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segunda-feira 19 2010

Como a oitenta anos atrás - Pouca coisa mudou

Vejam neste discurso proferido a 80 anos atrás. Notem que a maioria dos temas abordados continua atual. A oitenta anos já se fazia política suja, a oitenta anos a classe política neste país usa o poder para satisfazer seus interesses e as suas ambições em prejuíso do Brasil e da população, principalmente os mais pobres. Mas nada mudou porque o povo continua alienado e omisso. Continua porque o povo aceita e permite. Permanece porque o povo vota em quem não tem compromisso e não tem ética.
 
Abaixo estão as duas primeiras páginas do discurso proferido por ALDEBARO CAVALEIRO DE MACEDO KLAUTAU, como ORADOR DA TURMA de bacharéis em Ciências Jurídicas e Sociais, diplomados em 29 DE DEZEMBRO DE 1929, pela FACULDADE LIVRE DE DIREITO DO PARÁ.

O discurso foi denominado de:

“A CADEIA DE SÂO JOSÉ, VERGONHOSA AFRONTA À CIVILIZAÇÃO DOS POVOS CULTOS

O Brasil atravessa uma fase de vida agitada, cheia de graves e terríveis apreensões. A luta política domina todos os espíritos e todas as classes sociais se movimentam em torno do grande problema da sucessão presidencial. Alistar eleitores, conseguir adeptos a um ou outro candidato, é hoje a questão dominante no seio de nossas sociedades, e a preocupação maior de nossos dirigentes.

Grande motivo de jubilo para os corações patriotas! O Estado brasileiro parece querer ressurgir, com dignidade e desassombro, de servilismo torpe a que já se ia acostumando.

Podemos, atualmente, dizer, com justa consolação: No Brasil já há luta eleitoral. É, na verdade, o primeiro passo para a almejada existência do livre exercício do voto. 0 povo, a grande massa constitutiva da nacionalidade nossa, procura compreender melhor o seu valor e se enche de vitalidade.

É digno de calorosos elogios o movimento que ora se desenrola no campo de nossa vida pol1tica. Desoladora, porém, é a atitude dos membros do Congresso Federal, circunscrevendo quase que completamente a sua ação a pueris discussões sobre as virtudes e os defeitos dos nomes ilustres, apontados ao sufrágio de seus concidadãos, nas próximas eleições de março vindouro.

Discursos eloqüentíssimos, orações que empolgam, são proferidas nas Câmaras legislativas federais, sem outro interesse que amesquinhar os adversários e receber os aplausos apaixonados do povo curioso que vai ocupar as galerias.

Senhores. Outra e não essa é a missão de nossos parlamentares. A propaganda eleitoral deve ser feita em outros campos e por outros meios. Ai estão a imprensa e a tribuna popular. O Congresso não foi criado para ser teatro de exibições, nem arena para ai se degladiarem, por interesses quase sempre pessoais, os nossos ilustres Licurgos.

Há tantos e tao urgentes assuntos a resolver no Brasil. O de que mais precisamos não é encarado como o deveria ser pelo nosso poder legislativo.
Inteiramente esquecidos de seus deveres primordiais, estão muitos congressistas brasileiros. Necessária se torna uma reação no sentido de transformar as sessões que se realizam no palácio de Monroe, em esperançosas fabricas do progresso da Nação.

E isso só conseguiremos se os nossos legisladores, compenetrados da elevada missão que lhes conferiu o voto popular, elaborarem, para submeter as discussões de seus pares, projetos de relevante importância sobre as questões mais palpitantes, que afetam bem de perto a vida da nacionalidade.
A debatida e nunca solucionada questão de extermínio ao analfabetismo é ainda encarada pelos representantes do povo com uma indiferença pungentemente contristadora.

A instrução superior, principalmente, tende a se constituir, dentro em breve, urn privilégio das classes protegidas da fortuna. E, será assim, encarecendo e dificultando cada vez mais o ensino, taxando com exorbitância as contribuições escolares, que poderemos conseguir a diminuição da grande percentagem de analfabetos que, infelicitando a Nação, entrava o progresso do seu povo? Certamente que não.

Ao lado desse revoltante desprezo a que se acha lançada a alfabetização da nossa gente, assoma por sua capital importância, a desafiar as atenções de nossos governantes, o estado deplorável da quase unanimidade das prisões no Brasil.”

Vitória - Hoje é dia de comemoração no Folha

Atingimos a marca de 100.000 visitas, a mesma quantidade de habitantes de Tucuruí. Este é um motivo de comemoração e orgulho. Temos visitantes de todo o Brasil e até no exterior, que nos acompanham diariamente.

Acompanhamos todos os dias as estatísticas do Folha, e o crescimento constante no número de visitantes, principalmente os visitantes fieis de todos os dias. Mas a nossa maior satisfação não é somente orgulho pelo reconhecimento do nosso trabalho, temos orgulho do nosso site sim, mas a maior recompensa é combater o analfabetismo político,  incentivar o interesse da população pela política, e mostrar que a nossa maior arma contra os maus políticos que tanto mal fazem ao nosso país e a nossa população, é a informação.

Somente conhecendo quem são os maus políticos, e entendendo seus truques e suas artimanhas, poderemos combater e vencer os ladrões do dinheiro público. Saber é poder, e quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Nossos inimigos e inimigos da sociedade não estão escondidos, nós é que estamos de olhos fechados. Mas cada um de nós pode lutar por um Brasil melhor e cada um de nós pode fazer a diferença.

Agradecemos a cada um de vocês pelas visitas, pelas participações através de comentários e denúncias e pelo incentivo.

TODOS JUNTOS LUTANDO CONTRA A CORRUPÇÃO E PELO BRASIL.

Para que nomear assessores?

O Kaveira está p. da vida pela omissão do PV quanto à discriminação sofrida por sua esposa Élida. Puto e com razão, pois a Élida é militante ativa do Partido Verde a 11 anos, exercendo várias atividades no partido, e foi indicada pelo PV para o cargo. Este episódio mostra a covardia do PV, o preconceito e a virulência da oposição, a fraqueza e a falta de autoridade do governo. Uma página negra da história paraense.

Por que tantos assessores?

Esta questão de nomeações de assessores acontece em todos os governos do mundo e em todos os regimes, e no Brasil não poderia ser diferente. Vamos explicar: Imaginem um estado que foi governado por 12 ou 16 anos por um determinado partido, e de repente a oposição ganha. Praticamente todos os cargos chave estão sendo controlados por adversários do novo governo e a sabotagem (consciente ou não) é inevitável. Imaginem vocês administrando uma empresa em que todos os chefes e empregados graduados são seus inimigos e torcem para que você fracasse?

O pior é que não dá para mudar esta situação de uma hora para outra no serviço público, isso leva tempo pois existem vários problemas. Não basta simplesmente substituir cargos, estes cargos tem que ser ocupados por pessoas capazes, competentes e honestas, “E” (com e maiúsculo) que façam parte da base, sejam aprovadas pelo próprio partido e pela base aliada, se não tiver a aprovação da base é aquele escândalo que todos conhecemos.

Preencher estes cargos com as pessoas certas é uma tarefa quase impossível. Quem é competente pode não ser honesto, e quando é competente e honesto, pode não ter influência e indicação política. Fica tudo mais fácil quando tem sucessão no governo, como no caso da Prefeitura de Tucuruí, pois neste caso a maior parte dos cargos já estavam sendo ocupados por pessoas do próprio grupo político do prefeito eleito e tinham(têm) experiência nos cargos que ocupam.

Queremos deixar bem claro que não estamos defendendo nenhum governo, já que um gestor  sério e competente consegue, mesmo com grandes dificuldades iniciais, superar todos estes problemas. O que estamos tentando explicar é que não adianta nomear apenas os Secretários de Governo, o secretário sozinho também não faz nada, sem que tenha pessoas de confiança nos cargos chave dentro da própria Secretaria. Desta forma simplesmente não dá para assumir um governo sem nomear assessores. Não dá para negar isso sem ser hipócrita.

O problema é que o Brasil é o país dos excessos, e os excessos sem exceção prejudicam. A própria água e a própria comida em excesso pode causar a morte. Os governos (sem exceção) de TODOS os partidos nomeiam assessores (principalmente em ano eleitoral), não para aumentar ou manter a eficiência da administração, e sim para atender a interesses políticos e costurar alianças, simplesmente os partidos políticos no Brasil e no mundo apoiam governos em troca de cargos e participação no poder. Até aí pode não ser justo, mas é assim que funciona, mas os políticos brasileiros exageram muito. Nomeiam cabos eleitorais, parentes, amigos, e até amantes indicados(as) por políticos. O problema é que todo mundo sabe que está errado, todo mundo critica (principalmente se quem nomeia for o adversário), mas todo mundo faz quando está no poder. Esta é a realidade, sem disfarces e sem hipocrisia.

No caso da Élida o problema foi a discriminação por ser artista. Foram nomeados dezenas de assessores juntos com ela, mas só a nomeação da Élida teve repercussão e só ela foi exonerada, em uma demonstração de preconceito e hipocrisia jamais vista. Até mesmo a quase totalidade dos blogueiros, que são livres, mais centrados e menos comprometidos que a imprensa tradicional, participaram deste linchamento moral e imoral. Parece que agora alguns blogueiros caíram na real e estão recuperando a sanidade.

Não nos cansamos de repetir que a única solução para este país é a educação, principalmente a educação política da população, e o controle social sobre os três poderes.

Não existe solução milagrosa para a ineficiência e para a corrupção endêmica nos governos e serviços públicos no Brasil. Podem eleger quem quiser, se o povo não fiscalizar nada vai mudar.

Fiscalize o governo, fiscalize o seu vereador, seu deputado e seu senador. Ajude a melhorar e a defender o Brasil.

domingo 18 2010

Folha de cebolinha

Já notaram que folha de cebolinha não tem lado? Pois é, o Wlad também não...

Final de semana sangrento

A bruxa estava solta neste final de semana. Só ontem (sábado) quatro pessoas foram assassinadas em Tucuruí.  Isso sem contar as mortes por acidente de trânsito. 

Nunca é demais repetir: Todo cuidado é pouco, evitem bebidas em excesso e evitem dirigir alcoolizados e em alta velocidade.