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quarta-feira 12 2014

Por que o burro virou símbolo da ignorância?

por Ana Alice Vercesi

     
“A fama de ser um bicho com comportamento difícil e incapaz de aprender começou na Grécia antiga”, afirma Osvaldo Humberto Leonardi Ceschin, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humadas da USP.
           
Por volta de 600 a.C., o burro já era tratado em histórias como teimoso, bobo e ignorante. Em uma das fábulas de Esopo – narrativas orais sobre animais com características humanas –, o burro veste uma pele de leão e tenta assustar as pessoas, até que é pego pela raposa em um deslize. Posteriormente, essas histórias foram passadas para o papel e popularizadas por Fedro, no século 1, e pelo francês Jean de La Fontaine, no século 17.
            
Palavras associando o burro à estupidez e à ignorância começaram a aparecer no século 2: a expressão asinina cogitatio (“raciocínio de burro”, em latim) fazia parte da obra de Lucius Apuleius, autor de O Asno de Ouro, sobre um homem que vira um asno. “Na língua portuguesa, o termo ‘burrico’ surgiu no século 12”, explica Mário Eduardo Viaro, também da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
           
CONSULTORIA: Mário Eduardo Viaro e Osvaldo Humberto Leonardi Ceschin, ambos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP FONTE www.literature.org
            

terça-feira 11 2014

Faculdade Gamaliel compromete-se a adotar medidas reparatórias em relação a alunos de curso irregular de enfermagem

Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o MPF prevê medidas reparatórias tanto para o caso de a faculdade conseguir aprovação do curso no MEC quanto para o caso de o curso não ser autorizado.
                
A entidade que mantém a Faculdade Gamaliel (Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel - Fatefig), com sede em Tucuruí, no sudeste do Pará, assinou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal (MPF) para minimizar os prejuízos provocados aos alunos do curso de graduação em enfermagem promovido pela faculdade sem autorização do Ministério da Educação (MEC).
                     
O TAC prevê formas de compensações aos alunos tanto para o caso de o MEC vir a autorizar o curso, quanto para o caso do curso não vir a ser autorizado. A graduação em enfermagem promovida pela Fatefig foi suspensa pela faculdade no final de 2013, logo após o MPF ter recebido as primeiras denúncias sobre a irregularidade e ter passado a investigar o caso.
             
O pedido de autorização do curso está em fase final de análise pelo MEC. O MPF concedeu o prazo de 60 dias para o início das medidas reparatórias, uma vez que a natureza das obrigações assumidas pela Fatefig variará conforme a resposta do MEC sobre o pedido de autorização do curso de enfermagem.
              
Caso o curso venha a ser autorizado pelo MEC, os alunos que estavam matriculados no curso irregular poderão optar por fazer a inscrição no curso regularizado. Nesta hipótese, todos os recursos pecuniários investidos por eles no curso irregular terão que ser aproveitados no curso autorizado. Por outro lado, as aulas e outras atividades acadêmicas realizadas no curso irregular deverão ser desconsideradas, já que não havia autorização para seu funcionamento.
                  
Se o curso vier a ser autorizado mas o aluno não quiser matricular-se na Fatefig, o estudante terá direito a receber de volta todo o dinheiro que investiu no curso irregular, com correção pelo INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Além disso, se houver interesse por parte do aluno, a Fatefig custeará sua participação em um processo seletivo para curso presencial de graduação em enfermagem em instituição do Estado do Pará credenciada pelo MEC. O pagamento dessa participação deve incluir taxas de inscrição para o vestibular e despesas com transporte, deslocamento, hospedagem e alimentação.
                  
Em caso de não autorização – Se o curso de enfermagem da Fatefig não for autorizado pelo MEC ou se a avaliação do MEC não for publicada dentro de 60 dias, o TAC prevê que a faculdade deverá ressarcir os alunos de todos os prejuízos materiais que eles tiveram, com correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
       
Deverão ser ressarcidas as mensalidades e as taxas (do vestibular, das matrículas etc), bem como outros valores gastos pelos alunos, como eventual aquisição de materiais. A partir do momento em que o aluno prejudicado preencher requerimento com pedido de ressarcimento, a faculdade terá 30 dias para fazer o pagamento.
     
Além disso, os alunos interessados também terão direito ao custeio da participação em um processo seletivo para curso presencial de graduação em enfermagem em instituição credenciada pelo MEC no Estado do Pará.
    
Ressarcimento aos candidatos que prestaram vestibular – O TAC prevê também que a Faculdade Gamaliel deverá devolver os valores cobrados a título de inscrição aos candidatos que prestaram o vestibular para o curso de enfermagem e que não conseguiram aprovação. Neste caso, a Fatefig obrigou-se a procurar os indivíduos nesta situação e a comunicá-los do procedimento para a devolução dos valores.
     
O TAC foi assinado pelo representante legal do Centro Educacional e Cultural da Amazônia (Cecam/Fatefig), Océlio Nauar Araújo, pelo advogado do Cecam e da Fatefig, Joniel Vieira de Abreu, e pelo procurador da República Paulo Rubens Carvalho Marques.
    
    
Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
(91) 3299-0148 / 3299-0177 / 8403-9943 / 8402-2708

Cooperativa de Médicos Anestesistas paralisam parcialmente cirurgias do Hospital Regional de Tucuruí

           
A Cooperativa de Médicos Anestesiologistas no Estado do Pará do Pará COOPANEST-PA/SESPA suspendeu as Cirurgias Eletivas no Hospital Regional de Tucuruí por falta de pagamento. 
   
Segundo a direção da Cooperativa os pagamentos relativos aos meses de novembro e dezembro de 2013 e janeiro de 2014 estão atrasados, ficando somente mantidos os serviços de Urgências.
   
Como Tucuruí praticamente não dispõe de Saúde Pública Municipal, sendo que o município só recebe recursos do SUS, mas joga praticamente todo o atendimento para o Hospital Regional, a população mais carente é a que mais sofre com a irresponsabilidade, inconsequência e incompetência do prefeito municipal e do Governador do Estado.
   
Como diria o FHC se o governador não fosse do seu partido: "Assim não pode, assim não dá!!!"
    
Vejam o ofício da COOPANEST.
       


Pará é o segundo Estado com maior aumento dos índices de homicídios no país

Audiência pública no próximo dia 21 discute motivos e soluções para a violência no Estado.
       
Entre 2011 e 2012, o número de homicídios dolosos no Pará saltou de 1,1 mil para 3,2 mil casos, em um aumento de 186,6%. O índice só não foi maior que o registrado no Amapá, onde foram registrados 23 homicídios dolosos em 2011 e 69 em 2012, ou 193,9% do quantitativo levantado no ano anterior.
      
Na década de 2000 a 2010, o número de mortes por armas de fogo quintuplicou no Estado, passando da casa das 500 mortes anuais para 2,6 mil mortes por ano. Enquanto o país teve um crescimento global de 11,2 % de mortes no período, o Pará teve crescimento de 398,5% de mortes provocadas por armas de fogo na década. 
     
Dados como esses, publicados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública (íntegra em http://goo.gl/vM6rdC), levaram o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Pará (MP/PA) a programar audiência pública para discussão do aumento expressivo no número de homicídios dolosos no Estado nos últimos anos. Aberto à participação de toda a sociedade, o evento está marcado para o dia 21 de fevereiro, no auditório do MP/PA.
      
O objetivo do Ministério Público é colher informações para dimensionar as causas e as consequências do aumento do número dos homicídios, dados que serão utilizados em investigações abertas para analisar o tema e as medidas adotadas pelas autoridades governamentais para o controle da situação.
      
Para MPF e MP/PA, o debate sobre as razões do aumento da violência é essencial para que seja garantida segurança pública no Estado, por meio de ações conjuntas das esferas governamentais municipais, estaduais e federais, bem como das organizações sociais.
     
Além de convidar toda a população, o Ministério Público está encaminhando convites a diversas instituições públicas, como a Secretaria de Segurança de Estado de Segurança Pública (Segup), as polícias Militar e Civil, o Centro de Pericias Científicas Renato Chaves, a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), a prefeitura de Belém, ao Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas, e a movimentos sociais, como a Sociedade Paraense de Defesa de Direitos Humanos.
    
O edital de convocação da audiência pública é assinado pelo procurador da República, Alan Rogério Mansur Silva, e pelo promotor de Justiça Ivanilson Paulo Corrêa Raiol. Mansur Silva é regional dos Direitos do Cidadão e Corrêa Raiol é coordenador do centro de apoio operacional criminal do MP/PA.
      
Íntegra do edital de convocação da audiência pública: http://goo.gl/j26WHD
   
Serviço:
Evento: Audiência pública sobre o aumento expressivo de homicídios dolosos no Pará nos últimos anos
Data: 21 de fevereiro
Horário: 8h30
Local: Auditório do Ministério Público do Estado do Pará
Endereço: Rua João Diogo, nº 100, bairro da Cidade Velha, em Belém
    
Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
(91) 3299-0148 / 3299-0177
    
Ministério Público do Estado do Pará
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(91) 4006-3586 / 4006-3487

segunda-feira 10 2014

Ministério Público Eleitoral foca atuação no combate à propaganda antecipada

Procuradoria Regional Eleitoral busca punição de propaganda feita antes de 6 de julho.
                 
O Ministério Público Eleitoral (MPE) está se organizando para atuar com ainda mais proatividade no combate a irregularidades eleitorais no Pará. Além das denúncias recebidas de cidadãos, o MPE quer estar mais presente nas ruas, com a realização de fiscalizações e diligências para evitar e punir ilegalidades como a propaganda antecipada e o abuso do poder econômico ou político.
          
O Procurador Regional Eleitoral, Alan Rogério Mansur Silva, encaminhou nesta segunda-feira, 10 de fevereiro, recomendação aos promotores eleitorais em todo o Estado para que sejam realizadas diligências nas zonas eleitorais para coletar informações sobre possíveis atos irregulares.
           

No documento, Mansur Silva solicita que todos os indícios de irregularidades sejam registrados. Todas as eventuais reclamações, representações ou notícias quanto ao descumprimento das normas previstas na legislação devem ser catalogadas, e devem ser coletadas o máximo de provas possíveis sobre as irregularidades.
           

“A extensão territorial do Estado e a característica de uma eleição nacional e regional, para cargos majoritários (presidente, governador, senador) e proporcionais  (deputados federal e estadual) impõe uma análise sistêmica e ampla de atos irregulares por todo o Estado do Pará, que podem ser potencializados pela prática reiterada e contínua em várias localidades e/ou com práticas irregulares que atinjam, de uma só vez, todo o Estado”, diz a recomendação.
                
Para o MPE, nas investigações eleitorais é de grande importância o contato diário mantido entre os promotores eleitorais e a população. Essa proximidade com o dia a dia das zonas eleitorais faz com que aos promotores eleitorais possam chegar informações mais abrangentes das irregularidades ocorridas.
              
Íntegra da recomendação: http://goo.gl/KJulQu
           

Ministério Público Federal no Pará
Procuradoria Regional Eleitoral
Assessoria de Comunicação
(91) 3299-0148 / 3299-0177 / 8403-9943 / 8402-2708

           
Nota do Folha - E a pergunta que não quer calar: E como fica a questão da contratação sem concurso público e a troca de votos e apoio político por cargos na Prefeitura como faz o Prefeito Sancler na Prefeitura de Tucuruí? 
        
Centenas, milhares de contratações estão sendo feitas na Prefeitura de Tucuruí em ano eleitoral e nem sinal de concurso público, e se a justiça não tomar providências nem vai ter, e se tiver vai ser uma farsa como já denunciamos. 
      
Será que a Lei vale para todos, inclusive para os prefeitos que são blindados pela justiça como no caso do Prefeito de Tucuruí?
      
Se a Lei não for igual para todos, não existe justiça e não existe democracia.
            
Com a palavra o MPF e o MPE.