Em maio de 2016, o Mago e Escritor Paulo Coelho previu tudo o que está acontecendo no Brasil, previu a divisão dos golpistas, o desespero de Temer e do Aécio e a tentativa frustrada do Temer de envolver os militares (dos quais ouviu um sonoro não), para manter seu governo ilegitimo e corrupto no poder.
Vejam as previsões de Paulo Coelho:
Paulo Coelho - Escritor
Paulo Coelho de Souza é um escritor, letrista e jornalista brasileiro. Sua obra O Alquimista é o livro brasileiro mais vendido de todos os tempos e é considerado um importante fenômeno literário do século XX.
Em artigo, escritor Paulo Coelho descreve o “dia seguinte” do impeachment de Dilma Rousseff:
‘o povo, que nada tem de bobo, se dá conta que trocou seis por meia-dúzia; Temer entra em desespero – sorridente e com pose de estadista, mas desesperado. Diz que o país está à beira do caos; Aécio também entra em desespero. Seu filme já está queimado, como mostram as pesquisas recente
Isso dito, eis o que penso que acontecerá a partir de agora:
1 – Temer asssume assim que o Senado votar a favor (o que ocorrerá).
2- Cunha passa a ser o vice-presidente. Mas se chegou tão perto, por que não tentar subir mais um degrau? Não é agora que vai mostrar as cartas escondidas na manga – é um dos melhores políticos que o Congresso tem (digo isso com o coração em pedaços).
E passa a ser a espada colocada sobre a cabeça de Dâmocles/Temer.
Nota do Folha - O único ponto em que o Paulo Coelho errou nestas previsões foi o Cunha passar a ser o vice do Temer, Cunha está preso, no entanto ele continua a ser
a espada colocada sobre a cabeça de Dâmocles/Temer.
3 – Para compensar o excesso de gastos do governo, começam as privatizações. As riquezas do Brasil são vendidas a preço de banana. A corrupção, que agora já aprendeu onde estão as possíveis armadilhas, se disfarça melhor, e exigirá muito tempo para ser descoberta.
4 – O povo, que nada tem de bobo, se dá conta que trocou seis por meia-duzia.
5 – O PT, que tampouco nada tem de bobo, volta ao confortável lugar de oposição ao governo, e começam as manifestações.
6 – O Brasil, por mais que se esforce, não consegue vender a legitimidade do novo governo lá fora.
No momento em que escrevo estas linhas, a opinião pública mundial é praticamente unânime em condenar o que aconteceu ontem (mas meu amigo Jorge Pontual tem razão, só quem pode falar do Brasil são os brasileiros).
7 – O dólar cai. as viagens para a Disneylandia sobem. Mas com isso, as exportações caem também, de maneira vertiginosa. Aqui não descarto uma (mais uma) intervenção da FIESP de modo a desvalorizar o dólar de novo.
8 – Os 54 milhões que votaram em Dilma, e que simplesmente não se manifestam porque tem medo da opinião pública, enxergam em Lula o salvador da pátria.
9 – As manifestações crescem mais ainda. Temer começa a ter dificuldades em governar. Surgem greves e bloqueios de estada, coisas do tipo.
10 – Lula cresce.
11 – Acredito na sinceridade e na honestidade de Moro. Não acho que prenderá Lula por meros interesses políticos.
Sabe que sua história, e a história de sua família seriam manchadas por gerações, como foi a de todos que apoiaram o golpe militar de 64 (tinha até recentemente amigo na família de um notório torturador, e 30 anos depois ficava me explicando que o seu sobrenome não queria dizer que compactuava com as ideias e ações do tio).
12 – Temer entra em desespero – sorridente e com pose de estadista, mas desesperado. Diz que o país está a beira do caos.
Tem conversas reservadas com as Forças Armadas.
E escuta um sonoro “NÃO” quando pede interferência.
13 – Aécio também entra em desespero. Desde o dia 1 do segundo mandato de Dilma ele fez o possível e o impossível para não deixa-la governar.
Agora vê que o maior beneficiado foi o PMDB. Começa a questionar Temer/Cunha.
Mas é tarde. Seu filme já está queimado, como mostram as pesquisas recentes.
14 – o povo já não tem mais ilusão a respeito de nada, e não se manifesta mais. A aguerrida militância do PT entra em cena sozinha. Todos começam a achar que “o Brasil inteiro” está contra o governo (assim como ocorreu agora).