O Hospital Regional de Tucuruí nunca em sua história esteve em uma situação tão difícil, e nunca a população da região que precisa dos serviços do HRT esteve tão desassistida.
O HRT simplesmente não consegue absorver a rede básica de saúde do município de Tucuruí, que está completamente falida e abandonada. A situação do HRT piorou muito e chegou “ao fundo do poço” após a transferência da Maternidade Municipal para dentro do Hospital Regional.
Como foi esta transferência? Tudo começou com a denúncia dos médicos do Hospital Municipal. Os médicos denunciaram a situação precária das instalações do Hospital Municipal de Tucuruí, no entanto a verdadeira intenção dos médicos que trabalhavam no Hospital Municipal e no Hospital Regional, era levar a Maternidade Municipal, para dentro do H. Regional e assim poder fazer dois plantões no mesmo local.
O Prefeito vendo a possibilidade de diminuir despesas com a rede básica com a transferência da Maternidade, encampou a idéia e se uniu aos médicos. Para isso convenceu o Ministério Público Estadual a fazer uma Audiência Pública para decidir a transferência “provisória” da maternidade para o HRT. Além da audiência seria feito um TAC pelo MPE (que nunca foi assinado pelo prefeito) em que o prefeito se comprometia a reformar o HMT e que a maternidade voltaria para o Hospital Municipal.
Na audiência compareceram os médicos interessados pela transferência, representantes da Secretaria Municipal de Saúde, representantes do Conselho de Saúde, vários presidentes de Associações de bairros, sendo a maioria controlada pelo gestor. Durante a Audiência o Conselho de Saúde se opôs à transferência da Maternidade Municipal para dentro do Hospital Regional, mostrando os inconvenientes desta transferência e o que aconteceria, e tudo o que foi previsto e ainda mais, realmente aconteceu.
Durante a audiência os quatro vereadores presentes que eram contra a transferência, foram destratados e insultados pelos liderem comunitários do prefeito, e o representante do MPE cassou a palavra de um líder de bairro e expulsou da audiência uma representante do Conselho de Saúde que se manifestaram contra a transferência.
Os resultados todos estão vendo, o colapso total do HRT. O mais "irônico" é que com o que foi gasto com a transferência da Maternidade Municipal para o HRT, daria para fazer as reformas necessárias no Hospital Municipal.
Os resultados todos estão vendo, o colapso total do HRT. O mais "irônico" é que com o que foi gasto com a transferência da Maternidade Municipal para o HRT, daria para fazer as reformas necessárias no Hospital Municipal.
Para se ter uma idéia, falta tudo no Regional, de material hospitalar a remédios e até roupa de cama. Fomos informados que de mais de 400 (quatrocentas) cirurgias que o HRT fazia por mês, este total foi reduzido a menos de 100 (cem).
Os pacientes esperam meses para serem operados. Nesta triste situação está esta criança de três anos que sofre de Hemorroidas de Botão (nome popular), que sangra muito e causa terríveis dores na criança, sempre que ela precisa defecar.
A mãe desesperada implora por socorro às autoridades competentes e está recorrendo ao MPE e ao Conselho Tutelar que está acompanhando o caso, mas pouco se pode fazer diante da incompetência e do descaso do Governo do Estado e do Governo Municipal.
Vejam o vídeo em que a mãe da criança implora por auxílio.