NUNCA MAIS ME ENCHAM A SACOLA COM ESSA CONVERSINHA DE SACOLINHAS!
Revista Galileu
Isso pode não resolver o problema. Em cidades em que elas foram banidas dos mercados, como São Francisco, na Califórnia, o que se viu foi um enorme aumento do consumo das sacolas de papel — o que pode não ser tão amigo do meio ambiente. Embora venham de fonte renovável — a celulose das árvores—, estudos sugerem que sua produção seria mais poluente do que a de sacolas plásticas, feitas com derivados de petróleo (veja abaixo).
SACOLAS PLÁSTICAS X SACOLAS DE PAPEL
Em uma análise que comparou a emissão de poluentes desde a extração de matéria-prima até a disposição final dos produtos, a consultoria inglesa Boustead concluiu que sacolas de papel com 30% de fibras recicladas emitiriam o dobro de CO2 do que as de polietileno (o plástico usado nas sacolinhas de supermercado).
Boa parte da diferença se deve ao uso de água na fabricação, 17 vezes maior do que na produção de sacolas plásticas, e na geração de lixo, que chega a ser quase cinco vezes superior. “Precisamos fazer a transição das sacolas que são usadas apenas uma vez para as retornáveis.
E não de um tipo de sacola de uso único para outro”, disse Sam Liccardo, do Conselho da Cidade de São José, vizinha a São Francisco, sobre o fato de a cidade ainda não ter banido as sacolas plásticas em favor das de papel. Está aí um consenso.
"Sem dúvida a sacola retornável causa um impacto menor, desde que seja realmente usada várias vezes", diz a pesquisadora do Centro de Tecnologia de Embalagens do Instituto de Tecnologia de Alimentos de São Paulo Eloísa Garcia. Entre a sacola plástica e a de papel, então, prefira a de pano.