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quarta-feira 17 2015

Radicais, intolerantes e fanáticos "religiosos" raivosos e sedentos de poder estão tentando começar uma guerra religiosa no Brasil

'Susto não abala minha fé', diz vítima de intolerância religiosa no Rio
Criança é do candomblé e foi agredida na saída do culto.
Avó iniciou campanha na internet e recebeu apoio de amigos.
    
          
Do G1 Rio
       
A menina de 11 anos que foi agredida no Subúrbio do Rio por intolerância religiosa falou no estúdio do jornal Edição das 18h, da GloboNews, nesta terça-feira (16). Kailane Campos, que é candomblecista e foi apedrejada na saída de um culto, disse que nunca sentiu nenhum tipo de discriminação e que ficou nervosa no momento da agressão. "Esse susto não abala minha fé, ela vai sempre continuar", disse.
         
A menina deu entrevista na companhia da avó, Kátia Marinho, que no candomblé é conhecida como Mãe Kátia de Lufan. Iniciada no candomblé há mais de 30 anos, ela descreveu como foi o momento da pedrada.
         
"Há 25 anos tenho um barracão na Vila da Penha. Éramos um grupo de oito pessoas, saímos da casa do meu compadre e voltávamos para o meu barracão. Quando pegamos a (Avenida) Meriti, eles estavam no ponto de ônibus. Quando viram um monte de gente de branco, começaram a falar: 'É coisa do diabo, está amarrado'. Continuamos a andar e de repente só escutamos ela a gritar, o sangue desceu", explicou.
   
Registro na delegacia
           
Na delegacia, o caso foi registrado como preconceito de raça, cor, etnia ou religião e também como lesão corporal, provocada por pedrada. Os agressores fugiram em um ônibus que passava pela Avenida Meriti, no mesmo bairro. A polícia, agora, busca imagens das câmeras de segurança do veículo para tentar identificar os dois homens.
          
A avó da criança lançou uma campanha na internet e tirou fotos segurando um cartaz com as frases: “Eu visto branco, branco da paz. Sou do candomblé, e você?”. A campanha recebeu o apoio de amigos e pessoas que defendem a liberdade religiosa. Uma delas escreveu: “Mãe Kátia, estamos juntos nessa”.
        

terça-feira 16 2015

Sindicato entra com Mandado de Segurança contra a Prefeitura de Tucuruí

      
O Sindicato dos Servidores Municipais de Tucuruí (SINSMUT) entrou com um Mandado de Segurança contra a Prefeitura de Tucuruí, Processo Nº 0016135-15.2015.8.14.0061 - 1ª Vara Cível e Empresarial de Tucuruí.
   
O motivo do Mandado de Segurança é que a Prefeitura está descontando ilegalmente o Vale Transporte dos Servidores Municipais, acontece que o Art. 21, Inciso XX da Lei Orgânica do Município de Tucuruí, tem a seguinte redação:
   
"Art. 21 - O Município assegura aos Servidores Públicos, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, os seguintes direitos:
XX -Vale Transporte, na forma da Lei, sem qualquer reembolso por parte do funcionário;"
   
Portanto, segundo a Lei Orgânica do Município de Tucuruí, a Prefeitura não pode descontar do servidor municipal nenhum valor referente ao Vale Transporte.
       
Para ver a Lei Orgânica do Município de Tucuruí, Clique Aqui.
    
O fato é que o Prefeito Sancler Ferreira (PPS), logo ao assumir a Prefeitura de Tucuruí iniciou a exploração e a desvalorização profissional e salarial dos Funcionários da Prefeitura de Tucuruí. Durante vários anos o prefeito tirou proveito de uma Diretoria fraca e submissa do Sindicato dos Servidores Municipais, que sempre aceitou o reajuste salarial abaixo da inflação e aceitou também o desrespeito aos direitos dos servidores municipais, o que desvalorizou profissionalmente a categoria e reduziu o poder de compra dos funcionários da prefeitura.
    
Aos poucos, com muito trabalho, coragem e persistência, o SINSMUT, está revertendo a política perversa, e predatória do atual prefeito. Este trabalho é difícil e penoso, diante do poder econômico e político do Prefeito Sancler, e principalmente diante do apoio irrestrito do Governador Jatene a todos os atos ilegais e imorais do prefeito de Tucuruí.
    
Não satisfeito em explorar os servidores municipais e a Prefeitura, o prefeito está agindo para continuar a explorar a população de Tucuruí, mesmo após o término do seu mandato, através das privatizações de Serviços Públicos. 
         
Os servidores da prefeitura ainda tem o SINSMUT para defendê-los, mas a população infelizmente está indefesa diante da covardia e da traição dos vereadores, que defendem apenas os seus próprios interesses e os interesses do prefeito, não fosse a coragem e a determinação de alguns líderes da Sociedade Organizada Tucuruiense, a calamidade e o caos já teriam se instaurado em Tucuruí há muito tempo. 
     
Tucuruí está a muito tempo dominada pelo mal e pela corrupção que prevalece na maioria das instituições em nossa cidade, mas com tudo isso, felizmente Deus não nos abandonou, e muitos cidadãos de bem resistem e mesmo com muito sacrifício lutam por Tucuruí. 
    
O nosso consolo é que nada dura para sempre, e não há mal que nunca se acabe. Mais cedo ou mais tarde haverá justiça em Tucuruí... Se Deus quiser!!!
         

segunda-feira 15 2015

Prefeitura de Tucuruí convoca todos os aprovados e classificados no concurso público...

                
Cumprindo decisão da justiça, o Prefeito de Tucuruí Sancler Ferreira (PPS), ordenou a chamada de todos os concursados aprovados no  Concurso Público Nº 001/2014-PMT.  
     
Caso não cumprisse a decisão judicial, o prefeito pagaria multa diária do seu próprio bolso. 
                
O Prefeito deixou para cumprir a determinação judicial no último dia do prazo dado pelo Juiz.
               
Para ver o Edital e a lista dos convocados, Clique Aqui.
                

Humor





domingo 14 2015

Desrespeitar diferentes formas de família não é cristão nem ético

Desrespeitar diferentes formas de família não é cristão nem ético

A nostalgia das antigas utopias, da família ideal e patriarcal, as noções de esquerda e direita, gradativamente vêm sendo substituídas pelas noções de público e privado. Por isto a relação das pessoas com a pátria se inverteu: não são mais as pessoas que devem servi-la ou sacrificar-se por ela. É a pátria, a nação, que deve estar a serviço das pessoas. Por essa razão, a História e a Política hoje se escrevem e se inscrevem é a partir da vida privada, que começa e termina na família. E assim a principal razão política dos Estados democráticos contemporâneos está na vida privada e, portanto, na família.
                  
Mas quando falamos de família devemos pensá-la em seu sentido maior e mais profundo: o núcleo formador e estruturador do sujeito. É ali, e a partir dali, que tudo se inicia. São os núcleos familiares que formam a nação. Pátria é a família amplificada. Mas não estamos mais no tempo da família singular. A família hoje é plural, aberta, fraterna, solidária, menos hierarquizada, menos patrimonializada, mais autêntica e mais verdadeira. Os políticos e legisladores que não entenderem isto, e ficarem paralisados em sua utopia saudosista já estão condenados a terminar a vida no “tal do bloco da saudade”, como diz a música do Martinho da Vila.
         
Há um descompasso entre a realidade das famílias e os textos legislativos brasileiros, que não traduzem e nem refletem a vida como ela é. Ainda há milhares de famílias à margem da legislação, como aquelas que se constituíram paralelamente à outra família, até então denominadas pelo Código Civil de 2002 pelo estigmatizante nome de concubinato. Essas e outras famílias continuam condenadas à invisibilidade jurídica e social, repetindo as injustiças históricas de ilegitimação, exclusão e expropriação de cidadanias, como se fez até pouco tempo com os filhos havidos fora do casamento, que recebiam a pecha de ilegítimos, espúrios, bastardos e outras designações discriminatórias.
             
Foi neste sentido que o Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), após discutir com a comunidade jurídica, elaborou o Estatuto das famílias, apresentado ao Congresso Nacional pela Senadora Lídice da Mata (PSB-BA) e que tramita sob o número PLS 470/13. Ele vem no espírito de se construir micro sistemas para assegurar uma justiça mais ágil e próxima da realidade, a exemplo do Estatuto da Criança e do Adolescente, do Idoso etc. Assim, ele revoga todo o Livro de Família do CC/2002 e instala novas regras, mais modernas, e que realmente atendam a realidade e inclua e dê um lugar social a todos os núcleos familiares.
           
Copiando a ideia do nome “Estatuto das Famílias” foi apresentado na Câmara um Projeto Lei a que denominaram “Estatuto da Família”. Maliciosamente, e para tentar aprovar o tal projeto, têm feito circular nas redes sociais de computador pergunta que induz a resposta: família é formada por homem e mulher? A resposta é óbvia. Claro que sim. Mas não apenas por homem e mulher. E assim, a população induzida a erro tem respondido positivamente a este projeto, que na verdade deveria ser chamado de Estatuto contra a Família. Sim, porque ele pretende excluir milhares de famílias da ordem jurídica e social, “tapando o sol com a peneira”, como se essa realidade não existisse.
         
O Direito de Família contemporâneo está intrinsecamente ligado aos Direitos Humanos. Não é possível desconsiderar todas as conquistas sociais feitas a duras penas e às custas de muito sofrimento ao longo da história. É anticristão continuar marginalizando e excluindo pessoas e famílias em razão de suas escolhas diferentes dos padrões tradicionais. Os “fariseus” que dizem defender a “tradição, família e propriedade”, são os mesmos que condenam à morte milhares de mulheres pobres que fazem aborto. Ora, ninguém é a favor do aborto, mas tão somente ao direito de fazê-lo, ou não. O aborto é livre no Brasil, basta ter dinheiro para pagar por ele: “Deixemos de hipocrisia. Nossa legislação só não muda porque as mulheres de melhor poder aquisitivo abortam em condições relativamente seguras. As mais pobres é que correm o risco de morte e sentem na pelé os rigores da lei” (Drauzio Varella, Folha de S. Paulo, 7/3/15, p. E8).
              
É inconcebível que em pleno século XXI, após o desenvolvimento e compreensão das noções de sujeito de direitos e desejos, da dignidade humana, e de Estado laico, alguém ainda queira excluir o próximo da ordem social e jurídica em razão de suas preferências sexuais e formas de constituir família. A religião que deveria ensinar o amor ao próximo, a tolerância, compreensão e solidariedade, tem sido invocada para interpretações constitucionais equivocadas. Será que esses defensores da moral e bons costumes realmente acreditam no que estão “pregando em nome de Deus”, ou fazem isto apenas por interesses de mercado ou razões eleitoreiras? Pode-se até não gostar, não querer que a família tenha mais liberdade e mais autonomia, mas ninguém tem o direito de excluir e não permitir que as pessoas possam escolher as formas de viver sua conjugalidade e parentalidade.
                
É preciso parar de legislar em causa própria e aprender a conviver com a alteridade, isto é, respeitar as diferentes formas de viver e não querer impor ao próximo o seu próprio ideal. Isto não é cristão e nem ético. Quer gostemos ou não, queiramos ou não, a família transcenderá sempre a sua historicidade, pois ela é da ordem da cultura, e não da natureza. Portanto novas estruturas parentais e conjugais estão em curso. E, por mais que variem, por mais diferentes que sejam ou venham a ser, ela terá sempre consigo aquilo que ninguém quer abrir mão, que ela seja o locus do amor do companheirismo, da privacidade. E o Estado deve respeitar e proteger todas as formas de constituição de famílias, parentais e conjugais. Esta é a verdadeira política de um Estado laico e democrático.