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segunda-feira 05 2010

Valéria e Vic Pires Franco estão fora da eleição deste ano

Do Blog Espaço Aberto

A ex-vice-governadora Valéria Pires Franco (DEM) e seu marido, o deputado federal Vic Pires Franco, que também é presidente regional do partido, não concorrerão a nenhum cargo eletivo no pleito de outubro.

A decisão dos dois foi tomada agora à tarde, após encontro entre Valéria e o candidato do PSDB ao governo do Estado, Simão Jatene.

Na conversa que tiveram, Jatene ofereceu duas opções a Valéria.

Uma opção: ela desistiria da candidatura ao Senado para ser a vice na chapa dele, mas, nesse cado, o PSDB não se coligaria com o DEM para as eleições proporcionais (deputado estadual e federal).

Outra opção: o PSDB aceitaria fechar com o DEM para os proporcionais, mas não daria lugar a Valéria nem para vice, nem para o Senado.

Ela optou pela segunda proposta: que o DEM faça aliança com o PSDB para os proporcionais.

Mas como seu projeto era ser candidata apenas ao Senado, a ex-vice-governadora preferiu abrir mão de concorrer a qualquer cargo eletivo, para permitir que seus companheiros de partido disputem a eleição em aliança com os tucanos.

Em solidariedade a Valéria, o deputado Vic Pires Franco também desistiu de concorrer a mais um mandato na Câmara dos Deputados.

Deixará o espaço livre para o deputado federal Lira Maia tentar a reeleição. Vic vai continuar apenas como presidente regional do DEM.

Humor...

O preço de cada um

Do Blog Página Crítica

Correndo atrás do prejuízo, o governo Ana Júlia e o PT esforçam-se para mitigar os impactos negativos - bem maiores do que supunham - da atropelada e polêmica aliança com o PTB de Duciomar Costa.

Na lista de exigências de Duciomar e seus comparsas - como num sequestro, sem tirar nem por - havia de tudo, numa das exibições de maior fisiologismo e desapego com a coisa pública que se tem notícia na história recente do Pará.

Porém, foi na questão do apoio do governo e do PT ao projeto de privatização do serviço de água da capital, que se expôs, sem retoques, uma política que jogou às favas qualquer escrúpulo de consciência programática.

Não custa lembrar: existe uma parcela crítica do eleitorado e ela pode até não ser fabulosamente grande, mas é ativa e pode agir como uma vertente de formação de opinião.

Desconhecer esse fato, crendo apenas na força da máquina, não chega a ser uma ideia muito luminosa.

A propósito, quem sabe essa negociata que se desenrola aos olhos da multidão não serve para acordar - se é que estão mesmo adormecidos - os diligentes fiscais da lei eleitoral.

domingo 04 2010

As tentações do poder


A população de Tucuruí sempre acha que o atual legislativo municipal é sempre o pior de todos, tem sido assim a mais de vinte anos. Em nossa opinião isso é uma ilusão, é como dizer que “antigamente tudo era melhor” é a tendência do homem de recordar as boas coisas que lhe acontece e esquecer as ruins.

Esta legislatura não é pior, ou melhor que as outras, é simplesmente igual. Os atuais vereadores (com raríssimas exceções que apenas confirmam a regra) apenas repetem os mesmos erros dos seus antecessores. Ser vereador e prefeito em Tucuruí é extremamente difícil caso o político tenha a intenção de realmente honrar a confiança do povo e fazer um bom trabalho.

Antes mesmo das eleições começam as tentações dos financiadores de campanha e dos cabos eleitorais. Como o custo da campanha é muito alto o candidato precisa assumir compromissos para conseguir os recursos para a campanha, geralmente o financiador quer tratamento privilegiado, como por exemplo: Direcionamento de licitações, imunidade perante as fiscalizações da prefeitura, receber “doações” de terrenos públicos ou alugueis de carros e prédios a preços exorbitantes, tem também as reformas milionárias e as secretarias, as mais ambicionadas e disputadas pelos grandes financiadores de campanha são as que administram recursos, como a Secretaria de Saúde, Educação, Finanças e Tesouraria.

Os cabos eleitorais além de dinheiro querem “emprego” na prefeitura ou ser assessor de vereador, mas não é qualquer emprego não, querem ser chefes e de algum departamento em que não precisem fazer esforço ou cumprir horário e de preferência onde possam “se dar bem” e “melhorar de vida” em quatro anos e a qualquer preço.

Muito bem, voltemos aos vereadores... Depois de eleitos eles tem que superar dificuldades e grandes tentações. Tudo começa pela pressão dos financiadores de campanha e cabos eleitorais por empregos públicos para si mesmos ou para parentes, e a eles se juntam os próprios amigos e familiares dos vereadores, todos “famintos” por cargos, poder e vantagens. Aí como se não bastasse, vem às pressões dos caciques do partido que se são aliados do prefeito ou são cooptados por ele, ou de acordo com as suas conveniências pressionam para que o vereador seja subserviente e não "atrapalhe" o executivo.

Como se não bastasse, mesmo antes de ser diplomado o vereador começa a sentir o assédio dos corruptores já na escolha do Presidente da Câmara, em especial o assédio de uma mente diabólica e sem limites que sempre controlou os bastidores do legislativo em Tucuruí, um só descuido, um só passo em falso e o vereador estará definitivamente comprometido e ai “JÁ ERA”, foi dominado. Pode-se contar nos dedos de uma só mão (e ainda sobram dedos) os vereadores que nos últimos vinte anos conseguiram escapar de alguma forma destas influências maléficas.

A maioria da população não sabe como funcionam os bastidores da política e do poder, e sem conhecer o inimigo e suas táticas não tem como os combater e muito menos vencer. Este é um dos nossos objetivos, tirar máscaras e trazer para a luz do dia a realidade que os maus políticos tenta manter escondida, o mal ama e precisa da escuridão e da ignorância.

Estamos absolutamente convencidos de que a única alternativa do povo tucuruiense para moralizar a política e a administração pública nesta cidade, além de eleger bons políticos é o controle social. O povo deve se organizar, fiscalizar e cobrar honestidade e eficiência dos vereadores e do prefeito. Deve ainda recorrer e cobrar do judiciário a aplicação da Lei e a punição aos crimes contra a administração pública, só assim teremos bons governantes e bons parlamentares. Só assim teremos a Tucuruí que desejamos e merecemos.

Tucuruí encontra-se em um círculo maléfico e vicioso, por isso temos sempre a impressão de que a cada eleição fica pior, é só ilusão, tudo fica na mesma, o que aumenta mesmo é a decepção e a sensação de impotência.

Mas nada no universo dura para sempre (A não ser o seu criador), tudo muda, tudo se renova, se esta mudança vai ser agora ou se vai demorar, só depende de nós.

Outubro está bem ai, é hora de votar com mais cuidado, vote em pessoas de bem, vote com a razão, não vote em pilantra, não vote em canalha, não vote em bandido, é o seu, é o nosso futuro que está em jogo.

O Fim da Pré-Campanha

De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Quem tinha razão era Magalhães Pinto, velha raposa política e ex-governador de Minas Gerais. A política é mesmo como nuvem. Uma hora, você olha e vê uma coisa. Olha de novo e ela já mudou.

Se estivesse vivo, seria o que ele diria sobre o período da campanha presidencial que agora se encerra. Do início de abril, quando se desincompatibilizaram os principais candidatos, ao fim de junho, quando começa a reta final da sucessão, tudo ficou diferente.

A entrada em campo de Serra era aguardada há meses. É verdade que ele teve que disputar, até dezembro, o posto de candidato com Aécio, ainda que não se preocupasse muito com as aspirações do mineiro. Estava convencido de que o PSDB terminaria por lhe entregar a vaga.

De qualquer maneira, o fato é que, desde quando Aécio saiu do páreo, nada mais restava em seu caminho. Com a candidatura assegurada, teve amplo tempo para se preparar, montar sua estratégia, organizar sua equipe. Ainda que continuasse, de janeiro a março, com suas obrigações de governo, pôde pensar com calma no que faria quando saísse do Palácio dos Bandeirantes.

Com algum retardo (que ajudou a manter o suspense sobre sua decisão até a véspera do prazo fatal), ele finalmente renunciou ao cargo de governador e virou candidato. Juntou-se a Dilma que, dias antes, havia deixado o ministério.

Entre o começo de abril e meados de maio, Serra viveu seus melhores 45 dias desde quando iniciou sua jornada em busca da Presidência. Quem tiver alguma memória se lembrará do que andaram dizendo seus correligionários e publicaram aqueles que por ele torcem na imprensa carioca e paulista.

Era como se estivesse ali começando para valer a sucessão, com um goleador nato, em momento inspirado, mostrando seu melhor futebol. Para eles, Serra fazia um gol atrás do outro, com postura serena, palavras sempre bem escolhidas, hábeis manobras.

Pelo que se lia nesses jornais, enquanto Serra conquistava novos apoios, Dilma perdia os dela. Era apenas questão de tempo até que as pesquisas assinalassem seu crescimento. Enquanto não vinham, as colunas estavam cheias de especulações sobre “pesquisas internas”, que já o mostrariam bem à frente da adversária.
Se era esse o tom da cobertura a respeito do candidato tucano, via-se o inverso no que era publicado sobre a petista. Parecia que uma desastrada havia entrado em campo, cometendo um erro depois do outro. Precipitação, amadorismo, inabilidade, incompetência, era isso que se falava dela e de sua campanha. Chegaram a dizer que Lula andava nervoso, agitado, irritadiço.

As nuvens, no entanto, mudaram. Se o sol parecia brilhar para Serra até o meio de maio, a chuva desabou de lá para cá. Viu-se que a falta de traquejo eleitoral não prejudicava Dilma. Ela cresceu nas pesquisas, suas alianças se confirmaram, outras surgiram. Gorou a esperança de que a propaganda partidária de PSDB, DEM, PPS e PTB, somadas, mudassem o panorama. Na maioria dos estados, alegrias para o governo, decepções para a oposição. Lula já não franzia mais a testa. Quando junho chegou ao fim, ele era só sorrisos.

Ficou, no entanto, para o apagar das luzes da “pré-campanha”, o pior momento. O episódio da escolha do companheiro de chapa de Serra tem tudo para entrar para a história.

Desde a quarta-feira, quando Índio da Costa foi confirmado, já se falou tanto que é até cruel insistir no assunto. Qualquer argumento em favor de seu nome chega a ser risível, desde o potencial de seus 40 anos atraírem a juventude e provocarem a reversão do voto no Sudeste, à densidade de sua biografia de “ficha limpa”.

Mas resta uma pergunta: por mais que as pessoas se julguem imortais, um candidato a presidente não tem a obrigação de raciocinar com a hipótese de vir a faltar, por qualquer motivo? Não foi, talvez, pensando assim que Collor escolheu Itamar, que Fernando Henrique convidou Marco Maciel, que Lula optou por José Alencar?

Goste-se ou não de Michel Temer, nem seus inimigos negam que tem experiência e qualificações para, se imperativo, substituir Dilma. E Índio da Costa?