Segundo o Departamento, para
comprar a cesta básica no sétimo mês do ano, o brasileiro precisou trabalhar em
média 92 horas e 48 minutos, contra 89 horas e 1 minuto em junho
Agência Estado
O salário mínimo do trabalhador
no País deveria ter sido de R$ 2.519,97 em julho, a fim de suprir as
necessidades básicas dos brasileiros e de sua família, como constata a Pesquisa
Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta segunda-feira pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Com base no maior valor apurado
para a cesta no período, de R$ 299,96, em Porto Alegre, e levando em consideração
o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser
suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia,
saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese
calculou que o mínimo deveria ter sido 4,05 vezes maior do que o piso vigente
no Brasil, de R$ 622,00.
Mais : Desemprego em 7 regiões avança para 10,7% em
junho, diz Dieese
O valor estimado pelo Dieese em
julho é suavemente menor do que o apurado para junho, quando o mínimo
necessário fora calculado em R$ 2.416,38, ou 3,88 vezes o mínimo atual. Há um
ano, o salário mínimo necessário para suprir as necessidades dos brasileiros
fora calculado em R$ 2.212,66, ou 4,06 vezes o mínimo em vigor naquele período,
de R$ 545,00.
A instituição também informou que
o tempo médio de trabalho necessário para que o consumidor que ganha salário
mínimo pudesse adquirir, em julho deste ano, o conjunto de bens essenciais
aumentou na comparação com o mês anterior, mas diminuiu frente a julho de 2011.
Também : Cesta básica pode ficar 10% mais barata
De acordo com o Dieese, para
comprar a cesta básica no sétimo mês de 2012, o brasileiro precisou trabalhar
em média 92 horas e 48 minutos, contra 89 horas e 1 minuto em junho. Em julho
do ano passado, a jornada média de trabalho exigida para a compra de itens
alimentícios básicos foi de 93 horas e 52 minutos.