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terça-feira 25 2022

O ocaso de um gurú


A porta estreita

É difícil evoluir e ser um bom cristão, é preciso muito esforço e muita luta para termos o controle sobre nós mesmos, 

Como não se sentir aliviado com a passagem para uma outra vida, de uma pessoa que tanto mal fez a milhões de pessoas, corrompendo uma geração inteira pelo ódio e desinformação.

Serão décadas para limpar a psicosfera do Brasil e reverter o mal feito ao povo brasileiro por tanto ódio cultivado.

Os frutos do ódio... 

Quantos milhões de Brasileiros vítimas da covid e seus familiares sofrem hoje nos dois planos da vida?

É uma carga de negatividade que não desejo ao meu pior inimigo, se é que os tenho.

Então fica este sentimento ambíguo de alívio e ao mesmo tempo de compaixão.

Mas a culpa não foi só do Olavo de Carvalho, a culpa foi e é de todos os que abriram o seu coração para que o ódio e a intolerância entrasse e nele fizessem morada.

O ódio encontrando terreno fértil cresceu vigoroso, e agora começa a colheita, e ela é obrigatória. 

Por quanto tempo sofreremos pelo mal cultivado?

Não tem como saber, mas sei que as trevas não resistem à chama de uma simples vela e o ódio por maior que seja, não resiste a uma faísca de amor. 

Então vamos acender nossas luzes e juntos vamos expulsar as trevas, vamos começar pelo perdão e pela compaixão pelos por nossos irmãos que apagaram suas luzes e plantaram o ódio.

É muito difícil combater o ódio com amor e compaixão, mas ninguém disse que seria fácil, no entanto, este é o único remédio eficaz contra a ignorância e o ódio, e dele não podemos prescindir.

O sentimento de alívio é inevitável, afinal somos humanos, no entanto, se acompanhado de perdão e compaixão, estaremos plantando o amor e o perdão em nossos corações, e a colheita será maravilhosa.

Siga em paz meu irmão, e que Deus tenha misericórdia de todos nós.

André Percepção.

Qual é a verdade brutal sobre ter filhos?


Qual é a verdade brutal sobre ter filhos?

A verdade brutal? Você quer isso? Sério?

  • você não dormirá nos primeiros cinco anos, ou mais, e depois dormirá mal até que tenham mais de 18 anos.
  • Você não fará sexo com seu cônjuge com frequência por cerca de 18 anos. Primeiro porque você estará esgotada de acordar com/por eles, e depois porque estará cansada de se preocupar com eles.
  • Seu relacionamento mudará com seu cônjuge. De muitas maneiras inesperadas. Seu foco será sempre o(s) filho(s).
  • Seu dinheiro acabará mais rápido do que você puder ganhar. Por um espaço maior pra viver, pelas fraldas e roupas de bebê, pelos materiais escolares e uniformes, pelas atividades, roupas e gás. E sempre, sempre pela comida. Eles não comem tanto quanto crianças pequenas e você vai jogar fora muita comida.
  • Você dará mais ao(s) seu(s) filho(s) do que pensava que teve e terá pouco retorno na maioria das vezes. Por anos. talvez para sempre.

Mas vale a pena cada minuto.

  • Quando você os vê sorrir para você pela primeira vez.
  • Quando eles se viram pela primeira vez, se sentam, dão o primeiro passo, quando querem abraçá-la.
  • Depois, o primeiro dia de aula, quando você se sente tão vulnerável e protetora, soltando aquela mãozinha para encararem seu primeiro dia.
  • Quando ela faz sua primeira aula de balé, isso põe um sorriso no seu rosto e tudo o que você pode ver nessa classe de dez novas bailarinas é o rosto dela.
  • Seu filho vai precisar de você como nunca. Você é o mundo deles. Mesmo quando você está muito cansada, muito doente, muito estressada, mesmo quando você quer apenas dez minutos ou um dia para si mesma.
  • Ser pai nunca acaba. E quando seu filho completar o ensino médio, ir pra faculdade, iniciar uma carreira a talvez centenas de quilômetros de distância e talvez se casar, você sempre os amará incondicionalmente. Eles talvez precisem de distância de você quando você não quiser dá-la.

Porque agora você precisa deles. E espero que eles estejam prontos para retribuir.

Portanto, a verdade brutal é que tudo valeu a penaTudo vale a pena. Meus filhos agora são meus melhores amigos. Mas não há garantias. De nada.

Seleção do Quora

Desarmar os corações


Desarmar os corações

Paiva Netto

Relendo o meu livro Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós, lançado em 8 de novembro de 2014, achei alguns modestos apontamentos, os quais gostaria de apresentar a vocês, que me honram com a leitura.

Por infelicidade, os povos ainda não regularam suas lentes para enxergar que a verdadeira harmonia nasce no íntimo esclarecido de cada criatura, pelo conhecimento espiritual, pela generosidade e pela justiça. Consoante costumo afirmar e, outras vezes, comentarei, eles geram fartura. A tranquilidade que o Pai-Mãe Celeste tem a oferecer — visto, de lado a lado, com equilíbrio e reconhecido como inspirador da Fraternidade Ecumênica — em nada se assemelha às frustradas tratativas e acordos ineficientes ao longo da nossa História. O engenheiro e abolicionista brasileiro André Rebouças (1838-1898) traduziu em metáfora a inércia das perspectivas exclusivamente humanas: “(...) A paz armada está para a guerra como as moléstias crônicas para as moléstias agudas; como uma febre renitente para um tifo. Todas essas moléstias aniquilam e matam as nações; é só uma questão de tempo”. (O destaque é meu.)

Ora, vivenciar a Paz desarmada, a partir da fraternal instrução de todas as nações, é medida inadiável para a sobrevivência dos povos. Mas, para isso, é preciso, primeiro, desarmar os corações, conservando o bom senso, conforme enfatizei à compacta massa de jovens de todas as idades que me ouviam em Jundiaí/SP, Brasil, em setembro de 1983 e publiquei na Folha de S.Paulo, de 30 de novembro de 1986. Até porque, como pude dizer àquela altura, o perigo real não está unicamente nos armamentos, mas também nos cérebros que criam as armas; e que engendram condições, locais e mundiais, para que sejam usadas, os dedos que apertam os botões e pressionam os gatilhos.

Armas sozinhas nada fazem nem surgem por “geração espontânea”. No entanto, são perigosas mesmo que armazenadas em paióis. Podem explodir e enferrujam, poluindo o ambiente. Elas são efeito da causa ser humano quando afastado de Deus, a Causa Causarum, que é Amor (Primeira Epístola de João, 4:16). Nós é que, se distantes do Bem, somos as verdadeiras bombas atômicas, as armas bacteriológicas, químicas, os canhões, os fuzis, enquanto descumpridores ou descumpridoras das ordens de Fraternidade, de Solidariedade, de Generosidade e de Justiça do Cristo, que é o Senhor Todo-Poderoso deste orbe.

No dia em que o indivíduo, reeducado sabiamente, não tiver mais ódio bastante para disparar artefatos mortíferos, mentais e físicos, estes perderão todo o seu terrível significado, toda a sua má razão de “existir”. E não mais serão construídos.

É necessário desativar os explosivos, cessar os rancores, que insistem em habitar os corações humanos. Eis a grande mensagem da Religião do Terceiro Milênio, que se inspira no Cristo, o Príncipe da Paz: desarmar, com uma força maior que o ódio, a ira que dispara as armas. Trata-se de um trabalho de educação de largo espectro; mais que isso, de reeducação. E essa energia poderosa é o Amor Fraterno — não o ainda incipiente amor dos homens —,  mas o Amor de Deus, de que todos nós nos precisamos alimentar. Temos, nas nossas mãos, a mais potente ferramenta do mundo. Essa, sim, é que vai evitar os diferentes tipos de guerra, que, de início, nascem na Alma, quando enferma, do ser vivente.

As pessoas discutem o problema da violência no rádio, na televisão, na imprensa ou na internet e ficam cada vez mais perplexas por não descobrir a solução para erradicá-la, apesar de tantas e brilhantes teses. Em geral, procuram-na longe e por caminhos intrincados. Ela, porém, não se encontra distante; está pertinho, dentro de nós: Deus!

“(...) o Reino de Deus está dentro de vós” Jesus (Lucas, 17:21).

E devemos sempre repetir que “Deus é Amor!” (Primeira Epístola de João, 4:8). Não o amor banalizado, mas a Força que move os Universos. Lamentavelmente, a maioria esmagadora dos chamados poderosos da Terra ainda não acredita bem nesse fato e tenta em vão desqualificá-lo. São os pretensos donos da verdade... Entretanto, “o próximo e último Armagedom mudará a mentalidade das nações e dos seus governantes”, afiançava Alziro Zarur (1914-1979), saudoso Proclamador da Religião Divina. E eu peço licença a ele para acrescentar: governantes sobreviventes.

Conforme anunciado no austero capítulo 16, versículo 16, do Livro da Revelação, o Apocalipse, “Então, os ajuntaram num lugar que em hebraico se chama Armagedom”. (Armagedom, local onde reis, príncipes e governantes são agrupados para a batalha decisiva.)

Sobrepujar os obstáculos

Zarur dizia, “na verdade, quem ama a Deus ama ao próximo, seja qual for sua religião, ou irreligião”.

E um bom diálogo é básico para o exercício da democracia, que é o regime da responsabilidade. 

Ao encerrar este despretensioso artigo, recorro a um argumento que apresentei, durante palestras sobre o Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, apropriado igualmente aos que porventura pensem que a construção responsável da Paz seja uma impossibilidade: (...) Isso é utopia? Ué?! Tudo o que hoje é visto como progresso foi considerado delirante num passado nem tão remoto assim. (...)

Muito mais se investisse em educação, instrução, cultura e alimentação, iluminadas pela Espiritualidade Superior, melhor saúde teriam os povos; portanto, maior qualificação espiritual, moral, mental e física, para a vida e o trabalho, e menores seriam os gastos com segurança. “Ah! é esforço para muitos anos!!” Por isso, não percamos tempo! Senão, as conquistas civilizatórias no mundo, que ameaçam ruir, poderão dar passagem ao contágio da desilusão que atingirá toda a Terra. Não podemos permitir tal conjuntura. 

Acima de tudo, há que vigorar a Fraternidade Real, de que falava Zarur no seu poema de mesmo nome. Essa Fraternidade é capaz de congregar os adversos e fazer surgir de seus paradoxos saídas para os problemas que estão sufocando a humanidade, pois, sempre gosto de repetir, realmente há muito que aprender uns com os outros.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com


quinta-feira 20 2022

Sexo e a hipocrisia da sociedade ocidental


Sexo e a hipocrisia da sociedade ocidental

Volta e meia os extremistas religiosos citam o Velho Testamento, para justificar o preconceito contra o sexo fora do casamento e fora do padrão heterosexual.

Jesus nunca disse nada sobre sexo ou sexualidade, pelo contrário, disse para não julgarmos, e que devemos perdoar o próximo.

Se alguém tentar seguir o Velho Testamento hoje em dia será preso, ou internado em um hospício, tão bárbaras eram as Leis daquele tempo.

Vejam este exemplo: Em Levitício 20:10

10 O homem que adulterar com a mulher de outro, sim, aquele que adulterar com a mulher do seu próximo, certamente será morto, tanto o adúltero, como a adúltera.

Vejam que o Velho Testamento justifica o assassinato e o feminicídio.

Se alguém hoje em dia escrever um texto justificando o feminicídio, estará cometendo crime, Art. 287 do Código Penal por apologia a ato criminoso, tendo que apagar o texto caso o tenha tornado público, no entanto está lá no Velho Testamento e ninguém diz nada.

Eu quero dizer que quem cita o Velho Testamento para justificar crimes, intolerância, preconceito, racismo ou perseguição, pode ser chamado de qualquer coisa, menos de CRISTÃO.

O verdadeiro CRISTÃO lê o Velho Testamento como conhecimento histórico de um tempo de ignorância e barbárie.

Jesus veio ao mundo com uma mensagem de amor, respeito e tolerância, após a sua vinda não faz mais sentido seguir o Velho Testamento, que a esta altura está ultrapassado e não serve mais como bússola, regra moral ou comportamental.

André Luiz Percepção

terça-feira 18 2022

Grão de mostarda e tempos melhores


Grão de mostarda e tempos melhores

Paiva Netto

Atravessamos um momento de transformação no mundo, radical e turbulento sob muitos aspectos, o que exige de nós capacidade superior no enfrentamento de obstáculos de todos os matizes. Não me refiro a uma correria neurótica — porque há gente que corre, corre, corre sem chegar a ponto algum.

Falo aqui de uma preparação sistemática e corajosa em prol de tempos melhores, sempre desejados, mas até agora não devidamente conseguidos pela humanidade. O que lhe anda talvez faltando é perspicácia e perseverança no tocante a certos ensinamentos básicos que Jesus, o Profeta Divino, farta e esperançosamente, nos transmite. 

Bom exemplo encontramos na Parábola do Grão de Mostarda, em que um homem planta pequena semente e, apesar de miúda, ela desabrocha, cresce e se torna frondosa árvore, de modo que as aves, dela se aproximando, formam morada nos seus ramos (Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 13:31 e 32).

O semeador teve, digamos, uma visão profética, porque possuía conhecimento acerca do extraordinário valor contido na sementinha e seu consequente futuro. É essa uma das lições que Jesus, nessa parábola, nos quer transmitir. O contrário seria deixar o diminuto grão largado no caminho, e lá abandoná-lo sem germinar. Assim, quando não temos ciência da força que traz a Palavra Divina, arriscamo-nos a chutar a semente e desprezar a grande fortuna que Deus nos oferece, prejudicando o porvir. Ora, o que hoje aprendemos senão que aquele que possui informação e comunicação é dono do mundo?...

Vê-se logo que o chutador de semente anda desinformado. Imaginemos o que ocorre com quem desconhece Evangelho e Apocalipse, de preferência em Espírito e Verdade, à luz do Novo Mandamento de Cristo Rei — “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho de Jesus, segundo João, 13:34 e 35). Quantas oportunidades se perdem nesse mundo! Não considerar e viver o Santo Evangelho e o Apocalipse Redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo é andar mal avisado.

Todos os empreendimentos espirituais e humanos, dos modestos aos mais destacados, foram antes pequeninos, assim como um novo ano que se inicia. A origem pode ter sido um diálogo familiar, uma reunião de trabalho, uma intuição... E, se a ideia nova é cultivada segundo os princípios humanitários evangélicos e apocalípticos, os benefícios para a coletividade hão de ser incontáveis.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com