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segunda-feira 01 2010

Gestante tem bebê em casa e sem assistência por incompatência da Saúde

A senhora Jusciléia S. G. que reside na Rua Bahia no Getat, deu a luz em casa e sem assistência médica por que o 192 não enviou em tempo uma ambulância para a transportar até o hospital.

A gestante esperou a ambulância das 06:00 h até à 08:00 h da manhã de hoje. Segundo relato da família, eles ligaram várias vezes para o 192, e foi informado que havia várias outras ocorrências e somente uma ambulância funcionando, e que somente após atender as outras ocorrências atenderiam a parturiente.

Mas como parto não espera e criança nasce quando tem que nascer, o parto se deu em casa. Quando a ambulância finalmente chegou, a criança já havia nascido e a mãe se encontrava em cima da cama ensangüentada e com a placenta exposta.

Este é o retrato da saúde em Tucuruí, uma cidade rica, e com uma prefeitura que gasta uma fortuna em propaganda e maquiagem.

Vitória com gosto amargo

Enquanto o PT paraense comemora a eleição de Deputados e chora a perda do Governo Estadual, os tucanos comemoram a eleição de Jatene e Choram a perda do Governo Federal.

O povo é sábio!!!

O RECADO!!!

O Vereador Tabaco pediu licença para um suposto tratamento de saúde, justo quando a Câmara vai discutir o orçamento da Prefeitura para o próximo ano.

Com a licença do Tabaco assume o Tabara que é do PT, com isso o prefeito perde a maioria na Câmara Municipal, o que vai dificultar a aprovação do orçamento do jeito que o prefeito quer, além de facilitar meditas do legislativo contra os atos abusivos do prefeito.

O ex-presidente da Câmara Municipal de Tucuruí João Batista (PMDB) já havia utilizado este expediente com sucesso, durante a revolta da base governista do Ex-prefeito Cláudio Furman na legislação passada, em que o suplente do João Batista era justamente o atual vereador Tabaco.

Resultado: para que Tabaco retorne e devolva a maioria do prefeito na CMT terá que negociar com o vereador, e todos sabem o que isso significa. Além do mais é de conhecimento público que o vereador reza na cartilha do Deputado Parsifal, que com o seu apoio (do deputado) e o apoio da direção do Hospital Regional o elegeu.

No caso do deputado o recado é claro: O Deputado é aliado mais forte e preferencial do Governador Jatene, portanto o prefeito deverá evitar se indispor com o PMDB em Tucuruí e procurar não contrariar  os interesses do deputado.

Claro que perante a população e na aparência, o relacionamento deverá ser no mínimo cordial, mas nos bastidores as diferenças e as disputas por espaço político em Tucuruí e região deverão ser intensas, devido às pressões da base e as diferenças pessoais e antigas entre os dois políticos.

Abstenção no segundo turno chega a 21,5% e é recorde, afirma TSE


Forte esquema de segurança no transporte e na chegada das urnas no cartório Eleitoral em Tucuruí.

Mais de 29 milhões de brasileiros deixaram de ir às urnas neste domingo

Do R7, com Agência Brasil

A abstenção no segundo turno chegou a 21,5% do eleitorado e bateu recorde, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Com 99,98% dos votos apurados, o número de brasileiros que deixaram de votar neste domingo (31) passou dos 29 milhões.

No primeiro turno, 18% dos eleitores não foram às urnas, segundo o TSE. De acordo com o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, o principal motivo da abstenção foi o feriado prolongado, que fez com que muitos eleitores deixassem de votar.

- O maior dos problemas foi a ocorrência de uma feriado prolongado, chuvas e condições adversas em alguns lugares e a seca no Norte que fez com que rios não ficassem navegáveis.

Lewandowski descartou a possibilidade de mudança de data no segundo turno para evitar novos recordes de abstenção.

- Não se pode mudar a data de uma eleição que é estabelecida na Constituição. O que se pode fazer é descolar o feriado para que não acorra próximo das eleições, como aconteceu.

O ministro do TSE lembrou que historicamente a abstenção é maior no segundo turno, já que em muitos Estados a eleição para governador já foi definida no primeiro turno.

Em 1994 e 1998, quando Fernando Henrique Cardoso foi eleito e reeleito, a abstenção foi de 18,8% e 21,4%, respectivamente. Nos dois pleitos em que Luiz Inácio Lula da Silva saiu vitorioso, em 2002 e 2006, as abstenções foram de 20,4% e 18,9%. As duas taxas referem-se aos segundos turnos. Já nos primeiros turnos, as ausências foram menores: 17,7% (2002) e 16,7% (2006).

Brancos e nulos

Votos brancos chegaram a 2,3%, segundo a Justiça Eleitoral. Já o número de votos nulos atingiu 4,4%. Votos brancos e nulos são descartados da contagem final da apuração.

A Constituição Federal (a lei mais importante do país) diz que o candidato a presidente precisa ter mais de 50% dos votos válidos, o que tira dessa conta os brancos e nulos. Se, por exemplo, 70% dos votos acabarem anulados, a Justiça Eleitoral só leva em conta os outros 30%. Assim, basta que um dos candidatos alcance mais de 15% dos votos para terminar com a faixa no peito.

Urnas com problemas

Neste domingo, 1.609 urnas tiveram que ser substituídas em todo o país, o que representa 0,402% das 400 mil urnas usadas na eleição. Apenas três seções eleitorais precisaram usar cédulas de papel: uma no Rio de Janeiro, uma em São Paulo e outra em Sergipe.

Os Estados que tiveram mais substituições de urnas foram São Paulo, com 234 aparelhos trocados, seguido por Rio de Janeiro (207) e Minas Gerais (161). Os três Estados representam os maiores colégios eleitorais do país.

Por que Ana Júlia perdeu a eleição?

Do Blog espaço Aberto

Os petistas – de todos os matizes, de todas as tendências – vão ser fazer essa pergunta aí de cima pelos próximos dias, pelas próximas semanas, pelos próximos meses, pelos próximos anos.

Por que, afinal, a governadora Ana Júlia de Vasconcelos Carepa (na foto) não conseguiu emplacar mais um mandato?

Sua Excelência, quando se elegeu em 2006, tinha a seu favor qualidades, fatores, contingências e circunstâncias que a credenciavam a fazer um bom governo.

Ana Júlia, afinal, era a primeira mulher a se eleger governadora do Pará. Poderia aproveitar essa condição como elemento de emulação e de promoção política para demonstrar que, sim, ela era beneficiária da evolução da consciência política dos paraenses, o que lhe daria sustentação para fazer um governo à altura das expectativas gerais.

Ana Júlia, ao se eleger, desfrutava de uma incontrastável popularidade, confirmada por sua trajetória na vida pública, inclusive tendo alcançado o mandato de senadora.

Carregava a credencial de ter destronado do poder o tucanato que lá se aboletava havia 12 anos consecutivos.

Conseguiu formar uma aliança política que colocou a seu lado o PMDB, o maior partido do Estado.
Era do mesmo partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o cara, aquele que, tirante o fato de que às vezes – ou quase sempre – se apresentar como o construtor do Universo, pode festejar à farta a condição que ostenta, a de presidente mais popular da História do Brasil.

Essa era a Ana Júlia que, como governadora, tinha tudo para dar certo.

Mas deu errado.

Deu tudo errado.

Por quê?

As razões da derrota. No atacado.

Muitas razões podem explicar isso.

Relacionem-se algumas delas.

1. Ana Júlia revelou-se de uma inexperiência administrativa atroz. Revelou-se de uma inexperiência administrativa de efeitos devastadores. Até ser governadora, ela só havia administrado o Sindicato dos Bancários. Não fora submetida, até aquela altura, ao teste de gestão nem mesmo quando chegou a ser vice do prefeito Edmilson Rodrigues, então no PT. Isso porque Ana Júlia foi prefeita em exercício.

2. A inexperiência administrativa de Ana Júlia sobressaiu em dois casos por si sós emblemáticos e ambos de repercussão nacional. O primeiro deles ocorreu em fevereiro de 2007, quando a governadora assinou decretos nomeando sua cabeleireira, Manoela Figueiredo Barbosa, e sua esteticista, Franciheli de Fátima Oliveira, como assessoras especiais, lotadas no gabinete da governadoria. O segundo, de repercussão igual – senão maior – que o anterior, consistiu também na nomeação da performática Elida Braz, Senhora Kaveira, para assessora especial da Governadoria.

3. A inexperiência administrativa da governadora, em tese, não seria um problema de monta. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também não tinha nenhuma vivência administrativa, a não ser nos sindicatos que dirigiu. Mas, uma vez presidente, acercou-se de bons quadros e fez o governo mais popular da história do País. Ana Júlia não. Desde o primeiro momento, deixou-se agrilhoar, deixou-se ficar algemada, deixou-se cair como refém de um quarteto que também ficou conhecido como núcleo duro do governo.

4. Refém do núcleo duro, Ana Júlia não viu mais o PT à sua frente. Não viu mais o partido. Não o reconheceu mais como uma legenda orgânica, que poderia lhe dar sustentação. Passou a divisar apenas o núcleo que a mantinha refém e, em consequência, passou a ter olhos apenas para os interesses da Democracia Socialista (DS), a minúscula, inexpressiva tendência petista a que pertence a própria governadora.

5. Sob a tutela dos luas-pretas da DS, Ana Júlia pôs em andamento e turbinou aquela que foi a pior, a mais atabalhoada, a mais disparatada, a mais emperrada e a mais ineficaz articulação política já posta em prática por um governante no Pará. A articulação política, conduzida por seu chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, revelou-se, além do mais, conflitante e conflituosa depois que ele, mesmo na condição de um dos quadros mais influentes do governo, começou a notabilizar-se como pré-candidato a deputado federal, cargo para o qual acabou se elegendo.

6. O próprio PT, partido da governadora, foi uma das vítimas da desarticulação empreendida com notável desenvoltura pela Casa Civil do governo, durante a era Puty. Em meados de 2009, o poster ouviu de viva voz, da assessoria de um parlamentar petista, que o deputado não conseguia falar havia semanas com a governadora. E ele, o deputado, não queria pedir nada. Ou por outra, queria pedir, sim, mas informações circunstanciadas sobre determinada matéria para defender Ana Júlia de críticas ferozes que ela vinha sofrendo na Assembleia.

7. Na articulação política desastrada, conduzida pelo então chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, está a gênese, em boa parte, das dissensões e dos conflitos que levaram ao afastamento do PMDB e, posteriormente, ao rompimento da legenda com o governo, jogando por terra a possibilidade de se manter a aliança desde o primeiro turno das eleições deste ano.

8. A nomeação de Everaldo Martins para comandar a Casa Civil mudou da água para o vinho, mudou do péssimo para o muito melhor a qualidade da articulação política do governo Ana Júlia. Mas já era tarde. Everaldo só assumiu o barco em março deste ano. Havia pouco tempo para juntar os cacos e restaurar os vínculos políticos que seu antecessor esfacelara irreversivelmente.

9. Da mesma forma, Ana Júlia tomou muito tarde a decisão de mexer na Comunicação do governo. Durante a maior parte de seu governo, essa área foi impalpável, inexistente. Não se sabe se nada divulgava porque não sabia como divulgar ou porque obras não havia para serem divulgadas. De meados do ano passado para cá, a Comunicação, mas também não conseguiu, sozinha, reverter situações que já haviam causado enorme desgaste à imagem da governadora.

10. E por falar em obras... O governo Ana Júlia acordou da letargia na onda do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Mas isso também já foi tarde. E o PAC esteve sempre associado ao governo federal, ao governo Lula, e muito pouco aos governos estaduais. Resultado: até inaugurar uma cozinha industrial no Hangar, Ana Júlia pouco ou nada tinha para mostrar. Quando passou a ter alguma coisa para mostrar, não havia mais tempo para que isso se convertesse em votos. E votos, como se sabe, são essenciais para eleger e reeleger um governante, não é?

11. O enclausuramento de Ana Júlia e a dificuldade de seu governo em se comunicar levaram Sua Excelência a ficar acuada em três momentos dos mais críticos. No caso da menor presa e seviciada numa cela de presos em Abaetetuba, no caso da mortandande de bebês da Santa Casa e no caso dos kits escolares. E olhem que, no caso da menor, o delegado-geral Raimundo Benassuly primeiro se exonerou do cargo, depois de uma declaração infeliz. Passados alguns meses, o que fez Ana Júlia? Reconduziu-o ao posto.

12. A governadora também perdeu porque, no afã de se eleger, não mediu escolhas, não selecionou aliados, não passou no crivo os adesistas à sua candidatura. Quem se alia a um Duciomar Costa, o pior prefeito que Belém já teve em toda a sua História, não quer, sinceramente, ganhar uma eleição. E quem se alia a Almir Gabriel se vê forçada a fazer certas revisões históricas que conduzem a vergonhosas, a constrangedoras contradições com trajetórias políticas como as de Sua Excelência a governadora Ana Júlia.

13. E por último, mais não menos importante, Ana Júlia não se reelegeu porque escolheu mal a agência que fez a sua propaganda, a baiana Link. E o escolher mal, como aqui está posto, nada se deve ao fato de a Link ser baiana, mas porque a agência nunca esteve linkada com as peculiaridades de campanhas como as que se desenvolvem no Pará, que são diferentes das que ocorrem na Bahia, ou em Pasárgada ou até no Afeganistão. Assim, três grandes erros na campanha foram, também eles, decisivos para a derrota da governadora.
Essas são, digamos, as razões no atacado.

São 13 razões ao todo.

Mas razões outras há, é claro.

São, todavia, razões no varejo.

Quanto a essas, os petistas, eles próprios, haverão de desvendar.

Nos próximos dias.

Nas próximas semanas.

Nos próximos meses.

Nos próximos anos.
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Nota do Folha: Não podemos esquecer a grande participação do Paulo Rocha nesta derrota. 

Mas isso é outra matéria.