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terça-feira 04 2012

Planalto vai exigir ‘ficha limpa’ dos servidores

O governo federal deve editar nos próximos dias o decreto que estabelece a "ficha limpa" na administração pública. O texto está sendo elaborado desde o início do ano, mas o Palácio do Planalto cobrou agilidade depois do escândalo de corrupção envolvendo servidores públicos federais infiltrados numa organização criminosa que vendia pareceres técnicos, investigados na Operação Porto Seguro. O texto final, após longas discussões entre os órgãos envolvidos, está na Casa Civil para subsidiar a decisão da presidente Dilma Rousseff.
    
Deflagrada há dez dias pela Polícia Federal, a Porto Seguro acendeu novo alerta no governo sobre a participação de servidores em esquemas de corrupção. Os principais integrantes da quadrilha ocupavam cargos na administração pública. Entres eles os irmãos Paulo e Rubens Vieira, que estavam na diretoria de agências reguladoras, e Rosemary Noronha, que era chefe de gabinete da Presidência em São Paulo.
    
Outros citados no inquérito também estavam no governo e já tinham histórico de problemas, como o ex-advogado-adjunto da União, José Weber Holanda, exonerado em 2003 da Procuradoria-Geral por suspeitas de irregularidades, e Mauro Hauschild, demitido em outubro da presidência do INSS.
   
O decreto vai regulamentar as hipóteses de impedimento para posse e exercício de cargos públicos. As regras deverão ser aplicadas para funções comissionadas e membros de conselho ou órgão colegiado. Hoje são mais de 22 mil cargos disponíveis para livre nomeação dos gestores.
    
Como o Estado mostrou ontem, Dilma também quer blindar as agências reguladoras de interferências políticas e evitar que fiquem à mercê de interesses particulares. A presidente quer profissionalizar autarquias e filtrar a escolha dos diretores.
    
A nova legislação deve seguir os moldes de outras adotadas em âmbito estadual, após o julgamento da Lei da Ficha Limpa no Supremo Tribunal Federal. Não poderão assumir cargos públicos pessoas que foram privadas de direitos políticos, que perderam mandato, que foram condenadas pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico ou político em decisão transitada em julgada, além de condenados por crimes contra o sistema financeiro, tráfico de drogas, contra a vida e dignidade sexual, entre outros.
   
Anticorrupção. A medida faz parte de um esforço de Dilma de imprimir uma marca de governo anticorrupção. Neste ano, entrou em vigor a Lei de Acesso à Informação. Em novembro, na 15.ª Conferência Internacional Anticorrupção, a presidente afirmou que prevenção e combate à corrupção são prática de Estado. "Nosso governo oferece amplo respaldo aos órgãos de controle na fiscalização, investigação e na punição da corrupção e de todos os malfeitos", disse.
    
Coordenada pela Controladoria-Geral da União, a nova norma foi elaborada por integrantes do Ministério da Justiça e da Advocacia-Geral da União (AGU). No domingo, é comemorado o Dia Internacional contra a Corrupção. Integrantes do governo defendem, como reação política ao desgaste provocado pela Porto Seguro, a publicação do decreto perto dessa data.
    
A CGU deve criar uma equipe responsável por monitorar o cumprimento do decreto. Os funcionários terão de apresentar documentos que comprovem que não foram responsabilizados ou condenados pela prática de infração penal civil ou administrativa nas situações descritas no texto legal.
   
Estatísticas da PF mostram que só em 2012, 75 agentes públicos foram presos em operações. Já o Cadastro de Expulsões da Administração Federal (Ceaf), que reúne penalidades aplicadas pelo Poder Executivo, mostram que 3.207 expulsões foram aplicadas a 2.552 servidores civis, efetivos ou não, desde 2005.
    

segunda-feira 03 2012

Morosidade da Justiça favorece o réu e aumenta a sensação de impunidade, principalmente entre os gestores públicos.

A morosidade da Justiça favorece o réu e aumenta a sensação de impunidade, o que incentiva a prática de abusos e ilegalidades, principalmente entre os gestores públicos.
    
Um exemplo marcante da morosidade do judiciário é o processo movido pela ASERT na gestão do já falecido presidente da ASERT o saudoso professor Israel, processo este contra a prefeitura de Tucuruí por apropriação indébita de dinheiro descontado em folha de pagamento dos funcionários da Prefeitura de Tucuruí, e que não foi repassado para a Associação, fato ocorrido em 2009, na gestão do atual prefeito Sancler Ferreira (PPS).
    
Veja, a ASERT deu entrada no processo no Fórum em 08/05/2009, mas somente no dia 14 de Agosto de 2012 (Três anos e três meses depois), foi marcada audiência para o dia 21/05/2013, ou seja, quatro anos depois, e é só para a audiência, neste ritmo a decisão deverá sair após o término do próximo mandato do atual prefeito, isso só na primeira instância. O Israel não viveu o bastante para ver julgado este processo, e com esta lentidão somente os seus netos ou bisnetos viverão o bastante para ver a justiça ser feita, se é que vai ser feita algum dia.
   
Agora nos perguntamos: Com a certeza de que não será punido (provavelmente o crime vai prescrever antes), o que impede o prefeito de continuar a se apropriar indevidamente do dinheiro dos funcionários e/ou cometer outras arbitrariedades ainda mais graves, se existe a certeza de que com a lentidão da justiça e com os inúmeros recursos à sua disposição não haverá punição para os seus atos?
   
Infelizmente esta é a realidade deste país, em especial do Pará. A morosidade do judiciário favorece a impunidade e incentiva a prática de atos ilegais, principalmente dos agentes públicos. A Justiça é a única defesa do cidadão contra os abusos dos poderosos, cometidos contra os cidadãos, contra o erário público e contra a sociedade como um todo.
   
Sem um judiciário eficiente e célere não existe democracia e não existe justiça, e sem justiça a sociedade está à mercê de práticas abusivas e ilegais dos poderosos, permanecendo o cidadão indefeso contra as investidas e ilegalidades dos que usam o poder em benefício próprio.
   
Sem justiça, o direito sucumbe e prevalece a Lei do mais forte e se tem no mínimo uma ditadura disfarçada de democracia.
   
É este o Brasil que nós queremos e é este o país que vamos deixar para os nossos filhos e netos?
   
Pensem bem.
   
Processo da ASERT contra a PMT.
   

Quando a esmola é demais o santo desconfia...

Membros do SINSMUT estão distribuindo uma convocação para uma Assembleia Geral do Sindicato dos Médicos do Pará, marcada para o dia 05/12/12 no Auditório do Hospital Santa Angélica.
    
Sabendo que o SINSMUT não dá ponto sem nó, estranhamos o interesse do sindicato do prefeito nesta Assembleia, e como não poderia deixar de ser, estão comentando nos meios e bastidores políticos, que nesta Assembleia estará presente um político local, político este que não tendo mais nada de importante para fazer na vida, escolheu como missão destruir a Associação dos Servidores Municipais de Tucuruí, por pura inveja e revanchismo, e que a sua presença na Assembléia teria algo a ver com a ASERT.
   
A ASERT é a única instituição que presta serviço de saúde pública no Município de Tucuruí, que AINDA não conseguiram destruir e sucatear. Isso com certeza irrita muita gente, pois mostra para a população que é possível oferecer uma saúde pública de qualidade.
   
Não sabemos se estes comentários procedem ou não, e se está realmente em curso mais um atentado político e financeiro contra a Associação, ou se são apenas boatos e o pessoal do SINSMUT resolveu apenas prestar um serviço voluntário despretensioso e sem segundas intenções ao Sindicato dos Médicos do Pará.
   
Como o Sindicato dos Médicos do Pará é uma instituição idônea e séria, acredito que a direção do SINDMEPA não tenha conhecimento de uma suposta tentativa de utilização, política, pessoal e pouco nobre da instituição que representam.
   
Queremos crer que estejamos errados e que tudo não passa de boatos e paranoia, mas estamos colocando o SINDMEPA de sobreaviso, como diz o velho ditado: Quando o povo fala, é ou foi, ou será.
   
No dia 6 nós (e vocês) vamos saber...
   
Vejam a convocação que membros do SINSMUT estão distribuindo. 
     

Cuidado, armadilha infalível para nos pegar.

Imagem publicada no Face por Núbia Marília.
   

Em resposta à operação da PF, Dilma apressa ficha limpa para servidores

BRASÍLIA - O governo federal deve editar nos próximos dias o decreto que estabelece a "ficha limpa" na administração...
   
BRASÍLIA - O governo federal deve editar nos próximos dias o decreto que estabelece a "ficha limpa" na administração pública. O texto está sendo elaborado desde o início do ano, mas o Palácio do Planalto cobrou agilidade depois do escândalo de corrupção envolvendo servidores públicos federais infiltrados numa organização criminosa que vendia pareceres técnicos, investigados na Operação Porto Seguro. O texto final, após longas discussões entre os órgãos envolvidos, está na Casa Civil para subsidiar a decisão da presidente Dilma Rousseff.
   
Deflagrada há dez dias pela Polícia Federal, a Porto Seguro acendeu novo alerta no governo sobre a participação de servidores em esquemas de corrupção. Os principais integrantes da quadrilha ocupavam cargos na administração pública. Entres eles os irmãos Paulo e Rubens Vieira, que estavam na diretoria de agências reguladoras, e Rosemary Noronha, que era chefe de gabinete da Presidência em São Paulo.
  
Outros citados no inquérito também estavam no governo e já tinham histórico de problemas, como o ex-advogado-adjunto da União, José Weber Holanda, exonerado em 2003 da Procuradoria-Geral por suspeitas de irregularidades, e Mauro Hauschild, demitido em outubro da presidência do INSS.
  
O decreto vai regulamentar as hipóteses de impedimento para posse e exercício de cargos públicos. As regras deverão ser aplicadas para funções comissionadas e membros de conselho ou órgão colegiado. Hoje são mais de 22 mil cargos disponíveis para livre nomeação dos gestores.
  
Como o Estado mostrou nesse domingo, 2, Dilma também quer blindar as agências reguladoras de interferências políticas e evitar que fiquem à mercê de interesses particulares. A presidente quer profissionalizar autarquias e filtrar a escolha dos diretores.
  
A nova legislação deve seguir os moldes de outras adotadas em âmbito estadual, após o julgamento da Lei da Ficha Limpa no Supremo Tribunal Federal. Não poderão assumir cargos públicos pessoas que foram privadas de direitos políticos, que perderam mandato, que foram condenadas pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico ou político em decisão transitada em julgada, além de condenados por crimes contra o sistema financeiro, tráfico de drogas, contra a vida e dignidade sexual, entre outros.
   
Anticorrupção. A medida faz parte de um esforço de Dilma de imprimir uma marca de governo anticorrupção. Neste ano, entrou em vigor a Lei de Acesso à Informação. Em novembro, na 15.ª Conferência Internacional Anticorrupção, a presidente afirmou que prevenção e combate à corrupção são prática de Estado. "Nosso governo oferece amplo respaldo aos órgãos de controle na fiscalização, investigação e na punição da corrupção e de todos os malfeitos", disse.
   
Coordenada pela Controladoria-Geral da União, a nova norma foi elaborada por integrantes do Ministério da Justiça e da Advocacia-Geral da União (AGU). No domingo, é comemorado o Dia Internacional contra a Corrupção. Integrantes do governo defendem, como reação política ao desgaste provocado pela Porto Seguro, a publicação do decreto perto dessa data.
  
A CGU deve criar uma equipe responsável por monitorar o cumprimento do decreto. Os funcionários terão de apresentar documentos que comprovem que não foram responsabilizados ou condenados pela prática de infração penal civil ou administrativa nas situações descritas no texto legal.
   
Estatísticas da PF mostram que só em 2012 75 agentes públicos foram presos em operações. Já o Cadastro de Expulsões da Administração Federal (Ceaf), que reúne penalidades aplicadas pelo Poder Executivo, mostram que 3.207 expulsões foram aplicadas a 2.552 servidores civis, efetivos ou não, desde 2005.
  
Fonte: http://estadao.br.msn.com