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segunda-feira 18 2013

MPE denuncia ex-prefeito de Marabá por desvios de verbas da Previdência Municipal

É para isso que a maioria dos prefeitos cria as Previdências Municipais. Mas TODOS vão sofrer as consequências.
   
MARABÁ: MPE denuncia o ex-prefeito por desvio de verbas
    
O Ministério Público do Estado do Pará (MPE) ajuizou denúncia contra o ex-prefeito municipal de Marabá, Maurino Magalhães de Lima, por crime de responsabilidade, pelo desvio e má aplicação de verbas do Fundo Municipal do Meio Ambiente da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura, nos anos de 2009 e 2010, no valor estimado de R$ - 163.724,47 em valores da época.
    
O crime que lhe foi atribuído é o do Inciso III do artigo 1º do Decreto-lei nº. 201/67, cuja pena máxima é de três anos e pede-se a devolução atualizada da quantia gasta indevidamente, se condenado ao final do processo.
   
O promotor de Justiça que assina a denúncia, Júlio César Sousa Costa, titular da Promotoria da Defesa da Probidade Administrativa de Marabá, entendeu que mesmo após o término do mandato persiste o crime de responsabilidade cometido no decorrer da gestão, alterando-se apenas o local onde o processo deve correr, nesse caso, perante o juízo de primeira instância.
   
A ação penal foi distribuída no dia 14 deste mês e deve ser remetida para um dos juízes criminais da comarca de Marabá que deverá decidir se recebe a denúncia.
    
No decorrer da investigação, o ex-prefeito municipal não foi encontrado no seu endereço residencial, justamente à época posterior ao final de seu mandato na Prefeitura de Marabá.
    
Segundo consta nos registros do Poder Judiciário o ex-prefeito municipal responde a mais de cinquenta ações, entre cíveis e penais, por ações cometidas quando exercia o cargo de gestor do município de Marabá. Foram detectadas diversas irregularidades com as verbas do Fundo Municipal de Meio Ambiente que deveriam ser empregadas justamente na defesa, proteção e conservação do meio ambiente. O próprio Conselho Municipal de meio Ambiente de Marabá cobrou providências quando tomou conhecimento dos desvios dos recursos financeiros destinados àquele órgão.
     
Edson Gillet, Edyr Falcão, Clotilde Leal, Eliana Sousa e Kamilla Santos
Assessoria de Imprensa do MPE/PA
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domingo 17 2013

A turma do mensalão petista e bois de piranha estão presos, e os outros?

Texto publicado no Blog de Jeso

por Joaquim Onésimo Ferreira Barbosa (*)
É certo que corrupção é crime. E crime deve ser punido. De igual modo como se pune um que rouba um sabonete no supermercado, deveriam ser punidos também os que roubam milhões dos cofres públicos e ficam por aí, rindo, sem temor da Justiça, que parece míope para uns e esperta demais para outros.
Quem não se lembra do juiz Lalau, que surrupiou 80 milhões da construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho (SP), de Georgina dos Santos, que levou tantos milhões do INSS.
O recente escândalo do propinoduto de São Paulo, capitaneado nos governos Covas, Serra e Alckmin, todos do PSDB), a compra de votos para reeleição de Fernando Henrique, o chamado mensalão tucano do PSDB mineiro (quem quiser saber mais sobre o caso é só ler os livrosPrivataria tucana e O príncipe da privataria); o caso Cachoeira, que rendeu horas e páginas em noticiários, mas que arrefeceu.
E mais: o agora descoberto rombo de 500 milhões da Prefeitura de São Paulo, na gestão Kassab; também a sonegação de quase um bilhão que a Rede Globo escondeu de seus noticiários, mas cujo processo anda a passos de tartaruga na Justiça. Só para citar alguns dos milhares de casos de corrupção que falham por conta de uma Justiça lenta, lerda, certas vezes partidária e parcial.
Os Josés Dirceu e Genoíno, Henrique Pizzolato, Delúbio Soares (a turma do PT), são alguns dos muitos que poderiam lotar as celas carcerárias. Se gente dessa estirpe fosse presa, certamente as penitenciárias teriam outros ares: não o de abandono, não o de cheiro podre e desumano, não o de desrespeito.
Não o desrespeito ao bandido, que, se está atrás das grades, é porque não respeitou a Lei, mas por desrespeito ao que se entende por ressocialização e ao contribuinte, que paga para bandido viver atrás das grades em segurança, enquanto vivemos com medo da violência que urra aqui fora.
Se gente como a turma que agora saberá o que é dormir em cadeia fosse presa, certamente a realidade brasileira no quesito corrupção seria outra, não restam dúvidas. Porém, os mesmos da Justiça que fazem a pirotecnia na prisão de uns são os mesmos que mandam soltar assassinos de religiosa, fraudadores de Bancos e corruptores de funcionários.
Esses mesmos que julgam são os que se aliam a jornalistas para receber deles os holofotes das câmeras e belas imagens na primeira página dos jornais: que digam os Mervais da vida, os Policarpos e os Reinaldos. Que digam os Barbosas, os Fuxs, os Gilmares.
São eles que vestem a Justiça com uma carapuça do bem e do mal. Do bem, quando fingem fazer valer a Lei; do mal, quando fingem esquecer processos em pastas para não sujar a imagem de peixes graúdos, ou quando escolhem suas vítimas, friamente, a la Pilatos, para apresentá-las diante das câmeras como troféu, e assim dizer para a sociedade que a Justiça foi feita. São os justiceiros em forma de salvadores da pátria.
A condenação dos mensaleiros (muitos deles ainda poderão deixar a prisão logo, logo) mostra que a Justiça, quando quer, parece perfeita. A prisão dos mensaleiros mostra que corrupção deve ser punida. Mas e os tantos outros casos que caducam sob pastas e pastas nos Tribunais?
Só para citar um exemplo local: o ex-prefeito Lira Maia, segundo informações oficiais, é o parlamentar campeão em processos, tem mais de 45 milhões de reais bloqueados por acusação fraude e desvio de dinheiro público, quando foi prefeito. Até agora não foi julgado. Qual a diferença entre Maia e os mensaleiros? Nenhuma.
Maia é acusado de corrupção e, se realmente a Justiça enxerga a todos sem distinção, deveria ser rápida na decisão dos pecados de Maia. Ele que é parlamentar, deveria ter reputação limpa, sem mancha. Maia, assim como outros parlamentares, recentemente aprovou a ficha limpa para os futuros funcionários públicos.
Maia, assim como tantos outros parlamentares, é funcionários público, recebe dos cofres públicos, e, por isso, deveria ter ficha limpa, deveria, assim como um funcionário que frauda documento, ser afastado das suas funções e responder pelos crimes que cometeu.
Mas até agora o que se percebe é uma lentidão da Justiça no caso. Se a Justiça valerá para Maia só o tempo responderá.
A prisão dos mensaleiros referenda o papel da Justiça. O papel de coibir maus feitos, o de impedir que vícios se tornem banais, porém, como a lentidão dessa mesma Justiça é de tal modo doentia, fica a sensação de que a injustiça é maior que a Justiça em si. Talvez se tantos outros casos fossem punidos, muitos outros seriam evitados: seriam evitados os roubos aos cofres públicos, seria evitado o nepotismo no serviço público, seria evitada a farra com os impostos que eu e outros quase 190 milhões de brasileiros pagamos para vermos ruas esburacadas, casas sem água, energia ineficiente, serviços públicos de péssima qualidade, segurança inerte, ausente e deficiente e educação sem educação, quase morta.
A prisão dos mensaleiros mostra que é possível fazer a Justiça se tornar viva e eficaz. E que ela comece a ser a partir de agora. Que não seja rápida apenas para a turma do PT, mas que seja também para a turma do PSDB e de tantas outras siglas, atrás das quais se escondem as falcatruas.
Que não se veja a prisão dos mensaleiros como feitos de Joaquim Barbosa, de Rosa Weber, de Luiz Fux, de Ricardo Lewandowisk, de Gilmar Mendes, de Dias Toffoli, de Roberto Barroso, Cármen Lúcia, de Celso de Melo, de Marco Aurélio Melo e de Teori Zavaski, mas que se veja a prisão como a prevalência da Justiça, mas também da Lei, esta última que parece escondida atrás de milhares de manuais do Direito que enfeitam bibliotecas, que ignora a Carta Magna, a Constituição, e que se esquiva para punir uns e sobressalta para punir outros.
A prisão dos mensaleiros abre uma pequena fresta de esperança num País que aprendeu a conviver com a corrupção e acolhe, silenciosamente, desvalidos no caráter e espertalhões que zombam da Lei e dos brasileiros.
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* Professor na FIT (Faculdades Integradas do Tapajós), é mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia.

sexta-feira 15 2013

Recesso, o descanso do guerreiro...

A Equipe Folha está aproveitando o feriadão para descansar, e com mais tempo livre vamos fazer a manutenção dos nossos computadores. 
       
No entanto estamos preparando uma matéria sensacional para o início da semana, uma matéria que vai abalar os alicerces da Prefeitura de Tucuruí e do meio político tucuruiense. 
      
Os leitores do Folha não perdem por esperar, é nitroglicerina pura...
      

quinta-feira 14 2013

IPASET - SINSMUT envia ofício ao MPE e MPF comunicando a Ação Civil Pública contra a PMT, e pede providências

O SINSMUT através do seu representante enviou ofícios aos Promotores do MPE em Tucuruí e ao Promotor do Ministério Público Federal, dando conhecimento ao MP sobre a Ação Civil Pública movida pelo sindicato contra a Prefeitura e Prefeito Municipal, devido às inúmeras ilegalidades constatadas na criação do Fundo de Previdência Municipal (IPASET), pela falta de transparência e pela negativa de informações sobre a gestão e administração financeira do referido órgão.
             
O SINSMUT protocolou dois ofícios solicitando informações de acordo com a Lei da Transparência e da Lei Orgânica de Tucuruí, e de acordo com a legislação vigente, a prefeitura teria 15 dias para responder e prestar as informações solicitadas, mas até a presente data os ofícios foram solenemente ignorados, o que é um indício de irregularidades na criação e administração do IPASET. Um dos ofícios foi protocolado na PMT no dia 29/08/2013 e o outro no dia 08/10/2013, ambos os Ofícios foram ignorados pela Administração da Prefeitura e do IPASET, mesmo contrariando a Lei Federal e a Lei Municipal.
      
Sabendo destes fatos e inconformados com a criação da Previdência Municipal sem consultar os funcionários da prefeitura e sem discutir o assunto com os maiores interessados que são os servidores municipais, como a Lei do IPASET foi aprovada "de surpresa" pelos ilustres vereadores do prefeito, em mais uma demonstração de falta de espírito público, de competência e seriedade em aprovar a Lei sem o Cálculo Atuarial, pela falta de consideração para com os trabalhadores do município, assim como pelo descaso do Legislativo para com toda a população de Tucuruí, que vai arcar com o prejuízo com a falência e má administração da Previdência Municipal, como já ocorreu no passado com o FUNPREV.

Diante de todas as ilegalidades e absurdos, os Servidores Municipais em Assembleia Geral DETERMINARAM que a Direção do SINSMUT e sua Assessoria Jurídica formalizassem a Ação Civil Pública contra a Prefeitura de Tucuruí, para que a Lei do IPASET seja revogada e os prováveis prejuízos ao erário público sejam sanados, e para que os prováveis responsáveis pelas ilegalidades na criação e administração do IPASET sejam responsabilizados e punidos na forma da Lei.
   
Cabe agora a Justiça no âmbito Estadual e Federal, a defesa da Lei, do erário e do interesse público.
    
Vejam agora as cópias dos Ofícios enviados à PMT/IPASET que foram ignorados:
    
      
   
Vejam a cópia da Ata da Assembléia Geral que determinou a Ação Civil Pública.
    
   
Vejam os ofícios enviados ao MPE e MPF
   
   
Vejam a cópia da Ação Civil Pública movida contra a PMT.