quarta-feira 26 2022
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terça-feira 25 2022
O ocaso de um gurú
Serão décadas para limpar a psicosfera do Brasil e reverter o mal feito ao povo brasileiro por tanto ódio cultivado.
Os frutos do ódio...
Quantos milhões de Brasileiros vítimas da covid e seus familiares sofrem hoje nos dois planos da vida?
É uma carga de negatividade que não desejo ao meu pior inimigo, se é que os tenho.
Então fica este sentimento ambíguo de alívio e ao mesmo tempo de compaixão.
Mas a culpa não foi só do Olavo de Carvalho, a culpa foi e é de todos os que abriram o seu coração para que o ódio e a intolerância entrasse e nele fizessem morada.
O ódio encontrando terreno fértil cresceu vigoroso, e agora começa a colheita, e ela é obrigatória.
Por quanto tempo sofreremos pelo mal cultivado?
Não tem como saber, mas sei que as trevas não resistem à chama de uma simples vela e o ódio por maior que seja, não resiste a uma faísca de amor.
Então vamos acender nossas luzes e juntos vamos expulsar as trevas, vamos começar pelo perdão e pela compaixão pelos por nossos irmãos que apagaram suas luzes e plantaram o ódio.
É muito difícil combater o ódio com amor e compaixão, mas ninguém disse que seria fácil, no entanto, este é o único remédio eficaz contra a ignorância e o ódio, e dele não podemos prescindir.
O sentimento de alívio é inevitável, afinal somos humanos, no entanto, se acompanhado de perdão e compaixão, estaremos plantando o amor e o perdão em nossos corações, e a colheita será maravilhosa.
Siga em paz meu irmão, e que Deus tenha misericórdia de todos nós.
André Percepção.
Qual é a verdade brutal sobre ter filhos?
Qual é a verdade brutal sobre ter filhos?
A verdade brutal? Você quer isso? Sério?
- você não dormirá nos primeiros cinco anos, ou mais, e depois dormirá mal até que tenham mais de 18 anos.
- Você não fará sexo com seu cônjuge com frequência por cerca de 18 anos. Primeiro porque você estará esgotada de acordar com/por eles, e depois porque estará cansada de se preocupar com eles.
- Seu relacionamento mudará com seu cônjuge. De muitas maneiras inesperadas. Seu foco será sempre o(s) filho(s).
- Seu dinheiro acabará mais rápido do que você puder ganhar. Por um espaço maior pra viver, pelas fraldas e roupas de bebê, pelos materiais escolares e uniformes, pelas atividades, roupas e gás. E sempre, sempre pela comida. Eles não comem tanto quanto crianças pequenas e você vai jogar fora muita comida.
- Você dará mais ao(s) seu(s) filho(s) do que pensava que teve e terá pouco retorno na maioria das vezes. Por anos. talvez para sempre.
Mas vale a pena cada minuto.
- Quando você os vê sorrir para você pela primeira vez.
- Quando eles se viram pela primeira vez, se sentam, dão o primeiro passo, quando querem abraçá-la.
- Depois, o primeiro dia de aula, quando você se sente tão vulnerável e protetora, soltando aquela mãozinha para encararem seu primeiro dia.
- Quando ela faz sua primeira aula de balé, isso põe um sorriso no seu rosto e tudo o que você pode ver nessa classe de dez novas bailarinas é o rosto dela.
- Seu filho vai precisar de você como nunca. Você é o mundo deles. Mesmo quando você está muito cansada, muito doente, muito estressada, mesmo quando você quer apenas dez minutos ou um dia para si mesma.
- Ser pai nunca acaba. E quando seu filho completar o ensino médio, ir pra faculdade, iniciar uma carreira a talvez centenas de quilômetros de distância e talvez se casar, você sempre os amará incondicionalmente. Eles talvez precisem de distância de você quando você não quiser dá-la.
Porque agora você precisa deles. E espero que eles estejam prontos para retribuir.
Portanto, a verdade brutal é que tudo valeu a pena. Tudo vale a pena. Meus filhos agora são meus melhores amigos. Mas não há garantias. De nada.
Seleção do Quora
Desarmar os corações
Paiva Netto
Relendo o meu livro Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós, lançado em 8 de novembro de 2014, achei alguns modestos apontamentos, os quais gostaria de apresentar a vocês, que me honram com a leitura.
Por infelicidade, os povos ainda não regularam suas lentes para enxergar que a verdadeira harmonia nasce no íntimo esclarecido de cada criatura, pelo conhecimento espiritual, pela generosidade e pela justiça. Consoante costumo afirmar e, outras vezes, comentarei, eles geram fartura. A tranquilidade que o Pai-Mãe Celeste tem a oferecer — visto, de lado a lado, com equilíbrio e reconhecido como inspirador da Fraternidade Ecumênica — em nada se assemelha às frustradas tratativas e acordos ineficientes ao longo da nossa História. O engenheiro e abolicionista brasileiro André Rebouças (1838-1898) traduziu em metáfora a inércia das perspectivas exclusivamente humanas: “(...) A paz armada está para a guerra como as moléstias crônicas para as moléstias agudas; como uma febre renitente para um tifo. Todas essas moléstias aniquilam e matam as nações; é só uma questão de tempo”. (O destaque é meu.)
Ora, vivenciar a Paz desarmada, a partir da fraternal instrução de todas as nações, é medida inadiável para a sobrevivência dos povos. Mas, para isso, é preciso, primeiro, desarmar os corações, conservando o bom senso, conforme enfatizei à compacta massa de jovens de todas as idades que me ouviam em Jundiaí/SP, Brasil, em setembro de 1983 e publiquei na Folha de S.Paulo, de 30 de novembro de 1986. Até porque, como pude dizer àquela altura, o perigo real não está unicamente nos armamentos, mas também nos cérebros que criam as armas; e que engendram condições, locais e mundiais, para que sejam usadas, os dedos que apertam os botões e pressionam os gatilhos.
Armas sozinhas nada fazem nem surgem por “geração espontânea”. No entanto, são perigosas mesmo que armazenadas em paióis. Podem explodir e enferrujam, poluindo o ambiente. Elas são efeito da causa ser humano quando afastado de Deus, a Causa Causarum, que é Amor (Primeira Epístola de João, 4:16). Nós é que, se distantes do Bem, somos as verdadeiras bombas atômicas, as armas bacteriológicas, químicas, os canhões, os fuzis, enquanto descumpridores ou descumpridoras das ordens de Fraternidade, de Solidariedade, de Generosidade e de Justiça do Cristo, que é o Senhor Todo-Poderoso deste orbe.
No dia em que o indivíduo, reeducado sabiamente, não tiver mais ódio bastante para disparar artefatos mortíferos, mentais e físicos, estes perderão todo o seu terrível significado, toda a sua má razão de “existir”. E não mais serão construídos.
É necessário desativar os explosivos, cessar os rancores, que insistem em habitar os corações humanos. Eis a grande mensagem da Religião do Terceiro Milênio, que se inspira no Cristo, o Príncipe da Paz: desarmar, com uma força maior que o ódio, a ira que dispara as armas. Trata-se de um trabalho de educação de largo espectro; mais que isso, de reeducação. E essa energia poderosa é o Amor Fraterno — não o ainda incipiente amor dos homens —, mas o Amor de Deus, de que todos nós nos precisamos alimentar. Temos, nas nossas mãos, a mais potente ferramenta do mundo. Essa, sim, é que vai evitar os diferentes tipos de guerra, que, de início, nascem na Alma, quando enferma, do ser vivente.
As pessoas discutem o problema da violência no rádio, na televisão, na imprensa ou na internet e ficam cada vez mais perplexas por não descobrir a solução para erradicá-la, apesar de tantas e brilhantes teses. Em geral, procuram-na longe e por caminhos intrincados. Ela, porém, não se encontra distante; está pertinho, dentro de nós: Deus!
“(...) o Reino de Deus está dentro de vós” Jesus (Lucas, 17:21).
E devemos sempre repetir que “Deus é Amor!” (Primeira Epístola de João, 4:8). Não o amor banalizado, mas a Força que move os Universos. Lamentavelmente, a maioria esmagadora dos chamados poderosos da Terra ainda não acredita bem nesse fato e tenta em vão desqualificá-lo. São os pretensos donos da verdade... Entretanto, “o próximo e último Armagedom mudará a mentalidade das nações e dos seus governantes”, afiançava Alziro Zarur (1914-1979), saudoso Proclamador da Religião Divina. E eu peço licença a ele para acrescentar: governantes sobreviventes.
Conforme anunciado no austero capítulo 16, versículo 16, do Livro da Revelação, o Apocalipse, “Então, os ajuntaram num lugar que em hebraico se chama Armagedom”. (Armagedom, local onde reis, príncipes e governantes são agrupados para a batalha decisiva.)
Sobrepujar os obstáculos
Zarur dizia, “na verdade, quem ama a Deus ama ao próximo, seja qual for sua religião, ou irreligião”.
E um bom diálogo é básico para o exercício da democracia, que é o regime da responsabilidade.
Ao encerrar este despretensioso artigo, recorro a um argumento que apresentei, durante palestras sobre o Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, apropriado igualmente aos que porventura pensem que a construção responsável da Paz seja uma impossibilidade: (...) Isso é utopia? Ué?! Tudo o que hoje é visto como progresso foi considerado delirante num passado nem tão remoto assim. (...)
Muito mais se investisse em educação, instrução, cultura e alimentação, iluminadas pela Espiritualidade Superior, melhor saúde teriam os povos; portanto, maior qualificação espiritual, moral, mental e física, para a vida e o trabalho, e menores seriam os gastos com segurança. “Ah! é esforço para muitos anos!!” Por isso, não percamos tempo! Senão, as conquistas civilizatórias no mundo, que ameaçam ruir, poderão dar passagem ao contágio da desilusão que atingirá toda a Terra. Não podemos permitir tal conjuntura.
Acima de tudo, há que vigorar a Fraternidade Real, de que falava Zarur no seu poema de mesmo nome. Essa Fraternidade é capaz de congregar os adversos e fazer surgir de seus paradoxos saídas para os problemas que estão sufocando a humanidade, pois, sempre gosto de repetir, realmente há muito que aprender uns com os outros.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com