O Prefeito de Tucuruí tenta mais uma vez censurar o Blog Folha de Tucuruí ao abrir novo processo contra o antigo responsável pelo Folha de Tucuruí Raimundo Orivaldo, e a atual responsável Maria Correia.
A nova denuncia é uma clara tentativa do prefeito de usar o Poder Judiciário para censurar e intimidar qualquer um que tenha a audácia de discordar e criticar os seus atos e a sua postura como político e agente público, assim como censurar qualquer crítica à sua administração como prefeito de Tucuruí, em um flagrante atentado contra a democracia, contra a liberdade de crítica, de expressão e o direito de informar.
O Folha de Tucuruí foi criado em 2001, portanto a mais de dez anos, e neste período o blog prestou significativos serviços à população de Tucuruí, fiscalizando o poder público, informando e defendendo a legalidade e o erário público.
Durante este período fiscalizamos e criticamos o poder público independente de quem é ou a que partido ou grupo político pertença o chefe do executivo e os membros do poder legislativo, tanto a nível municipal quanto a nível Estadual e Federal.
Em Tucuruí não se pode criticar o prefeito ou a sua administração, que é logo processado e perseguido. Nunca na história de Tucuruí um prefeito perseguiu tanto os críticos do seu governo como o atual prefeito.
Agora parece que o Folha de Tucuruí é a bola da vez, só no mês passado foram dois processos contra o antigo e a atual representante do Blog. No decorrer deste processo vamos demonstrar claramente que o prefeito está utilizando a Justiça como arma para censurar e perseguir todos quanto critiquem publicamente a sua atuação como político e como gestor. Este é um retrocesso à era da ditadura militar em que se prendia, torturava e executava qualquer um que se atrevesse a criticar o regime.
É lamentável que um político eleito democraticamente, atente contra a mesma democracia que o levou ao poder e lhe permitiu representar o povo de Tucuruí.
Vejam na denuncia do prefeito que ao contrário do que ele afirma, em nenhum momento utilizamos a palavra "comprar". Vamos colocar alguns pontos da denuncia e demonstrar que este processo tem como finalidade apenas censurar o Folha de Tucuruí.
Primeiro - A matéria original não é nossa, nós apenas repercutimos a notícia duas horas e meia após ler a matéria em outro Blog, e então opinamos sobre a mesma no Folha de Tucuruí, portanto o fato já era público, pois já havia sido publicado no Blog do Professor Augusto.
O responsável pelo Blog do Professor Augusto é uma pessoa conhecida, séria e de reputação ilibada, sendo assim não temos dúvida quanto à veracidade das informações postadas no referido Blog. A autoria original fica bem clara no final da matéria publicada pelo Folha de Tucuruí, em que colocamos um link para o Blog do Professor Augusto e a matéria completa (vejam a matéria original). No entanto este fato importante foi propositalmente ignorado pelo nosso acusador, em sua ânsia de nos censurar e prejudicar.
Para demonstrar a nossa convicção de que o objetivo do nosso acusador é nos censurar e nos prejudicar, vamos colocar ainda as seguintes questões:
Segundo: Por que em nenhum momento o nosso acusador solicitou direito de resposta ou a retirada, ou mesmo a retificação da matéria em questão, preferindo nos processar sumariamente e sem qualquer aviso?
Terceiro: Por que na denúncia fomos acusados de ter usado a palavra "comprar" no sentido de que supostamente o prefeito teria pago o pastor ou teria ganho o apoio do PRB com dinheiro? Em nenhum momento usamos a palavra comprar em nossa matéria.
No caso de negociações políticas é perfeitamente natural que cargos públicos e ajuda de campanha sejam negociados em troca de apoio político, e isso não deixa de ser a utilização do poder econômico e nem por isso é ilegal ou fere a honra de quem quer que seja. Estas negociações podem até ser questionadas moralmente, mas são práticas legais e muito comuns na política no Brasil. Isso é notório e de conhecimento público.
Os governos Estaduais e Federal por exemplo, negociam abertamente o apoio do legislativo em troca de liberação de emendas parlamentares e cargos públicos, e isso é sem sombra de dúvida o uso do poder econômico.
Quarto - Que intimidade pessoal existe em fatos políticos, já que a política é uma atividade pública e praticada por pessoas públicas?
Quinto: Somos acusados por injúria, calúnia e difamação, isso é um disparate, ou é injúria, ou é calúnia ou é difamação... Vejam a diferença entre as três modalidades de crimes no link:
http://www.advogado.adv.br/artigos/2000/barroso/caldifaminjuria.htm.
No decorrer deste processo, que certamente deverá ser levado à última instância, vamos provar de forma inequívoca que não cometemos crime algum e que simplesmente estamos sendo vítimas de censura e perseguição.
Vejam a Denúncia (Arq. zip - 639 kb).
Como sempre em se tratando de questões de justiça, não vamos publicar comentários sobre esta matéria.