Se os jornalistas resolvessem investigar e denunciar a grande mídia? Com certeza os escândalos não ficariam nada a dever para os escândalos políticos.
Vamos ver algumas prováveis manchetes:
Rede Globo
A Globo deve mais de R$ 600.000.000,00 seiscentos milhões em sonegação de impostos provenientes da compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002.
A emissora teria usado 10 empresas criadas em paraísos fiscais para esconder a fraude. Com o esquema, a Globo teria incorrido em simulação e evasão fiscal. O imposto sobre importâncias enviadas para o exterior para aquisição de direitos de transmissão no caso da empresa beneficiária estar sediada em paraísos fiscais seria de 25%, se fosse pago.
Igreja Universal
A Igreja Universal que tem isenção fiscal e financia a Rede Record, investigações da Receita resultaram em uma multa de R$ 265 milhões ao grupo. A maior parte do pagamento, ou R$ 118 milhões, coube à Record; outros R$ 98 milhões, à própria Igreja Universal, e mais R$ 6 milhões, a Edir Macedo. Esses valores se refeririam a autuações e multas por sonegação fiscal e outras irregularidades.
SBT
Em 2010, foi a vez de Sílvio Santos, dono do SBT, se envolver em um escândalo de fraude fiscal, uma dívida de R$ 3,8 bilhões. O evento não se relacionava diretamente com os meios de comunicação, e sim com seu banco, o “Panamericano”. O dono da empresa, porém, empenhou todo o seu patrimônio, inclusive seus canais de TV, como garantia de que a dívida seria sanada.
Se formos fundo nesta questão, quem dos barões da grande mídia poderia, sem faltar com a verdade, afirmar de cabeça erguida que não se beneficia indevidamente, ou pelo menos de forma imoral do erário público, e não tem algo ou alguma ilicitude a esconder?
Porque os escândalos acima não tem o mesmo tratamento por parte da imprensa, como tem os escândalos envolvendo governos e políticos? A maior parte da grande mídia senão toda age como mercenários apoiando e protegendo quem paga mais, e faz os maiores contratos publicitários não importa quem, e em certos casos age como partidos políticos fazendo campanha partidária escancarada disfarçada de informação. Poucos donos da grande mídia nacional tem a coragem de assumir suas preferencias políticas, preferindo hipocritamente assumir uma postura imparcial para melhor ludibriar e conduzir a opinião pública. Poucos como a Revista Carta Capital tem a coragem de assumir abertamente uma posição e uma preferencia política.
A hipocrisia e parcialidade da grande mídia poderia até ser tolerada caso a mesma não fosse sustentada com o dinheiro público ou escondesse do público as suas verdadeiras intenções. A partir do momento em que o erário público sustenta a mídia, ela tem a obrigação moral de ser verdadeiramente imparcial, pois o povo que sustenta a grande imprensa tem o direito à informação verdadeira, e o direito de não ser enganado e manipulado de forma imoral e indecente, como faz a grande mídia nacional, que ao invés de defender o interesse público, se prostitui, atende e defende ferozmente interesses que são na maioria das vezes escusos e inconfessáveis.