O Folha de Tucuruí havia sido informado por uma pessoa ligada à cúpula do PMDB na semana passada, que teria acontecido uma suposta reunião em Belém entre o Parsifal, Helder, Sancler, Jairo, parte da cúpula do PMDB em Tucuruí e mais dois pré-candidatos ligados (direta e indiretamente) ao prefeito.
No início optamos por não publicar a informação já que nesta época em que falta menos de um ano para as eleições municipais, muitas "notícias" são plantadas de forma proposital, no entanto os últimos acontecimentos nos levam a crer que a informação pode estar correta e procede.
Segundo nosso informante, supostamente o objetivo da tal reunião seria sabotar a candidatura do Jones e lançar um laranja como candidato do PMDB (de novo), facilitando a eleição do candidato do prefeito e ao mesmo tempo reduzir o custo da campanha para o Prefeito e seus aliados ao eliminar o seu principal adversário.
Ao anunciar publicamente a sua candidatura, o Claudiney e o PMDB desmoralizaram o Jones, pois o mesmo ficou com a sua imagem abalada perante o eleitorado ao parecer um político fraco, inexperiente e sem liderança e autoridade dentro do próprio partido, além disso, o Jones ficou com a imagem de um político mentiroso ao anunciar uma candidatura "inexistente". A reação do Jones ao golpe de agora em diante vai determinar as suas chances nas eleições municipais e o futuro da sua carreira política.
A ideia de o Claudiney apresentar o Barata como seu vice deu mais "credibilidade" para a sua candidatura perante o eleitor, um golpe de mestre. Afinal se ele já tem até um vice é ele o candidato e fica muito difícil para o Jones provar o contrário.
Diante disso e ao "desmoralizar" publicamente o Jones e convencer o eleitor de que o mesmo não será candidato, é de se esperar que o Jones despenque nas pesquisas eleitorais, favorecendo o candidato do prefeito e o laranja do PMDB, um plano muito bem engendrado que não poderia estar sendo executado com sucesso sem a participação da cúpula do PMDB Estadual, leia-se Parsifal/Helder, e de parte da cúpula do PMDB municipal.
Segundo o informante, Sancler também teria infiltrado pessoas dentro da base e próximos ao Jones para que os mesmos convençam o Jones a entrar no jogo do Sancler e permanecer no PMDB até abril apesar das sabotagens e das evidências de traição, abril é o último prazo para que o Jones troque de partido, é praticamente o mesmo plano da eleição passada.
A ideia é convencer o Jones de que o Sancler quer que ele saia do PMDB, sendo que é exatamente o contrário, Jones está exatamente onde quer o Sancler, um partido fácil de ser cooptado e manipulado.
Para nós foi uma verdadeira loucura do Jones se filiar no PMDB e arriscar seu capital político tendo como garantia "apenas" a palavra do Parsifal e de um barbalho que na verdade não significa nada, alias um barbalho sem poder de decisão, já que o chefe e o manda chuva do PMDB no Pará é na verdade o barbalhão das pererecas.
Com 35 partidos no Brasil o Jones foi se filiar justamente no PMDB, o partido que o Sancler pediu a Deus para abrigar seus adversários? Será coincidência? Outra coisa, o tempo é aliado do prefeito, quanto mais o Jones perder tempo e capital político com as sabotagens melhor para ele e para o candidato da "Prefeitura".
O estrago já está feito e o nó da forca está pronto, só resta ao Jones dar uma de "macho" e enquadrar o Parsifal e os barbalhos, exigindo o controle total do partido e do diretório municipal, ou mandar as raposas do PMDB enfiar o partido onde eles quiserem.
O problema do Jones é que o pior cego é o que não quer ver, aviso é o que não falta e não faltou. Aparentemente e Jones parece ser incapaz de perceber o tamanho do estrago em sua candidatura e à sua imagem devido ao lançamento da pré-candidatura Claudiney/Barata.
Nós do Folha gostaríamos de ver uma disputa democrática, igualitária e justa nas eleições municipais em Tucuruí, mas estamos percebendo que este desejo está cada vez mais difícil de se concretizar.