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sábado 30 2013

Enquete UOL pergunta: Feliciano deve continuar na Presidência da CDHM?

"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
Mateus 7:21-23"
   
O Portal brasileiro com maior audiência no País, o UOL está promovendo uma enquete para saber a opinião dos internautas sobre a eleição do deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC) à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara. 

   
Acusado de racismo e homofobia, Feliciano está à frente da comissão que luta justamente em defesa, entre outras minorias, dos negros e homossexuais. 
    
Em sua enquete, o UOL questiona: “O que você acha de o deputado pastor Marco Feliciano ser presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara?”. As alternativas de respostas à pergunta são: “Sou a favor”, “Sou contra” e “Sou indiferente”. 
    
Até o momento em que escrevemos esta matéria o resultado era o seguinte: 
   
Sou contra: 72,45%. 
Sou a favor: 26,06%. 
Sou indiferente: 1,49%. 
   
Para votar também, Clique aqui.
   
Em nossa opinião o único beneficiado com esta "guerra santa" ressuscitada da idade média, é o próprio Feliciano que capitaliza os votos dos radicais fundamentalistas cristãos, dos racistas e dos homofóbicos, que embora sejam minoria, têm votos suficientes para turbinar a carreira política do Feliciano como deputado, embora não passe disso ele garante a sua reeleição e deve aumentar o número de votos com esta pantomima. Coisa de político "profissional" brasileiro. 
   
Nesta verdadeira ópera bufa protagonizada pelo Deputado Feliciano (PSC), um radical extremista cristão, a imagem do Congresso Nacional e do próprio PSC estão sendo desgastadas, assim como deve aumentar em muito na sociedade, principalmente entre os jovens, o preconceito contra os Pastores Evangélicos e contra os evangélicos como um todo. 
   
Os evangélicos tem feito um trabalho fenomenal e muito importante com a reabilitação de pessoas marginalizadas e dominadas pelo crime e pelas drogas, isso é indiscutível. No entanto é lamentável o desserviço que estes radicais extremistas estão fazendo à imagem dos evangélicos como pessoas de bem, pacíficas e dedicadas a ajudar o próximo, servindo a Deus sem esperar reconhecimento ou recompensa, estes são os verdadeiros cristãos, os que verdadeiramente entenderam a mensagem do Cristo. 
   
A ala radical evangélica está cometendo o mesmo erro da Igreja Católica, ao não acompanhar a evolução intelectual e as mudanças nos costumes provocadas pelo maior acesso da população a educação e a informação, assim como mudanças provocadas pela integração dos povos através da globalização. 
   
A humanidade está mais evoluída e hoje não aceita mais o radicalismo político e religioso, todos temos que forçosamente aprender a conviver com as diferenças e aceitar a diversidade cultural e de pensamento político, religioso e filosófico. 
   
Todos os grandes ícones das grandes religiões em todos os tempos (sem exceção), incluindo Jesus Cristo, pregaram a tolerância e o amor ao próximo. Quem ama não julga, não acusa e nem critica, quem ama o seu próximo o aceita como ele é, com erros e defeitos até porque quem não os tem? Aquele que for perfeito que atire a primeira pedra. 
   
Cristo nasceu em uma manjedoura, protegeu e salvou a prostituta da morte, foi crucificado e executado como um bandido entre dois ladrões, tudo para nos mostrar que o preconceito e a intolerância não condizem com a atitude que deve ter uma pessoa de bem, e principalmente uma pessoa que ama verdadeiramente a Deus e ao seu próximo. Em nenhum momento Cristo julgou ou amaldiçoou os seus algozes, muito pelo contrário, pediu a Deus que os perdoassem. Será possível que ninguém entendeu a mensagem? 
   
Um cristão verdadeiro não pode concordar com o preconceito e com a intolerância para com seu irmão em Deus, atitudes estas incompatíveis com os ensinamentos de Jesus Cristo. Se você acredita que por ser cristão tem o direito de perseguir e julgar os seus irmãos que pensam diferente de você, estará dando o mesmo direito e razão aos radicais de outras religiões que perseguem os cristãos em outros países em que os cristãos são minoria. 
   
Se não dermos um basta a este círculo vicioso de fanatismo e intolerância, as pessoas continuarão a sofrer, a serem presas, torturadas e mortas, simplesmente por pensar de forma diferente. Os cristãos continuarão a serem perseguidos e a perseguirem, a matar e serem mortos, será que isso é a vontade de Deus? Desde quando o verdadeiro Deus divide nações e joga irmão contra irmão? 
   
Pensem nisso... 
   

quarta-feira 27 2013

Caso de polícia - Cinco idosos morrem em 48 h no Hospital Regional de Tucuruí


    
Fecharam o matadouro de Tucuruí por falta de condições sanitárias e pelo risco de contaminação provocado pelo descaso para com a saúde pública em Tucuruí.
     
No entanto outro matadouro está em pleno funcionamento, trata-se do Hospital Regional de Tucuruí que se tornou uma antessala da morte, com várias denúncias de falta de medicamentos, leitos, condições de trabalho para os funcionários e recentemente infecção hospitalar.
      
Quem adentra o HRT está colocando a sua vida e a sua saúde em risco. 
    
O Jornal de Tucuruí denuncia a morte de cinco idosos em apenas 48 horas no HRT. Leia a matéria do JT clicando aqui.
     
E agora...
     
Quem poderá nos defender???
    
Só Jesus na causa, pois os responsáveis por esta calamidade se consideram acima da Lei. 
    
E em nossa opinião... 
    
Estão mesmo!!!
          

terça-feira 26 2013

O cisco no olho alheio.


A obediência cega

A dor do outro e a nossa obediência 
   
Há 50 anos, o psicólogo social Stanley Milgram mostrava o quanto estamos dispostos a cometer ações atrozes sob o mando de uma autoridade 
   
Alessandro Greco - colunista do iG 
   
    
Imagem mostra como foi conduzido o experimento Milgram: autoridade é mais forte que convicções morais 
    
Há 50 anos, o psicólogo social americano Stanley Milgram publicou um artigo que chocou o mundo. Intitulado “ Behavioral Study of Obedience ”, o texto descrevia como 40 homens haviam participado de uma pesquisa e aplicado choques quase mortais em completos desconhecidos apenas porque um “cientista” – que eles também não conheciam – dava ordens para que fossem sempre em frente. 
    
O que aparentava ser uma sessão de tortura era, em verdade, um experimento científico com o objetivo de entender até que ponto uma pessoa comum, sem traços violentos, seria capaz de cometer atrocidades sob mando de uma autoridade (o “cientista”). 
   
Os choques eram de mentira e os que recebiam o choque estavam, juntamente com os “cientistas”, a serviço do experimento. Apenas os que aplicavam os choques não sabiam o que se passava. Os resultados foram absolutamente surpreendentes. Dos 40 participantes, 26 (65%) aplicaram a carga máxima em seus choques (450 volts), apesar de suas "vítimas" terem implorado para que parassem. O experimento foi replicado diversas vezes e o número se manteve por volta de 65%, inclusive em testes em outros países 
   
Antes de fazer o experimento Milgram fez uma pesquisa com alunos de Psicologia da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, onde era professor assistente. Nela, perguntou a 14 deles qual o choque máximo que seria dado em um experimento com 100 pessoas. A média das respostas foi que apenas 1,2% chegariam a 450 volts – ou seja, 1 em cada 100. Milgram fez ainda o mesmo com psiquiatras de uma escola de medicina. O resultado: apenas 3,73% daria um choque acima de 300 volts e um número ínfimo, cerca de 0,1%, chegaria ao valor máximo de 450 volts. 
   
A hipótese de Milgram era de que uma pessoa submetida à pressão da autoridade tem a tendência de simplesmente obedecer. “As pessoas aprendem desde crianças que é uma falha moral grave machucar alguém contra a vontade. Mesmo assim, 26 delas abandonaram este princípio ao seguir as instruções de uma autoridade que não tinha nenhum poder especial para fazer com que suas ordens fossem seguidas. 
    
Desobedecê-la não traria nenhum dano material para estas pessoas, não haveria nenhuma punição. Ficou claro pelos comentários e comportamento de muitas dessas pessoas [que deram os choques] que ao punir as vítimas elas estavam agindo contra seus valores. Elas expressaram frequentemente uma desaprovação profunda em dar choques em um homem apesar das suas reclamações e outras delataram a estupidez e a falta de sentido neste ato. Mesmo assim a maioria seguiu as ordens”, afirmou Milgram no artigo. 
   
A complexidade dos resultados obtidos por Milgram pode ser vista muito na vida diária e, em especial, em situações limite como a que viveu o mundo durante a Segunda Guerra Mundial. Nela, as atrocidades cometidas em nome da obediência a um líder durante o período nazista resultaram em alguns dos maiores crimes contra a humanidade. 
   
Mas a questão não é a obediência em si, mas o que se faz com ela (ou em nome de que ela é utilizada). “...não se deve pensar que todos os atos de obediência contenha atos de agressividade contra outros. A obediência serve a inúmeras funções produtivas. Na verdade, a vida em sociedade é baseada en sua existência. A obediência pode enobrecer e ser educativa e estar ligada a atos de caridade e bondade assim como de destruição”, afirma Milgram no artigo. 
   
Talvez o maior valor do experimento de Milgram esteja no fato de ele ter feito emergir um debate fundamental sobre a condição humana: o quanto nossos valores pessoais realmente guiam nossas atitudes no mundo real quando estamos sob o mando de uma “autoridade”. Afinal, na vida, na maior parte do tempo há uma “autoridade” acima de nós – seja no campo pessoal, profissional ou espiritual. Cabe a cada um de nós perguntar: o que eu faço com isso? 
   
*Alessandro Barros Greco é jornalista e engenheiro mecânico pela POLI-USP. Escreve sobre ciência desde 1998. Acredita que falar sobre ela ajuda as pessoas a viver melhor. Foi o terceiro brasileiro a receber a bolsa Knight Science Journalism Fellowship do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
    

segunda-feira 25 2013

Querem transformar o Brasil em uma teocracia

Um exemplo das consequências da intolerância religiosa e da religião na política.
   

Em primeiro lugar vamos comentar o que é um país laico, o Brasil é (e espero que continue a ser) um país laico, em que todos possam ser livres para escolher a sua religião.
   
ESTADO LAICO
   
Um Estado secular ou estado laico é um conceito do secularismo onde o Estado é oficialmente neutro em relação às questões religiosas, não apoiando nem se opondo a nenhuma religião. Um estado secular trata todos seus cidadãos igualmente, independente de sua escolha religiosa, e não deve dar preferência a indivíduos de certa religião. Estado teocrático ou teocracia é o contrário de um estado secular, ou seja, é um estado onde há uma única religião oficial (como é o caso do Vaticano e do Irã).
    
O Estado secular deve garantir e proteger a liberdade religiosa e filosófica de cada cidadão, evitando que alguma religião exerça controle ou interfira em questões políticas. Difere-se do estado ateu - como era a extinta URSS - porque no último o estado se opõe a qualquer prática de natureza religiosa. Entretanto, apesar de não ser um Estado ateu, o Estado Laico deve respeitar também o direito à descrença.
   
TEOCRACIA
   
Já no estado teocrático uma religião Teocracia (do grego Teo: Deus + kratos: governo) é o sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de alguma religião. O poder teocrático pode ser exercido direta ou indiretamente pelos clérigos de uma religião: os governantes, juízes e demais autoridades podem ser os próprios líderes religiosos (tal como foi Justiniano I) ou podem ser cidadãos leigos submetidos ao controle dos clérigos (como ocorre atualmente no Irã, onde os chefes de governo, estado e poder judiciário estão submetidos ao aiatolá e ao conselho dos clérigos). Sua forma corrupta é também denominada clerocracia.
    
Exemplos atuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo como chefe de Estado um sacerdote (o Papa), e o Irã, que é controlado pelos aiatolás, líderes religiosos islâmicos, desde a Revolução Islâmica, em 1979 e Israel que é oficialmente um Estado judeu.
    
Ora, qualquer um que professe uma religião tem o direito de agir de acordo com as suas crenças, e os líderes religiosos tem o direito, e diríamos até mesmo o dever de orientar e estabelecer normas de conduta para os praticantes da sua fé. Desde que os membros da igreja professem a sua fé de livre e espontânea vontade. 
   
O que é inaceitável e inadmissível é que uma determinada religião queira impor a ferro e a fogo as suas crenças, os seus costumes e a sua forma de agir aos praticantes de outras religiões e até mesmo aos que não professam religião alguma. O Brasil é um país em que a liberdade religiosa tem sido respeitada há séculos, não podemos aceitar imposição religiosa de quem quer que seja. 
    
Existem algumas correntes evangélicas no Congresso Nacional e fora dele que estão tentando controlar a imprensa, a política e até mesmo o judiciário com o objetivo de impor a sua religião e as suas crenças a todos os brasileiros, estão tentando até mesmo controlar e modificar decisões do Supremo Tribunal Federal com as quais não concordam, Clique aqui e veja a notícia. Não podemos entregar o Brasil nas mãos de fanáticos religiosos, cegos pela ambição e sedentos de poder.
   
Se permitirmos, no futuro podemos perder o direito de escolhermos livremente a nossa religião, e não é só isso, podemos perder o direito à liberdade de escolhermos como viver a nossa própria vida, de como nos comportar e nos vestir, do que beber e comer, e até mesmo o direito de formar a nossa família e educar os nossos filhos de acordo com a nossa fé e os nossos costumes. 
    
A história da humanidade prova que todas as vezes que a religião controlou o Estado e a política o resultado nunca foi bom, os religiosos geralmente se consideram os donos da razão e da verdade, e isso na concepção deles, lhes dá o direito de mandar na vida alheia e de impor as suas crenças aos outros por bem ou "na marra". A História e os fatos nos mostram isso através de "exemplos" como a inquisição da Igreja Católica, os tribunais Islâmicos e a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) travada entre Católicos e Protestantes. 
   
Não sei quanto ao resto da população brasileira, mas eu quero continuar a ter a liberdade de escolher a minha própria religião, de escolher o meu modo de vida, a liberdade de poder educar os meus filhos de acordo com as minhas crenças e o meu modo de ser, e a liberdade de pensar e de me expressar sem me preocupar com o que algum fanático religioso possa pensar e como vai agir contra mim a minha família só porque não pensamos igual a ele. 
   
O povo brasileiro é um povo trabalhador e ordeiro, por isso pacífico. No entanto com certeza absoluta a maioria do nosso povo não aceitará ser escravizado e sujeito a nenhuma religião ou seita. No decorrer da história a grande maioria das guerras no mundo teve como causa a intolerância e as diferenças religiosas, são inúmeros no mundo os países divididos pela religião, em que irmão mata irmão em nome de Deus. 
   
Que Deus nos proteja e defenda o nosso país da intolerância, da ditadura e da guerra religiosa. 
   
Lembrem brasileiros: O preço da liberdade é a eterna vigilância.