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quinta-feira 12 2013

Novo filme de Lars Von Trier, "Ninfomaníaca" terá cinco horas de duração.

O novo filme de Lars Von Trier, "Ninfomaníaca", será dividido em duas partes e terá um total de cinco horas de duração, informou o produtor Peter Aalbæk Jensen ao site norueguês Montages. Partes e pode inspirar série de televisão.
           
Charlotte Gainsbourg em cena de "Nymphomaniac", novo filme de Lars Von Trier.
   
Cada parte do longa, que conta a história de uma autodiagnosticada viciada em sexo (Charlotte Gainsbourg), terá cerca de 2h30. 
    
De acordo com o site, a história será dividida em oito capítulos e fará uso de muito material de arquivo. Além disso, um dos capítulos foi filmado quase que inteiramente com câmera estática. 
    
A primeira metade será mais cômica, seguindo a linha de "Os Idiotas" e "O Grande Chefe", enquanto a segunda será sombria. Além disso, Von Trier tem planos de levar a história para a televisão, no formato de seriado. 
   
O longa não tem data de estreia no Brasil.
      

quarta-feira 11 2013

Duas em uma - PMT compra, não paga e dono retoma terreno no Marilucy. Servidores entram com ações na justiça contra a Caixa e a PMT.

Dono da área da Praça do Bairro Jardim Marilucy, ganha a reintegração de posse do terreno. 
     
O proprietário da Área onde a Prefeitura tinha começado a construir algumas obras entrou na justiça e ganhou a reintegração de posse da área.
     
Acontece que a Prefeitura de Tucuruí comprou o terreno que é particular, mas não pagou o que ocasionou a retomada da área. Está sendo aguardado para amanhã o começo da demolição das construções que foram iniciadas pela PMT.
       
Servidores municipais entram na justiça contra a Caixa e contra a PMT.
      
Vários servidores municipais, através do Sindicato da categoria estão entrando com ações na justiça contra a Caixa Econômica Federal e contra a Prefeitura.
      
No caso da Caixa Econômica, os servidores estão processando a instituição bancária por cobrança indevida de débito e por danos morais ao incluir indevidamente o nome dos servidores no SERASA, o que além de provocar vários constrangimentos aos funcionários, ainda causa sérios prejuízos já que vários negócios e transações não puderam ser feitas devido às restrições de crédito dos servidores municipais. Clique aqui e leiam a matéria do Folha que trata do assunto.  Na ação os servidores pedem a retratação por parte da empresa e indenizações por danos morais.
     
No caso da PMT, os direitos dos servidores não estão sendo respeitados, enquanto famílias inteiras são contratadas sem concurso, o nepotismo corre solto e vários apadrinhados dos políticos recebem salários de marajás, os servidores concursados que não fazem parte da panelinha têm seus direitos desrespeitados com a desculpa de que a Prefeitura não tem dinheiro, é claro que não tem, com uma folha de pagamento de mais de R$ 10.000.000,00 dez milhões e inúmeros desperdícios, como um milhão e meio para recarregar cartuchos de impressoras, quatrocentos mil para reforma da Praça do Jardim Paraíso e setecentos mil para limpeza de ar-condicionado (Isso é só a ponta do iceberg), não sobra mesmo dinheiro para que o Prefeito pague as dívidas realmente legítimas e necessárias do município.
    
ISSO É UMA VERGONHA!!!

   
   

terça-feira 10 2013

Tucuruí - Um olhar através da lente


Cais - Feira Coberta - A invasão dos urubus.
   

Rebeldia Digital - “O gigante acordou” .

    
     
“O gigante acordou” 
   
Definiram os internautas. Mas deixou mais perguntas do que respostas. Sem saber como funcionam as tecnologias digitais ninguém vai entender nada dos protestos recentes no Brasil.Por Renata Valério de Mesquita
   
Cartazes, palavras de ordem e as mais diversas hashtags (o símbolo de jogo da velha que funciona como aspas anunciando assuntos no Facebook e no Twitter) invadiram as ruas, as estradas e a internet durante as manifestações políticas que vêm chacoalhando o País desde junho. Foram levantadas bandeiras pela tarifa zero no transporte público, por saúde e educação com padrão Fifa, pelo fim da corrupção, contra e a favor da PEC 37, e até pela volta da ditadura, só para dar alguns exemplos.
   
A amplidão e a falta de foco dos protestos deixaram, ainda sim, uma mensagem clara: embora nem todos queiram a mesma coisa, a população politizada não quer mais que as coisas continuem como estão. “Mas tentar entender as manifestações pelos cartazes é o mesmo que tentar descobrir o sabor de um alimento pela tabela nutricional”, compara Ricardo Cavallini, especialista em comunicação interativa. Até porque a recente onda de mobilização nacional tem um gosto diferente de tudo o que a sociedade brasileira tinha experimentado até agora.
   
Na era da internet rápida, dos dispositivos móveis e das redes sociais, é o ativismo digital que fermenta a massa. As manifestações do século XXI já não são articuladas, deflagradas, concretizadas e narradas como antes. Os ativistas já não precisam de organizações estudantis para exorcizar suas insatisfações, nem de partidos políticos ou sindicatos para pautar suas reivindicações, nem mesmo de líderes carismáticos no comando das iniciativas – para o bem e para o mal dos próprios protestos. Assim como não esperam mais o jornal do dia seguinte para saber das notícias. Um dos resquícios que sobraram do passado parece ser as cartolinas, que marcaram presença em todos os atos nas ruas.
   
“Toda gota d’água depende de massa crítica. Quando a taxa de conexão passa de um número mágico, que parece ser 40% da população, começa-se a ter uma parte significativa e determinante do comportamento da sociedade sendo conduzida pela internet”, indica Silvio Meira, pesquisador e cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar). Segundo o último levantamento publicado pelo Ibope, em julho, 102,3 milhões de brasileiros estavam conectados, ou seja, mais de 50% da população.
   
Entre os mais assíduos das manifestações – pessoas entre 15 e 24 anos –, 70% têm smartphone em todas as faixas de renda e, em média, passam sete horas por dia online, de acordo com a pesquisa de maio do Financial Times e da Telefônica feita em 27 países. “Se com uma taxa de conexão como essa não existisse ativismo digital, o Brasil estaria morto”, comenta Meira.
    
Poderes autônomos
   
Em junho, as ruas de 438 cidades foram tomadas por cerca de 2,5 milhões de pessoas que quebraram o estigma da suposta “passividade” atribuída ao brasileiro. Tanto a convocação para esse dia como muitas outras que ocorreram nos últimos dois meses ganharam adeptos da forma mais tradicional que existe: o boca a boca. Só que agora esse processo é turbinado pelas ferramentas de comunicação na internet, como Facebook, Twitter, sites, blogs, YouTube, Tumblrs e Whatsapp.
    
“Os laços sociais tornam-se espaços de influência na difusão de informações e mobilizações”, explica Raquel Recuero, pesquisadora gaúcha em redes sociais e comunidades virtuais na internet e professora de Comunicação na Universidade Católica de Pelotas. “Ver que amigos e conhecidos vão protestar pesa na sua decisão de ir ou não. O que as pessoas da sua rede dizem faz mais diferença do que o que dizem as instituições em si”, ressalta.
    
O poder de influência está com cada integrante da rede social. As mensagens que circulam online são, ao mesmo tempo, reforçadas e confrontadas por diferentes lados, induzindo à reflexão das pessoas. Os internautas estão mais expostos a vozes dissonantes das próprias e participam de realidades de vida diferentes – amigos que moram em outra cidade ou país, de faixa etária ou de classe social muito distintas. Além disso, as relações sociais online extravasam para além da rede – uma adolescente conectada influencia a opinião dos pais, que podem nunca ter entrado na internet.
   
Ter 500 amigos no Facebook representa ser uma pessoa com capacidade para atingir diretamente 500 integrantes da sua rede de relacionamentos e ser afetada pelos 500, que foram influenciados por muitos mais. As relações são bilaterais, pois as duas partes são amigas entre si e se influenciam, podendo compartilhar, curtir e comentar o conteúdo publicado por elas.
   
No Twitter, a relação de influência não é recíproca, quem segue alguém não necessariamente é seguido ou conhecido por essa pessoa. Mas é potencializada por ter 100% do seu conteúdo aberto na internet. O número de seguidores de um perfil (página usada por uma ou mais pessoas nas redes sociais) pode chegar a milhões de internautas. Sem dúvida, esses são novos mediadores das trocas de ideias no mundo de hoje e têm alto poder de convocação. Os pensamentos publicados por eles ou por qualquer um, entretanto, podem tomar caminhos inusitados.
   
“A perspectiva é o outro que dá. Às vezes, você não teve intenção de falar aquilo, mas seus pensamentos são apropriados por um grupo que você nunca imaginou – nem teve a intenção de – influenciar”, observa Fabio Malini, coordenador do Laboratório de Internet e Cultura (Labic), de Vitória (ES). “Essas ideias são absorvidas pelo grupo e você é alçado à condição de coordenador. É um conceito de liderança temporal. Em questão de dias tudo pode mudar.”
   
Embora não se refira a um perfil, o que aconteceu com a palavra “vandalismo” é um bom exemplo disso. A palavra acabou sendo usada nas redes sociais com w, de “wandalismo”, como referência ao cantor Wando, virando fonte de piadas. “Caiu na comunidade blogueira de humor, que é forte pra caramba, e virou apropriação crítica e irônica. E isso fortaleceu ainda mais os movimentos de rua”, explica Malini.
   
O coordenador do Labic vem acompanhando de perto a movimentação na rede há um ano, criando bancos de dados com as mensagens trocadas em torno de palavras-chave e de hashtags. Com isso, gera “grafos” (os mapas dessas interligações) para analisar como aconteceram as conversas ao redor do tema. É possível fazer um recorte por horário, por dia, rastrear perfis que iniciaram o debate, saber o quanto e por quem as mensagens foram replicadas, como se desenvolveram os agrupamentos de apoio e de crítica à ideia proposta, e muito mais.
   
Nesse novo ambiente digital, as lideranças verticalizadas foram tombadas. As ações agora são coletivas e horizontais. Procurar líderes nesse processo é pensar à moda antiga. “É muito difícil aceitar que as coisas são diferentes na essência. O caminho de influência se dá de outra forma na internet, é caótico, distribuído, fragmentado. A realidade mudou. Por isso, a leitura dos acontecimentos tem que ser feita de outra forma também”, destaca Cavallini.
    
Influenciadores tradicionais
   
A dinâmica ágil e nervosa da influência pela internet afeta a relação do povo com a mídia tradicional. A posição passiva,“da poltrona”, dos espectadores consumidores de acontecimentos perdeu lugar para a atitude participativa e espontânea do ativismo. A cobertura das grandes redes de comunicação, como Globo, Band ou Record, passou a disputar audiência com as notícias publicadas pelos próprios manifestantes e por grupos menores de informação, como o Ninja – Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação.
   
Pesquisas do Grupo Terra e da associação de mídia interativa IAB Brasil indicam que o uso da internet já superou o tempo gasto com televisão e que o consumo de conteúdo em aparelhos móveis, como smartphone, já ultrapassou a leitura de jornais e revistas impressas. “Saiu o ‘programador central’; ele ainda existe e ele é importante, mas está perdendo relevância. As pessoas se articularam sozinhas. Se os canais de tevê não estão transmitindo, o problema é deles; irrelevantes são eles”, destaca Silvio Meira.
   
De qualquer forma, o material gerado pela imprensa tradicional permanece sendo fonte articulada de informação e de debate. Tanto que, durante os movimentos sociais, as notícias veiculadas pela mídia foram intensamente compartilhadas em redes sociais. Os perfis tradicionais da imprensa não perderam autoridade, porque continuam a ter muitos seguidores e as pessoas replicam seus tweets – como o jornalista Marcelo Tas, com mais de 4 milhões. “Mas não costumam ter centralidade porque não retuítam, não compartilham, não conversam, só publicam seu conteúdo”, analisa Fabio Malini.
   
Os únicos desconectados dessa história toda parecem ser os políticos. Mais do que uma ponte sobre o abismo entre a percepção da elite política e a vontade do povo, a internet induzirá a mudanças profundas na sociedade, acredita Meira. “Em 1860, quando surgiram os partidos políticos, a mediação era necessária pela única e simples razão de que era inviável pelo correio reunir todos os cidadãos para discutir organizadamente. Será – este é um grande ‘será’ – que a gente pode exercer a democracia direta?”, pergunta o cientista do Cesar.
   
A resposta não virá na mesma velocidade da internet rápida, mas certamente vai definir a política do século XXI.
    

Que animais são utilizados na medicina popular?

por Priscila Gorzoni
   
Vários. Em alguns casos, é usado o bicho inteiro. Em outros, só uma parte. Mas, além de não ter eficácia comprovada, essa herança folclórica representa um enorme risco ecológico. “O uso frequente desses animais tem provocadoo declínio populacional das espécies”, afirma Rômulo Romeu da Nóbrega Alves, biólogo da Universidade Federal da Paraíba e coautor de Zooterapia: Os Animais na Medicina Popular Brasileira. 
    
Segundo Alves, só nas regiões Norte e Nordeste do país, foram catalogadas 283 espécies empregadas como medicamento – e 27% delas estão ameaçadas de extinção.
    
FARMÁCIA ASSASSINA
    
Exemplos de animais que morrem para virar remédios sem nenhuma eficácia comprovada.

NA LISTA VERMELHA
   
Animal: Estrela-do-mar
   
Parte do corpo: Corpo todo
   
No Norte e Nordeste do Brasil, para “curar” gripe, asma e cansaço, é feito um chá com pedaços de estrela-do-mar torrados e moídos. Quatro espécies já estão incluídas no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.
   
HERANÇA AFRICANA
   
Animal: Cavalo-marinho
   
Parte do corpo: Corpo todo
   
São caçados no mundo todo – inclusive no Brasil, onde seu uso “terapêutico” foi introduzido pelos escravos africanos. Em alguns locais da Bahia, por exemplo, faz-se um chá com pó torrado para “curar” gripe, bronquite e asma.
   
DUAS CORES, UM DESTINO
   
Animal: Boto-vermelho
   
Parte do corpo: Gordura
   
Este animal da Amazônia já teve olhos e genitálias arrancados para servirem como amuletos. Hoje, quem cumpre esse triste papel é o boto-cinza. Do vermelho, é extraída a banha, usada em massagens contra reumatismo.
   
TORTURA EM CATIVEIRO
   
Animal: Urso
   
Parte do corpo: Bílis
   
Prática cruel, mas legal na China: o bicho é mantido em jaulas minúsculas e o líquido é extraído por um tubo (inserido com uma punção tão dolorosa que o urso chega a morder as patas em desespero). A bílis serviria para tratar dor de cabeça, ressaca e pedras nos rins.
   
MERCADO NEGRO
   
Animal: Tigre
   
Parte do corpo: Ossos e pênis
   
Embora proibido na China desde 1993, o comércio de órgãos de tigre segue firme. Seu pênis é o ingrediente principal de sopas “afrodisíacas”. Os ossos teriam o poder de curar malária, convulsões, problemas de pele e até preguiça.
   
DESASTRE AMAZÔNICO
   
Animal: Tartaruga-da-Amazônia
   
Parte do corpo: Gordura
   
É uma das maiores espécies de água doce do mundo. É capturada com redes ou arpões quando vai à praia desovar. Sua banha, aplicada como pomada ou via oral, serviria para dores musculares, de garganta e de estômago.
   
MORTE ESTÚPIDA
   
Animal: Rinoceronte
   
Parte do corpo: Chifres e crânio
   
Só na China são processados, por ano, cerca de 700 kg de pó do chifre, um suposto afrodisíaco. Isso equivale a 40 mil rinocerontes mortos. Depois que o chifre é extraído, o resto da carcaça é abandonado por não ter valor comercial.
   
DANDO SOPA PARA O AZAR
   
Animal: Tubarão
   
Parte do corpo: Barbatana
   
Em maio, o Ibama apreendeu 7,7 toneladas de barbatanas de tubarão pescadas ilegalmente em Belém (PA), que seriam exportadas para a China. Lá, acredita-se que uma sopa desse ingrediente traga sorte e saúde.
   
O tubarão pescado é devolvido ao mar sem a barbatana. Sem poder se locomover, morre afogado, de fome ou devorado por peixes.
   
O tráfico de animais é o terceiro maior tipo de contrabando do mundo – só perde para drogas e armas.
   
FONTES Josiano Torezani, do Ibama Cetas Chico Mendes (BA), Cristina Isis, do Ibama (AM), Rômulo da Nóbrega Alves, biólogo da Universidade Federal da Paraíba, Vera Ferreira da Silva, biológa do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Gabriela Toledo, do Projeto Esperança Animal, e World Wildlife Foundation