A Audiência Pública para tratar da Mudança da Maternidade do Hospital Municipal para o Hospital Regional não trouxe maiores novidades do que já foi anunciado nos meios de comunicação em Tucuruí.
Durante a Audiência o MPE, a PMT, a Direção do Regional, vários representantes da sociedade e do legislativo se manifestaram. Os quatro vereadores de oposição, a saber: Jones, Tom, Pastor Antônio e Ver. Drª. Edileuza compareceram, não notamos a presença dos demais vereadores.
A torcida organizada da Prefeitura foi a maior (por motivos óbvios) e a que mais se manifestou, inclusive o Zé Augusto do Colorado foi bastante agressivo para com os vereadores presentes fazendo um discurso político em apoio ao Prefeito e a mudança. Outra a se manifestar foi a Senhorinha do Bairro Santa Izabel com um discurso político também agressivo e mesmo desrespeitoso para com os vereadores presentes, Senhorinha também discursou em apoio ao prefeito e a mudança da Maternidade Municipal para o H. Regional.
Já o Vereador Jones e o Wanderley Dourado do Jardim Marilucy tiveram suas falas cassadas pelo promotor pelas suas colocações terem sido consideradas políticas e críticas quanto à mudança da Maternidade Municipal para o H. Regional.
Da audiência podemos em nossa opinião chegar às seguintes conclusões:
1 - A questão sobre a mudança da Maternidade do H. Municipal para o Hospital Regional já estava decidida, já que o TAC já havia sido firmado entre o MPE e a PMT, as reformas já haviam sido feitas no Regional, e a mudança da Maternidade para o HRT havia sido feita há dias.
2 - O objetivo da Audiência Pública no nosso entender foi o MPE receber sugestões quanto às condições contidas no TAC, e não para discutir a mudança ou o TAC em si, já que as críticas contrárias à mudança da Maternidade do Hospital Municipal para o Regional, foram severamente questionadas pelos representantes da PMT e MPE, que fecharam questão sobre o assunto.
3 - Ficou claro que tanto os representantes da PMT quanto o MPE estão absolutamente certos da necessidade da mudança, assim como de que esta mudança é a única solução para o problema, portanto ao firmarem o TAC, e ao ser feita à mudança da Maternidade Municipal para o H. Regional, ambos PMT e MPE assumem as responsabilidades pela mesma.
4 - Ficou acertado que a PMT colocaria uma ambulância 24 horas no Hospital Municipal para o transporte das gestantes, já não ficou muito claro de como elas retornariam do Hospital Regional para Tucuruí. Será que a ambulância vai se deslocar do H. Municipal para o H. Regional para trazer as gestantes de volta? Como será a comunicação entre a gestante e a ambulância?
5 - Segundo o TAC, a Prefeitura tem seis meses para resolver a situação da sua permanência no Regional, no entanto a PMT faz uma previsão de dois anos para construir o Hospital. Essa realmente não deu para entender já que não acreditamos que alguma coisa mude em seis meses, e antes da conclusão do Hospital.
6 - A PMT alega que não vai utilizar pessoal e recursos do Hospital Regional, no entanto isso já ocorre na prática a mais de um ano com o Raio-X e o Autoclave, inclusive foi citado na Audiência que o almoxarifado do Regional já teria cedido medicamentos à Maternidade do Município.
7 - Será que com a abertura deste precedente, as outras Maternidades Municipais que se encontrarem em dificuldades e que pertençam aos outros seis municípios atendidos pelo Regional, também vão exigir o mesmo tratamento e mudar para o Regional? Ou vão exigir do Governador uma compensação financeira pelo tratamento diferenciado dado a Tucuruí, para que o Governo do Estado também assuma parte das despesas da rede básica em seus municípios?
Com a palavra os Deputados Estaduais representantes destes municípios.
Na opinião da Equipe Folha, somente o tempo dirá quem está com a razão, os dois lados pró e contra, ambos compostos por pessoas inteligentes e da área de saúde defendem as suas posições.
Vamos esperar para ver.
É uma roleta, não dá para prever o que vai acontecer, e pode até não acontecer nada, mas a sorte está lançada e as fichas são vidas humanas.
Só nos resta torcer para que tudo dê certo e fiscalizar com uma lupa, tanto o resultado destas mudanças para a saúde das gestantes e seus bebês, como a utilização dos recursos da Saúde Pública, por parte do Hospital Regional, assim como pela Prefeitura de Tucuruí.
O importante é que houve a discussão, todos se posicionaram claramente, alguma coisa deveria realmente ser feita.
De forma certa ou errada as medidas foram tomadas, e as responsabilidades estão bem definidas.