Não durou 48 horas a decisão do empresário Paulo Octávio de permanecer no governo do Distrito Federal.
Ele foi convencido por amigos e assessores mais próximos a tirar do bolso a carta de renúncia.
O “Dia do Fico” de Paulo Octávio tinha o objetivo de construir um pacto político em torno do interesse comum dos atingidos pela crise em evitar a intervenção federal em Brasília.
O efeito foi contrário: sua permanência aumentou as chances da intervenção. E, com ela, o medo maior: abrir o debate em torno da revisão da autonomia política do Distrito Federal.
São exatamente esses dois pontos – intervenção e autonomia do DF -, que constituem a espinha dorsal da carta revisada de renúncia que o governador em exercício apresentará na semana que se inicia.
Paulo Octávio jogou a toalha e reconheceu que o sonho de governar Brasília é só um fetiche e que amor mesmo ele tem pelas suas empresas.
Já teve seu momento Aloizio Mercadante, de renunciar à renúncia. Agora, renuncia à renúncia da renúncia.
Não custa esperar para ver.