parecer pequenos, mas são a diferença entre uma temporada feliz ou não sob o sol do verão.

Em busca do bronzeado perfeito

O primeiro passo é escolher o protetor mais adequado. Existem diversas opções, com diferentes fatores de proteção e veículos de aplicação (creme, gel e spray). “O creme é mais eficaz, porém um pouco mais oleoso”, afirma o dermatologista Sérgio Schalka, tesoureiro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Para evitar a oleosidade excessiva, especialmente no rosto, a melhor opção é usar filtro em gel. “Mas é preciso de mais cuidado ao aplicar”, diz. Diferente do creme, o gel deve ser aplicado de forma delicada, apenas em uma direção, para não perder efeito.

O spray traz a vantagem ser mais prático em regiões com pêlos, porém é mais difícil mensurar a quantidade correta a ser aplicada. A dica é usar o jato contínuo para cobrir o corpo todo, sem espalhar com as mãos.

Cremes e géis devem ser aplicados na mesma quantidade, cerca de seis colheres de chá para o corpo todo. “Uma para o tronco, uma para as costas, uma para cada perna, ½ colher para cada braço e ½ colher para o rosto”, detalha o médico.

Fator de proteção

Diferente do que algumas pessoas imaginam, há pouca diferença no potencial de proteção contra raios ultravioletas entre os diversos fatores de proteção solar (FPS) existentes.

Um filtro com FPS 15 barra 93,3% dos raios UV-B, enquanto um fator 30 protege contra 96,7%. A diferença está no tempo de proteção. Quanto mais alto o FPS, por mais tempo ele irá proteger a pele.

No entanto, essa variação não é fixa, ela muda de acordo com o tipo de pele da pessoa. Existem testes de laboratório capazes de identificar o tempo preciso para repassar cada protetor, mas os dermatologistas recomendam uma regra mais simples, que pode ser seguida por qualquer pessoa: reaplicar a cada duas horas.

A escolha do fator de proteção também é simples. Quanto mais clara a pele, mais alto deve ser o FPS. E as pessoas com pele escura não devem usar fator menor que 15 para evitar outros efeitos danosos, como o envelhecimento acelerado provocado pelos raios ultravioleta do sol.

“Os raios UV-B provocam vermelhidão, a queimadura de sol, mas existem também os raios UV-A. Eles não queimam, mas também fazem mal à pele”, aponta o cosmetologista Maurício Pupo, consultor em desenvolvimento cosmético e coordenador da pós-graduação em cosmetologia da Unicastelo.

A proteção contra raios UV-A é menor que a proteção contra UV-B nos filtros solares, algo próximo da metade. Mas alguns protetores têm ação reforçada contra UV-A. “Por isso vale ficar atento aos rótulos”, recomenda.

Cuidados especiais

Ao passar filtro solar em creme ou gel, os médicos recomendam usar a palma da mão para obter uma aplicação mais homogênea. Além de repassar a cada duas horas, é preciso ficar atento para suor em excesso. “Se a pessoa transpirar muito ou entrar na água, também é bom repassar”, recomenda Schalka.

Mesmo os filtros resistentes à água perdem efeito de proteção no mar ou na piscina, dependendo do tempo de exposição. “Após 40 minutos, os filtros resistentes perdem 50% da proteção. O mesmo acontece após 80 minutos com os protetores muito resistentes”, afirma o dermatologista, lembrando que se secar com a toalha, deitar na canga ou até vestir e tirar uma camiseta pode contribuir para que um pouco de filtro seja removido da pele, o que diminui a proteção.

A morte de Noel Rosa

O triste adeus do poeta de clássicos como 'Como que roupa?' se deu através da tuberculose agravada por seus dois velhos hábitos: o cigarro e o álcool

KAMILLE VIOLA
A bela Ceci foi amada até o fim por Noel | Foto: Banco de imagens
Talvez por já desconfiar que sua passagem pela Terra seria breve, ou talvez por ter escolhido que assim fosse, Noel Rosa viveu com a intensidade dos que têm urgência. Marcado desde o nascimento, ele nunca teve a saúde muito forte. O problema no queixo ia além da questão estética: não conseguia abrir a boca totalmente, o que dificultava na hora de comer.


Além de ser motivo de vergonha — ele comia escondido desde os tempos do ginásio — também fez com que optasse pelo que fosse fácil de ingerir: sopas e, na maior parte das vezes, apenas bebida alcóolica. A bebida e o cigarro, aliás, foram companheiros aos quais ele foi mais fiel do que a qualquer mulher: mesmo nos períodos em que o médico recomendava repouso, Noel Rosa não abandonava os velhos hábitos. 

"Ninguém foi mais boêmio que Noel. Ele passava a noite inteira na rua, dormia o dia inteiro", afirma o jornalista e biógrafo do músico, João Máximo. "O Cartola dizia: 'Como bebia esse rapaz!' Para o Cartola falar isso, imagina", diz. Em 1934, contraiu tuberculose, na época doença assustadora e sem cura. Por insistência da família, foi para a casa dos tios, em Belo Horizonte. Disse que só iria se Lindaura fosse. Dona Martha, sua mãe, exigiu que eles, então, se casassem — o que aconteceu em um cartório no dia 1º de dezembro, muito contra a vontade do noivo.

Chegou à capital mineira em janeiro de 1935 e logo se enturmou com a boemia local. Tudo muito distante das ordens médicas que havia recebido. O que fez com que, em abril, a tia Carmem escrevesse à irmã, avisando que não poderia mais cuidar do sobrinho. A doença nos pulmões voltaria a assombrar Noel outras vezes. Nos últimos anos de vida, os dentes já estavam podres: a pouca abertura da boca sempre dificultou o cuidado com eles. O mau hálito era tanto que ele falava com a mão à boca para disfarçar. 

Mas nada era motivo forte o suficiente para que ele abandonasse a cerveja gelada. "O gelo congela os micróbios", dizia a amigos preocupados. Em 1936, começou a se desfazer de coisas que lhe eram queridas. Juntou recortes de jornal sobre ele, guardados desde 30 de julho de 1929. "Quem começou a construir a história do Noel Rosa foi o Noel Rosa, quando juntou suas matérias e colou num álbum, porque sabia que ia morrer no ano seguinte", conta o pesquisador e biógrafo do artista, Carlos Didier.
Túmulo de Noel | Foto: Banco de imagens
Já não saía como antes, evitando aparecer em seus lugares preferidos , inclusive a Lapa, onde ainda trabalhava Ceci, agora em outro cabaré. Um dos poucos lugares que ainda visitava era o barraco de Cartola, na Mangueira. 

Em novembro de 1936, deixou um começo de samba, 'Nos Três Dias de Folia', para que o amigo terminasse. E explicou que tinha dois discos a gravar e, em um deles, gostaria de ter os ritmistas da Mangueira. 

Em seu aniversário de 26 anos, encontrou-se com Ceci. Para ela, pouco antes de morrer, terminou de compor 'Último Desejo', misto de declaração de amor e testamento — e pediu ao amigo Vadico que entregasse a letra à amada.

Ainda foi a Piraí, estado do Rio, com Lindaura, onde foi salvo por um gesto dela, que arrancou com a mão um coágulo de sua garganta. Morreu de tuberculose em 4 de maio de 1937, no mesmo chalé onde nasceu. Do outro lado da rua, a música de uma festa invadia a casa. O poeta teria aplaudido.

Cena final do filme: "Noel, poeta da Vila".

Tucuruí é rica, só falta prefeito e Câmara Municipal


Tucuruí é uma cidade rica, nosso PIB está acima da média nacional e ganhamos de cidades como Marabá.

Sem termos zona rural, o prefeito tem que cuidar apenas da zona urbana, que literalmente está uma zona, tamanho é o abandono. O problema é que temos uma grave deficiência que impede o nosso desenvolvimento: Simplesmente não temos prefeito e Câmara Municipal, não de verdade. Na verdade temos um prefeito de faz de conta que finge que administra e uma Câmara Municipal de faz de conta que finge que fiscaliza quem finge que administra.

Enquanto os políticos fingem, o povo sofre de verdade e para valer.

Vejam a matéria do Jornal O Liberal de hoje, e a classificação das cidades paraenses com maior PIB:

PIBs são maiores em Canaã dos Carajás e Parauapebas registram maiores PIB do Estado

Jornal O Liberal

RANKING 2008 - Idesp apresenta o levantamento geral do PIB nos 143 municípios do Pará

A concentração da riqueza em apenas 12% dos municípios do Pará continua sendo o maior entrave para o desenvolvimento do Estado, segundo aponta o estudo feito pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) divulgado ontem. Durante o evento de apresentação do estudo, também foi exposto o Produto Interno Bruto (PIB) paraense de 2008.

Segundo avalia o presidente do Idesp, José Raimundo Trindade, aproximadamente 75% do PIB paraense estão concentrados em apenas 17 municípios. "Nestes locais está quase a metade da população paraense, ou seja, 48% dos habitantes do Estado contribuem para este resultado", destaca. Nesses municípios também estão localizadas importantes indústrias minerais na extração de cobre, ferro e bauxita, e na indústria de transformação, com produção de alumínio e alumina, além da Hidrelétrica de Tucuruí.

Trindade lembra que os demais 126 municípios detiveram apenas 24,7% do PIB – o que comprova a centralização da riqueza.

Outro aspecto importante apresentado pelo Idesp está no PIB per capita paraense – que é de R$ 7.793, ou seja, quase metade da média nacional (R$ 15 mil). "Apenas seis municípios paraenses detiveram um PIB Per Capita superior ao indicador brasileiro – e todos eles são de regiões mineradoras", ressalta. Este é o caso de Canaã dos Carajás (R$ 48 mil), Parauapebas (R$ 45 mil), Barcarena (R$42 mil), Tucuruí (R$ 27 mil), Marabá (R$ 17 mil), Oriximiná (R$ 16 mil).

sábado 11 2010

Amigo-secreto sem gafe

Veja dicas para aproveitar a tradição de fim de ano sem traumas e se divertir de verdade.

Carina Martins, iG São 

Amigo-secreto é o tipo da coisa que tem tudo para dar errado. A ideia da brincadeira, em que você tem que escolher e comprar um presente para alguém que talvez não conheça muito bem, talvez não goste muito ou talvez goste demais, tem elementos à vontade para situações constrangedoras. E no ambiente de trabalho há ainda mais ingredientes para o pastelão. Ainda assim, a tradição é um sucesso, o que significa que a graça supera o risco. 

“Dá muito problema, mas é uma boa ideia, porque é um momento de confraternização”, diz o consultor de carreira e diretor-geral do portal Trabalhando.com.br Renato Grinberg. “Todo mundo reclama, mas bem que o povo curte. É um jeito de todo mundo ser presenteado, uma justificativa para as pessoas pararem e conversarem umas com as outras”, concorda a consultora de etiqueta empresarial Célia Leão. 

Já que o jogo é quase inevitável e, para muitos, até desejável, a melhor coisa é minimizar os riscos para a graça ocupar o maior espaço possível. 

Para os especialistas, o ideal é que, numa empresa, a iniciativa e a organização do amigo-secreto partam da diretoria ou do departamento de Recursos Humanos. Os organizadores também são responsáveis por garantir aquela que é a primeira regra para o sucesso de um amigo-secreto: um limite de preço definido para os presentes, tanto para o valor mínimo quanto para o máximo. “Temos que levar em consideração que é uma coisa absolutamente democrática, para todos, que as pessoas do café, da limpeza e os chefes vão participar. É preciso um limite que permita que todos participem sem se estressar”, diz Célia. 

Íntimo demais x pessoal de menos 

Uma vez estabelecidas as regras do evento – data, local, valores, sorteio -, a etiqueta manda que todos participem. “Aí não tem jeito, não tem desculpa. A não ser que seja muito boa, tipo a religião não permite, tem que participar”, afirma Renato. Quem ficar de fora terá que aceitar olhares tortos dos colegas. “Até acho que é melhor não entrar do que participar com aquele espírito de urubu. Mas vai ficar um pouco de escanteio, porque realmente é uma brincadeira, vai ficar fora das risadas”, avisa Célia. 

Enquete 

Você gosta de participar de amigo-secreto? 

Adoro, para mim é uma tradição 

Gosto, mas apenas entre amigos e familiares. Na empresa fico constrangida

Mais ou menos

Não gosto, mas participo para não fazer feio

Detesto e não entro de jeito nenhum

ou VER RESULTADOS 

Na hora de comprar o presente, não adianta preguiça. “A ideia é gastar um pouco de tempo para mostrar que você pensou naquela pessoa”, diz Célia. Mesmo quem não conhece bem o amigo-secreto pode pesquisar seus gostos e interesses perguntando para amigos em comum. Aliás, esse é exatamente o objetivo da brincadeira.

Os dois especialistas concordam que a pior coisa que alguém pode fazer em uma troca de presentes é ser íntimo demais. Dar lingerie, por exemplo – coisa que eles juram que acontece mesmo. “É pura falta de bom senso”, diz Renato. O outro extremo também é ruim. Presentes impessoais demais, como vale-compras, dão a impressão de que você não pensou na pessoa nem se importa com ela. Chato.

E o chefe? 

É comum que as pessoas que tiram o chefe sintam-se constrangidas e acabem se sentindo obrigadas a comprar um presente mais caro. Outro erro. Todos participam em pé de igualdade, e o valor estabelecido está lá para garantir isso. “O ideal é seguir a recomendação de preço, senão vai parecer puxa-saco”, alerta Renato. Se tiver dúvidas sobre os presentes, seja para um chefe, colega ou subordinado, é melhor sempre checar com um amigo. Não tem problema revelar o segredo para uma pessoa só. É por uma boa causa.

Piadista

Mas não é porque o ambiente é de descontração que dá para aproveitar e começar a descontar as diferenças sob forma de piada. É normal, e desejável, ser bem-humorado na hora de revelar quem é seu amigo-secreto. Mas, apesar do clima de festa, não se esqueça de que você continuará trabalhando com aquelas pessoas. Há que se manter a civilidade. “Jamais queimaria meu filme tentando ser engraçadinha”, diz Célia Leão. Além de evitar coisas de óbvio mau gosto na hora das piadinhas – como comentários racistas e sexistas – ela diz que uma boa dica é se colocar no lugar da pessoa. Se você se sentiria constrangido de ouvir algo parecido sobre você, é bem provável que seu amigo também se sentirá. Melhor não.

Ao embarcar na brincadeira com bom senso e disposição, os especialistas garantem que, além do presente, dá para sair do amigo-secreto até com um amigo novo.

sexta-feira 10 2010

Telegramas secretos revelam interesse dos EUA em Dilma Rousseff

Tio Sam espiona Dilma Rouseff

Brasília, 10 dez (Prensa Latina) Estados Unidos mostrou especial interesse desde 2005 em conhecer preferências, gostos e tudo possível sobre a então recém nomeada ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, hoje presidenta eleita do Brasil.

  Vários dos nove telegramas confidenciais da embaixada dos Estados Unidos em Brasília, divulgados hoje pelo diário Folha de S.Paulo e entregues pelo site Wikileaks.org, assinalam que Rousseff "organizou três assaltos a bancos" durante a época da ditadura militar no Brasil (1964-1985).

A Folha de S.Paulo aponta que o autor do telegrama, o então embaixador norte-americano no Brasil John Danilovich não menciona a fonte da informação sobre as supostas ações de Rousseff na ditadura militar, contra a qual lutou e esteve presa por três anos.

"No conjunto de papéis divulgados agora, há especulações sobre a personalidade da petista -militante do Partido dos Trabalhadores (PT)-, as possibilidades de ser eleita e sua saúde", indica o jornal brasileiro.

Acrescenta que em 2009, a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, elogiou os documentos confidenciais, ao afirmar que gostava muito dos textos que contêm os perfis dos candidatos a presidente em 2010 e sobre suas estratégias, ao mesmo tempo em que qualifica o sistema político brasileiro de "bizantino".

A Folha de S.Paulo refere que Hillary Clinton fez recomendações para futuros telegramas: "Damos especial valor às informações sobre como são os estilos de operar desses líderes, seus comportamentos, motivações, pontos fortes e fracos, relações com seus superiores, sensibilidades, visões de mundo, hobbies e conhecimento de línguas estrangeiras".

Para o diário, os detalhes sobre Rosseff aparecem desde 2005, "Ela gosta de cinema e de música clássica. Perdeu peso recentemente, segundo relatos, após adotar a mesma dieta do presidente Lula", diz um dos telegramas.

Em outro há elogios para a presidenta eleita, pois é vista como "competente", elogiam sua paciência para ouvir e responder, mas alertam de que "ela tem fama de ser insistente, uma negociadora dura e detalhista".

O site Wikileaks.org diz possuir cerca de 250 mil telegramas confidenciais da diplomacia estadunidense em todo mundo, dos quais ao menos 2.500 seriam de sua embaixada no Brasil.

arc/ale/es