A primeira foto mostra a castanheira e ao lado a bica que serve ao povo do Colinas e Cohab. Dá para ver na foto que a árvore é uma das que protegem o manancial e o barranco do igarapé. Dá para ver ainda que tanto a árvore quanto suas raízes estavam saudáveis. A segunda foto mostra a castanheira em toda a sua exuberância. Na terceira foto vemos o que sobrou, apenas um toco e as partes sem valor comercial. O IBAMA autorizou o corte.
A castanheira centenária estava localizada atrás do Colégio das Irmãs e ao lado do igarapé no Bairro Colinas. Segundo informações alguns moradores se sentiam ameaçados e temerosos com uma possível queda da árvore e então procuraram o IBAMA, que autorizou o corte.
Vamos analisar a questão: Alguns moradores têm alguma razão de se sentirem ameaçados pela árvore, embora dê para perceber que a mesma estava perfeitamente saudável. Mas se os moradores estavam ameaçados (se é que estavam) foi porque construíram suas casas em área de preservação ambiental e embaixo da árvore, cometendo inclusive crime contra o meio ambiente.
Agora, do que adianta existir uma lei ambiental que protege as áreas de Preservação e a castanheira em especial se o cidadão constrói ilegalmente nas proximidades e quem tem que sair é a árvore? A castanheira já estava lá antes dos invasores nascerem. De que lado o IBAMA está? Está do lado da natureza, da Lei e da preservação ambiental, ou dos devastadores e criminosos ambientais? Várias árvores nativas e castanheiras foram derrubadas para preservar e proteger invasores de áreas de proteção ambiental, e quem preserva e protege o meio ambiente, que é patrimônio de todos nós?
Outra situação, o que está sendo feito das árvores derrubadas que tem grande valor de mercado? Ficam apodrecendo em pátios de serrarias ou são beneficiadas e comercializadas? Se a madeira está sendo comercializada, para onde vai o dinheiro da venda da madeira? O interessante é que enquanto a castanheira (Foto) estava sendo derrubada já havia um caminhão esperando para transportar o tronco de alto valor econômico, e o mais “interessante” ainda é que a parte que não teria como ser comercializada foi deixada no local (vejam a última foto).
Outra pergunta: Quem vai fazer a compensação ambiental na área de preservação onde estava a castanheira, plantando novas árvores e protegendo a nascente que abastece a população local? No mínimo o dinheiro que pode resultar na comercialização da castanheira poderia ser utilizado para recuperar a área, protegendo o barranco do igarapé e o manancial. Se os responsáveis pelo IBAMA em Tucuruí quiserem esclarecer as questões apresentadas na matéria entrem em contato, já que este assunto é de interesse de TODA a população da nossa cidade.
A população tem que ficar mais atenta às agressões ao meio ambiente em Tucuruí.
Fiscalize, denuncie, pois o meio ambiente é a nossa casa.
Estão tentando destruir o nosso lar, o lar dos nossos filhos e dos nossos netos.
CHEGAAAAAAAA!!!!!