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domingo 20 2013

Cães são mais inteligentes do que se pensa.



'São mais inteligentes do que se pensa', diz cientista que criou teste para cães.
     
Autor de livro que será lançado no Brasil em novembro, Brian Hare diz que cães usam humanos como 'ferramenta'
     
Cientista Brian Hare passou 18 anos estudando o comportamento canino
  
Com a experiência de 18 anos dedicados ao estudo do comportamento canino, o antropólogo americano Brian Hare garante a quem tem um cachorro: seu mascote é mais esperto do que você imagina.
   
   
Segundo Hare, outros animais podem até ser mais inteligentes, mas nenhum consegue interpretar os gestos humanos e usar isso a seu favor da maneira que os cães fazem. "Quando você os compara com animais como chimpanzés ou lobos, os cães são mestres em solucionar problemas usando a ajuda dos humanos", disse o especialista em psicologia canina à BBC Brasil.
    
"Essencialmente, eles nos usam como ferramentas em diversos contextos."
     
Hare afirma que essa inteligência social mais apurada faz dos cães os mamíferos mais bem-sucedidos do planeta – depois dos humanos. Para aqueles que querem testar a inteligência de seus cães, Hare criou no início deste ano o site Dognition, que também fornece dados para estudos científicos.
        
        
Os testes, em formato de jogos, têm duração de até 30 minutos e identificam habilidades como memória, empatia, raciocínio e comunicação. O objetivo não é descobrir o QI do cão, e sim seu tipo de comportamento. Em um dos testes (descrito abaixo), por exemplo, uma experiência simples com dois copos revela se o cão toma decisões baseadas na memória ou na empatia com o dono.
         
Sobrevivência do mais amigável
           
Além de permitir que os donos aprendam mais sobre seus cães, o site, que cobra pelos testes, é um imenso banco de dados para as pesquisas de Hare, que comanda o Centro de Cognição Canina na Universidade de Duke, na Carolina do Norte, onde é professor.
     
O cientista começou a estudar o comportamento dos animais na época da faculdade, com a ajuda do cão da família, Oreo. Ele comprovou, por meio de testes de memória e raciocínio, que Oreo tinha o tipo de inteligência social que permitia interpretar gestos humanos, ao contrário de chimpanzés ou lobos.
         
     
De acordo com Hare, a inteligência social dos cães é resultado do convívio com humanos, iniciado quando seus ancestrais, os lobos, começaram a se aproximar de áreas habitadas.
           
O antropólogo diz que a seleção natural teria favorecido os lobos mais amigáveis, que souberam decifrar melhor as intenções dos humanos e perceberam as vantagens de se aproximar deles para sobreviver.
       
"Muitas das habilidades sociais que amamos nos nossos cães são resultado da domesticação. Mas isso não quer dizer, necessariamente, que os humanos decidiram criar cachorros. Há indícios de que provavelmente grupos de lobos nos escolheram e acidentalmente se autodomesticaram", afirma.
       
Crianças
         
Esse convívio aprimorou a capacidade dos cachorros de ler os sinais dos humanos e deduzir o que querem dizer, de maneira semelhante a de crianças pequenas. "De modo geral, crianças e cães são muito parecidos no modo como se comunicam, baseando-se na comunicação gestual", diz Hare.
       
      
            
O cientista observa que, assim como as crianças, os cães aprendem palavras por meio de associações. Ele cita dois testes. Em um deles, os pais mostram um brinquedo vermelho e outro verde a uma criança. Pedem então o brinquedo "cromo", não o vermelho. Mesmo sem saber o significado da palavra, a maioria das crianças vai pegar o verde.
          
No outro teste, com um cão, um objeto estranho é colocado em meio a brinquedos com que o cachorro já está familiarizado. O dono então pede que o animal pegue um brinquedo usando uma palavra desconhecida. Segundo Hare, a maioria dos cães escolhe o objeto estranho.
          
Livro
         
Muitas das descobertas de Hare estão relatadas no livro The Genius of Dogs, escrito em parceria com sua mulher, Vanessa Woods. O livro será lançado no Brasil em 14 de novembro com o título Seu Cachorro é um Gênio.
         
           
            
Hare diz que ainda há muito a aprender sobre os cães, e conta com os dados dos milhares de animais cadastrados no Dognition para avançar nas pesquisas.
            
Segundo o cientista, saber o tipo de inteligência de um cachorro ajuda a melhorar as formas de adestramento e a identificar animais com perfis adequados para determinadas tarefas, como detecção de bombas. Ao comparar os cães com outros animais, ele diz que a tarefa é difícil.
          
"Dizer qual animal é mais inteligente é um pouco como pensar em sua caixa de ferramentas, se seu martelo é uma ferramenta melhor que sua chave de fenda", afirma. "Cada ferramenta é destinada para uma tarefa diferente. Então é difícil dizer qual a melhor. Depende do tipo de tarefa."
               
Faça o teste com seu cão:
         
- Peça a um ajudante para segurar seu cão, de frente para você, a cerca de um metro e meio de distância
      
- Coloque dois copos no chão, de cabeça para baixo, um à sua esquerda e outro à direita
        
- Coloque comida embaixo de um dos copos
       
- Levante o copo com a comida escondida e mostre para o cão.
        
- Coloque o copo de volta, escondendo a comida
        
- Aponte para o copo que não tem comida
         
- Peça para seu ajudante soltar o cão
          
Se seu cão age mais por empatia, ele vai escolher o copo para o qual você está apontando Se ele toma suas decisões baseado na memória, vai escolher o copo com comida.
           

sábado 19 2013

Diário do Pará volta a repercutir a Ação do MPE contra o Prefeito para a realização do Concurso Público

Vejam a matéria no Diário do Pará.

MPE quer abertura de concursos públicos em Tucuruí

Sexta-Feira, 18/10/2013, 17:38:50 - Atualizado em 18/10/2013, 20:17:01
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MPE quer abertura de concursos públicos em Tucuruí (Foto: Wellington Hugles/Diário do Pará)
Ação foi impetrada na 1ª vara civil do município de Tucuruí (Foto: Wellington Hugles/Diário do Pará)
O Ministério Público do Estado do Pará, através dos promotores de Justiça de Tucuruí, Francisco Charles Pacheco Teixeira, Adriana Ferreira Campos e Amanda Lucinha Sales Lobato, impetraram Ação Civil Pública contra o prefeito Sancler Antônio Wanderley Ferreira. Há sete anos não ocorre concurso público no município.
De acordo com o promotores, a prefeitura deve ser investigada por ter em sua folha de pagamento um total de 6 mil funcionários - sendo 4 mil contratados. Essa quantidade de funcionários tem onerado os cofres públicos em mais de R$ 11 milhões. 
“A ausência de concurso público e a contratação ilegal de servidores temporários pela administração pública local vêm se arrastando neste município já há algum tempo, de modo que, por ter se tornado insustentável, se mostra necessária à interferência do Poder Judiciário para obrigar o município a cumprir suas obrigações constitucionais e legais”, explicam os promotores.
Na ação, o MP também solicita que a Justiça obrigue o prefeito a realizar concurso público no prazo de 120 dias para o preenchimento de vagas em toda a administração que estejam ociosas ou ocupadas pelos mais de 4 mil servidores temporários. Além disso, se a decisão for positiva, o descumprimento deverá gerar multa diária de R$ 10 mil.
O município de Tucuruí foi intimado no último dia 11 de outubro, e até esta sexta-feira (18) nenhuma defesa prévia foi protocolada no Fórum da cidade. O DOL tenta contato com prefeitura para maiores esclarecimentos.
A reportagem do DOL tentou entrar em contato com a prefeitura de Tucuruí, mas não obteve êxito. 
(DOL com informações de Wellington Hugles/Diário do Pará).
     

sexta-feira 18 2013

Justiça quer fim de validade para créditos de celular

Os desembargadores analisaram recursos apresentados pela operadoras Tim, Telefônica e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)

A Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) manteve decisão que proibiu as operadoras de telefonia móvel de estabelecer prazo de validade para créditos pré-pagos em todo o país. Em agosto, o tribunal atendeu pedido de proibição feito pelo Ministério Público. Cabe recurso, mas a decisão deve ser cumprida imediatamente. A decisão foi tomada ontem (16).

Os desembargadores analisaram recursos apresentados pela operadoras Tim, Telefônica e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As recorrentes alegam que a primeira decisão do tribunal não foi clara em relação às operadoras atingidas pela decisão, à reativação dos créditos expirados, a linhas canceladas e a antigos usuários.

O relator do processo, desembargador federal Souza Prudente, negou os recursos por entender que não houve contradições no acórdão, texto final da decisão do colegiado. Segundo o desembargador, cabe à Anatel, agência reguladora do setor, cumprir e estender a decisão a todas as operadoras.

Sobre a reativação dos créditos expirados, o desembargador ressaltou que a primeira decisão deixou claro que as operadoras devem “reativar, no prazo de 30 dias, o serviço de telefonia móvel em prol de todos os usuários que o tiveram interrompido”.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira 17 2013

Até quando, Senhor?

             
Habacuque: Até quando, Senhor? (1:1-4)
       
Habacuque começa seu livro com uma série de perguntas: "Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? Por que me mostras a iniqüidade e me fazes ver a opressão?" (1:2-3). 
      
Habacuque viu a violência de Jerusalém e a injustiça de seus líderes, e não entendeu a tolerância do Senhor. Nós, que moramos hoje em grandes capitais e cidades como Tucuruí, poderíamos fazer a mesma pergunta, "porque o perverso cerca o justo, a justiça é torcida" (1:4). O profeta pediu justiça. Ele queria livramento divino para proteger os inocentes e castigar os malfeitores.
         
Acumular bens de outros (2:6-8). Pelas práticas desonestas e violentas, os caldeus acumularam bens que não pertenciam a eles. Tanto nações como indivíduos devem adquirir os seus bens por maneiras honestas. Deus castigará as pessoas e os povos que roubam e que não pagam as suas dívidas.
           
Edificar a cidade com sangue e iniqüidade (2:12-14). Os babilônios, como muitos outros impérios, construiram com violência e opressão. Deus nunca aprovou a maldade de homens que procuram levar vantagem sobre outros. Os mais fortes devem proteger os mais fracos, ao invés de abusar deles. Os mais ricos devem ajudar os mais pobres, e não explorá-los.
          
Quem tem fé em Deus confia em sua justiça e não acredita na vitória dos perversos.
        

Regras do professor Nietzsche para você ser feliz

Por Paulo Ghiraldelli - especial para o iG. 
                  
Somos infelizes por nos acharmos sabichões ao mostrar a verdade como algo guardado a sete chaves, diz filósofo.
          
Dia 15, “Dia do Professor”, Nietzsche fez 169 anos. Ele foi um bom professor de filologia. Da filologia deslizou naturalmente para a filosofia, e às vezes se dizia psicólogo. Gostava de ensinar e chegou a dizer que era capaz de fazer até um urso aprender. Ao dizer isso estava pensando, é claro, em certos alunos pouco dotados para a universidade. Ele próprio sabia-se bem apto para o trabalho intelectual. Por isso, desde o início, jamais se defrontou senão com os grandes. 
            
Escolheu como adversário Sócrates! Escolhendo Sócrates levou junto, obviamente, Platão. Nietzsche faz sucesso ainda hoje exatamente por ousar dizer que o melhor que a filosofia tinha a fazer era escapar das garras de Platão!
     
Nietzsche sempre achou que os ingênuos, aqueles que nunca desconfiaram de William Bonner e Patrícia Poeta, não eram nem um pouco menos sabidos que os desconfiados
        
Mas o que é escapar das garras de Platão? Em termos maximamente resumidos e tornados palatáveis para o nosso uso aqui: conversemos como quem nunca ouviu falar da Caverna de Platão ou da Rede Globo.
       
Mas o problema é que uma boa parte de nós, modernos ou herdeiros dos modernos, mesmo que jamais tenhamos lido Platão ou visto Patrícia Poeta, vivemos em uma grande cápsula, envoltos em um líquido que nos traz vestígios de todas as paragens desse recipiente. De alguma maneira, coisas de Platão e de Patrícia acabam por bater em nós.
       
Mamamos no seio informativo de Patrícia, mas desconfiamos de tudo que esse seio nos fornece, uma vez que damos ouvidos para as dicas platônicas. Essas dicas são terríveis. Somos fracos, e então é impossível não ficar com elas, pois nos fazem acreditar que somos muito sapecas, perspicazes e até inteligentes. 
      
O platonismo nos diz que os seios de Patrícia, que sugamos vorazmente, nos dá um leite que, se é que existe, está mais para um colostro fajuto que para leite real. Então, olhamos do lado e vemos outro bebê, agarrado no seio restante da moça. Ele está feliz. Pensamos: “que tolo, que alienado, não percebe que está se esbaldando com os mamilos, com o sensual bico do seio da Patrícia, mas que está só se enfraquecendo porque dali não sai uma proteína sequer. 
       
O leite é falso!” Platão dizia que os “amantes de espetáculos” não são filósofos. Ficam com o sensível e sensual, não podem ficar com as essências, não apreendem o essencial, o real. A imagem dos seios nus de Patrícia na nossa boca é algo para qualquer amante do espetáculo não botar defeito. No entanto, a cada dia estamos mais fracos, sem proteínas, e então incapazes de gritar e pedir pelo leite real. 
       
Agarrado a uma teta, sei que estou sendo enganado, mas não consigo falar nada. O outro lá, na outra teta, está feliz, não há como não achar que ele é um idiota que não sabe que está sendo enganado. Platão não lhe tocou com a sabedoria da desconfiança, só nós fomos tocados por ela. Somos os bebês críticos. 
                
Mais: 
              
Nietzsche é o professor que aparece para nos dizer que talvez o bebê do lado de lá esteja certo, exatamente porque está feliz: não há leite nenhum nos seios de Patrícia Poeta. Seios não foram feitos para alimentar. Somente os que acham que devem ser alimentandos pensam que seios são feitos para alimentar. O bebê do lado de lá não está mamando para se alimentar, está ali mamando para ter prazer. 
                  
Não prazer com leite, que é uma bebida às vezes até nojenta. Está ali abocanhando aquela teta volumosa por ... ah, sei lá, talvez seja um bebê prodígio e esteja fazendo sexo! Só um maluco pegaria um seio da Patrícia Poeta por amor ao conhecimento. Platão nos colocou malucos. Nietzsche quis nos fazer bebês desconfiados da desconfiança, e então, ou menos loucos ou então loucos de tudo - mas não sabichões. 

Outros artigos: 
        
O professor Nietzsche sempre achou que os chamados ingênuos, aqueles que, para nós, nunca desconfiaram de William Bonner e Patrícia Poeta, não eram nem um pouco menos sabidos que nós, os desconfiados e críticos. Aliás, ele sempre achou que talvez fôssemos infelizes exatamente por acreditar que éramos sabichões ao apontar para a verdade verdadeira como algo guardado a sete chaves por Roberto Marinho, e que agora teria se perdido para sempre, com a sua morte e com o sumiço da chave do cofre, e do próprio cofre. Roberto Marinho “escondeu o leite” - eis aí a lição platônica, que Nietzsche não desmente, pois isso seria afirmar uma verdade a mais; ele apenas a ridiculariza.
          
Paulo Ghiraldelli Jr, filósofo, escritor, cartunista e professor da UFRRJ