Correndo atrás do prejuízo, o governo Ana Júlia e o PT esforçam-se para mitigar os impactos negativos - bem maiores do que supunham - da atropelada e polêmica aliança com o PTB de Duciomar Costa.
Na lista de exigências de Duciomar e seus comparsas - como num sequestro, sem tirar nem por - havia de tudo, numa das exibições de maior fisiologismo e desapego com a coisa pública que se tem notícia na história recente do Pará.
Porém, foi na questão do apoio do governo e do PT ao projeto de privatização do serviço de água da capital, que se expôs, sem retoques, uma política que jogou às favas qualquer escrúpulo de consciência programática.
Não custa lembrar: existe uma parcela crítica do eleitorado e ela pode até não ser fabulosamente grande, mas é ativa e pode agir como uma vertente de formação de opinião.
Desconhecer esse fato, crendo apenas na força da máquina, não chega a ser uma ideia muito luminosa.
A propósito, quem sabe essa negociata que se desenrola aos olhos da multidão não serve para acordar - se é que estão mesmo adormecidos - os diligentes fiscais da lei eleitoral.
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