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terça-feira 10 2013

Rebeldia Digital - “O gigante acordou” .

    
     
“O gigante acordou” 
   
Definiram os internautas. Mas deixou mais perguntas do que respostas. Sem saber como funcionam as tecnologias digitais ninguém vai entender nada dos protestos recentes no Brasil.Por Renata Valério de Mesquita
   
Cartazes, palavras de ordem e as mais diversas hashtags (o símbolo de jogo da velha que funciona como aspas anunciando assuntos no Facebook e no Twitter) invadiram as ruas, as estradas e a internet durante as manifestações políticas que vêm chacoalhando o País desde junho. Foram levantadas bandeiras pela tarifa zero no transporte público, por saúde e educação com padrão Fifa, pelo fim da corrupção, contra e a favor da PEC 37, e até pela volta da ditadura, só para dar alguns exemplos.
   
A amplidão e a falta de foco dos protestos deixaram, ainda sim, uma mensagem clara: embora nem todos queiram a mesma coisa, a população politizada não quer mais que as coisas continuem como estão. “Mas tentar entender as manifestações pelos cartazes é o mesmo que tentar descobrir o sabor de um alimento pela tabela nutricional”, compara Ricardo Cavallini, especialista em comunicação interativa. Até porque a recente onda de mobilização nacional tem um gosto diferente de tudo o que a sociedade brasileira tinha experimentado até agora.
   
Na era da internet rápida, dos dispositivos móveis e das redes sociais, é o ativismo digital que fermenta a massa. As manifestações do século XXI já não são articuladas, deflagradas, concretizadas e narradas como antes. Os ativistas já não precisam de organizações estudantis para exorcizar suas insatisfações, nem de partidos políticos ou sindicatos para pautar suas reivindicações, nem mesmo de líderes carismáticos no comando das iniciativas – para o bem e para o mal dos próprios protestos. Assim como não esperam mais o jornal do dia seguinte para saber das notícias. Um dos resquícios que sobraram do passado parece ser as cartolinas, que marcaram presença em todos os atos nas ruas.
   
“Toda gota d’água depende de massa crítica. Quando a taxa de conexão passa de um número mágico, que parece ser 40% da população, começa-se a ter uma parte significativa e determinante do comportamento da sociedade sendo conduzida pela internet”, indica Silvio Meira, pesquisador e cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar). Segundo o último levantamento publicado pelo Ibope, em julho, 102,3 milhões de brasileiros estavam conectados, ou seja, mais de 50% da população.
   
Entre os mais assíduos das manifestações – pessoas entre 15 e 24 anos –, 70% têm smartphone em todas as faixas de renda e, em média, passam sete horas por dia online, de acordo com a pesquisa de maio do Financial Times e da Telefônica feita em 27 países. “Se com uma taxa de conexão como essa não existisse ativismo digital, o Brasil estaria morto”, comenta Meira.
    
Poderes autônomos
   
Em junho, as ruas de 438 cidades foram tomadas por cerca de 2,5 milhões de pessoas que quebraram o estigma da suposta “passividade” atribuída ao brasileiro. Tanto a convocação para esse dia como muitas outras que ocorreram nos últimos dois meses ganharam adeptos da forma mais tradicional que existe: o boca a boca. Só que agora esse processo é turbinado pelas ferramentas de comunicação na internet, como Facebook, Twitter, sites, blogs, YouTube, Tumblrs e Whatsapp.
    
“Os laços sociais tornam-se espaços de influência na difusão de informações e mobilizações”, explica Raquel Recuero, pesquisadora gaúcha em redes sociais e comunidades virtuais na internet e professora de Comunicação na Universidade Católica de Pelotas. “Ver que amigos e conhecidos vão protestar pesa na sua decisão de ir ou não. O que as pessoas da sua rede dizem faz mais diferença do que o que dizem as instituições em si”, ressalta.
    
O poder de influência está com cada integrante da rede social. As mensagens que circulam online são, ao mesmo tempo, reforçadas e confrontadas por diferentes lados, induzindo à reflexão das pessoas. Os internautas estão mais expostos a vozes dissonantes das próprias e participam de realidades de vida diferentes – amigos que moram em outra cidade ou país, de faixa etária ou de classe social muito distintas. Além disso, as relações sociais online extravasam para além da rede – uma adolescente conectada influencia a opinião dos pais, que podem nunca ter entrado na internet.
   
Ter 500 amigos no Facebook representa ser uma pessoa com capacidade para atingir diretamente 500 integrantes da sua rede de relacionamentos e ser afetada pelos 500, que foram influenciados por muitos mais. As relações são bilaterais, pois as duas partes são amigas entre si e se influenciam, podendo compartilhar, curtir e comentar o conteúdo publicado por elas.
   
No Twitter, a relação de influência não é recíproca, quem segue alguém não necessariamente é seguido ou conhecido por essa pessoa. Mas é potencializada por ter 100% do seu conteúdo aberto na internet. O número de seguidores de um perfil (página usada por uma ou mais pessoas nas redes sociais) pode chegar a milhões de internautas. Sem dúvida, esses são novos mediadores das trocas de ideias no mundo de hoje e têm alto poder de convocação. Os pensamentos publicados por eles ou por qualquer um, entretanto, podem tomar caminhos inusitados.
   
“A perspectiva é o outro que dá. Às vezes, você não teve intenção de falar aquilo, mas seus pensamentos são apropriados por um grupo que você nunca imaginou – nem teve a intenção de – influenciar”, observa Fabio Malini, coordenador do Laboratório de Internet e Cultura (Labic), de Vitória (ES). “Essas ideias são absorvidas pelo grupo e você é alçado à condição de coordenador. É um conceito de liderança temporal. Em questão de dias tudo pode mudar.”
   
Embora não se refira a um perfil, o que aconteceu com a palavra “vandalismo” é um bom exemplo disso. A palavra acabou sendo usada nas redes sociais com w, de “wandalismo”, como referência ao cantor Wando, virando fonte de piadas. “Caiu na comunidade blogueira de humor, que é forte pra caramba, e virou apropriação crítica e irônica. E isso fortaleceu ainda mais os movimentos de rua”, explica Malini.
   
O coordenador do Labic vem acompanhando de perto a movimentação na rede há um ano, criando bancos de dados com as mensagens trocadas em torno de palavras-chave e de hashtags. Com isso, gera “grafos” (os mapas dessas interligações) para analisar como aconteceram as conversas ao redor do tema. É possível fazer um recorte por horário, por dia, rastrear perfis que iniciaram o debate, saber o quanto e por quem as mensagens foram replicadas, como se desenvolveram os agrupamentos de apoio e de crítica à ideia proposta, e muito mais.
   
Nesse novo ambiente digital, as lideranças verticalizadas foram tombadas. As ações agora são coletivas e horizontais. Procurar líderes nesse processo é pensar à moda antiga. “É muito difícil aceitar que as coisas são diferentes na essência. O caminho de influência se dá de outra forma na internet, é caótico, distribuído, fragmentado. A realidade mudou. Por isso, a leitura dos acontecimentos tem que ser feita de outra forma também”, destaca Cavallini.
    
Influenciadores tradicionais
   
A dinâmica ágil e nervosa da influência pela internet afeta a relação do povo com a mídia tradicional. A posição passiva,“da poltrona”, dos espectadores consumidores de acontecimentos perdeu lugar para a atitude participativa e espontânea do ativismo. A cobertura das grandes redes de comunicação, como Globo, Band ou Record, passou a disputar audiência com as notícias publicadas pelos próprios manifestantes e por grupos menores de informação, como o Ninja – Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação.
   
Pesquisas do Grupo Terra e da associação de mídia interativa IAB Brasil indicam que o uso da internet já superou o tempo gasto com televisão e que o consumo de conteúdo em aparelhos móveis, como smartphone, já ultrapassou a leitura de jornais e revistas impressas. “Saiu o ‘programador central’; ele ainda existe e ele é importante, mas está perdendo relevância. As pessoas se articularam sozinhas. Se os canais de tevê não estão transmitindo, o problema é deles; irrelevantes são eles”, destaca Silvio Meira.
   
De qualquer forma, o material gerado pela imprensa tradicional permanece sendo fonte articulada de informação e de debate. Tanto que, durante os movimentos sociais, as notícias veiculadas pela mídia foram intensamente compartilhadas em redes sociais. Os perfis tradicionais da imprensa não perderam autoridade, porque continuam a ter muitos seguidores e as pessoas replicam seus tweets – como o jornalista Marcelo Tas, com mais de 4 milhões. “Mas não costumam ter centralidade porque não retuítam, não compartilham, não conversam, só publicam seu conteúdo”, analisa Fabio Malini.
   
Os únicos desconectados dessa história toda parecem ser os políticos. Mais do que uma ponte sobre o abismo entre a percepção da elite política e a vontade do povo, a internet induzirá a mudanças profundas na sociedade, acredita Meira. “Em 1860, quando surgiram os partidos políticos, a mediação era necessária pela única e simples razão de que era inviável pelo correio reunir todos os cidadãos para discutir organizadamente. Será – este é um grande ‘será’ – que a gente pode exercer a democracia direta?”, pergunta o cientista do Cesar.
   
A resposta não virá na mesma velocidade da internet rápida, mas certamente vai definir a política do século XXI.
    

Que animais são utilizados na medicina popular?

por Priscila Gorzoni
   
Vários. Em alguns casos, é usado o bicho inteiro. Em outros, só uma parte. Mas, além de não ter eficácia comprovada, essa herança folclórica representa um enorme risco ecológico. “O uso frequente desses animais tem provocadoo declínio populacional das espécies”, afirma Rômulo Romeu da Nóbrega Alves, biólogo da Universidade Federal da Paraíba e coautor de Zooterapia: Os Animais na Medicina Popular Brasileira. 
    
Segundo Alves, só nas regiões Norte e Nordeste do país, foram catalogadas 283 espécies empregadas como medicamento – e 27% delas estão ameaçadas de extinção.
    
FARMÁCIA ASSASSINA
    
Exemplos de animais que morrem para virar remédios sem nenhuma eficácia comprovada.

NA LISTA VERMELHA
   
Animal: Estrela-do-mar
   
Parte do corpo: Corpo todo
   
No Norte e Nordeste do Brasil, para “curar” gripe, asma e cansaço, é feito um chá com pedaços de estrela-do-mar torrados e moídos. Quatro espécies já estão incluídas no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.
   
HERANÇA AFRICANA
   
Animal: Cavalo-marinho
   
Parte do corpo: Corpo todo
   
São caçados no mundo todo – inclusive no Brasil, onde seu uso “terapêutico” foi introduzido pelos escravos africanos. Em alguns locais da Bahia, por exemplo, faz-se um chá com pó torrado para “curar” gripe, bronquite e asma.
   
DUAS CORES, UM DESTINO
   
Animal: Boto-vermelho
   
Parte do corpo: Gordura
   
Este animal da Amazônia já teve olhos e genitálias arrancados para servirem como amuletos. Hoje, quem cumpre esse triste papel é o boto-cinza. Do vermelho, é extraída a banha, usada em massagens contra reumatismo.
   
TORTURA EM CATIVEIRO
   
Animal: Urso
   
Parte do corpo: Bílis
   
Prática cruel, mas legal na China: o bicho é mantido em jaulas minúsculas e o líquido é extraído por um tubo (inserido com uma punção tão dolorosa que o urso chega a morder as patas em desespero). A bílis serviria para tratar dor de cabeça, ressaca e pedras nos rins.
   
MERCADO NEGRO
   
Animal: Tigre
   
Parte do corpo: Ossos e pênis
   
Embora proibido na China desde 1993, o comércio de órgãos de tigre segue firme. Seu pênis é o ingrediente principal de sopas “afrodisíacas”. Os ossos teriam o poder de curar malária, convulsões, problemas de pele e até preguiça.
   
DESASTRE AMAZÔNICO
   
Animal: Tartaruga-da-Amazônia
   
Parte do corpo: Gordura
   
É uma das maiores espécies de água doce do mundo. É capturada com redes ou arpões quando vai à praia desovar. Sua banha, aplicada como pomada ou via oral, serviria para dores musculares, de garganta e de estômago.
   
MORTE ESTÚPIDA
   
Animal: Rinoceronte
   
Parte do corpo: Chifres e crânio
   
Só na China são processados, por ano, cerca de 700 kg de pó do chifre, um suposto afrodisíaco. Isso equivale a 40 mil rinocerontes mortos. Depois que o chifre é extraído, o resto da carcaça é abandonado por não ter valor comercial.
   
DANDO SOPA PARA O AZAR
   
Animal: Tubarão
   
Parte do corpo: Barbatana
   
Em maio, o Ibama apreendeu 7,7 toneladas de barbatanas de tubarão pescadas ilegalmente em Belém (PA), que seriam exportadas para a China. Lá, acredita-se que uma sopa desse ingrediente traga sorte e saúde.
   
O tubarão pescado é devolvido ao mar sem a barbatana. Sem poder se locomover, morre afogado, de fome ou devorado por peixes.
   
O tráfico de animais é o terceiro maior tipo de contrabando do mundo – só perde para drogas e armas.
   
FONTES Josiano Torezani, do Ibama Cetas Chico Mendes (BA), Cristina Isis, do Ibama (AM), Rômulo da Nóbrega Alves, biólogo da Universidade Federal da Paraíba, Vera Ferreira da Silva, biológa do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Gabriela Toledo, do Projeto Esperança Animal, e World Wildlife Foundation

segunda-feira 09 2013

Tucuruí - Pobre cidade rica

Tucuruí - Uma cidade abençoada com muitas riquezas, um povo bom, trabalhador e hospitaleiro, mas amaldiçoada por uma classe política incompetente e sem compromisso algum para com a cidade e o seu povo.
   
A composição do Produto Interno Bruto (PIB) do Pará relativo ao ano de 2010, o levantamento mais recente hoje disponível, mostra que o interior assume um papel cada vez mais importante na formação da riqueza do Estado. O resultado disso está na perda de peso relativo da Região Metropolitana de Belém, que até pouco tempo atrás se impunha de forma avassaladora pelo seu poderio econômico.

    
Responsável pelo cálculo do PIB em parceria com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) deverá divulgar em novembro próximo o PIB estadual de 2011 e, em dezembro, o PIB dos municípios. Esse levantamento, feito com base em dados oficiais, é um dos critérios utilizados nos cálculos que definem as cotas de partilha do ICMS, os coeficientes de distribuição dos Fundos de Participação (dos Estados e dos Municípios) e também dos fundos constitucionais.
    
Excluindo a capital, os dez primeiros do ranking abrigam nada menos que cinco municípios mineradores. Além de Parauapebas, já citado, figuram na lista Marabá (R$ 3,6 bilhões), Canaã dos Carajás (1,5 bilhão), Paragominas (1,2 bilhão) e Oriximiná (1,2 bilhão).
Também na lista dos maiores, mas sem relação direta com a indústria extrativa mineral, aparecem Ananindeua (R$ 3,6 bilhões), Barcarena (R$ 3,5 bilhões), Tucuruí (R$ 2,8 bilhões), Santarém (R$ 2 bilhões) e Castanhal (R$ 1,4 bilhão). Vejam a notícia completa no Diário do Pará.
     
COMENTÁRIO DO FOLHA: 
      
Apesar de ser considerada uma cidade rica e ter o PIB maior que grandes municípios como Santarém e Castanhal, e sendo o 5º município mais rico do Estado do Pará, nossa cidade sofre com a precariedade dos serviços prestados pela Prefeitura Municipal, em especial a saúde, educação e saneamento básico.
    
Tirando as obras do Governo Federal, praticamente não existe nenhum investimento da Prefeitura com recursos próprios. Em compensação a Folha de Pagamento da Prefeitura está em mais de R$ 10.000.000,00 dez milhões, sendo que destes dez milhões, menos de R$ 3.000.000,00 é a folha dos concursados, o resto é comissionados, cargos de confiança e contratados. Tem famílias inteiras contratadas pela PMT e o nepotismo é regra na prefeitura que há mais de sete anos não faz concurso público, garantindo assim um enorme cabide de emprego para o Prefeito, vereadores e políticos aliados do Prefeito Sancler (PPS).
    
Caso o Prefeito investisse apenas 10% da arrecadação do município na prestação de serviços públicos, Tucuruí seria uma das cidades mais desenvolvidas e a qualidade de vida dos tucuruienses seria uma das melhores do Pará, quem sabe do Brasil.
    
Mas infelizmente, o que Tucuruí tem de riquezas, também tem de políticos incompetentes e sem compromisso para com a população do município, o que anula a vantagem de termos a quinta maior arrecadação do Estado do Pará, mesmo sendo um dos menores municípios do Estado. 
    
Isso é muito triste, mas é a cruel realidade. 
    
Sem prefeito e sem vereadores de fato, Tucuruí está à deriva e a sua população abandonada.
    
ISSO É UMA VERGONHA!!!
    

Fenômeno raro mostra planeta Vênus sendo encoberto pela Lua

A Lua e o planeta Vênus - Foto tirada hoje às 19:30 em Tucuruí.
Por volta das 19 horas deste domingo (8), quem olhou para o céu viu a Lua "sorrindo" e uma estrela brilhando a seu lado. O raro fenômeno mostra a Lua encobrindo o planeta Vênus e evidencia a estrela Espiga (ou Spica).
“Essa estrela tem importância histórica, pois é mostrada na bandeira brasileira acima da faixa Ordem e Progresso representando o Estado do Pará”, explica Jair Barroso, do Observatório Nacional.
O planeta Vênus, o mais brilhante do nosso céu, aparece no céu nos fins de tarde, desde meados de julho. Na noite de domingo, ele ficou completamente escondido atrás do satélite natural da Terra. O fenômeno pode ser visto em regiões no sul do País e em São Paulo. Também foi possível registrar o fenômeno em Amã, na Jordânia.
Nesta segunda-feira (9), na mesma região do céu ao escurecer, será possível observar novamente a estrela, os planetas Vênus e Saturno e a Lua.

AMARRIBO Brasil e Transparência Internacional: unindo forças contra a corrupção

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Transparência Internacional e a AMARRIBO Brasil somam suas experiências e forças em uma aliança para o combate à corrupção no país. 
     
A Transparência Internacional (TI) é um movimento global com uma mesma visão: um mundo em que governos, setor privado, sociedade civil e a vida cotidiana das pessoas estão livres da corrupção. A TI trabalha em mais de 100 países e no âmbito internacional para fazer com que esta visão se torne realidade. 
    
A presença global da TI permite que ela defenda modelos e legislações internacionais contra a corrupção e que governos e empresas efetivamente se submetam a eles. Sua rede global também significa colaboração e inovação, o que lhe dá condições privilegiadas para desenvolver e testar novas soluções anticorrupção. 
    
Mas cada país enfrenta seus próprios desafios e ninguém os conhece melhor que seus próprios cidadãos. É por isto que todo o trabalho da TI l no âmbito nacional é realizado por organizações locais anticorrupção, que estão melhor posicionadas para entender as transformações que seu país necessita e que estão comprometidas a fazê-las acontecer. 
    
A AMARRIBO Brasil é uma ONG que desde 1999 luta contra a corrupção no país. A partir de sua experiência exitosa combatendo a corrupção local, a AMARRIBO tornou-se referência nacional e hoje lidera uma rede de entidades locais que colaboram para o exercício do controle social e a participação democrática em mais de 200 municípios brasileiros. 
    
Além do seu trabalho de prevenção e luta contra a corrupção nos municípios, a AMARRIBO é protagonista em iniciativas em âmbito nacional. Através da mobilização de sua rede de organizações, foi uma das lideranças da bem sucedida campanha pela aprovação da Lei da Ficha Limpa em 2010. Em 2012, a AMARRIBO foi parceira da Transparência Internacional na organização da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, sediada em Brasília. 
    
A AMARRIBO Brasil está em processo de integração à rede global da Transparência Internacional, convertendo-se em Capítulo Nacional da TI. Esta aliança permitirá que sua cooperação com a TI se torne permanente e ainda mais exitosa. A parceria começa a partir de três eixos estratégicos: apoio a vítimas de corrupção; produção de conhecimento anticorrupção; e trabalho em rede. 
    
APOIO AS VÍTIMAS DA CORRUPÇÃO 
    
Cidadãos ao redor do mundo constantemente identificam a corrupção como um dos mais importantes problemas globais, mas frequentemente não contam com o conhecimento ou os meios para combatê-la. Estas pessoas necessitam apoio para que suas vozes sejam ouvidas e que justiça seja feita. 
    
Todos os dias, a AMARRIBO e as entidades integrantes de sua rede nacional recebem denúncias de casos de corrupção e pedidos de ajuda. Para atender estas vítimas e conseguir justiça, a AMARRIBO está trabalhando para trazer para o Brasil uma das ferramentas mais bem sucedidas da Transparência Internacional: os Centros de Incidência e Assistência Legal (Advocacy and Legal Advice Centres, ALACs)
    
Com mais de 80 centros pelo mundo, os ALACs oferecem um mecanismo simples, viável e confiável para as pessoas apresentarem queixas contra casos de corrupção. Além de fortalecer os cidadãos, os Centros também têm um papel fundamental na identificação de pontos críticos de corrupção que requerem a ação oficial ou reformas específicas. Utilizando os ALACs como eficientes coletores de dados empíricos sobre as consequências e mecanismos de corrupção, a Transparência Internacional atua estrategicamente para promover transformações sistêmicas em políticas e condutas públicas e, de uma maneira mais geral, combater a aceitação social das práticas corruptas. 
    
De acordo com uma pesquisa recente da Transparência Internacional – o Barômetro Global da Corrupção 2103 -, 81% dos entrevistados brasileiros acreditam que o cidadão comum pode fazer uma diferença na luta contra a corrupção. A AMARRIBO quer, através dos ALACs, garantir que estas pessoas tenham o apoio necessário para exercer seu potencial de transformação. 
    
PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO ANTICORRUPÇÃO 
    
A corrupção se manifesta das mais distintas maneiras dependendo do contexto e das condições locais para sua ocorrência. Igualmente, as soluções devem frequentemente assumir formas específicas. Por esta razão, é fundamental conhecer bem os tipos, especificidades e causas da corrupção, assim como as soluções mais adequadas. 
    
A partir da sua experiência bem sucedida e o conhecimento adquirido na luta contra a corrupção local, a AMARRIBO publicou em 2003 o livro “O Combate à Corrupção nas Prefeituras do Brasil”. O livro serve desde então de manual para ONGs em todo o Brasil lutarem contra a corrupção em seus municípios. 
    
Maior referência no mundo sobre o fenômeno da corrupção, os estudos da Transparência Internacional abordam o problema sobre todos os ângulos. Desde avaliações sobre riscos de corrupção em governos e empresas até a maior pesquisa global de opinião sobre a corrupção, a TI vai além da manifestação direta da corrupção para entender também seus custos, efeitos colaterais, causas e principais medidas preventivas. 
    
Através da sua aliança com a TI, a AMARRIBO busca trazer para o Brasil todo este estoque de conhecimento sobre a corrupção produzido em 20 anos e em mais de 100 países. Através de parcerias locais com centros de pesquisa, universidades, governos e empresas, a AMARRIBO busca também facilitar a adaptação e o uso adequado deste conhecimento para o contexto brasileiro, além de criar as condições para a produção local de conhecimento e soluções específicas. 
    
TRABALHANDO EM REDE 
    
As melhores soluções contra a corrupção são aquelas que contam com o apoio de todos. Além disso, a complexidade e dimensão do problema impedem que a corrupção seja combatida de maneira isolada. 
     
Composta por mais de 200 organizações locais, a Rede AMARRIBO-IFC é hoje a maior coalizão brasileira em prol do controle social do poder público e da participação democrática. Esta rede nacional pode ser ainda ampliada e melhor equipada com novas soluções e conhecimento prático para o combate à corrupção. A AMARRIBO e o IFC, líderes desta coalizão, estão trabalhando para isso conectando sua rede nacional à rede global da Transparência Internacional, composta hoje por capítulos nacionais em mais de 100 países. 
    
A vinculação entre o local, nacional e o global amplia as possibilidades de trocas de experiências, alianças estratégicas, mobilização da cidadania e incidência efetiva no combate à corrupção. 
    
Para saber mais sobre essas iniciativas e apoiar este trabalho escreva para amarribo@amarribo.org.br