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sábado 23 2012

A ARMAÇÃO DO CIRCO parte II - Pau que nasce torto...

Não adianta tentar, pau que nasce torto nunca fica direito e até a cinza é torta.
Durante quase três décadas dois grupos, os Furmistas e os Parsifacistas dominaram a política em Tucuruí.
   
Cláudio Furman e Parsifal se revezavam no poder e na disputa para ver quem fazia o pior governo, tanto é verdade que nenhum dos dois nunca conseguiu se reeleger, não se sabe por pura incompetência ou se por um acordo de compadres.
   
Ambos fingiram durante décadas uma rivalidade que na realidade nunca existiu. Enquanto os barnabés fanáticos das duas correntes brigavam entre si, os dois ficavam ricos e entre um mandato e outro, abandonavam a cidade e curtiam outras paragens gozando as férias de quatro anos.
   
Enquanto isso o que ficava como prefeito em Tucuruí e fingia trabalhar, procurava abafar os erros do pretenso adversário, inclusive fazendo a sua defesa com a assessoria jurídica, contadores da PMT e vários funcionários cedidos para consertar a prestação de contas do outro. Até mesmo advogados eram bancados pelo prefeito da vez, em defesa do ex-prefeito “rival”.
   
A festa só terminou porque o Parsifal se cansou da brincadeira e resolveu seguir carreira no legislativo, afinal as mordomias e as vantagens eram parecidas e o "trabalho" muito menos cansativo, além do que ele poderia ficar na capital já que Parsifal nunca gostou de morar no interior, Tucuruí é muito pequena para caber todo o seu ego.
    
O problema maior tanto do Parsifal quanto do Cláudio são as sanguessugas que os acompanham e que tomam a prefeitura de assalto, como se fossem flagelados diante de uma prateleira de supermercado saqueado, tão logo o “chefe” tome posse como prefeito. A cidade os conhece muito bem e sabe que a cada mandato as sanguessugas renascem e brotam do chão como tiririca e sugam todos os recursos da prefeitura deixando a cidade à míngua.
   
Parsifal deixou seu patrimônio político minguar e ficar reduzido à zero em Tucuruí, por conta do abandono da cidade e do seu partido, e também porque deixou o PMDB nas mãos de aspones espoca votos, que mais serviriam para leões de chácara do que políticos, tamanha a ignorância e boçalidade com que tratam os filiados e simpatizantes do PMDB, partido que eles acreditam ser propriedade particular sua devendo por isso servir aos seus interesses.
   
Por fim Parsifal resolveu tentar colocar novamente na Prefeitura o seu antigo cúmplice nos desmandos na PMT, iniciando um novo período e um novo círculo vicioso, desta vez forjando uma nova “rivalidade” com o objetivo de iniciar um novo revezamento com Cláudio e Sancler. A tática é fazer um péssimo e promiscuo governo e no fim convencer a população que o único capaz de livrar a prefeitura de um encosto é outro encosto.
   
Que por sua vez será substituído pelo outro encosto e assim sucessivamente, é igual o que está acontecendo hoje, estão tentando convencer a população de que o Cláudio é o único que pode derrotar o Sancler, e na próxima eleição vão dizer que o Sancler é o único que pode derrotar o Cláudio e assim por diante.
   
Enquanto isso a cada eleição a população tem a ilusão de que se livrou e derrotou o encosto, mas na verdade apenas trocaram um encosto por outro encosto. 
   
Uma tática maquiavélica e cruel, enquanto isso os recursos públicos escoam pelo ralo da incompetência e da corrupção. 
   
Hoje a PMT recebe mais de um bilhão (R$ 1.000.000.000,00) de reais em quatro anos, sendo que apesar desta verdadeira fortuna, não sobra praticamente nada para investimentos na cidade.
   
Não fossem os convênios estaduais e federais não haveria nenhum investimento na cidade e a PMT teria que encerrar a prestação dos serviços públicos por falta de verbas. 
   
Esta é a triste realidade que o povo de Tucuruí tem que mudar. 
   
Uma chance para um prefeito já é o bastante, se um político não tem a competência para fazer um bom governo em um mandato de quatro anos, também não o fará em dois, três ou mais mandatos. 
   
Pau que nasce torto nunca fica direito e até a cinza é torta.
   
Pensem bem, dez segundos na hora do voto, podem nos custar quatro anos de sofrimento e arrependimentos.
   
Que Deus nos ajude e nos guie.
   

Assessores especiais do governador do Pará, Simão Jatene, devem aos cofres públicos quase R$ 7,6 milhões

Matéria do Blog da Perereca.
   
"Um time da pesada: assessores especiais do governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), devem aos cofres públicos quase R$ 7,6 milhões. São 10 ex-prefeitos, dois deles já condenados por improbidade. 
     
E mais: Perereca localiza mais dois deputados estaduais e um juiz do TRE que também teriam parentes diretos na assessoria do governador. Tudo na terceira reportagem da série “Os especialíssimos assessores do governador Simão Jatene”." Vejam a matéria completa.
   

Articulações

Terceira via

Segundo informações de bastidores, um grupo de oito partidos estaria se reunindo para encontrar um candidato que seria a terceira via. 
   
Ainda segundo informações, o Jones estaria chegando de viagem e a posição do PT é de que o partido não fará coligação com o PMDB tendo Cláudio Furman como candidato a prefeito, outros partidos que não estão alinhados com o prefeito Sancler, também estão adotando este mesmo posicionamento. Não se sabe ainda o posicionamento do PSC. 
   
Se houve mesmo a intenção do PT de se aliar ao Cláudio oferecendo o vice, esta aliança foi abortada e espera-se um posicionamento do partido a respeito. 
  
Segundo fontes de dentro do PT o diretório petista ainda não se manifestou sobre o assunto da suposta aliança PT/PMDB devido a uma questão de hierarquia, pois o seu pré-candidato e presidente do diretório não estava na cidade.
   

sexta-feira 22 2012

A ARMAÇÃO DO CIRCO parte I - Uma análise sobre a conjuntura política em Tucuruí

   
Ontem o ex-précandidato Gualberto Neto foi a Rádio local anunciar que não será mais candidato e que o pré-candidato do PMDB é o ex-prefeito Cláudio Furman.
     
Vamos começar a nossa análise pela “renuncia” (a nosso ver) forçada do Gualberto a candidato do PMDB. Como todos sabem o Gualberto tentou e se esforçou ao máximo para ser o candidato do PMDB a prefeito de Tucuruí. No entanto sua candidatura foi sabotada de todos os lados.
  
A sabotagem se iniciou quando o Gualberto não passou no teste dos caciques do PMDB, mas que teste foi este? Gualberto caiu em desgraça quando não cedeu às chantagens, pressões e imposições dos aspones do Parsifal em Tucuruí. A partir deste momento o cacicão percebeu que o Gualberto tinha vontade própria e, portanto seria muito difícil de ser manobrado e pilotado se acaso chegasse à prefeitura de Tucuruí.
  
Então procuraram uma alternativa mais “maleável”, e convidaram o Cláudio Furman para o PMDB. O Cláudio tinha todas as “qualidades” que convinha ao Parsifal e à cúpula do PMDB. O Cláudio foi prefeito por três vezes, é um político mais conhecido, tem seu próprio grupo e capital político, tem dinheiro e não tem pena de gastar (lógico), também tem convenientemente problemas na justiça e nos Tribunais de Contas, que são dominados pelo PMDB e Jatene, portanto a marionete ideal à frente de um município que é a quinta maior arrecadação do Pará, este sim seria o candidato perfeito para atender aos interesses das cúpulas do PMDB e do PSDB no Estado.
    
Diante deste quadro, os aspones do Parsifal a mando e orientados por este e com a ajuda do Cláudio nos bastidores, iniciaram uma perseguição sem tréguas visando a desconstrução da candidatura do Gualberto dentro do PMDB e perante a população, ao dizer de forma massiva e aos quatro cantos da cidade que o Gualberto não seria candidato, o que  prejudicou o Gualberto tanto nas pesquisas como nas negociações com os outros partidos.
  
O próprio PT serviu de massa de manobra do Parsifal, ao ajudar a espalhar a “notícia” de que o Gualberto não seria candidato, explico: O Gualberto e o Jones haviam pactuado que quem estivesse melhor nas pesquisas seria o candidato a prefeito, e o que estivesse atrás seria o vice.
  
No entanto, mesmo com toda esta armação o Gualberto ficava na frente do Jones nas pesquisas do PMDB, assim o Jones vendo que o Gualberto não cederia, cedeu à tentação do PMDB e engoliu a isca com anzol e tudo passando a ver com bons olhos a candidatura Furman.
  
Pensou o Jones: Aceito vir como vice do Cláudio e como ele está empepinado com suas prestações de contas, nós depois damos um jeito de lhe cassar o mandato, eu assumo a PMT e serei prefeito.
  
Com isso o Jones passou a também trabalhar pela candidatura do Cláudio, e se tornou mais uma peça no tabuleiro de xadrez do Parsifal. A ingenuidade do Jones não tem limites (se é que foi mesmo ingenuidade e não "outra" coisa), ele acreditou que conseguiria cassar o mandato Cláudio, passando por cima da influência do Governador sobre o judiciário, e a influência do PMDB nos Tribunais de Contas, isso sem contar com a influência do PMDB junto ao Governo Federal e ao próprio PT.
  
Jones não aprendeu nada com os processos contra o Sancler na justiça comum e na justiça eleitoral, jamais ele conseguiria cassar o Cláudio e nem repetir o feito do Sancler, pois o Cláudio desta vez não cairia na onda de “dois prefeitos”, além disso o Claudio agora no PMDB têm o Parsifal e o Jader como conselheiros, chefes e mentores. Ele não vai cometer o mesmo erro duas vezes.
  
Por sua vez, caso apóie a candidatura do Cláudio, o PT jamais teria moral para criticar os atos do prefeito que ele mesmo ajudou a eleger, e ajudou a eleger mesmo sabendo do seu passado. SIMPLESMENTE NÃO TEM DESCULPA.
  
Desta forma o Parsifal jogou para ganhar fosse qual fosse o resultado, se ganhar o Cláudio ótimo, se ganhar o Sancler tudo bem, a PMT continua dominada pela base eleitoral do governador, e com o PT desmoralizado não haveria oposição com peso suficiente para causar problemas significativos, é só sopa no mel, é deitar e rolar.
 
Por sua vez, o Sancler e seu grupo também não têm o que festejar, já que eles não sabem se o Jatene negociou Tucuruí e a cabeça do prefeito com o PMDB. Os políticos em defesa dos seus interesses de poder e dinheiro são capazes de passar por cima de tudo e de todos, e vendem a própria mãe se for necessário (depois se ganharem compram de volta).
  
Quanto ao fato do Gualberto ter ido à imprensa dizer que desistia da sua candidatura e tecendo elogios ao Parsifal e ao PMDB, só pode ter duas explicações:

A primeira opção é que o Gualberto não é bobo, diante da situação e encurralado por todos os lados o que poderia fazer, agir como um cidadão que foi traído e sair dizendo para todo mundo que é corno político, denunciando, ameaçando todo mundo e se fazendo de coitadinho? Ou faz como uma pessoa inteligente, diz que desistiu porque quis e que está tudo bem e espera uma oportunidade para a desforra?

A segunda opção é que o Gualberto vendeu a sua candidatura para o Cláudio e Parsifal em troca de vantagens financeiras e cargos públicos, mesmo arriscando o seu futuro e o seu patrimônio político.
  
Particularmente acreditamos na primeira opção, no entanto não descartamos a segunda.
  
Amanhã vamos publicar a segunda parte desta matéria, falando sobre a farsa que permitiu o revezamento Furman/Parsifal na Prefeitura durante quase três décadas, a realidade da cumplicidade entre os dois durante todo este tempo e outros assuntos.