À beira de um ataque de nervos. Assim é descrita a primeira reação do diretor geral do Detran (Departamento de Trânsito do Estado do Pará), Alberto Campos (foto), diante da denúncia de que, atropelando a lei, viabilizou a concessão da carteira nacional de habilitação para a diretora Administrativa e Financeira do órgão, Maria Denise da Silveira. Ele foi nomeado diretor geral do Detran por indicação do seu ilustre primo, deputado estadual Martinho Carmona (PMDB), e tal qual este é também pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular.
Como Alberto Campos, Maria Denise da Silveira é também pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular e, enquanto permaneceu permissionada, acumulou três infrações, duas das quais catalogadas como gravíssimas, somando um total de 18 pontos. De acordo com a denúncia, isso, a impediria de obter a carteira nacional de habilitação. Mas, mesmo assim, Maria Denise da Silveira conseguiu a carteira, por interferência do próprio diretor geral do Detran, acusado de mandar cancelar, à margem da lei, duas das multas e transferir uma terceira, conforme faculta a legislação.
Segundo relato não confirmado, de fonte do próprio Detran, deixou Alberto Campos particularmente nervoso não ter obtido retorno nas suas tentativas de contato com seu ilustre primo e padrinho político, o deputado estadual Martinho Carmona.
Segundo declarações do prefeito Sancler ele se reuniu na quinta-feira antes do julgamento com o Dep. Parsifal, e tomaram café juntos. Esperamos que o Deputado tenha aproveitado a oportunidade e pedido ao prefeito que pare com as perseguições e as discriminações aos peemedebistas que são funcionários da PMT e aos comerciantes que são ligados ao PMDB.
Na atual administração só não são discriminados o pessoal da elite do PMDB (estes são tratados a pão de ló e estão se dando bem) já os pobres da família 15 que são lembrados apenas em época de eleições são discriminados e muitos estão desempregados e passando necessidades. Será que o Dep. Parsifal se lembrou deles na conversa com o amigão prefeito?
O deputado Paulo Rocha (PT-PA), 54, acusado de envolvimento no suposto esquema do "mensalão", renunciou nesta segunda-feira ao seu mandato na Câmara. Com isso, ele evita uma possível cassação e suspensão da elegibilidade pelos próximos oito anos.
Segundo o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, Rocha sacou R$ 920 mil das contas da SMPB. No entanto, documentos em posse da CPI comprovam saques de R$ 420 mil, realizados por Anita Leocádia, sua assessora.
Um dos primeiros do PT a se defender, o deputado disse que usou o recurso em caixa dois para pagar dívidas de campanhas realizadas no Pará em 2002.
Paulo Rocha se afastou no dia 21 de julho da liderança do PT na Câmara. Ele, que era vice-líder petista desde 1995, assumiu a liderança do partido na Câmara no fim de fevereiro deste ano, logo após a eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) à presidência da Casa.
À época, José Dirceu avaliou que o PT precisava redobrar seus esforços na Câmara. Como justificativa, o então ministro e demais deputados do Campo Majoritário apresentaram o nome de Rocha para ser líder do partido. Alas petistas mais à esquerda apoiavam nomes como o de Maninha (DF).
Rocha, também ligado ao ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), foi cotado para ficar com parte das atribuições da Casa Civil na primeira reforma ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na divisão do ministério, Aldo Rebelo (PC do B) acabou ficando com a Coordenação Política, criada em 2004.
O líder afastado foi ainda testemunha de acusação no processo dentro do PT que expulsou três parlamentares no fim de 2003.
Filiado ao PT desde 1981, Rocha é deputado federal desde 1991, tendo sido reeleito três vezes. Dentro do PT, foi tesoureiro do partido em Belém e secretário-geral do diretório regional até 1997.
Paulo Rocha foi ainda presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) em Belém, entre 1984 e 1990.
Com Folha de S.Paulo
Nota do Folha: Paulo Rocha (PT) responde a processos - Ação Penal 470 (mensalão) - por formação de quadrilha ou bando, crimes contra a administração pública em geral, crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores. Site Congresso em foco: http://congressoemfoco.ig.com.br/noticia.asp?cod_publicacao=28416&cod_canal=1