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domingo 11 2012

Pesquisadores da Embrapa desenvolvem alimento do futuro

Laboratórios criam plantas fortificadas, resistentes a pragas e tolerantes a períodos de estiagem. 
   

Maria Fernanda Ziegler (enviada a Brasília) - iG São Paulo. 
   
Pesquisador Francisco Aragão trabalha no desenvolvimento de plantas geneticamente modificadas.
   
Em um terreno atrás de uma delegacia na Asa Norte de Brasília um conjunto de prédios baixinhos e ladeados por pequenas estufas produzem soluções para problemas agrários. São sementes de feijão imune a pragas, café resistente à secas e alface com 15 vezes mais ácido fólico, uma vitamina importantíssima para grávidas, tudo isso produzido por uma empresa estatal, a Embrapa Recursos Genéticos Biotecnologia (Cenargen). 
   
No laboratório do Professor Francisco Aragão foi criado o feijão resistente ao mosaico dourado, praga que afeta plantações em todo o Brasil. O feijão carioquinha que saiu de lá foi a primeira variedade geneticamente modificada criada em uma instituição pública de pesquisa brasileira. O fungo gera prejuízo de 90 a 290 toneladas de feijão por ano, com a produção nacional girando em torno de 1,2 milhões de toneladas por ano. As sementes do novo transgênico ainda estão em fase de teste em três regiões do país e o registro da variedade deve sair nos próximos dois anos. Futuramente as sementes serão disponibilizadas para o produtor rural sem a cobrança de royalties. 
   
“Costumo falar para o produtor que se ele estiver desesperado é melhor não me procurar”, ri Aragão, porque o estudo demorou mais de dez anos para ter resultado prático. Aragão afirma que o desenvolvimento de tecnologia transgênica deve ser a última solução para um problema, por causa do tempo que leva para ficar pronto. 
   
Os pesquisadores da Embrapa modificaram o DNA do feijão para que ele produzisse fragmentos de RNA responsável pela ativação de defesa contra o vírus do mosaico dourado. “A planta não transgênica chega a produzir estes fragmentos de RNA do vírus para bloqueá-lo, mas isso só acontece quando o vírus já está instalado”, explicou. O novo processo faz com que as plantas transgênicas já tenham o RNA pronto para se defender da praga. 
   
De acordo com o pesquisador países do Caribe e a Argentina demonstraram interesse em usar o feijão, mas mais testes precisam ser feitos, pois o vírus da praga nestes países é um pouco diferente do brasileiro. 
   
A Embrapa também tentou desenvolver algo semelhante do que foi feito com o feijão, só que com tomates. Porém existem mais de 24 espécies da fruta e seria necessário criar resistência a múltiplas espécies de pragas. O projeto não andou. 
   
Café forte 
   
A poucos passos do laboratório que desenvolveu o feijão, o biólogo Eduardo Romano trabalha no desenvolvimento de plantas resistentes a secas. 
   
O estudo começou analisando o genoma do café, sequenciado em 2007. Naquela época eles analisaram quais dos 30 mil genes da planta se expressavam quando o café passava por períodos de seca. Chegaram a cinco genes, e os pesquisadores optaram por introduzir o gene CAHB12 em outras plantas. Agora eles estão introduzindo o gene em plantas como a soja, algodão, trigo e arroz. 
   
“Esperamos ter variedades comerciais em cinco anos”, disse Romano, pesquisador da Embrapa que coordena o projeto em parceria com a UFRJ. 
   
A equipe também sequenciou o genoma da palma, espécie de cactos comestível. Eles descobriram quais foram os genes expressados durante período de seca e estão introduzindo os genes em plantas modelo. “Ainda precisamos validar o quanto de água vamos economizar com a planta modelo”, disse. 
        
Romero lembra que de acordo com a ONU, 70% da água usada no mundo é utilizada em agricultura e que de acordo com estimativas da própria ONU, até 2030 será necessário aumentar em 50% a produção de alimento no mundo. 
         
Alface bombada 
          
Ainda no laboratório de Aragão, está saindo da horta uma variedade de alface com 15 vezes mais ácido fólico. A falta desse nutriente durante a gestação pode causar má formação do tubo neural (explicar o que é) do feto. No Brasil, estima-se que 1,6 nascidos em mil tenham problemas na má formação. 
          
“Alteramos passos da rota metabólica destas plantas. Elas estão prontas, mas ainda precisam de ensaio de biossegurança”, afirma Aragão. De acordo com os pesquisadores 12 gramas da alface equivalem a 70% do que uma pessoa adulta precisa ingerir de ácido fólico por dia. “Da planta transgênica seria necessário comer a quantidade presente em um sanduíche por dia. Já da planta normal seria preciso comer dois pés de alface”, disse. 
            
Os pesquisadores também criaram uma variedade com sete vezes mais ácido fólico e pretende cruzar as duas variedades, para entender se isso traz ainda mais aumento de vitaminas na planta. Atualmente, o Brasil fortifica a farinha com ácido fólico, porém dificilmente a quantidade é uniformizada no produto. A alface da Embrapa seria a solução deste problema. 
             
(A repórter viajou a convite da Embrapa)
             

sábado 10 2012

Prefeito não comparece e audiência é adiada

O Prefeito Sancler não compareceu na audiência de conciliação no Fórum de Tucuruí. 
   
O prefeito processou o Folha de Tucuruí e a audiência estava marcada para hoje às 10:00 horas.
   
Na hora marcada a advogada do prefeito chegou com o pedido de adiamento. 
   
A justiça concedeu o adiamento e a audiência foi remarcada para o dia 18 de abril de 2013.
    
Nenhuma surpresa, o prefeito seguiu o padrão e já esperávamos por isso.
   

sexta-feira 09 2012

Tá na mão!!!

Uma proposta ao Prefeito: Vamos trocar, faça elogios aos marajás, e dê os 63% de aumento para os funcionários. 
    
Elogio vazio não paga conta e não enche barriga.
    
O reconhecimento verdadeiro é o salário digno, o resto é conversa para acalentar bovino.
    
Se olhar mais de perto dá para reconhecer a diretoria do SINSMUT (Sindicato dos Servidores Municipais) entre os servidores representados na palma da mão do prefeito??? 
      
O SIMBOLISMO DESTA IMAGEM VALE POR MIL PALAVRAS.



     

quinta-feira 08 2012

O Judiciário e a Democracia.

A Jornalista Ana Célia Pinheiro em seu Blog Perereca da Vizinha na matéria: "Opinião: O Judiciário precisa é de Democracia"faz uma análise do Poder Judiciário, que precisa urgentemente de democracia e de se livrar da influência de políticos em seus assuntos internos.
   
Os textos abaixo, pinçados do Blog da Ana Célia Pinheiro,  mostra a influencia política no Judiciário, que na prática, e a nosso ver, limita de certa forma a autonomia daquele poder. Em consequência, a nosso ver, qualquer limitação do Poder Judiciário frente ao Executivo e Legislativo, enfraquece e limita a própria democracia.
   
Texto do Blog Perereca da Vizinha.

"Na verdade, o que precisamos é de um projeto muito mais amplo, para livrar a Justiça e o Ministério Público da politicagem; de regras de ascensão funcional nada democráticas, ou, para usar uma palavra da moda, nada republicanas."
   
"O fato de o presidente da República nomear os ministros do Supremo e os governadores nomearem o Procurador Geral de Justiça (PGJ), por exemplo, é uma clara contradição frente à autonomia que têm de gozar essas instituições."
    
   

Quais foram as torturas utilizadas na época da ditadura militar no Brasil?

por Roberto Navaro 
    
Pau-de-arara, tortura muito usada pela ditadura militar no Brasil.
   
Uma pesquisa coordenada pela Igreja Católica com documentos produzidos pelos próprios militares identificou mais de cem torturas usadas nos "anos de chumbo" (1964-1985). Esse baú de crueldades, que incluía choques elétricos, afogamentos e muita pancadaria, foi aberto de vez em 1968, o início do período mais duro do regime militar. 
    
A partir dessa época, a tortura passou a ser amplamente empregada, especialmente para obter informações de pessoas envolvidas com a luta armada. Contando com a "assessoria técnica" de militares americanos que ensinavam a torturar, grupos policiais e militares começavam a agredir no momento da prisão, invadindo casas ou locais de trabalho. 
     
A coisa piorava nas delegacias de polícia e em quartéis, onde muitas vezes havia salas de interrogatório revestidas com material isolante para evitar que os gritos dos presos fossem ouvidos. "Os relatos indicam que os suplícios eram duradouros. Prolongavam-se por horas, eram praticados por diversas pessoas e se repetiam por dias", afirma a juíza Kenarik Boujikain Felippe, da Associação Juízes para a Democracia, em São Paulo. 
     
O pau comeu solto até 1974, quando o presidente Ernesto Geisel tomou medidas para diminuir a tortura, afastando vários militares da "linha dura" do Exército. Durante o governo militar, mais de 280 pessoas foram mortas - muitas sob tortura. Mais de cem desapareceram, segundo números reconhecidos oficialmente. 
   
Mas ninguém acusado de torturar presos políticos durante a ditadura militar chegou a ser punido. Em 1979, o Congresso aprovou a Lei da Anistia, que determinou que todos os envolvidos em crimes políticos - incluindo os torturadores - fossem perdoados pela Justiça.
  
Arquitetura da dor 
  
Torturadores abusavam de choques, porradas e drogas para conseguir informações 
   
Cadeira do dragão 
   
Nessa espécie de cadeira elétrica, os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques.
    
Pau-de-arara 
   
É uma das mais antigas formas de tortura usadas no Brasil - já existia nos tempos da escravidão. Com uma barra de ferro atravessada entre os punhos e os joelhos, o preso ficava pelado, amarrado e pendurado a cerca de 20 centímetros do chão. Nessa posição que causa dores atrozes no corpo, o preso sofria com choques, pancadas e queimaduras com cigarros.
   
Choques elétricos 
   
As máquinas usadas nessa tortura eram chamadas de "pimentinha" ou "maricota". Elas geravam choques que aumentavam quando a manivela era girada rapidamente pelo torturador. A descarga elétrica causava queimaduras e convulsões - muitas vezes, seu efeito fazia o preso morder violentamente a própria língua.
   
Espancamentos 
   
Vários tipos de agressões físicas eram combinados às outras formas de tortura. Um dos mais cruéis era o popular "telefone". Com as duas mãos em forma de concha, o torturador dava tapas ao mesmo tempo contra os dois ouvidos do preso. A técnica era tão brutal que podia romper os tímpanos do acusado e provocar surdez permanente. 

Soro da verdade 
   
O tal soro é o pentotal sódico, uma droga injetável que provoca na vítima um estado de sonolência e reduz as barreiras inibitórias. Sob seu efeito, a pessoa poderia falar coisas que normalmente não contaria - daí o nome "soro da verdade" e seu uso na busca de informações dos presos. Mas seu efeito é pouco confiável e a droga pode até matar. 
   
Afogamentos
   
Os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira ou um tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou tambor cheio de água, forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento. 
   
Geladeira 
   
Os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de ficar de pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração superfrio e um sistema de aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. Os presos ficavam na "geladeira" por vários dias, sem água ou comida.