As mulheres da zona rural do Assentamento Reunidas ficaram revoltadas pelas condições das vicinais, em que as crianças precisam caminhar mais de dez quilômetros para ir à escola, e apreenderam o ônibus escolar, liberando o motorista.
A Secretária de Educação e o Secretário de Gabinete estiveram no Assentamento Reunidas escoltados por duas viaturas da Polícia Militar, mas não conseguiram liberar o ônibus. O prefeito como sempre, em vez de negociar e tomar conhecimento da situação, preferiu mandar a Polícia Civil para liberar o ônibus e intimidar a população, o que foi feito na madrugada de quinta para sexta. Para o prefeito que tem medo de povo, protesto e reclamação dos cidadãos é caso de polícia, certamente porque em Tucuruí não existe bandido e criminalidade, portanto a polícia não tem mais o que fazer.
Os trabalhadores rurais então ocuparam a Escola Municipal Reunidas Polo I, e permanecerão lá até que o prefeito ouça as suas reivindicações. A Marivane mandou que o vigia não entregasse as chaves da cozinha e do refeitório para os colonos, o que foi aceito sem objeção pelos manifestantes. A Secretária também proibiu a reunião dos colonos na Escola, mas eles desta vez não concordaram, já que a escola é pública e não é propriedade da Secretária. O vereador Jones William esteve no local e ofereceu apoio, se colocando à disposição para ser intermediário entre os colonos e o prefeito.
Os moradores do Reunidas estão revoltados, pois os ônibus que deveriam atender aos alunos da zona rural estão trabalhando na cidade, enquanto que os alunos andam de camionete como se fossem cabras e bodes ou mesmo à pé. O colégio tem quatro salas de aula para 220 alunos, e o acesso à Internet que está na propaganda da PMT nunca funcionou.
Além disso, a esposa do Secretário Geral do SRT (O Secretário denunciou na rádio a situação da Educação Pública no Assentamento Reunidas) e que era contratada da PMT desde 2005, foi demitida. Segundo informaram à professora, mesmo ela sendo uma profissional competente, teria sido demitida em retaliação por causa das declarações do esposo (coisa típica desta desadministração incompetente e perseguidora).
O interessante é que os disseram ao Júnior Souto, que é o Secretário de Gabinete, que o prefeito só dava valor aos colonos em época de campanha política, segundo os colonos o Secretário teria respondido que o Prefeito Sancler não precisa dos votos dos colonos. Os colonos responderam então que não deve precisar mesmo, já que ele Júnior deve pensar que o prefeito já está reeleito.
Os colonos fizeram uma pauta de reivindicações, são elas:
1 – Recuperação de 50 km de vicinais onde transitam os alunos, a escola tem 220 alunos, mas só 100 freqüentam as aulas por falta de transporte escolar;
2 – Ampliação do Colégio que é grande, mas só tem quatro salas de aula para 220 alunos;
3 – Implantar corpo docente fixo. Professores de 5ª a 8ª série;
4 – Três ônibus novos com capacidade para transportar os alunos da escola;
5 – A reintegração da funcionária demitida por perseguição ao esposo sindicalista;
6 – O acompanhamento pelo Sindicato e da Associação Rural da implantação dos itens da pauta de reivindicação.
O prefeito que tem medo de povo, se queimou com mais uma parcela da população; quem tem a Marivane e o Júnior Souto como aliados, não precisa de adversário pois está bem servido. Bem merecido, quem mandou não ter competência para escolher seus assessores...
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Vejam o que disse o Presidente do STR/Tucuruí sobre o descontentamento dos colonos, sobre o "terrorismo" da Marivane e sobre a prepotência do Júnior Souto.
Vejam o que disse o Secretário Geral do STR.
Vejam os depoimentos de alguns colonos.
Mais depoimentos.