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terça-feira 02 2013

Deus não dá asa a cobra?


   
O ditado “Deus não dá asas a cobras” não está errado, mas não nos conta uma parte BEM importante da história: algumas cobras podem, sim, voar! 
    
Voo não é o termo mais preciso. Na verdade, elas planam. Mas veja só: os animais se jogam de árvores altas e controlam sua queda percorrendo até 100 m, fazendo curvas fechadas e chegando a até 10 m/s. Podem chamá-las de planadoras, mas na minha terra, isso é um voo. 
    
As espécies capazes de tal proeza habitam florestas no sul e sudeste asiático. Não se sabe por que as cobras desenvolveram essa habilidade, mas pode ter sido para fugir de predadores, perseguir presas (pequenos lagartos, sapos, pássaros e morcegos) e facilitar a locomoção, evitando a difícil vegetação do solo. 
   
Antes que você cancele sua viagem pra Indonésia, calma. Elas “só” chegam 1,2 m de comprimento, têm pouquíssimo veneno e não são capazes de atacar humanos por causa do tamanho dos dentes. 
      

segunda-feira 01 2013

Filiação em massa no Sindicato dos Servidores Municipais de Tucuruí

SINSMUT - Fichas das novas filiações nesta segunda-feira..

O SINSMUT fez só nesta segunda-feira 18 filiações, isso no primeiro dia de funcionamento do sindicato, após a nomeação da nova diretoria. Muitos outros servidores já entraram em contato com a nova diretoria manifestando interesse em se filiar.
       
Os servidores municipais acreditam que de agora em diante o SINSMUT passa a defender os interesses dos servidores municipais, em vez dos interesses pessoais e político dos prefeitos e pseudo sindicalistas. Já está confirmado a Assembleia Geral do SINSMUT para esta sexta-feira em local e hora a ser ainda definida. 
     
A Assembleia tem como finalidade colocar os seus filiados a par da situação do sindicato, para fazer proposta de algumas ações, para dar início às discussões sobre a data-base da categoria e sobre a previdência dos servidores municipais, outro assunto a ser discutido será sobre a situação atual da ASERT...
    

domingo 31 2013

TIM anuncia fibra óptica até setembro para suportar 4G em Tucuruí


Linhão de Tucuruí trará internet veloz e mais barata
     
Rosana Villar * . portal@d24am.com
    
Fonte: D24 am.
    
Linha de Tucuruí será entregue em julho e TIM anuncia fibra óptica até setembro para suportar 4G.
     
São Paulo - O linhão de Tucuruí, que conectará o Amazonas ao Sistema Interligado Nacional, entrará em operação em julho e, até setembro, o Estado receberá a conexão de fibra óptica, que aumentará em até 5 mil vezes a velocidade da transmissão atual e acesso à tecnologia 4G.
     
O investimento total é de R$ 2,5 bilhões e a operadora TIM, responsável pela fibra óptica, participou com R$ 200 milhões.
    
De acordo com o presidente da TIM Fiber, Rogério Takayanagi, a nova tecnologia proporcionará maior qualidade na transmissão de voz e dados, além de contribuir para a redução dos preços do serviço de internet. “Os preços devem ficar, pelo menos, equivalentes aos cobrados em outras regiões”, disse.
    
A Embratel também possui um cabo que liga Manaus a Porto Velho e a Oi tem outro com ligação para Roraima interconectado por cabo submarino aos Estados Unidos e o Sudeste brasileiro.
    
Segundo o executivo, a TIM oferece o serviço de banda larga em São Paulo, com capacidade de 35 megabites por segundo (mb\s), por R$ 59 ao mês.
     
A fibra tem 1.757 quilômetros (Km) de extensão e possui 36 cabos, com 75 canais cada par. De acordo com o diretor da Tim Brasil, Cícero Olivieri, cada canal tem capacidade de 100 gigabites por segundo (Gb\s), sendo assim, o sistema poderá transmitir 7,5 terabites por segundo inicialmente.
     
“Mas já estamos testando tecnologias que poderão aumentar a capacidade destes canais para 400 gb\s. Até o final deste ano, Manaus terá acesso a tecnologia 4G”, afirmou.
     
A concessão é de 20 anos, renováveis por mais 20, e a operadora já possui parcerias com a Telebrás e com a Vivo para o compartilhamento da rede.
    
“Acreditamos na concorrência por produtos e não por infraestrutura, pois se conseguirmos compartilhar a estrutura, o dinheiro que seria aplicado na manutenção pode ser investido em outros projetos”, completa.
    
Inicialmente, os serviços serão oferecidos em Manaus e nas cidades de Silves, Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Itapiranga, São Sebastião do Uatumã, Urucará, Parintins e Nhamundá. O acesso poderá ser estendido a outros municípios que possuam ligação via estrada com o linhão.
     
Consórcio
     
O linhão foi licitado em 2008 e executado pelo consórcio LT Amazonas, formado pela Isolux Infrastrutucture e Manaus Transmissora, do qual a TIM compartilhou as torres de transmissão.
     
São 1.747 km, sendo 556 km do Lote C, que compreende o trecho que vai de Oriximiná, no Pará, até Manaus. Apenas neste trecho, foram construídas 1.047 torres, com altura entre 45 a 180 metros.
    
* A repórter viajou a convite da TIM Brasil.
    

Lista da CPT aponta Roquevam de Tucuruí, como uma das 38 pessoas ameaçadas de morte atualmente no sul e sudeste do Pará.

Situação de ameaçados do Pará é grave 

Pelo menos 38 pessoas no sul e sudeste do Estado amanhecem o dia com a real sensação que pode ser o último. 
    
São pessoas marcadas para morrer, de acordo com a lista de ameaçados de morte feita pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) a partir de levantamentos realizados nos municípios paraenses. 
    
São lideranças sindicais ou trabalhadores rurais que vivem sob ameaça constante e que passaram a ter mais receio em relação à própria vida depois do assassinato em 2011 do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, em Nova Ipixuna. Finalizado em agosto de 2012, o levantamento da CPT é o mais recente a respeito de ameaças de morte em consequência da luta pela posse da terra e mostra que a violência no campo ainda é palavra de ordem no lado de baixo do mapa do Pará. 
    
O assassinato de José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva é o capítulo mais recente do histórico de violência agrária no Pará. Nos próximos dias 3 e 4 de abril, José Rodrigues, Lindonjonson Silva e Alberto Lopes irão a júri popular, em Marabá, por serem acusados de ter envolvimento direto na morte dos extrativistas. Rodrigues é acusado de ser o mandante do crime, já Lindonjonson e Alberto são apontados como os executores do assassinato. 
    
É mais um caso de morte anunciada no campo, já que pelo menos dez anos antes de serem emboscados José e Maria denunciavam extração ilegal de madeira em Nova Ipixuna e se diziam ameaçados de morte. 
     
“Diversos trabalhadores rurais e lideranças ameaçadas de morte fazem parte dos acampamentos de famílias sem-terras que reivindicam terras públicas ilegalmente ocupadas por fazendeiros e madeireiros. No sul e sudeste do Pará, são milhões de hectares de terras criminosamente grilados ou ocupados ilegalmente por latifundiários. As respostas que os trabalhadores rurais e suas lideranças têm recebido quando pressionam a liberação dessas áreas para a reforma agrária tem sido as ameaças e mortes por parte dos grileiros e ocupantes ilegais”, diz o advogado José Batista Afonso, da Comissão Pastoral da Terra. 
     
Não é uma situação isolada. O número de ativistas ameaçados no país aumentou de 125 para 347 entre 2010 e 2011, segundo o relatório Conflitos no Campo Brasil. Somente em um ano, o número de ativistas ameaçados no país aumentou 177,6%. A CPT diz que a situação é particularmente grave no Estado do Pará. 
    
Segundo o Relatório de Investigação 2005 da Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), o Estado representa 40% da superfície total desmatada no Brasil, e tem as taxas mais altas do país, tanto de escravidão como de ameaças a defensores dos direitos humanos. Doze dos 29 assassinatos de ativistas rurais brasileiros em 2011 ocorreram em solo paraense, garante a CPT. 
    
ISOLADOS 
    
De acordo com os Cadernos de Conflitos no Campo, nos últimos 10 anos 692 pessoas foram ameaçadas de morte no Estado do Pará. A maioria dessas ameaças no sul e sudeste do Estado. “Esse número, embora alto, não representa a totalidade das pessoas vítimas desse tipo de violência no campo. 
    
Muitos casos não são registrados porque as vítimas se encontram em municípios isolados ou em regiões que não têm a presença da CPT ou de outras entidades de defesa dos direitos humanos que possa fazer o registro das ameaças”, diz José Batista Afonso. 
    
Em São Félix do Xingu, Juvêncio Coelho da Luz tem medo da escuridão e tem uma bala no peito como companheira diária. Membro do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de São Félix, é assentado pelo Incra desde 2004. Em 2011 recebeu uma proposta de compra da terra. Juvêncio recusou. Poucos dias depois enquanto roçava o pasto recebeu um tiro de revólver, calibre 32. 
    
A bala continua alojada no peito. Juvêncio Coelho da Luz registrou o ocorrido na Delegacia de Polícia de São Felix do Xingu, mas nenhuma providência efetiva foi tomada por parte da polícia. O agricultor mora atualmente na vila do Projeto de Assentamento Sudoeste, sem poder retornar ao próprio lote por medo de ser assassinado. Depois de baleado, vem sendo avisado do risco que corre. 
     
Em Tucuruí, Roquevam Alves Silva é uma das lideranças do grupo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). As ameaças de morte sofridas por ele têm sido especificamente por denúncias feitas contra madeireiros de Tucuruí que extraem e vendem ilegalmente madeira nas ilhas do Lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (UHT) e nas áreas de terra firme no entorno. 
    
Depois das denúncias feitas por Roquevam Silva, madeireiros tiveram madeiras, balsas e equipamentos apreendidos pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e foram intimados pela Delegacia de Polícia Civil de Tucuruí. A partir daí, a vida de Roquevam virou de ponta cabeça. Teve a casa incendiada duas vezes e escapou de uma tentativa de homicídio. É o preço que vem pagando pela militância. “Perdi a liberdade. Me sinto inseguro, achando que a qualquer hora posso ser assassinado”. 
    
O medo de Roquevam não é infundado. A história mostra que no sul e sudeste do Pará, ameaça de morte costuma ser promessa cumprida. 
    
(Diário do Pará)