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terça-feira 25 2022

Desarmar os corações


Desarmar os corações

Paiva Netto

Relendo o meu livro Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós, lançado em 8 de novembro de 2014, achei alguns modestos apontamentos, os quais gostaria de apresentar a vocês, que me honram com a leitura.

Por infelicidade, os povos ainda não regularam suas lentes para enxergar que a verdadeira harmonia nasce no íntimo esclarecido de cada criatura, pelo conhecimento espiritual, pela generosidade e pela justiça. Consoante costumo afirmar e, outras vezes, comentarei, eles geram fartura. A tranquilidade que o Pai-Mãe Celeste tem a oferecer — visto, de lado a lado, com equilíbrio e reconhecido como inspirador da Fraternidade Ecumênica — em nada se assemelha às frustradas tratativas e acordos ineficientes ao longo da nossa História. O engenheiro e abolicionista brasileiro André Rebouças (1838-1898) traduziu em metáfora a inércia das perspectivas exclusivamente humanas: “(...) A paz armada está para a guerra como as moléstias crônicas para as moléstias agudas; como uma febre renitente para um tifo. Todas essas moléstias aniquilam e matam as nações; é só uma questão de tempo”. (O destaque é meu.)

Ora, vivenciar a Paz desarmada, a partir da fraternal instrução de todas as nações, é medida inadiável para a sobrevivência dos povos. Mas, para isso, é preciso, primeiro, desarmar os corações, conservando o bom senso, conforme enfatizei à compacta massa de jovens de todas as idades que me ouviam em Jundiaí/SP, Brasil, em setembro de 1983 e publiquei na Folha de S.Paulo, de 30 de novembro de 1986. Até porque, como pude dizer àquela altura, o perigo real não está unicamente nos armamentos, mas também nos cérebros que criam as armas; e que engendram condições, locais e mundiais, para que sejam usadas, os dedos que apertam os botões e pressionam os gatilhos.

Armas sozinhas nada fazem nem surgem por “geração espontânea”. No entanto, são perigosas mesmo que armazenadas em paióis. Podem explodir e enferrujam, poluindo o ambiente. Elas são efeito da causa ser humano quando afastado de Deus, a Causa Causarum, que é Amor (Primeira Epístola de João, 4:16). Nós é que, se distantes do Bem, somos as verdadeiras bombas atômicas, as armas bacteriológicas, químicas, os canhões, os fuzis, enquanto descumpridores ou descumpridoras das ordens de Fraternidade, de Solidariedade, de Generosidade e de Justiça do Cristo, que é o Senhor Todo-Poderoso deste orbe.

No dia em que o indivíduo, reeducado sabiamente, não tiver mais ódio bastante para disparar artefatos mortíferos, mentais e físicos, estes perderão todo o seu terrível significado, toda a sua má razão de “existir”. E não mais serão construídos.

É necessário desativar os explosivos, cessar os rancores, que insistem em habitar os corações humanos. Eis a grande mensagem da Religião do Terceiro Milênio, que se inspira no Cristo, o Príncipe da Paz: desarmar, com uma força maior que o ódio, a ira que dispara as armas. Trata-se de um trabalho de educação de largo espectro; mais que isso, de reeducação. E essa energia poderosa é o Amor Fraterno — não o ainda incipiente amor dos homens —,  mas o Amor de Deus, de que todos nós nos precisamos alimentar. Temos, nas nossas mãos, a mais potente ferramenta do mundo. Essa, sim, é que vai evitar os diferentes tipos de guerra, que, de início, nascem na Alma, quando enferma, do ser vivente.

As pessoas discutem o problema da violência no rádio, na televisão, na imprensa ou na internet e ficam cada vez mais perplexas por não descobrir a solução para erradicá-la, apesar de tantas e brilhantes teses. Em geral, procuram-na longe e por caminhos intrincados. Ela, porém, não se encontra distante; está pertinho, dentro de nós: Deus!

“(...) o Reino de Deus está dentro de vós” Jesus (Lucas, 17:21).

E devemos sempre repetir que “Deus é Amor!” (Primeira Epístola de João, 4:8). Não o amor banalizado, mas a Força que move os Universos. Lamentavelmente, a maioria esmagadora dos chamados poderosos da Terra ainda não acredita bem nesse fato e tenta em vão desqualificá-lo. São os pretensos donos da verdade... Entretanto, “o próximo e último Armagedom mudará a mentalidade das nações e dos seus governantes”, afiançava Alziro Zarur (1914-1979), saudoso Proclamador da Religião Divina. E eu peço licença a ele para acrescentar: governantes sobreviventes.

Conforme anunciado no austero capítulo 16, versículo 16, do Livro da Revelação, o Apocalipse, “Então, os ajuntaram num lugar que em hebraico se chama Armagedom”. (Armagedom, local onde reis, príncipes e governantes são agrupados para a batalha decisiva.)

Sobrepujar os obstáculos

Zarur dizia, “na verdade, quem ama a Deus ama ao próximo, seja qual for sua religião, ou irreligião”.

E um bom diálogo é básico para o exercício da democracia, que é o regime da responsabilidade. 

Ao encerrar este despretensioso artigo, recorro a um argumento que apresentei, durante palestras sobre o Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, apropriado igualmente aos que porventura pensem que a construção responsável da Paz seja uma impossibilidade: (...) Isso é utopia? Ué?! Tudo o que hoje é visto como progresso foi considerado delirante num passado nem tão remoto assim. (...)

Muito mais se investisse em educação, instrução, cultura e alimentação, iluminadas pela Espiritualidade Superior, melhor saúde teriam os povos; portanto, maior qualificação espiritual, moral, mental e física, para a vida e o trabalho, e menores seriam os gastos com segurança. “Ah! é esforço para muitos anos!!” Por isso, não percamos tempo! Senão, as conquistas civilizatórias no mundo, que ameaçam ruir, poderão dar passagem ao contágio da desilusão que atingirá toda a Terra. Não podemos permitir tal conjuntura. 

Acima de tudo, há que vigorar a Fraternidade Real, de que falava Zarur no seu poema de mesmo nome. Essa Fraternidade é capaz de congregar os adversos e fazer surgir de seus paradoxos saídas para os problemas que estão sufocando a humanidade, pois, sempre gosto de repetir, realmente há muito que aprender uns com os outros.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com


quinta-feira 20 2022

Sexo e a hipocrisia da sociedade ocidental


Sexo e a hipocrisia da sociedade ocidental

Volta e meia os extremistas religiosos citam o Velho Testamento, para justificar o preconceito contra o sexo fora do casamento e fora do padrão heterosexual.

Jesus nunca disse nada sobre sexo ou sexualidade, pelo contrário, disse para não julgarmos, e que devemos perdoar o próximo.

Se alguém tentar seguir o Velho Testamento hoje em dia será preso, ou internado em um hospício, tão bárbaras eram as Leis daquele tempo.

Vejam este exemplo: Em Levitício 20:10

10 O homem que adulterar com a mulher de outro, sim, aquele que adulterar com a mulher do seu próximo, certamente será morto, tanto o adúltero, como a adúltera.

Vejam que o Velho Testamento justifica o assassinato e o feminicídio.

Se alguém hoje em dia escrever um texto justificando o feminicídio, estará cometendo crime, Art. 287 do Código Penal por apologia a ato criminoso, tendo que apagar o texto caso o tenha tornado público, no entanto está lá no Velho Testamento e ninguém diz nada.

Eu quero dizer que quem cita o Velho Testamento para justificar crimes, intolerância, preconceito, racismo ou perseguição, pode ser chamado de qualquer coisa, menos de CRISTÃO.

O verdadeiro CRISTÃO lê o Velho Testamento como conhecimento histórico de um tempo de ignorância e barbárie.

Jesus veio ao mundo com uma mensagem de amor, respeito e tolerância, após a sua vinda não faz mais sentido seguir o Velho Testamento, que a esta altura está ultrapassado e não serve mais como bússola, regra moral ou comportamental.

André Luiz Percepção

terça-feira 18 2022

Grão de mostarda e tempos melhores


Grão de mostarda e tempos melhores

Paiva Netto

Atravessamos um momento de transformação no mundo, radical e turbulento sob muitos aspectos, o que exige de nós capacidade superior no enfrentamento de obstáculos de todos os matizes. Não me refiro a uma correria neurótica — porque há gente que corre, corre, corre sem chegar a ponto algum.

Falo aqui de uma preparação sistemática e corajosa em prol de tempos melhores, sempre desejados, mas até agora não devidamente conseguidos pela humanidade. O que lhe anda talvez faltando é perspicácia e perseverança no tocante a certos ensinamentos básicos que Jesus, o Profeta Divino, farta e esperançosamente, nos transmite. 

Bom exemplo encontramos na Parábola do Grão de Mostarda, em que um homem planta pequena semente e, apesar de miúda, ela desabrocha, cresce e se torna frondosa árvore, de modo que as aves, dela se aproximando, formam morada nos seus ramos (Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 13:31 e 32).

O semeador teve, digamos, uma visão profética, porque possuía conhecimento acerca do extraordinário valor contido na sementinha e seu consequente futuro. É essa uma das lições que Jesus, nessa parábola, nos quer transmitir. O contrário seria deixar o diminuto grão largado no caminho, e lá abandoná-lo sem germinar. Assim, quando não temos ciência da força que traz a Palavra Divina, arriscamo-nos a chutar a semente e desprezar a grande fortuna que Deus nos oferece, prejudicando o porvir. Ora, o que hoje aprendemos senão que aquele que possui informação e comunicação é dono do mundo?...

Vê-se logo que o chutador de semente anda desinformado. Imaginemos o que ocorre com quem desconhece Evangelho e Apocalipse, de preferência em Espírito e Verdade, à luz do Novo Mandamento de Cristo Rei — “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho de Jesus, segundo João, 13:34 e 35). Quantas oportunidades se perdem nesse mundo! Não considerar e viver o Santo Evangelho e o Apocalipse Redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo é andar mal avisado.

Todos os empreendimentos espirituais e humanos, dos modestos aos mais destacados, foram antes pequeninos, assim como um novo ano que se inicia. A origem pode ter sido um diálogo familiar, uma reunião de trabalho, uma intuição... E, se a ideia nova é cultivada segundo os princípios humanitários evangélicos e apocalípticos, os benefícios para a coletividade hão de ser incontáveis.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

sábado 15 2022

LBV — SOS doações BAHIA, MINAS GERAIS E GOIÁS

LBV entrega mais de 53 toneladas em doações para intensificar o atendimento às famílias que sofrem com as fortes chuvas na Bahia, Minas Gerais e Goiás

A Legião da Boa Vontade (LBV) abriu postos de arrecadação para receber doações em apoio às vítimas das fortes chuvas na Bahia, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal. Mais uma vez, a Instituição mobiliza a população para prestar socorro e diminuir os prejuízos das famílias desalojadas e desabrigadas, realizando sua Campanha LBV — SOS Calamidades. 

Em um momento emergencial como este, toda a ajuda se faz necessária. A LBV, em colaboração com órgãos oficiais – Defesa Civil e Corpo de Bombeiros – solicita a doação dos seguintes itens:

O que doar:

— Arroz, feijão, óleo, café, açúcar, leite em pó, farinha de milho, farinha de mandioca, extrato de tomate, macarrão, fubá e sal.

— Escova de dente, creme dental, papel higiênico, água sanitária, sabão em barra, sabonete, detergente e desinfetante;

— São Paulo/SP: Av. Rudge, 700, Bom Retiro em São Paulo/SP — Tel.: (11) 3225-4500; 

— Lauro de Freitas/BA: Rua Prof. Teócrito Batista, s/n, Itinga — Tel.: (71) 3288-6149. 

— Itabuna/BA: Rua Gileno Amado, 135 - Caixa D´Água — Tel.: (73) 3212-6242.

— Salvador/BA: Av. Porto dos Mastros, 19, Ribeira — Tel.: (71) 3312-0555. 

— Salvador/BA: Rua Odilon Dórea, 676, Brotas — Tel.: (71) 3234-9314.

— Belo Horizonte/MG: Av. Cristiano Machado, 10.691 — Planalto – Tel. (31) 3490-8101.

— Goiânia/GO: Rua Jamil Abraão, 645, Setor Rodoviário – Tel.: (62) 3531-5000

— Anápolis/GO:  Av. Sócrates Diniz, 219, Santo André – Tel.: (62) 3313-1034

— Inhumas/GO: Rua das Bandeiras, 246, Anhanguera – Tel.: (62) 3511-2094

— Brasília/DF: SGAS 915, Lote 74 — Tel. (61) 3410-6015.

Entrega de doações em Belo Horizonte/MG

A LBV fará a entrega de mais de 13 mil quilos de doações entre água mineral e alimentos não perecíveis para a Defesa Civil de MG para atender as cidades atingidas pelas chuvas no Estado mineiro.

— Doações em dinheiro:

Site: www.lbv.org

Pix oficial da LBV: pix@lbv.org.br

Contas bancárias

Bradesco: Agência: 0292-5 — C/C: 92830-5

Itaú: Agência: 0237 — C/C: 73700-2

Banco do Brasil: Agência: 3344-8 — C/C: 205010-2 

Caixa Econômica Federal: Agência: 1231 — operação: 003 — C/C: 100-0

Santander: Agência: 0239 — C/C: 13.002754-6

Até o momento, foram entregues mais de 53 toneladas de doações, dentre elas, cestas de alimentos não perecíveis e kits de higiene pessoal e limpeza à população que sofre com as enchentes nos Estados da Bahia, de Minas Gerais e de Goiás. 

Ajude e faça parte dessa força-tarefa para enviar a assistência humanitária aos que mais necessitam. Acompanhe a entrega das doações acessando o perfil @lbvbrasil no instagram e no facebook.


terça-feira 11 2022

Só tem o que perder quem se julga o dono, e você não é dono de nada!

O lar não é uma prisão. Cuidar dos filhos é os preparar para os desafios da grande jornada.

A verdadeira fraternidade

As pessoas fraternas deixam espraiar de seus olhos a cordialidade sincera, o acolhimento.

As pessoas fraternas envolvem sem desejo de convencimento.

A fraternidade extermina o medo ameaçador da perda, porque nos faz perceber que somente tem o que perder quem se julga dono ou proprietário de algo.

Somente sob o jugo da prepotência, podemos acreditar que o contato fraterno com as diferenças e com os diferentes pode ter um sentido de conivência e omissão com os ideais que esposamos.

Todos temos o direito de escolher nossa forma de pensar e agir na seara do Cristo, mas a nenhum de nós cabe o direito, e muito menos o dever, de excluir, denegrir e diminuir no intuito de defender a doutrina. (Texto do livro: "Os Dragões").

Não podemos defender a doutrina do Cristo fazendo o contrário do que ele ensinou.

O texto acima nos orienta a sermos tolerantes, fraternos, e evitarmos a prepotência de nos julgarmos superiores aos outros, e no direito de julgar quem quer que seja.

O texto também nos mostra que só podemos perder o que nos pertence, portanto não deveríamos dizer: Perdi meu pai, minha mulher, minha irmã e meu filho.

Nossos entes queridos não nos pertencem, sua ausência física nos causa dor e saudade, mas eles são espíritos livres em busca da evolução e do seu próprio caminho, que as vezes são diferentes dos nossos.

Prender os filhotes de passarinho no ninho, quando eles já estão prontos para voar é um egoísmo imenso.

Cuide dos seus filhos que Deus lhes confiou, proteja, eduque, ensine, prepare para a vida e liberte. Se amamos nossos entes queridos, porque lamentar quando final eles estão prontos para voar por si mesmos, nesta e na outra vida. Se você os ama não tente lhes cortar as asas... Confie que Deus sabe o que é o melhor para todos.

O que o amor une, nem a distância nem a morte pode separar. As almas que se amam, se reencontrarão sempre através da eternidade pela lei de atração e pela lei do amor.

Um dia pai, um dia mãe, outro filho, outro irmão, outro dia como espíritos afins, e no fim como anjos para todo o sempre um com Deus.

André Luiz Percepção