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terça-feira 29 2011

Informações interessantes sobre o Pará

O Estado do Pará por regiões.

Etnias

O Pará teve um elevado número de imigrantes portugueses, espanhóis e japoneses. Estes povos têm suas trajetórias contadas em um espaço permanente, a “Sala Vicente Salles” do “Memorial dos Povos”, situado em Belém.

Os lusitanos foram seguidos pelos espanhóis, que chegaram à capital quase que exclusivamente por questões políticas, graças às disputas pela Península Ibérica. Em seguida vieram os italianos e seu poder desbravador marítimo.

Após deixar sua contribuição para o surgimento da cidade de Belém, os japoneses estabeleceram-se no interior agrário, fixando-se em municípios como Tomé-açu. A maioria da população é parda, devido à grande herança genética indígena e, em menor parcela, africana.

Cor/Raça
Porcentagem
73,0%
23,0%
3,5%
0,6%

Portugueses

A presença dos portugueses no estado, deu-se no século XVII. Em Janeiro de 1616, o capitão português, Francisco Caldeira Castelo Branco iniciou a ocupação da terra, fundando o Forte do Presépio, núcleo da futura capital paraense. A fixação portuguesa foi efetivada com as missões religiosas e as bandeiras, que ligavam o Forte do Presépio a São Luís do Maranhão, por terra e subiram o Rio Amazonas. Os portugueses foram os primeiros a chegar no Pará, Deixando contribuições que vão desde a culinária à arquitetura.

Japoneses

Os primeiros imigrantes japoneses que se destinaram a Amazônia saíram do Porto de Kobe, no Japão, no dia 24 de julho de 1926, e só chegaram ao município de Tomé-Açu, no dia 22 de setembro do mesmo ano, com paradas no Rio de Janeiro e Belém.

Os japoneses foram responsáveis pela introdução de culturas como a juta e a pimenta-do-reino na década de 1930; de mamão hawai e do melão na década de 1970. A terceira maior colônia japonesa no Brasil está no Pará, com cerca de 13 mil habitantes, perdendo apenas para os estados de São Paulo e Paraná. Eles vivem principalmente nos municípios de Tomé-Açu, Santa Izabel do Pará e Castanhal. Sabendo-se que Tomé-Açu foi o primeiro local do Norte do país a receber imigrantes japoneses, por volta de 1929.

Italianos

Os emigrantes italianos que vieram para o Pará são predominantemente da região Sul da Itália, originários da Calábria, Campania e Basilicata. Eram todos colonos, mas aqui se dedicaram ao comércio. O primeiro comércio italiano de que se tem notícia é de 1888 que ficava em Santarém.

Eles fincaram raízes familiares em Belém, Breves, Abaetetuba, Óbidos, Oriximiná, Santarém e Alenquer. A presença na região oeste do Pará era tão acentuada, que havia uma representação do consulado da Itália em Óbidos, considerada a cidade mais italiana do Estado. O consulado ficava em Recife, Pernambuco.

Em Belém, os italianos se dividiram entre a atividade comercial e os pequenos serviços. Ao mesmo tempo em que trabalharam, foram importantes no início do processo de industrialização da capital (1895).

Segundo o censo de 1920, existia no Pará cerca de mil italianos. Ao final da Segunda Guerra, registrou-se um refluxo causado pela perseguição a alemães, japoneses e italianos. Os italianos, assim como os franceses, não permaneceram em território paraense.

Libaneses

A emigração dos libaneses para o Pará se deu na metade do século XIX, na época do Ciclo da Borracha e até 1914 desembarcaram em Belém entre 15 mil e 25 mil imigrantes sírios-libaneses, dois quais um terço foram para o Acre. No Pará, além da capital paraense, o libaneses se deslocaram para os municípios de Cametá, Marabá, Altamira, Breves, (Pará), Monte Alegre, Alenquer, Santarém, Óbidos, Soure, Maracanã, Abaetetuba, entre outros.

Franceses

Os primeiros imigrantes franceses chegaram ao Brasil na segunda metade do século XIX, dirigiram-se para a colônia de Benevides, na região metropolitana de Belém do Pará. Os franceses foram atraídos para a região, por causa do Ciclo da Borracha, acabaram se instalando em Belém, tornando-a conhecida como Paris N'América.

Maranhenses

São os maiores imigrantes nacionais no Estado do Pará.Por ser vizinho do Estado do Pará, os maranhenses vão em busca de melhores condições materiais. A população de Belém, sul e sudeste do Pará é formada basicamente por imigrantes maranhenses. O Maranhão e o Pará tem uma longa história de ligação que começou desde a criação dos Estados do Grão-Pará e Maranhão.

A parte cultural também há uma reciprocidade entre os dois estados. Inclusive a origem do carimbó (dança de negros) é do Maranhão que com o processo de aculturação tomou a forma paraense.

A lambada paraense da década de 1970 também influenciou o maranhão. A parte da religião umbandista também há uma cumplicidade entre os dois estados. O hino do Círio de Nazaré foi composto por um poeta maranhense chamado Euclides Farias.

Dialetos

O Pará tem pelo menos dois dialetos de destaque: o dialeto paraense tradicional, usado na capital Belém, no nordeste do Pará, Oeste do estado, e em boa parte do território estadual; enquanto outro sotaque é utilizado na região sudeste do Pará (Região de Carajás): um dialeto derivado de misturas de nordestino, mineiro, capixaba, goiano e gaúcho.

Dialeto paraense tradicional: tem como característica mais distintiva o raro uso do pronome de tratamento "você", sobretudo nas intimidades, substituindo "você" por "tu": "tu fizeste", "tu és", "tu chegaste", muitas vezes chegando a omitir o pronome "tu", verbalizando expressões apenas como: "chegaste bem?", "já almoçaste?". O "r" e o "s" são pronunciados de maneira semelhante à do Rio de Janeiro.

Tal dialeto é considerado brando (à exceção da letra "s") e possuidor de menos vícios de linguagens, comparado aos outros do Brasil, e decorre da forte influência portuguesa na linguagem. Também é conhecido como Amazofonia.

Em uma visita a Belém, o renomado professor de língua portuguesa, Pasquale Cipro Neto, afirmou que considera o dialeto de Belém semelhante em muitos aspectos ao de Lisboa, Portugal.

segunda-feira 28 2011

Divisão do Pará - A síndrome do cobertor curto.


A razão pela qual as regiões de Tapajós e de Carajás estão abandonadas é a mesma pela qual fica difícil a separação.

Os eleitores do Pará remanescente são o dobro dos eleitores das duas outras regiões, isso explica tudo.

A ironia é que quando o número de eleitores se equiparar, não vai dar mais tempo de reparar o estrago e a divisão será feita.

Por outro lado, como o Pará é o segundo Estado mais pobre da união, se o governo investir mais (do que sobrar após a corrupção ter retirado o seu quinhão), em Tapajós e Carajás, vai perder apoio e votos no Pará remanescente.

É a síndrome do cobertor curto, já que os governos não querem reduzir a corrupção, para cobrir uma parte, tem que descobrir a outra (ou as outras).

domingo 27 2011

Agora você pode traduzir o Folha para outros idiomas - Now you can translate the sheet into other languages.


Pensando em nossos visitantes de outros paises resolvemos colocar um gadget para traduzir mais facilmente o Folha de Tucuruí para diversos idiomas.

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Um grande abraço.

Equipe Folha.
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A big hug.

Equipe Folha.

Bolsonaro (PP)

Não ao Nazismo, ao Facismo e a qualquer forma de preconceito e intolerância

PT vai pedir cassação de Bolsonaro

Mussolini e Hitler
Fascismo e Nazismo, expoentes máximos
do preconceito e da intolerância.
A liderança do PT na Câmara dos Deputados anunciou nesta sexta-feira 25 que vai enviar uma representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa para pedir a cassação do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).

O pedido baseia-se nas declarações consideradas preconceituosas feitas pelo deputado no plenário da Câmara um dia antes, quando ele sugeriu que a presidenta Dilma Rousseff seria homossexual e pediu que ela explicasse os motivos que a levam a defender as políticas federais contra a homofobia.

“É um caso grave e merece a análise da Casa para a cassação do mandato. Ele é reincidente”, disse o líder petista na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP).

Em nota, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, repudiou a manifestação de Bolsonaro afirmando que ele agiu “com total desrespeito à pessoa da presidenta Dilma Rousseff”.

“O PT reafirma com orgulho suas bandeiras históricas contra qualquer tipo de discriminação e preconceito. Esta deve ser uma luta permanente de toda a sociedade que se queira democrática, tolerante e que respeite as diferenças, como, aliás, é da tradição cultural brasileira”, diz a nota.

O deputado Marcon (PT-RS) pediu para que a fala de Bolsonaro fosse retirada do site da Casa, o que acabou acontecendo. “O deputado é reincidente na quebra de decoro parlamentar. Está passando da hora de a Câmara adotar providências, dando um basta a essas agressões que não condizem com o processo civilizatório, com o papel de um parlamentar e tampouco com a democracia”, disse Marcon.

“O deputado direitista tem saudades dos anos de chumbo da ditadura militar e não se conforma com o fato de Dilma ser a comandante das Forças Armadas”, completou.

Distúrbio psíquico – Para o deputado Fernando Ferro (PT-PE), o caso de Bolsonaro indica evidências de distúrbio psíquico.

“Ele tem uma fixação em temas relacionados à orientação sexual que não é supostamente a dele e chega e beirar um quadro clínico. Nos deixa imaginar que tem algo mal resolvido nesta área, possivelmente necessita de tratamento clínico”, disse Ferro.

O parlamentar do PT observou que a atitude de Bolsonaro no plenário, a fazer insinuações contra a presidenta Dilma Rousseff, constitui violação à conduta ética e parlamentar. Bolsonaro, conforme lembrou Ferro, já foi alvo de outras ações por suas manifestações de intolerância a pessoas, grupos sociais e instituições.

Uma delas foi quando, em entrevista ao programa CQC, da Bandeirantes, fez ataques contra homossexuais e à cantora Preta Gil – dizendo, por exemplo, que seus filhos não corriam o risco de se apaixonar por negras porque foram “muito bem educados”.

“Ele já passou dos limites, precisa ser punido pela Câmara”, disse Fernando Ferro. Ele afirmou que a Constituição assegura a livre manifestação de opinião, mas há limites. “Não se pode pregar a pena de morte, a intolerância religiosa e sexual, entre outros temas que contrariam as convenções assinadas pelo Brasil em favor da proteção e promoção dos direitos humanos”, disse o parlamentar.