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domingo 09 2011

Jatene anuncia que Estado terá economia de guerra

Fonte: Diário do Pará


O Estado do Pará vai entrar em economia de guerra já a partir dos próximos dias. A informação é de quem pode decidir. E já decidiu. “Vai. Não tem nenhuma chance para fazer diferente”. Foi assim que o governador Simão Jatene anunciou na sexta-feira, em entrevista ao DIÁRIO DO PARÁ, a próxima adoção de um conjunto de medidas objetivando a contenção de gastos na administração pública estadual. 

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Nota do Folha - Segundo a matéria a dívida recebida pelo Jatene seria de R$ 650 milhões. 

O Folha gostaria de saber se nesta "Economia de Guerra" o estado vai deixar de bancar a saúde básica de Tucuruí que é responsabilidade da PMT. 

Queremos saber ainda se o estado na "Economia de Guerra" vai incluir a cobrança dos mais de R$ 8.000.000,00 milhões que Tucuruí deve ao Hospital Regional de Tucuruí, dívida que aumenta todo mês. 

Esta "Economia de Guerra" é para valer, ou é apenas Marketing político visando desconstruir a imagem dos adversários e ao mesmo tempo justificar a redução e a má qualidade dos serviços prestados à população, principalmente na área de Saúde Pública, e em especial o serviço de saúde que está precário na região de Tucuruí, e foi agravado pela mudança do Hospital Municipal de Tucuruí para o Hospital Regional, em que o Estado banca todas as despesas? 

Enfim, a tal "Economia de Guerra" vale para todos ou é só para os adversários?

Casa da sogra - PMT um órgão familiar...


Vejam este comentário interessante no mural do Blog do Parsifal:

A verdade: Veja que vergonha. O pastor Océlio Nauar da Igreja AD de Tucuruí tem portaria na Prefeitura, não so ele mas a sua familia inteira. Isto ér uma vergonha, pois ele ganha um salário de 20.000 da Igreja.

Pois é, a coisa ta feia, os padres ocupam Área de Preservação Ambiental, e se o comentário for verdadeiro, tem pastor & família se aboletando na PMT. E os fieis deixando de comprar alimentos para pagar o dízimo...

Não se fazem mais religiosos como antigamente. 

Como diriam os antigos... 

É o fim dos tempos...

Está como o diabo gosta...

sábado 08 2011

Joilson sai do PT

Joilson, empresário Tucuruiense e ex-candidato à Prefeitura de Tucuruí se desfiliou do Partido dos Trabalhadores.

Joilson foi o segundo colocado nas eleições municipais. Com esta desfiliação o PT em Tucuruí, como no resto do Estado está a cada dia mais desfalcado devido a disputas internas das diversas tendências do partido. Mas isso abre as portas para que outros petistas além dos seguidores do Paulo Rocha se aliem ao Prefeito do PPS em Tucuruí e se aboletem no poder.

Estas mesmas disputas levaram o Governo Ana Júlia a dividir o partido, que não soube agregar e manter a unidade interna e com os aliados, levando o governo petista à fragorosa derrota eleitoral e a perda do poder para um partido fraco, sem recursos e dividido como o PSDB.

Estas disputas e a falta de unidade no PT paraense também prejudicou o Joilson e o PT em Tucuruí tendo o ex-Deputado Federal Paulo Rocha se aliado ao maior adversário do próprio partido em Tucuruí.

Joilson teve muita paciência, e aturou tudo o que podia, outro em seu lugar já teria mudado de partido há muito tempo.

Bem disse Jesus: "Todo o reino dividido contra si mesmo será destruído e seus edifícios cairão uns sobre os outros".

Pena que o PT não tenha aprendido a lição. Perdeu o Governo do Estado, a PMT, e Paulo Rocha perdeu a credibilidade e está sem mandato.

Foi merecido.

A corrupção na gestão pública nunca é solitária

Geralmente o cidadão comum desconhece os mecanismos da corrupção. 

Esta matéria tem como objetivo esclarecer os caminhos para o desvio de dinheiro público. Esta matéria tem sentido genérico e não tem a intenção deliberada de acusar ninguém especificamente.

Ouvimos falar muito que fulano ou sicrano é corrupto e enriqueceu desviando dinheiro público, e a impressão que se tem à primeira vista é que ele é o único responsável. Mas isso não é verdade, esta é apenas a ponta do iceberg.

Vamos por exemplo supor que um prefeito queira desviar dinheiro da prefeitura. Para começar é IMPOSSÍVEL desviar dinheiro da prefeitura sozinho, mesmo que seja um prefeito, ele precisa primeiro da conivência de vários funcionários e profissionais e assim montar uma quadrilha com este objetivo.

Em primeiro lugar ele precisa de alguém que tenha uma empresa devidamente legalizada e com ampla área de atuação, normalmente estas “empresas” vendem de tudo, de uma agulha a um avião. Por isso normalmente depois do resultado das eleições uma grande quantidade de empresas são criadas com o objetivo de “negociar” com o governo.

Existem também “empresas” e grupos de empresas cujas quadrilhas altamente especializadas agem nos estados e até nacionalmente que têm grande experiência em fraudar licitações e desviar recursos públicos, principalmente nas prefeituras do interior, onde a fiscalização e o controle social são menores, e onde a corrupção está mais arraigada e muitas vezes faz parte da cultura política local. Os donos e demais integrantes destas “empresas”, normalmente tem grande experiência em burlar a lei e encobrir os rastros da roubalheira, tendo normalmente em sua folha de pagamento autoridades dos três poderes, que lhes dão cobertura.

Mas continuando, além do “empresário” corrupto o prefeito que queira desviar recursos tem que ter a conivência do Secretário Municipal (responsável pela Secretaria para qual se destina o produto ou serviço), para que o mesmo ateste as notas fiscais, também tem que ter a conivência do Secretário da Fazenda, do tesoureiro, do chefe da licitação e/ou de compras, do contador e do pessoal que faz a contabilidade, pois todas estas pessoas participam ou no mínimo tomam conhecimento da ilicitude.

De cara o “empresário” tem que pagar os impostos sobre a nota fria, ISS ou ICMS, INSS e Imposto de Renda, o que de cara representa mais ou menos uns 30% do valor da nota, e é claro tem a comissão do “empresário” que varia em média em torno de 20 a 30%.

Se a mercadoria mesmo de baixa qualidade for realmente comprada ou o serviço mesmo que feito com material de quinta for executado temos ainda os custos do produto ou do serviço, que pode representar no mínimo 30% do valor da nota.

Só ai, antes mesmo do prefeito “lucrar” um centavo, ele já “gastou” de 80 a 100% do valor real do produto ou do serviço. A solução então é superfaturar dobrando o valor da nota, ou o mais arriscado que é forjar a entrega do material ou a execução do serviço, o que normalmente dá muito na vista e põe no esquema funcionários do baixo escalão.

Então para “justificar” por exemplo, um milhão desviado ele gasta dois milhões ou mais. E olha que não estamos contando com os funcionários coniventes que querem por sua vez dinheiro e vantagens. Vantagens estas normalmente dispendiosas que o prefeito não tem como negar pelo resto do seu mandato. E ai depois de tudo pronto entra o profissional encarregado da maquiagem das prestações de contas e da cooptação de auditores no sentido de “passar por cima" dos erros na prestação de contas ou pelo menos adiar ao máximo a auditoria e seu resultado.

O maior risco é quando a situação foge ao controle e as contas caem nas mãos de auditores honestos, ou a ilicitude é denunciada e investigada por promotores e delegados sérios.

Neste caso, só resta então ao corrupto duas alternativas:

1 - Contratar escritórios de advocacia caros, eficientes e que tenham bons contatos, para através das brechas nas leis livrar o corrupto da cadeia, ou adiar os julgamentos por muito tempo ou indefinidamente.

2 – Cobrar dívidas de campanha, pois os corruptos normalmente apóiam políticos candidatos a cargos importantes no Legislativo e no Executivo, não importando a sigla partidária, a única condição para o "apoio" (leia-se financiamento de campanha e contratação de cabos eleitorais), é que os candidatos sejam tão corruptos e sem caráter quanto eles próprios e assumam o compromisso de os defender caso suas falcatruas sejam descobertas. 
Por sua vez estes candidatos depois de eleitos usam da sua influência para livrar o corrupto, muitos recebem propinas do prefeito durante seus mandatos, normalmente através de convênios e/ou emendas parlamentares ou em espécie mesmo.

O assunto não se esgota aqui, pois o tema é muito extenso, mas por enquanto esta matéria dá ao cidadão comum uma idéia de como funcionam os esquemas de corrupção no Brasil.

Colocamos como exemplo os prefeitos, simplesmente por que os prefeitos estão na base da pirâmide do poder, no entanto isso pode acontecer em qualquer nível de gestão pública, seja ele em nível de Estado ou Federal.

Conhecimento é poder, o povo precisa conhecer seus inimigos para que possa se defender deles.

E nós estamos aqui para isso mesmo...

Ouvido mouco pode conduzir ao abismo

Sensacional a tirada do Parsifal em seu Blog na matéria Sinais de Trânsito

Vejam com que maestria Parsifal define e adverte para a situação dos governantes ao compor e manter o governo ignorando as vozes das ruas: 

"Todavia, também na atual conjuntura política, não é bom seguir com a carruagem sem voltar os ouvidos aos alaridos que se fazem na passagem, sob pena de, eventualmente, poder-se estar fazendo orelha mouca aos que gritam que há um abismo à frente".