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sábado 09 2010

Um novo tempo e práticas velhas

O prefeito não cansa de se superar. Agora além de se apropriar de projetos do governo do estado, passou a inaugurar obras inacabadas. Sancler passará para a história de Tucuruí como o maior criminoso ambiental que Tucuruí já viu, e como o maior ilusionista de que se tem notícia graças às propagandas enganosas pagas com dinheiro público.

Sancler pertence à velha guarda política tucuruiense, uma geração de políticos que com raríssimas exceções estão acostumados a mentir, e a ganhar eleições a qualquer custo e a qualquer preço sem ter qualquer compromisso para com a cidade, o povo e o meio ambiente.

Com o repasse que Tucuruí recebe mensalmente, algo em torno de  R$ 15.000.000,00 (quinze milhões de reais), Tucuruí já deveria a tempos ter a mesma infra-estrutura que hoje existe na Vila Permanente. Tucuruí tem tudo para se desenvolver, a natureza foi generosa para com a cidade, o povo é trabalhador e hospitaleiro, temos a quinta maior arrecadação e o segundo maior PIB do estado do Pará.

Mas infelizmente temos uma verdadeira praga política, uma maldição que impede o desenvolvimento do município. Tucuruí só de desenvolverá, e o povo somente começará a colher os frutos da riqueza do município quando a nossa cidade deixar de ser governada por políticos incompetentes e sem compromisso para com o povo e para com o desenvolvimento da nossa cidade. Temos fé em Deus que um dia isso acontecerá, pois nenhum mal dura para sempre.

Cabe liminar se Sancler for cassado?


Uma pergunta que está sendo feita em todas as rodas de discussões políticas da cidade é: Se caso o prefeito for cassado, ele consegue liminar para recorrer no cargo? Bom, as opiniões dos advogados se dividem, alguns acham que ele pode conseguir a liminar e outros que não conseguem. Vamos esperar para ver...

Comentário:
A demora nas decisões da justiça eleitoral prejudica toda a população e a imagem do poder judiciário. Estas indefinições causam sérios transtornos e prejuízos ao erário público, já que no fim das contas quem paga os custos dos caríssimos advogados e "outras despesas" é o povo. É incrível o descrédito da justiça perante a população. Nove em cada dez pessoas acreditam que os resultados de julgamentos envolvendo políticos no poder (e com as chaves dos cofres públicos) são ditados pelo poder econômico e não pela lei e pelo critério técnico.

É urgente uma reforma na legislação e no poder judiciário neste país, para que o direito se sobreponha à corrupção e para que os criminosos de colarinho branco respondam pelos seus crimes. A justiça precisa recuperar a credibilidade perante a população. Sem justiça não existe democracia.

incompetência


É incrível a incompetência da assessoria de imprensa do governo do estado. Em Tucuruí TODAS as obras e projetos do governo estadual estão sendo creditados a administração municipal. O Navega Parará aparece nas propagandas da prefeitura como se fosse um projeto do município, sem nenhum crédito ao governo estadual.
A própria polícia militar através do seu representante em entrevista a uma rádio e televisão local enaltece a segurança pública e a atuação da polícia militar no município, reconhece o aumento do contingente policial devido aos concursos público, mas "esquecem" de dar crédito ao estado por apoiar e equipar a polícia (com viaturas, armas, e demais equipamentos), o que dá à população a impressão de que o aumento da segurança se deve a atual administração municipal e não ao compromisso e as ações do estado para com a segurança pública.

O fato é que o estado não consegue capitalizar politicamente as suas obras e a sua atuação a nível municipal devido a incompetência e muitas vezes o comprometimento dos seus representantes com a administração municipal. A imagem do governo estadual hoje na visão do Tucuruiense é de que o estado é omisso e ausente no município. Projetos importantes como o Navega Pará e outros são creditados ao prefeito, sem nenhuma alusão à participação do estado.

Isso é problema do governo estadual, o problema do povo de Tucuruí e do Transparência Tucuruí é que a apropriação de projetos do governo estadual por parte da administração municipal tem como objetivo justificar a aplicação e utilização dos repasses e recursos da  PMT, que hoje ultrapassam  a casa dos R$ 150.000.000,00 (Cento e cinquenta milhões de reais), somente no ano passado.

Barreirinhas candidato?

Comenta-se nos bastidores políticos locais que o empresário e ex-prefeito de Breu Branco Barreirinhas será candidato a Dep. Estadual caso o Dep. Parsifal seja o candidato do PMDB ao governo do estado. Barreirinhgas está em compasso de espera, quem não gostou muito da notícia foi o conhecido Bodão que é canditato a vaga de candidato do PMDB na região.

sexta-feira 08 2010

Entenda o que está em jogo na compra dos novos caças

Entenda o que está em jogo na compra dos novos caças
Avião Rafale
O Rafale (foto) está na competição, ao lado do Gripen e do FA-18

O processo de seleção para a compra de 36 novos caças destinados à Força Aérea Brasileira (FAB) vem gerando uma série de polêmicas em torno de um negócio que pode custar até R$ 10 bilhões aos cofres públicos.

Estão na competição o modelo Rafale, fabricado pela francesa Dassault; o Gripen NG, da sueca Saab e o FA-18 Hornet, da americana Boeing.

O Ministério da Defesa informou que já recebeu o relatório técnico feito pelo Comando da Aeronáutica, mas nenhum dos dois órgãos comenta o conteúdo do documento.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada na terça-feira, o Gripen teria recebido a melhor pontuação no relatório, considerando preço e transferência de tecnologia.

Já a aeronave francesa, preferida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estaria na terceira posição.
Além da escolha entre as três empresas, o presidente tem ainda uma outra opção: não decidir sobre um vencedor, o que pode resultar no engavetamento do processo de seleção ou na transferência da decisão para o próximo governante.

Entenda o que está em jogo na compra dos caças.

Para que os caças serão usados?
A aquisição dos novos caças tem duas finalidades práticas: intensificar a patrulha da Amazônia e da faixa de mar do pré-sal. Os equipamentos estarão aptos a fazer interceptações aéreas e ataques em solo.

Além dos 36 caças previstos no processo de seleção atual (batizado de FX-2), a FAB pretende ainda fazer novas aquisições nos próximos 15 anos, chegando à marca de 120 aeronaves.

A ampliação do poderio militar brasileiro também está relacionada às intenções do país em reforçar sua influência política no cenário internacional.

O argumento é de que, com um aparato militar mais significativo, o país estaria melhor preparado para disputar uma vaga permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas – uma das principais bandeiras da política externa brasileira.

Quais são as principais diferenças entre as três propostas?
As propostas não são idênticas, pois cada empresa teve liberdade para fazer sua própria oferta de preços, prazos e condições para transferência de tecnologia.

No caso da Saab, estima-se que o pacote tenha saído a um custo de R$ 5 bilhões, com o preço unitário da aeronave em torno de R$ 120 milhões, o mais baixo entre os três concorrentes.

O motivo seria o fato de a aeronave ser monomotor, mas segundo o fabricante, a questão não interfere na segurança ou no desempenho do equipamento, que pode atingir a velocidade de 2,4 mil quilômetros por hora.

Em declarações à imprensa no ano passado, porta-vozes da Saab disseram que a empresa está disposta a transferir tecnologia ao Brasil “sem restrições” e que o fato de seu caça ainda estar em processo de desenvolvimento abre espaço para parcerias com a indústria brasileira.

Quanto ao FA-18 Hornet, a estimativa é de que cada caça saia por cerca de R$ 170 milhões e o pacote completo por R$ 8 bilhões. Com duas turbinas, o caça pode atingir 2,1 mil quilômetros por hora.
Em nota divulgada no ano passado, a Boeing se comprometeu a adotar um modelo “inédito” de transferência de tecnologia ao Brasil, inclusive desenvolvendo as aeronaves em território brasileiro.

A Boeing vem tentando melhorar sua imagem junto à indústria militar brasileira. Há cinco anos, a empresa vetou a venda de aeronaves da Embraer à Venezuela, já que os equipamentos tinham componentes americanos.

O compromisso da Boeing no programa FX-2 foi também reforçado pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em uma carta enviada ao Itamaraty, em agosto do ano passado.
O caça Dassault, por sua vez, chega a ser cotado por até R$ 240 milhões, o que pode levar seu pacote completo à cifra de R$ 10 bilhões.

Questionado sobre a diferença de preços, o ministro da Defesa da França, Hervé Morin, disse que o Rafale tem um desempenho melhor e comparou o caça francês uma Ferrari. A velocidade máxima da aeronave é de 2,4 mil quilômetros por hora.

A Dassault falou em transferir “100%” da tecnologia de seus caças para o Brasil, mas como seu produto já está totalmente desenvolvido, há duvidas quanto ao ganho que o acordo com a empresa francesa possa trazer ao país.

Outro fator que deverá pesar na escolha do governo brasileiro é o custo da hora/voo de cada aeronave, referente, por exemplo, a despesas com combustíveis, lubrificantes e consertos de sistemas desgastados ao longo dos anos.

De acordo com a experiência dos três concorrentes, estima-se um custo US$ 4 mil a hora/voo no caso do Gripen, de US$ 10 mil a US$ 14 mil para o Hornet e de US$ 14 mil no caso do Rafale.

Qual é o procedimento para a escolha da aeronave?
A aquisição dos caças não segue o procedimento de uma licitação tradicional, em que a empresa ganhadora é apontada por uma comissão, considerando preço e critérios técnicos.

No programa FX-2, por se tratar de um assunto de segurança nacional, a palavra final sobre o vencedor é do presidente da República.

Definida a empresa ganhadora, caberá ao Senado discutir os aspectos financeiros do negócio, aprovando ou não o financiamento, por exemplo.

O presidente da Frente da Parlamentar da Defesa Nacional, Raul Jungmann, diz que a Constituição brasileira confere ao Poder Executivo a prerrogativa de definir, sozinho, a empresa vencedora. Mas, segundo ele, “não é correto o presidente atropelar o processo”.

Jungmann se refere ao fato de o presidente Lula ter anunciado, em setembro passado, que o governo brasileiro já estava “em negociação” com a Dassault – antes mesmo de a Aeronáutica ter concluído o relatório técnico.

Por que o presidente Lula e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, preferem o caça francês?
Entre os principais argumentos do governo a favor do Rafale está a “parceria estratégica” com a França – um compromisso assinado no ano passado, entre os dois países, com o objetivo de “aprofundar” projetos conjuntos na área de segurança.

Em setembro passado, o Brasil anunciou a compra de 50 helicópteros e quatro submarinos de tecnologia francesa, no valor total de R$ 22 bilhões.

O governo francês, por sua vez, se comprometeu a adquirir dez aeronaves de transporte militar fabricadas pela brasileira Embraer.
 
Além disso, a França é um dos poucos países, entre as grandes potências, que defende uma vaga permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU.

De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa agora é de que o presidente Lula, junto com ministros e assessores da área, avaliem o relatório técnico da Aeronáutica juntamente com “outras questões, mais políticas”, como a relação do Brasil com França, Estados Unidos e Suécia.

O presidente tem um prazo para tomar sua decisão?
Não. O presidente pode adiar o quanto quiser sua decisão – ou ainda, não decidir nada. Se isso acontecer, o processo de seleção pode ir para a gaveta ou ficar a cargo do próximo presidente.

Esse seria o pior cenário na visão dos militares, interessados na modernização de sua área. Na avaliação de uma fonte da Aeronáutica, uma indefinição pode “desmoralizar” o processo de seleção brasileiro, prejudicando negociações no futuro.

A expectativa entre os assessores do presidente é de que uma decisão, se realmente tomada, seja anunciada no início do ano, evitando um possível desgaste ao governo na fase de campanha eleitoral.