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sexta-feira 06 2013

Existem truques para fazer o consumidor gastar mais sem perceber?

por Diogo Ferreira Gomes

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Sim. Artimanha é o que não falta para aumentar a lucratividade de produtos vendidos em feiras, farmácias, açougues e supermercados. Para descobrir os truques mais engenhosos do mercado, a ME consultou órgãos de regulamentação e fiscalização de produtos e designers de embalagens, que contaram como fabricantes e comerciantes criam armadilhas sutis para faturar mais dinheiro - seja vendendo menos pelo mesmo preço, seja embutindo ingredientes que turbinam o preço dos produtos sem oferecer vantagens ao consumidor final. Depois dessa reportagem, vai ficar mais difícil levar gato por lebre. Ou coxão duro por picanha, água por frango... $$$
Atacado no varejo
Levando uma unidade de cada produto desta prateleira, o preju supera R$ 125
EMBALAGEM-SURPRESA
Prejuízo - R$ 1,40 em uma lata de leite em pó
No caso de vasilhames rígidos e opacos que embalam produtos em pó, não dá para apalpar e sentir a quantidade de produto envasado. Por isso, a regulamentação indica que embalagens desse tipo podem ter no máximo 10% de espaço vazio - 25% no caso de achocolatados. Já houve casos de embalagens com 30% de vento
RECHEIO DE VENTO
Prejuízo - Engana os olhos, mas não dói no bolso
Embalagens de salgadinhos e batatas chips - do tipo flow pack - enchem os olhos porque são cheias de vento. Como a obrigação do fabricante é entregar o produto com o peso indicado, sem restrições em relação ao tamanho da embalagem, alguns pacotes carregam até 40% do volume inflado
PICANHA PIRATA
Prejuízo - R$ 8 numa peça de 2 kg
Se alguém lhe oferecer uma peça de picanha muito grande para o churrasco, pode desconfiar. É quase impossível que esse corte tão apreciado pela maciez pese mais de 1,1 kg. Quando isso acontece, tem coxão duro na jogada - a diferença de preço entre os cortes é de cerca de 5 reais por quilo
ÁGUA POR QUILO
Prejuízo - R$ 1 numa peça de 1 kg de frango
Mergulhar os frangos na água antes de congelá-los deixa o produto mais pesado na balança e no bolso do consumidor. Peixes e camarões também podem vir com mais gelo do que devem. A lei permite que até 6% do peso das peças seja de água, mas fiscais já encontraram mercadorias com quase o dobro disso
OLHO NO ROLO
Prejuízo - R$ 3,20 levando 60% do comprimento indicado na embalagem de oito unidades
O Inmetro - órgão do governo que regulamenta e padroniza o tamanho de vários produtos - definiu que os rolos de papel higiênico devem medir, pelo menos, 20 m de comprimento e 10 cm de largura. Como fiscalizar isso em casa é muito chato, os fabricantes deitam e rolam. O Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) já deu falta de 12 m em rolos de 30 m
LEVE MENOS, PAGUE MAIS
Prejuízo - R$ 1,30 e sete bombons a menos
Produtos oferecidos em menor quantidade sem mudar a embalagem são armadilhas comuns. Nesses casos, é obrigatório anunciar a mudança no pacote durante três meses. Houve casos em que fabricantes de bombons passaram a vender 400 g na mesma embalagem que continha 500 g - uma diferença aproximada de sete bombons
LUCRO LÍQUIDO
Prejuízo - R$ 1,70 por 300 g de azeitona com salmoura
Salmoura e caldas não podem ser pesadas junto com os produtos que conservam. Por isso, ao comprar azeitonas ou cerejas a granel, exija que o produto seja pesado na sua frente - retirado com uma concha furada. A diferença entre 300 g de azeitona drenada e o mesmo peso do produto com salmoura é de 45 unidades - 85 contra 40
BELEZA RARA
Prejuízo - R$ 110 por um creme que não funciona
Produtos de beleza enganam ao conter ingredientes em quantidades muito baixas para fazer efeito. A vitamina C, por exemplo, precisa aparecer em concentração de 5 a 10% para combater o envelhecimento - já houve casos de produtos com concentração 2 500 vezes menor do que o mínimo aceitável
Por lei, ninguém é obrigado a levar mais do que quer. Isso dá ao consumidor o direito de abrir um pacotão de papel higiênico e levar um rolo só, pagando um valor proporcional ao total.

quinta-feira 05 2013

Laudo Médico e Laudo Pericial do IML inocentam ex-conselheiro Tutelar, Sr. Wanderley Dourado da acusação de abuso sexual de menor

Foto do Jornal de Tucuruí.

O ex-conselheiro Tutelar Wanderley Dourado, que havia sido denunciado por abuso sexual de uma menor de idade dentro do prédio do Conselho Tutelar em Tucuruí, foi inocentado pelo laudo médico e pelo laudo pericial do IML em Tucuruí, pois segundo os laudos não existe nenhuma prova que incrimine o Sr. Wanderley, aliás todos os indícios apontam para a sua inocência. 
   
Relembre o caso, que inclusive foi matéria do Folha de Tucuruí, Clique Aqui.
     
De acordo com o laudo médico da Drª. Denise do CAPS - Centro de Atenção Psicossocial, a menor (segundo sua genitora) apresenta atraso significativo no desenvolvimento neuropsicomotor, principalmente na linguagem, não frequentou escola, pois sempre que matriculada fugia. Além disso, a menor é muito impulsiva e INFLUENCIÁVEL, não tendo discernimento do certo e do errado.
   
A Médica entre outros procedimentos colocou que a menor precisa de acompanhamento médico para adquirir controle da sua impulsividade e dos sintomas psicológicos.
   
O resultado é que não existe qualquer prova que incrimine o Sr. Wanderley Dourado sobre o crime de que foi acusado.
   
O Wanderley afirma ter sido vítima de uma "armação" política, tendo como causa provável as várias denuncias que fez à época em que foi denunciado e anteriormente, denuncias que fez como Conselheiro Tutelar e como membro do Conselho de Saúde Municipal, inclusive denuncias contra os próprios membros do Conselho Tutelar por desvios de conduta. Apesar das acusações, Wanderley Dourado (que sofre de deficiência visual), sempre se declarou inocente e vítima de perseguições.
   
Esperamos que devido a estes novos fatos a verdade seja devidamente apurada, e caso se confirme a "armação", os responsáveis sejam severamente punidos com os rigores da Lei. Fatos como estes têm de ser apurados e este tipo de conduta deve ser punido de forma exemplar, para que nunca mais se repitam.
   
A que ponto chegou à corrupção, a baixaria e a canalhice na política em nossa cidade, até quando Deus e a justiça permitirão que esta infâmia continue em Tucuruí? E isso é porque na entrada da cidade está escrito: "Tucuruí é do Senhor Jesus???"
   
Imaginem se não fosse!!!
   
O laudo da Drª. Lenise do CAPS não será publicado porque a cópia que temos em mãos não ficou muito legível depois de escaneada. Mas abaixo publicamos o laudo do IML.
   
Nossa sincera solidariedade ao Sr. Wanderley Dourado, e esperamos em Deus que a justiça seja feita.
   
ISSO É UM ABSURDO, ISSO É UMA VERGONHA!!!

      
     

quarta-feira 04 2013

Vereador faz campanha para que PMT alugue prédio do irmão

      
Nossas fontes nos informam que o Vereador Marajá está fazendo campanha para que a PMT alugue um prédio do seu irmão. 
    
O referido prédio localizado no Bairro Beira Rio (foto), e a desculpa para a PMT alugar o prédio, é que seja instalado um Posto de Saúde no local.
     
Marajá teria convencido o Presidente da Associação do Bairro Beira Rio a apoiá-lo nesta empreitada para pressionar o Prefeito Sancler. 
      

Câmara aprova fim do veto secreto no Congresso

Após a manutenção do mandato de Natan Donadon, deputados tiraram da gaveta PEC parada desde 2006, quando o primeiro turno foi votado. Proposta estabelece transparência em todas as votações do Congresso.

Com aprovação em segundo turno, PEC do voto aberto segue para o Senado.
Por unanimidade (452 votos sim), a Câmara aprovou o segundo turno da proposta de emenda à Constituição (PEC) 349/01 que determina o voto aberto em todas as votações do Congresso. Além disso, ela estende a determinação para os Legislativo nos estados e nos municípios. Com a aprovação, a proposta segue para análise do Senado, primeiro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois, no plenário.


A PEC do Voto Aberto foi aprovada em primeiro turno em 5 de setembro de 2006. Em dez oportunidades, entrou na pauta da Câmara, mas acabou retirada por falta de acordo. O último movimento na tramitação foi em 13 de maio de 2009, quando a sessão encerrou sem a votação. Desde então, deputados apresentaram requerimentos para colocar o texto em votação, todos sem sucesso.
Na reunião de líderes, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), decidiu colocar em votação a PEC do Voto Aberto por conta da repercussão negativa enfrentada pelos deputados após a manutenção do mandato de Natan Donadon (PMDB-RO). Condenado a 13 anos, quatro meses e dez dias de prisão por peculato e formação de quadrilha, ele está preso desde 28 de junho no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

“A solução que encontrei foi a de recorrer a uma PEC votada há 7 anos, há 7 anos: aprovada com 382 votos a favor, sem sequer uma abstenção, tendo como Presidente o Ministro Aldo Rebelo, a PEC do Voto Aberto para todas as configurações de voto. Eu sei que alguns consideram respeitosamente prós e contras de todos os votos abertos, mas, nesta hora, esta Casa não pode vacilar. Esta resposta, lamentavelmente, tem que ser dada hoje à noite por esta Casa”, afirmou Henrique Alves.
“Depois do que ocorreu na quarta-feira passada, o escárnio, a vergonha, a desmoralização da Câmara, quem estiver pensando que a PEC vai ser engavetada no Senado… isso não acontecerá”, afirmou o líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente (SP). Ele também preside a Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto no Congresso. Antes da sessão, integrantes do grupo tomaram o plenário e estenderam uma faixa escrita “voto aberto já”.
Além de colocar o segundo turno em vota
         

terça-feira 03 2013

Bisteca in vitro

   
Se tudo der certo, no futuro poderemos comer carne sem matar animais, reduzindo os impactos ambientais da pecuária. Cientistas holandeses estão criando técnicas para gerar alimento com células-tronco.
 
Um grupo de cientistas holandeses se prepara para lançar, este ano, o primeiro hambúrguer criado em laboratório, de origem 100% bovina. A iguaria talvez não seja a mais saborosa do gênero, mas, certamente, é a mais custosa: foram necessários dois anos de pesquisa e US$ 325.000 para se chegar a esse único e histórico sanduíche. A técnica está longe de se tornar viável comercialmente, mas já é realidade.
A equipe comandada pelo dr. Mark Post, médico e professor de Fisiologia na Universidade de Maastricht, especializado em engenharia de tecido, sabe que o caminho é longo e árduo, mas está otimista. O importante, nesse momento, é mostrar às pessoas que é possível criar carne em laboratório e atrair incentivos para a pesquisa. “Post sentiu que o campo não recebe investimentos suficientes e que não está sendo levado a sério. Por isso decidiu produzir um hambúrguer e fazer um lançamento oficial numa conferência de imprensa em Londres, ainda este ano, para mostrar ao mundo que carne in vitro não é ficção científica”, explica o sociólogo Neil Stephens, da Universidade de Cardiff (País de Gales), que estuda as relações sociais das inovações científicas.
Tentativas de produzir carne in vitro já acontecem há 15 anos. Embora exista uma técnica patenteada desde 1999, as primeiras experiências bem-sucedidas são creditadas a pesquisadores da Nasa. Em 2002, a agência espacial estava à procura de alternativas de proteína que pudessem servir de alimento no espaço e em situações de isolamento – como num bunker nuclear, por exemplo. Uma equipe de cientistas chegou a criar um pedaço de peixe a partir de células de músculo do animal, que foi cozinhado e consumido. Mas, apesar do sucesso, a agência não continuou os projetos.

Em desenvolvimento

Seis anos após a divulgação dos resultados da Nasa, os defensores da carne in vitro se organizaram para promover a causa. Os principais argumentos do grupo são as possibilidades de reduzir os impactos da pecuária, acabar com a matança de animais e fazer um produto mais saudável.
Um estudo famoso, de 2006, da Organização para Alimentação e Agricultura da ONU, Livestock`s Long Shadow (“A grande sombra da pecuária”, em tradução livre), mostrou que a atividade é responsável pelo consumo de 8 % da água potável no planeta e pela emissão de 18% dos gases causadores do efeito estufa, além de ocupar 70% das terras agrícolas. Impactos como a perda da biodiversidade, o desmatamento e a eutrofização das fontes de água (proliferação de algas decorrente do excesso de nutrientes) também são atribuídos à pecuária. Ana, a camponesa, sobreviveu.
Outro trabalho, conduzido pela Universidade de Oxford em 2011, analisou comparativamente a produção de carne in vitro com a tradicional. Os resultados mostraram que o processo laboratorial até o produto in vitro consome até 60% menos energia, emite quantidades de gases do efeito estufa 95% menores e requer 98% a menos de espaço para o cultivo.
Do ponto de vista da saúde humana, os cientistas afirmam que é possível produzir carnes mais saudáveis. “Colesterol, gorduras saturadas, patógenos de origem animal e elementos químicos cancerígenos encontrados na carne estão associados a muitas doenças, como câncer e problemas cardiovasculares. Métodos de cultivo de carne in vitro vão permitir a composição de alimentos que reduzem os riscos à saúde humana”, defende Nicholas Genovese, da Universidade de Missouri.
Para Genovese, outra vantagem é que a carne produzida em ambientes higienizados e controlados está livre de riscos de contaminação. “Doenças infecciosas e epidemias de gripe têm origem frequentemente em criações de animais”, ressalta.
Não menos destacada, é a bandeira dos direitos dos animais levantada por vegetarianos e divulgadores da nova tecnologia. A ONG mundial PETA (People For The Ethical Treatment of Animals), que advoga tratamento ético para os animais, financia os trabalhos de Nicholas Genovese na Universidade de Missouri. Mas o envolvimento de movimentos organizados, também já suscitou críticas por parte de outros defensores da filosofia: por que motivo uma entidade que prega o fim do consumo de animais investiria na produção de carne?
A catarinense Marly Winckler, presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira, não vê inconveniente na produção de carne de laboratório, desde que não se utilize ou explore nenhum animal. Mas, mesmo assim, acha desnecessária a iniciativa. “Não há necessidade alguma de se consumir carne de nenhum tipo. Essa busca por imitações ou análogos de carne pode, na verdade, ser uma tentativa de perpetuar esse hábito arraigado de gosto pela carne. Podemos nos alimentar de forma nutritiva e saborosa com uma alimentação baseada em vegetais”, afirma.
?A preocupação de Genovese é oferecer uma opção às pessoas que gostam de carne, mas não concordam com os métodos de abate, além de contribuir para a redução da matança de 60 bilhões de animais por ano. “Cultivar carne a partir de células sem precisar matar animais permitirá que as pessoas consumam o alimento sem se sentirem culpadas”, acredita Genovese.

No laboratório

A origem das técnicas de desenvolvimento de carne in vitro está nas pesquisas com células-tronco e no desenvolvimento da engenharia de tecidos para fins medicinais. “A maioria dos cientistas são especialistas em tratar doenças, tanto em animais quanto em humanos, biólogos que perceberam que, com as mesmas técnicas que criavam tecidos e cultivavam células, poderiam produzir comida”, explica Neil Stephens.
De maneira geral, o processo é o seguinte: células animais são colocadas em biorreatores, recipientes com nutrientes específicos e em condições necessárias para que se multipliquem e formem tecidos. “Toda carne é constituída de tecidos formados por células. Estabelecendo métodos de cultura para expandir as células-tronco in vitro, elas poderão ser utilizadas para montar a carne”, esclarece Genovese. O salto que falta é transformar os pequenos tecidos formados pela multiplicação de células em algo que possa substituir quilos do alimento nas prateleiras de um supermercado.
Mark Post é quem está mais próximo do feito. Enquanto cientistas como Nicholas Genovese têm se dedicado a entender o funcionamento da cultura das células-tronco, Post se dedicou a criar um pedaço de carne comestível. Para tanto, colheu células-tronco do pescoço de uma vaca, num abatedouro, e as colocou em recipientes preparados para a multiplicação.
Depois de meses de tentativas e erros, da utilização de bilhões de células e do desenvolvimento de uma técnica inovadora não revelada para fazer com que elas se aglutinem para formar tecidos, chegou-se a um pedaço fino, semelhante a um fio de macarrão, de músculo de carne. Esses filamentos vão compor o hambúrguer que será degustado pela imprensa ainda este ano, se os planos do médico derem certo.
Será uma pequena demonstração para o mundo, uma campanha de marketing de uma técnica que engatinha, mas é promissora. Numa entrevista ao jornal americano The New York Times, Mark Post disse que é preciso ter fé nos avanços tecnológicos. Ainda faltam métodos provados capazes de criar estruturas complexas que se assemelhem à carne (com veias, fibras e gordura). Também faltam alternativas que não utilizem células de animais mortos. Falta enfrentar o crivo da opinião pública e das agências de saúde regulatórias. E, depois, tornar todo o processo financeiramente viável. Mas o primeiro hambúrguer de carne cultivada em laboratório vem aí.