Imagem puramente ilustrativa |
O Pastor Adauto vendeu um terreno para a Prefeitura de Tucuruí na
administração de Sancler Ferreira para a construção de um Aterro Sanitário, o terreno foi
pago em 12 parcelas de R$ 83.333,34 (Oitenta e três mil, trezentos e trinta e
três reais e trinta e quatro centavos), no total de: R$ 1.000.000,08 (Um
milhão), segundo informações esta venda teria sido intermediada na época pelo
Chefe de Gabinete da PMT Júnior Souto.
Ocorre que esta área é uma Área
de Proteção Ambiental e não pode ser utilizada para a construção de Aterro
Sanitário, tendo as obras do Aterro sido embargada pela SEMA do Estado ainda na
gestão passada. Diante disso a atual administração da PMT fez um projeto para construção de um viveiro
de mudas, destinadas à Secretaria de Agricultura para distribuição na cidade e
zona rural de Tucuruí.
Ocorre que segundo o Boletim
de Ocorrência que disponibilizamos abaixo, o pastor esteve no local e agrediu os funcionários da Prefeitura
que estavam trabalhando no local com insultos verbais e socos e ainda danificou
dois celulares dos servidores, tendo sido registrado a Ocorrência na
Delegacia de Tucuruí.
Segundo relato dos
trabalhadores agredidos, o Pastor alegou que aquelas terras lhe pertenciam, e que havia um trato pelo qual o
prefeito Sancler teria se comprometido de asfaltar a vicinal que beneficiaria
sua propriedade, também alegou que seu gado estaria comendo plásticos na área
e por isso estariam morrendo.
Ocorre que segundo nossas
fontes toda esta área pertenceria ao Fazendeiro Jair Seixas e que o pastor teria no passado se
apossado da mesma, não sabemos se a informação procede, mas esta é a versão
do fazendeiro que teria comentado o fato na presença da nossa fonte.
Como se
trata de dinheiro público e de uma vultosa quantia, seria o caso do MPE investigar os fatos e apurar se as
terras são realmente do Pastor, se ele poderia ter vendido as terras para a Prefeitura
construir um Aterro Sanitário em área de Proteção Ambiental, se o valor pago está de acordo com o preço de mercado das terras na época da compra, e se a compra tendo como objetivo o Aterro Sanitário deverá ser apurado se houve um desvio doloso de finalidade na
compra destas terras em área de Proteção Ambiental pela Prefeitura de Tucuruí e se terceiros se beneficiaram desta compra.
No caso do asfaltamento, é
estranho que a PMT tenha se comprometido em asfaltar uma vicinal, sendo que nem
os bairros da periferia de Tucuruí, como por exemplo, o Palmares, foram
asfaltados. Quanto ao gado do Pastor, é obrigação do criador conter seu gado no
pasto para que o mesmo não invada terras particulares e públicas. Caso o gado estivesse cercado no pasto ele não teria ingerido alimento inapropriado.
O fato é que as pessoas não
devem resolver as suas questões com violência física ou verbal, para resolver
estas questões existe a Justiça, a violência nunca se justifica, a não
ser para legítima defesa pessoal ou de terceiros, e não é este o caso, mesmo
que o Pastor prove que as terras lhe pertencem de fato, mesmo tendo recebido dinheiro público por elas, nada justifica a
agressão aos servidores de um órgão público, que estavam trabalhando
honestamente e apenas cumpriam ordens.
Este é o tipo de coisa que acontece com
pessoas que acham que podem resolver tudo com violência e no grito, isso pode
até funcionar com pessoas pacíficas e que tem medo de entrar em contendas com
pessoas violentas, mas não funciona com instituições públicas.
Abaixo a cópia do BO e o áudio
da agressão aos Servidores da Prefeitura.
Áudio da agressão, Clique Aqui.
Boletim de Ocorrência do fato.