Alterar o idioma do Blog

segunda-feira 28 2011

Divisão do Pará - A síndrome do cobertor curto.


A razão pela qual as regiões de Tapajós e de Carajás estão abandonadas é a mesma pela qual fica difícil a separação.

Os eleitores do Pará remanescente são o dobro dos eleitores das duas outras regiões, isso explica tudo.

A ironia é que quando o número de eleitores se equiparar, não vai dar mais tempo de reparar o estrago e a divisão será feita.

Por outro lado, como o Pará é o segundo Estado mais pobre da união, se o governo investir mais (do que sobrar após a corrupção ter retirado o seu quinhão), em Tapajós e Carajás, vai perder apoio e votos no Pará remanescente.

É a síndrome do cobertor curto, já que os governos não querem reduzir a corrupção, para cobrir uma parte, tem que descobrir a outra (ou as outras).

6 comentários:

  1. Carajás e Tapajós: Dividido em três, o Pará será mais rico e mais cobrado pela população
    Artigo: Leonardo Attuch / Colunista da ISTOÉ

    Nas mãos dos eleitores do Pará, no domingo 11, o Brasil tem uma chance histórica para dar dois passos à frente. Cerca de 4,6 milhões de paraenses irão às urnas para votar no plebiscito que pode dividir sua atual área territorial em três, criando dentro dela os Estados de Carajás e Tapajós. À primeira vista, de pronto se enxerga mais políticos (dois governadores, seis senadores, dezenas de deputados federais e estaduais) e novas estruturas de poder (sedes governamentais, assembleias legislativas, etc.). Uma antevisão, infelizmente, forte o suficiente para embotar a razão, mas que precisa ser ultrapassada. Esses dois novos Estados, se aprovados, terão extrema importância para a economia não só do Pará, mas de todo o Brasil.

    Tome-se, em benefício da análise, as mais recentes criações de Estados no Brasil. É consensual, hoje, que o corte do antigo Mato Grosso em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, efetuado em 1977, foi um acerto de duração permanente, mesmo tendo ocorrido em plena ditadura militar. A divisão daquela imensa área levou para municípios e populações antes desassistidas novos serviços públicos. Estes, por sua vez, aceleraram o desenvolvimento econômico e social regional, consolidando atualmente Mato Grosso do Sul como um dos maiores produtores de alimentos do País. Não houve, como contrapartida, qualquer esvaziamento da riqueza inerente a Mato Grosso. Mais recentemente, em 1988, nasceu, de um vértice de Goiás, o Estado do Tocantins. Imediatamente após sua criação, a nova capital, Palmas, tornou-se um grande polo de atração de indústrias e serviços.

    Onde hoje há apenas o gigantesco Pará, com seu 1,24 milhão de km² (equivalente a quatro Itálias!) de conflitos sociais e péssimos indicadores de ­desenvolvimento humano, amanhã o quadro tem tudo para ser outro – caso os eleitores locais superem a desinformação inicial e abram passagem para o crescimento. Vítima do desmatamento, por meio do qual o banditismo impera e se produz um noticiário repleto de crimes políticos e chacinas, sabe-se, há muito, que a atual estrutura de governo do Pará é insuficiente para elucidar todas as suas complexas equações. Os fracassos administrativos se acumulam, governo após governo, à esquerda ou à direita. A verdade é que há, naqueles limites, um Estado cujo tamanho equivale ao de vários países europeus, mas apenas um único e singular governo.

    Ao mesmo tempo, Carajás e Tapajós nasceriam sobre terras férteis para a agricultura, ricas para a mineração e amplas o suficiente para que nelas conviva o gado. Administrações mais próximas da população local seriam mais cobradas, melhor fiscalizadas e teriam, dessa forma, renovadas condições para preencher o atual vácuo administrativo.

    O Brasil, cujo tamanho territorial é comparável ao dos Estados Unidos (8,5 milhões de km² contra 9,6 milhões de km²), chegou a um PIB de US$ 2,19 trilhões em 2010. O irmão do Norte, mesmo combalido, atingiu US$ 14,7 trilhões – mais de seis vezes maior. Aqui, são 27 Estados. Lá, 50. A relação entre produção de riquezas, território e organização administrativa, goste-se ou não, é direta.

    EMANCIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

    ResponderExcluir
  2. Égua, o Pará é o segunda estado mais pobre da união? Essa é boa. Onde foi baseado isso? Agora querem dizer que o todos os estados do nordeste são mais ricos que o Pará e sem falar no AP, AC e RR. É por essas e outras colocações que a rejeição a divisão só aumentou depois de começou a campanha. Temos sangue de índios sim e com muito orgulho mas não caímos nas histórias de rebaixar a imagem do nosso estado.

    ResponderExcluir
  3. Ontem achei muito interessante a a matéria exibida no fantástico, aonde as mulheres do Prefeitos gastavam o dinheiro publico da merenda escolar. seria uma ótima ideia se em Tucuruí esta mesma operação fiscaliza-se a mulher do atual Prefeito xxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxx?

    ResponderExcluir
  4. Olá Heron, Em termos de riqueza nacional o Pará está em 13º lugar, mas na posição 22º, a pior do país em renda per capta.

    Nós erramos, o Pará em termos de renda per capta perde para alagoas e demais Estados do nordeste.

    A informação é do DIEESE, foi publicada pelo Diário do Pará e comentada no Blog do Parsifal. http://pjpontes.blogspot.com/2011/11/renda-per-capita.html

    O QUE É RENDA PER CAPTA?

    A renda per capita ou rendimento per capita é um indicador que ajuda a saber o grau de desenvolvimento econômico de um país ou região (Estado), e é a soma dos salários de toda a população dividido pelo número de habitantes e consiste na divisão da renda do Estado, menos os gastos de depreciação do capital e os impostos indiretos pela sua população.

    Ou seja a população do Pará, segundo o DIEESE, é a mais pobre da região, perdendo inclusive para os Estados do Nordeste.

    Não vamos deixar de dizer a verdade e expor a nossa opinião por temer uma suposta rejeição, não estamos em campanha e não nos deixamos guiar pela paixão. O que o povo decidir está decidido, não vamos perder nosso tempo com isso.

    ResponderExcluir
  5. No blog do CJK consta um estudo do IPEA, instituição séria, que mostra a inviabilidade dos dois novos Estados. A divisão, portanto, aprofunda a pobreza, diferentemente do que apregoam as lideranças separatistas.

    ResponderExcluir
  6. olha! de boa intenção o inferno ta mais do que cheio, até parece que esses politicos estão interessados no bem estar da população, me engana que eu gosto! pode ter a divisão que tiver (ate ser dividido em dez estados) mas com essa cambada de politicos que so quer se dar bem, ta dificil! voto não em protesto a corrupção, nenhum destes babacas ta pensando em melhoria de população nenhuma.
    ---------------------
    Nota do Folha - A pergunta é: caso não haja a divisão, vai diminuir a corrupção no Pará? Se não vai diminuir, que diferença faz separar ou não?

    ResponderExcluir

IMPORTANTE: Comentários contendo ofensas pessoais, palavrões, denuncias sem provas, racismo, homofobia, misoginia, discurso de ódio e intolerância de qualquer tipo, serão moderados e publicados ou excluídos a critério da Equipe Folha. Evite também escrever em caixa alta (Letra maiúscula).

Agradecemos pela sua participação.

Um grande abraço!!!

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.