Colonos em frente e nas dependências da Secretaria de Educação Municipal.
Os colonos do Assentamento Reunidas, que estavam ocupando o pátio da Escola Pólo I localizada no referido assentamento e foram retirados do local por ordem judicial, vieram a Tucuruí e ocuparam o Prédio da Secretaria de Educação Municipal. O objetivo dos colonos é abrir uma mesa de negociação das suas reivindicações com o prefeito e a Secretária de Educação.
Olha, na democracia a força, a justiça e os órgãos de repressão somente são utilizados como último recurso, quando todas as possibilidades de negociação fracassarem. Esse negócio de "atirar" primeiro e perguntar depois não existe na democracia. Os colonos têm razão em reivindicar professores para a zona rural, melhorias nas estradas vicinais, meio de transporte para os alunos e principalmente respeito por parte dos gestores públicos.
O costume do cachimbo é que faz a boca ficar torta.
Tanto o Prefeito quanto a Secretária de Educação, estão acostumados a serem obedecidos através da força e da intimidação, ora isso funciona relativamente quando se trata de categorias como o funcionalismo público e outras, que direta ou indiretamente estão sob suas ordens ou de alguma forma dependem economicamente da Prefeitura. No caso dos colonos, além de não dependerem financeiramente do prefeito, estão organizados e não tem medo do enfrentamento.
Se em países com governo autoritários que tem o poder de mandar prender e matar, a população enfrenta e não se deixa dominar, imaginem em um país relativamente democrático como o Brasil. O mundo mudou, mas o prefeito e a sua secretária de educação não perceberam, ficaram para trás, querem dominar pelo terror, mas isso não é mais possível no Brasil de hoje.
Fomos informados que o prefeito está entrando com novo pedido de reintegração de posse, como na primeira a segunda reintegração de posse deve ser concedida novamente em tempo recorde, mas os colonos prometem fazer inúmeros protestos pela cidade, mas não é possível solicitar reintegração de posse de toda a cidade, incluindo as ruas e logradouros públicos, e expulsar os colonos de Tucuruí.
Perdido em seu orgulho e espírito de grandeza
O prefeito até por uma questão de tática política e de inteligência, deveria conter o seu conhecido e reconhecido orgulho e espírito de perseguição, concordando em negociar com o povo da zona rural. Até porque ele desta vez não está lidando com uma classe que amarela diante de ameaças e situações difíceis, e muito menos tem medo dele e da sua secretária de “educação”. O prefeito já está queimado com a maioria dos funcionários públicos municipais e estaduais, com os professores, com os alunos, com os mototaxistas e agora com os moradores da zona rural.
Ninguém acredita mais nos cadastros de casas e empregos do prefeito e nas suas promessas vazias, os milhares de contratos ilegais sem concurso público na prefeitura que são tolerados pela justiça e muito menos o bolsa esmola da PMT de R$ 60,00 (sessenta reais), são suficientes por si para reelegê-lo.
Mas se o prefeito acredita que o ódio, a perseguição e o terrorismo de governo são o melhor meio de se fazer política, o problema é dele.
A SEMEADURA É LIVRE, MAS A COLHEITA É OBRIGATÓRIA. (Jesus Cristo)
O Vereador Jones William (PT) denunciou há algum tempo o mesmo esquema de fraude em licitação denunciado pelo Fantástico. No entanto como a denúncia não foi feita pela poderosa Rede Globo, nenhuma providência foi tomada pelas autoridades competentes no sentido de punir os responsáveis e recuperar o prejuízo para o erário público.
Qual seria a diferença?
Seria porque em Tucuruí o prefeito Sancler (PPS) é aliado do Governador Jatene (PSDB), que aliás, também já teve licitações do Governo do Estado denunciadas diversas vezes pela imprensa livre?
Vejam a matéria que publicamos e ouça abaixo a conversa gravada por telefone entre o dono da Empresa Kladann, que consta como participante da licitação de kits escolares para a Secretaria de Educação Municipal e o Vereador de Tucuruí Jones Willian.
Apesar do dono da empresa afirmar que desconhecia esta licitação, uma pessoa se credenciou para a licitação dos kits escolares como representante da Kladann, apresentando a documentação da empresa e participando normalmente da licitação. Na gravação do dono da Kladann alega desconhecer a pessoa que representou a sua empresa.
Gostaríamos de saber por que a diferença de tratamento e de postura das autoridades competentes, já que se trata de irregularidades semelhantes, em que existem acusações de fraudes em licitações envolvendo vultosas quantias de dinheiro público, principalmente em se tratando de recursos Federais.
Em uma situação denunciada pela Globo a tomada de posição foi imediata, e na outra denuncia de fraude em licitação feita pelo vereador às autoridades competentes e na mídia livre, a posição das autoridades até agora foi de simples omissão e nada aconteceu?
O Hospital Regional de Tucuruí nunca em sua história esteve em uma situação tão difícil, e nunca a população da região que precisa dos serviços do HRT esteve tão desassistida.
O HRT simplesmente não consegue absorver a rede básica de saúde do município de Tucuruí, que está completamente falida e abandonada. A situação do HRT piorou muito e chegou “ao fundo do poço” após a transferência da Maternidade Municipal para dentro do Hospital Regional.
Como foi esta transferência? Tudo começou com a denúncia dos médicos do Hospital Municipal. Os médicos denunciaram a situação precária das instalações do Hospital Municipal de Tucuruí, no entanto a verdadeira intenção dos médicos que trabalhavam no Hospital Municipal e no Hospital Regional, era levar a Maternidade Municipal, para dentro do H. Regional e assim poder fazer dois plantões no mesmo local.
O Prefeito vendo a possibilidade de diminuir despesas com a rede básica com a transferência da Maternidade, encampou a idéia e se uniu aos médicos. Para isso convenceu o Ministério Público Estadual a fazer uma Audiência Pública para decidir a transferência “provisória” da maternidade para o HRT. Além da audiência seria feito um TAC pelo MPE (que nunca foi assinado pelo prefeito) em que o prefeito se comprometia a reformar o HMT e que a maternidade voltaria para o Hospital Municipal.
Na audiência compareceram os médicos interessados pela transferência, representantes da Secretaria Municipal de Saúde, representantes do Conselho de Saúde, vários presidentes de Associações de bairros, sendo a maioria controlada pelo gestor. Durante a Audiência o Conselho de Saúde se opôs à transferência da Maternidade Municipal para dentro do Hospital Regional, mostrando os inconvenientes desta transferência e o que aconteceria, e tudo o que foi previsto e ainda mais, realmente aconteceu.
Durante a audiência os quatro vereadores presentes que eram contra a transferência, foram destratados e insultados pelos liderem comunitários do prefeito, e o representante do MPE cassou a palavra de um líder de bairro e expulsou da audiência uma representante do Conselho de Saúde que se manifestaram contra a transferência.
Os resultados todos estão vendo, o colapso total do HRT. O mais "irônico" é que com o que foi gasto com a transferência da Maternidade Municipal para o HRT, daria para fazer as reformas necessárias no Hospital Municipal.
Para se ter uma idéia, falta tudo no Regional, de material hospitalar a remédios e até roupa de cama. Fomos informados que de mais de 400 (quatrocentas) cirurgias que o HRT fazia por mês, este total foi reduzido a menos de 100 (cem).
Os pacientes esperam meses para serem operados. Nesta triste situação está esta criança de três anos que sofre de Hemorroidas de Botão (nome popular), que sangra muito e causa terríveis dores na criança, sempre que ela precisa defecar.
A mãe desesperada implora por socorro às autoridades competentes e está recorrendo ao MPE e ao Conselho Tutelar que está acompanhando o caso, mas pouco se pode fazer diante da incompetência e do descaso do Governo do Estado e do Governo Municipal.
Vejam o vídeo em que a mãe da criança implora por auxílio.