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terça-feira 04 2014

Como funciona um cartão de crédito?


por Thais Sant’Ana
      
Ele é uma espécie de “dinheiro eletrônico”. É uma forma de indicar a um vendedor que você tem crédito com alguma instituição (como um banco) e que ela pagará a ele, em espécie, o valor referente à compra que você está efetuando. Para tanto, ali são armazenadas suas informações pessoais e as do próprio cartão, como o número, a data de validade e o código de segurança.
   
Eles são feitos de plástico PVC, suficientemente resistente para aguentar cerca de dois ou três anos. Nem todo mercado possui a tecnologia do chip em larga escala. Nos EUA, por exemplo, a tarja ainda reina soberana.
   
  
INSIRA SEU CARTÃO
   
A transmissão dos dados durante uma transação passa por várias empresas
    
O chip
   
Tem uma capacidade de armazenamento bem superior à da tarja. E é mais seguro, pois se trata de um microprocessador capaz de criptografar dados, o que exige máquinas leitoras com um aplicativo específico para decifrá-los. Além disso, é preciso que o usuário digite seu código de segurança.
    
A tarja magnética
    
Guarda as informações imprescindíveis para realizar as transações. Essa faixa escura cobre três linhas, cada uma composta de minúsculas barras magnetizadas, orientadas para o sul ou o norte, e um código binário, que é interpretado pelo software da máquina leitora de cartão.
    
Gambiarras clássicas
    
Truques práticos para reforçar a leitura do cartão pela máquina realmente funcionam.
     
Já viu um vendedor esfregar a tarja do cartão na camiseta, colar um durex sobre ela ou “encapá-la” com saco plástico? Esse tipo de truque realmente funciona, ao limpar sujeiras ou cobrir riscos que estão impedindo a máquina de decifrar as informações do cartão. Só não dá certo se a tarja estiver desmagnetizada – o que pode ocorrer caso o plástico seja esquecido próximo a um ímã.
     
Decifrando seu número
   
O primeiro algarismo indica o tipo de instituição que emitiu o cartão
    
1 - setores específicos da indústria
    
2 - empresas aéreas
    
3 - empresas áreas e indústrias relacionadas
    
4, 5, 6 - instituições bancárias
    
7 - empresas de petróleo
    
8 - telecomunicações
    
9 - empresas nacionais
    
1. As máquinas leitoras convertem os dados em um sinal transmitido pelo mesmo sistema de telecomunicações do seu celular. É por isso que os celulares são apontados como os prováveis substitutos do cartão de crédito em um futuro próximo – bastará revelar à loja seu número de telefone e digitar sua senha
    
2. O sinal chega à credenciadora – no Brasil, as mais conhecidas são RedeCard e Cielo. Essas empresas gerenciam o cadastro de lojas que aceitam o cartão e oferecem tanto as máquinas leitoras (ao comércio) quanto a tecnologia de chip ou tarja (aos emissores do cartão). A credenciadora entra em contato com...
    
3. ...a bandeira do cartão, como Visa, Mastercard, American Express e Diners Club. É essa “marca” que determina as regras do cartão, como a quantidade de vezes em que você pode parcelar a compra. Ela também estabelece a rede de aceitação local e internacional. Por fim, a bandeira aciona o...
    
4. ...emissor do cartão. Geralmente é um banco, mas outras instituições, como lojas, também podem ter seu plástico (veja tabela na página anterior). É ela que define benefícios como programas de fidelidade. Mas, mais importante,é ela que autoriza a transação e “paga a conta” por você no ato da compra. A autorização da compra é enviada de volta pelo mesmo sistema. Em condições ideais, essa “ida e volta” não deve durar mais de um segundo!
    
DEVO, NÃO NEGO...
   
Quando você compra com cartão, o emissor paga imediatamente o valor à loja. Você só vai desembolsar essa grana no prazo mensal estabelecido por contrato. Se atrasar, terá de pagar com juros – e é aí que o emissor lucra. Outras fontes de renda são as taxas de anuidade, de emissão de cartão extra ou desaques de emergência.
   
BANDEIRA BRANCA
     
Já as bandeiras levam uma pequena porcentagem sobre cada transação feita. Lojistas costumam embutir esse custo extra no preço do produto – por isso alguns locais dã oum descontinho se você não usar o cartão. E é por isso também que outros se recusam a efetuar vendas de valores muito baixos no cartão
    
FONTES Paulo Guzzo, vice-presidente de tecnologia da informação e operações da Cielo, eAbecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços)
    

Aposentados e pensionistas vítimas de descontos indevidos nos benefícios devem avisar o MPF

Denúncias podem ser feitas pela internet
     
O Ministério Público Federal (MPF) solicita que aposentados e pensionistas prejudicados com descontos indevidos em seus benefícios registrem denúncia pelo site http://cidadao.mpf.mp.br/
    
Uma decisão liminar da justiça Federal proíbe, desde 2008, as agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em todo o país de fazer descontos nos proventos recebidos por aposentados e pensionistas que alegam não terem contraído empréstimos consignados junto a bancos. A decisão liminar foi tomada em processo instaurado a partir de ação civil pública do MPF ajuizada também em 2008.
   
A decisão judicial determinou que cabe ao INSS suspender de imediato os descontos nos casos em que o beneficiário informar que não autorizou a consignação. Além de suspender imediatamente os descontos, o INSS deve apurar, mediante procedimento administrativo, se o empréstimo consignado realmente existiu e se foi feito de acordo com a lei. Concluído esse procedimento, o desconto incidente sobre o benefício previdenciário será ativado ou não.
     
Apesar da decisão liminar, que permanece em vigor, o MPF continua recebendo denúncias de aposentados e pensionistas relatando descontos indevidos em seus benefícios.
    
Site para denúncias ao MPF: http://cidadao.mpf.mp.br
Decisão liminar: http://goo.gl/VgsiDb
Acompanhamento processual: http://goo.gl/FptIST
    
Danyelle Rodrigues
     
Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
(91) 3299-0148 / 3299-0177 / 8403-9943 / 8402-2708
    

segunda-feira 03 2014

Por que a aranha viúva-negra mata o macho após o acasalamento?

Viúva Negra
     
por Mariana Nadai
   
Na real, o macho morre acidentalmente. É que ao terminar de depositar os espermatozoides na genitália da fêmea, ele faz uma retirada brusca e quebra seu aparelho reprodutor (bulbo). “Não é sempre que ele perde o bulbo, mas, quando isso acontece, morre por perda de um fluido vital: a hemolinfa. É como se a aranha morresse de hemorragia”, explica Paulo Goldoni, especialista em artrópodes do Instituto Butantan. 
   
Apesar de não matar o parceiro, a reputação de assassina da viúva-negra (Latrodectus mactans) vem do fato de ela se alimentar dele após o acasalamento. A fêmea não faz por mal, apenas se aproveita do cadáver do amante para repor a energia gasta na cópula. 
    
MORRENDO DE PRAZER 
   
Apesar da fama, a viúva-negra não é culpada pela morte de seu parceiro sexual.
     
1. O ritual de acasalamento começa com o macho marcando presença. Ele chega de mansinho e, com uma das patas, balança a teia. O gesto provoca uma vibração, que chama a atenção da fêmea 
     
2. Para aumentar o interesse da viúva-negra, ele joga teia nas patas dela. Os mais exibidos cortam pedaços da teia e a refazem em seguida. O ritual pode durar até que a fêmea se entregue totalmente 
     
3. Quando aceita a presença do parceiro, a viúva-negra permite que ele suba nela. Eles ficam de frente um para o outro, com ele olhando para o abdômen dela. É que o bulbo copulador fica na cabeça do macho, e o epígeno (a genitália feminina), na parte baixa do abdômen 
        
4. O bulbo espiralado é introduzido na genitália feminina para espalhar espermatozoides. Logo após a fecundação, a fêmea põe os ovos dentro de sacos de seda construídos por ela. “Uma viúva-negra pode ter até 40 filhotes de uma vez”, revela Goldoni 
      
5. Se for retirado bruscamente, o bulbo quebra. Quando isso acontece, o macho perde muita hemolinfa, líquido azul com função semelhante ao sangue dos mamíferos. Não se sabe se isso ocorre por descuido ou pela intenção de bloquear o acesso de rivais à genitália da fêmea 
      
6. A morte é tão rápida que nem dá tempo de escapar da teia. Ao perceber um animal morto em casa, a fêmea aproveita o alimento fácil e traça sem dó para repor a energia gasta na transa. Embora existam aranhas canibais – não é o caso da viúva-negra –, elas geralmente comem outras espécies 
         
DOMINADORA 
        
A fêmea da viúva-negra é cerca de três vezes maior que o macho. Um sinal em forma de ampulheta na barriga é marca registrada da viúva-negra e de outras espécies como a viúva-amarela e a flamenguinha 
     
JANTAR EM FAMÍLIA 
   
A aranha-caranguejeira, sim, merece a fama de assassina. Em alguns casos, após a cópula, a fêmea enrola o amante na teia e guarda os restos mortais dele para servir como primeira refeição aos filhotes, cerca de 60 dias após o acasalamento 
   
USOU, PERDEU 
   
Cada tipo de abelha tem uma função. A rainha vive para botar ovos, as operárias produzem mel e os zangões fecundam as rainhas – mas a vida deles não é mole. Depois da transa, o órgão genital fica preso na abelha-rainha e se rompe, levando o zangão à morte 
   
PERDENDO A CABEÇA 
   
Depois de transar, o louva-a-deus fêmea agarra o parceiro e o devora vivo, começando pela cabeça, na maioria das vezes. A refeição garante energia para que ela construa ootecas (lugar em que deposita os ovos) mais resistentes e com capacidade para mais ovos 
   
APETITE SEXUAL 
   
No jogo de sedução da aranha-de-costas-vermelhas (Latrodectushasselti), vale tudo. Para transar, o macho posiciona o abdômen perto da boca da parceira, deixando que ela o coma durante o ato sexual. Esse sacrifício ocorre em 65% dos acasalamentos da espécie 
    
CONSULTORIA Paulo Goldoni e Vanessa Penna Gonçalves, pesquisadores do Instituto Butantan. 
   
FONTE Sexual Cannibalism in the Brown Widow Spider, de Michal Segoli, Ruthie Arieli, Petra Sierwald, Ally R. Harari e Yael Lubin.

Guerreiros cibernéticos

Guerreiros cibernéticos

Robôs-soldados estão passando do terreno da fi cção para a realidade, como demonstram aparelhos já construídos nos Estados Unidos, Israel e Coreia do Sul.
           
Por Eduardo Araia
          
Robôs-soldados estão passando do terreno da ficção para a realidade, como demonstram aparelhos já construídos nos Estados Unidos, Israel e Coreia do Sul. Mas como eles vão determinar os alvos e atacá-los? Têm discernimento para tanto?
    
Máquinas são funcionários exemplares, como atestam os radares eletrônicos espalhados por cidades e estradas do Brasil. Trabalham 24 horas por dia, concentram-se 100% do tempo na tarefa, não têm férias, não ganham 13º salário e nunca reivindicam. A indústria de armamento e defesa está encantada com esses operários-padrão guerreiros. 
       
A evolução tecnológica já permite antever a fabricação de aparelhos com autonomia para combater e decidir, sozinhos, se e quando devem dar cabo da vida de alguém. A evolução, considerada viável em até 20 anos, signifi caria o prenúncio de um mundo controlado por androides, tal como esboçado em fi lmes como O Exterminador do Futuro e Eu, Robô.
       
De acordo com Steve Goose, diretor da divisão de armas da Human Rights Watch, ONG que atua globalmente na defesa dos direitos humanos, militares de vários países estariam “muito empolgados” com a possibilidade de contar com robôs-soldados, de olho na redução das baixas entre militares de carne e osso. Estados Unidos, China e Rússia são alguns dos interessados nos novos guerreiros cibernéticos. Precursores de robôs-soldados, chamados em inglês de killer robots (robôs assassinos), já podem ser vistos em ação. O sistema de defesa Phalanx, da americana Raytheon, instalado em navios da Marinha dos EUA, é capaz de identificar a origem do fogo inimigo e destruir projéteis disparados contra a sua nau.
         
O drone X47B, da também americana Northrop Grumman, é uma aeronave não tripulada que decola e pousa de aviões cargueiros, entra em combate aéreo sem piloto e reabastece no ar. Ainda não realiza bombardeios, mas, providencialmente, possui dois compartimentos para bombas. O drone- bomba Harpy, fabricado por Israel, possui um banco de dados que reconhece qualquer sinal de radar não registrado como “amigo” e lança-se contra ele, destruindo o aparelho. 
     
A Samsung fabricou o robô de vigilância SGR-A1, que detecta movimentos incomuns, ameaça intrusos e abre fogo, quando autorizado por um controlador humano. Ele está sendo avaliado para substituir soldados no lado sul-coreano da zona desmilitarizada entre as Coreias.
     
Drones à parte, todos esses aparelhos funcionam montados sobre bases fi xas. Mas robôs de combate dotados de movimento já estão a caminho. Os produtos anunciados pela empresa americana Boston Dynamics, em seu portal (bostondynamics.com) ou mesmo no YouTube (YouTube.com/Boston- Dynamics), mostram robôs com mobilidade e agilidade surpreendentes. 
       
A empresa não os apresenta como armas, mas não é difícil imaginá-los atuando com essa finalidade. Chamam a atenção o Atlas e o Petman, robôs antropomórfi cos capazes de mover-se coordenadamente sobre diversos terrenos. Há também o veloz Cheetah e seu sucessor WildCat, de quatro “patas”, que corre a mais de 46
km/h, e o LS3, um robô de carga que também enfrenta terrenos variados.
      
Responsabilidade difusa

As centenas de ataques realizados por drones americanos no Oriente Médio, nos últimos anos – que mataram pelo menos 450 civis no Paquistão e no Iêmen –, estimulam uma reflexão mais profunda sobre um cenário de guerra envolvendo os robôs-soldados. No caso dos atuais drones, sempre há pelo menos um controlador humano que aciona os comandos necessários para os aparelhos atirarem. Mesmo aceitando-se esse detalhe, a responsabilização dos culpados pelas mortes de civis parece remota. 
     
Nesse ritmo, os casos de assassinatos cometidos por robôs-soldados tenderiam a ficar numa espécie de limbo jurídico. Embora o Departamento de Defesa dos EUA tenha formalizado, em novembro de 2012, a diretriz de que comandantes e operadores desses aparelhos deverão manter “níveis apropriados de julgamento humano a respeito do uso da força”, o tema patina na obscuridade. 
          
O inglês Noel Sharkey, especialista em robótica da Universidade de Sheffi eld, no Reino Unido, e presidente do Comitê Internacional para o Controle de Armas Robóticas, é um dos que percebem os riscos implícitos nessa situação, tanto em termos jurídicos como éticos e morais. “Se um robô comete um erro, quem é o responsável?”, pergunta. “Certamente não será o robô. Ele poderia levar um balaço no computador e fi car incontrolável. Assim, não há forma de determinar realmente quem é o responsável. Isso é muito importante para o cumprimento das leis de guerra.”
       
O sul-africano Christof Heyns, relator especial da ONU para execuções extrajudiciais, também é crítico em relação ao tema. “Soldados em batalha podem, legalmente, mirar apenas em combatentes, e não em civis. Um computador conseguirá discernir e fazer o julgamento de valor de que pessoas em trajes civis levando rifl es não são combatentes inimigos, mas caçadores ou soldados se rendendo?” A questão levou a HRW a divulgar, em 2012, o relatório Losing Humanity (Perdendo a Humanidade), coescrito com a Clínica de Direitos Humanos Internacionais da Escola de Direito da Universidade Harvard, no qual a entrada de robôs-soldados em guerras é analisada. 
            
Um dos pontos polêmicos, segundo os autores, seria a questão de como atribuir às máquinas “condições” de diferenciar civis e combatentes numa zona de conflito. Cético quanto à defi nição dessas condições, o relatório propõe “um tratado internacional que proibiria em absoluto o desenvolvimento, a produção e o uso de armamentos totalmente autônomos”. A ideia estimulou o surgimento, em abril de 2013, da campanha “Stop the Killer Robots”, cujo lançamento, realizado na Câmara dos Comuns, em Londres, contou com a participação de Noel Shar key e de grupos que já barraram o uso de minas e bombas de fragmentação em conflitos, nos quais milita a norte-americana Jody Williams, Nobel da Paz em 1997. 
         
A campanha recomenda o “banimento de sistemas de armas capazes de mirar num alvo e tomar decisões que envolvem vida e morte sem que um humano esteja informado disso”. Em junho de 2013, Christof Heyns apresentou ao Conselho de Direitos Humanos da ONU um relatório sobre armas autônomas letais que converge para o mesmo objetivo. Ele quer que os killer robots sejam banidos até que se defi na como regulamentá-los em níveis nacional e internacional.
      
Regulação necessária
          
Em outubro, o tema foi debatido no Primeiro Comitê de Desarmamento e Segurança Internacional da Assembleia- Geral da ONU. Egípcios, franceses e suíços ressaltaram que a regulamentação é necessária antes que os robôs guerreiros estejam “desenvolvidos ou posicionados”. Alemanha, Argélia, Áustria, Brasil, EUA e Marrocos deram apoio a essas propostas.
         
Mas especialistas também reivindicaram maior transparência dos governos que já usam sistemas semiautônomos, como o Phalanx dos EUA. “Não estamos tentando deter o avanço da robótica, mas não quero ver robôs equipados com armas letais, operando por conta própria”, afirmou Jody Williams, conferencista do evento. “Temos todo o direito e a responsabilidade de discutir publicamente para onde a guerra está indo.” Ainda em outubro, a pressão contra robôs-soldados subiu de tom com a divulgação de um manifesto, assinado por 270 estudiosos e profi ssionais das áreas de computação e de inteligência artificial de vários países, que pede a interrupção no desenvolvimento ou uso de armas que disparem sem intervenção humana.
            
No entanto, não há unanimidade sobre o tema. Dois professores americanos, Matthew Waxman, da Escola de Direito da Universidade de Columbia, e Kenneth Anderson, da Universidade Americana, alegam que desistir dos robôs soldados seria “desnecessário e perigoso”, pois sistemas autônomos são parte do futuro e, se os governos não os usarem, acabarão nas mãos de grupos terroristas e de regimes rivais. Sistemas de armamentos sofi sticados poderiam ser úteis localizando alvos com maior capacidade do que os humanos. Outros pesquisadores dizem que, livres de emoções como vingança ou sede de poder, os robôs-soldados seriam mais adequados para lutar contra exércitos de androides montados por ditadores ou grupos terroristas.
                 
Como se vê, há controvérsia. A preocupação humanista é impor limites precisos à eficiência insensível da inteligência artifi cial. “A perspectiva de entrar numa realidade em que as máquinas recebam explicitamente um mandato para matar humanos deveria fazer todos pensar”, diz Christof Heyns. “Enquanto a tecnologia avança, precisamos ter algum tempo para garantir que não apenas vidas – mas também a noção de valor da vida humana –, sejam preservadas em longo prazo.”
      
Fonte: Planeta.
    

Cercado de mistérios, terreno do Joelma é considerado amaldiçoado

Fábio Santos
   
Incêndio do Edifício Joelma a 40 anos.
Local supostamente amaldiçoado.
Uma aura de mistério cerca o local onde fica o edifício Joelma, no centro da cidade de São Paulo. Palco de quase 200 mortes no dia 1º de fevereiro de 1974, o prédio que hoje se chama Edifício Praça da Bandeira foi construído em um terreno marcado por outras mortes em épocas distintas segundo relatos.
   
Uma das lendas que cercam o local diz que o terreno do Joelma serviu como um “local de castigo” para escravos indisciplinados que trabalhavam na região entre os séculos XVIII e XIX. Negros teriam sido torturados até a morte, gerando a primeira série de mortes no local, considerado por muitos como amaldiçoado.
    
Portal Terra